Capítulo 24 - O resgate de Severus Snape

- Não! Pare! Pare, por favor! Não faça isso!

Severus estava amarrado a uma mesa alta, os cabelos espalhados. Ele lutava contra as amarras, mas Lucius o ignorava. Seu captor aplicava uma poção:

- E agora você vai ver como a cutícula dos fios fica selada, e acabam-se de vez as pontas duplas, fios rebeldes, cabelos armados... Mas tem que lavar o cabelo de vez em quando, né, Sev?

- Alguém me ajude!!

- Hum, isso vai ficar ótimo. Depois que eu adicionar a poção do comprimento e seu cabelo crescer, vou prendê-lo numa torre alta e linda, e você vai ter que jogar as tranças para Draco subir e vocês fazerem amorzinho gostoso no alto, olhando os plebeus embaixo...

- SOCORRO!!

Como se ouvisse seu chamado, Harry entrou na masmorra da Mansão Malfoy, gritando:

- Afaste-se dele, Malfoy!

- Harry! - gritou Severus.

- Harry Potter! - sibilou Lucius, a cabeleira loura quase se arrepiando como um gato albino. - Como entrou aqui?

Draco apareceu nesse momento:

- Lamento informar que eu o ajudei, pai.

- Draco, meu filho! Acho que vou ter que te deserdar de novo!

O rapaz deu um passo à frente e tentou explicar:

- Pai, você não entende que o mal não leva a nada? Não vê que temos que ser bons com nossos semelhantes e que o amor conquista tudo? Não há nada mais poderoso que o amor, pai!

Lucius olhou para o filho, o rosto crispado:

- Você acredita mesmo nessa bobajada?

- Não, mas o Lord Voldemort foi esmagado pela Lula Gigante do lago. Nosso lado estava perdendo e eu precisei assegurar meu futuro.

Lucius estreitou o olhar para Draco e o encarou durante alguns segundos, uma pausa tensa.

- Tenho tanto orgulho de você. - O olhar era emocionado. - Mudando de lado quando a coisa fica feia para salvar a própria pele!... Sinto que o ensinei bem.

Harry cortou o papo:

- Então, Malfoy? Vai soltar Severus por bem ou vou ter que usar o Varinhão aqui?

Lucius Malfoy ergueu uma sobrancelha:

- Então você é quem tem o Varinhão? Meu caro rapaz, como o Lord estava errado a seu respeito. Severus, você é um sortudo.

- Obrigado, Lucius. Muito gentil de sua parte de me dizer - disse o homem amarrado. - Se vocês estiverem de acordo, poderiam, por favor, me soltar agora, se não for pedir muito?

Dando de ombros, Lucius voltou a varinha para ele:

- Ah, que fazer? Talvez Draco tenha alguma razão ao falar sobre o bem sempre triunfando sobre o mal, e todas essas coisas. Mas eu acho que, se o Lord morreu então eu vou mudar de lado. Nada mais me resta a fazer. Viva Dumbledore e essas coisas.

- Muito bem, papai - disse Draco.

- Então, Snape, só me resta dizer: Reducto.