Perto de Ti escrita por Stormy McKnight


Capítulo 1
Perto de Ti


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Esse é o primeiro capítulo desse meu novo Yuri.

Boa leitura!



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Olá! Meu nome é Karen Morgan, eu tenho 26 anos, sou uma artista plástica.  Eu ganho a vida vendendo os quadros que eu mesma pinto. Eu não ganho muito com a venda dos quadros, mas consigo me sustentar.

"De grão em grão, a galinha enche o papo", é o que dizem. Eu acho isso se encaixa um pouco na minha vida.

Por quê de todas as profissões que existem nesse mundo, eu fui escolher ser uma artista plástica?

Bem,  eu sempre gostei muito de arte, um assunto tão incompreendido e também banalizado por muitas pessoas. Sabe, tem pessoas que apreciam a arte, mas não conseguem entender a mensagem por trás dela, toda a expressão do artista. E acho que isso é algo muito pessoal, varia de pessoa para pessoa.

Mas, eu não ligo para isso. Eu penso que independente do que você escolhe como sua carreira, você precisa amar. Não se prenda ao desejos das outras pessoas. Faça o que te faz bem. Talvez esse pequeno conselho não sirva para todas as pessoas.

Enfim,  essa história não é sobre mim. Bom, mais ou menos.

Antes de começarmos, eu gostaria de lembrá-los que o que eu vou dizer aqui é bastante pessoal.  Não, não é nada pesado demais para olhos sensíveis lerem.

Ok, vamos começar do começo.

Então, eu não vivo só vendendo quadros. Eu também dou aulas de pintura em Workshops realizados em lojas de materiais artísticos, cafés, e lojas de ferramentas.

Eu tenho um site pessoal, que um amigo da faculdade fez para mim, digo, eu ajudei ele um pouco quanto ao conteúdo da página, já que esse era um projeto de conclusão de curso nosso. O nome desse meu amigo era Martin Silva.

Enfim, um dia eu havia me levantado cedo, pois queria aproveitar os raios de sol da manhã que sempre me inspiram.

Eu preparei um café na máquina de café, que eu ganhei de presente de aniversário de um antigo namorado que eu tinha.  Acho que, as coisas entre nós acabaram não dando certo, não porque eu não gostava dele, mas porque eu me sentia presa a ele, já que o mesmo nunca gostou do meu trabalho, e nem apreciava arte, então eu terminei com ele. E a máquina de café ficou ali. Eu não ia jogar fora, já que pelo menos era útil quando eu precisava me abastecer antes do trabalho.

Assim que o meu café ficou pronto, bebi. Me senti bastante empolgada para começar a trabalhar numa pintura.

Lavei a louça, e a coloquei no escorredor para secar.

Depois disso,  fiz como sempre faço, me despi toda. Me sinto mais inspirada para pintar estando da forma que vim ao mundo.

Deixei a roupa espalhada pela casa, fui até o meu cavalete já armado com uma tela em branco, as tintas a minha disposição  no piso do chão do quintal. Os meus pincéis estavam em um copinho plástico com água.

E então comecei a pintar um vaso de girassóis. Tentei me espelhar no estilo de Vincent Van Gogh. É claro, minhas pinturas nunca ficam iguais as dos grandes pintores, mas eu tento deixá-las próximas do estilo deles, porém com o meu traço.

Eu misturava as cores e ia aplicando na minha tela com leves pinceladas. Uma retocada na pintura aqui e ali.

No final do dia, eu já tinha feito uma boa base para a minha pintura.

Me senti cansada. Peguei as minhas roupas no chão, fui tomar um banho e depois dormi.

Eu estava tão relaxada, que eu queria ir direto para a cama. Havia deixado as roupas no cesto de roupa para lavar, e fui dormir pelada mesmo.

Vocês devem estar achando que eu sou louca por viver assim. Sim, eu sou mesmo, mas eu não ligo para o que as pessoas acham.

No dia seguinte, acordei e me levantei da cama.

Fui fazer o meu café, bebi.

Depois fui pintar mais uma vez o meu quadro.

Quando eu estava no meio da pintura, eu ouvi a campainha tocar.

Descansei o pincel no suporte do cavalete, e fui para o quarto por uma roupa rápido para não me verem da forma como eu estava, já que poderiam me denunciar por atentado ao pudor. E nós não queremos isso, não é mesmo?

Sai do quarto vestida com uma camisa social branca, uma calça jeans com alguns rasgos, e de chinelo nos pés.

A campainha continuava a soar sem parar.

"Já vai!", berrei.

Quando cheguei na porta, eu a abri e a atendi.

Era o carteiro. Havia trazido uma correspondência para a dona que costumava morar aqui onde eu moro. Imediatamente eu recusei a correspondência.

"Olha, essa pessoa não mora mais aqui. Eu não vou receber não."

Como diabos a pessoa muda de endereço e não avisa os correios?

O carteiro pediu desculpas e se retirou.

Fiquei observando o carteiro entregando as correspondências, não sei por quê.

Então vi ele ir bater na porta da casa ao lado.

Lá, morava a minha vizinha. Nunca tive contato direto com ela, foi só nesse dia que eu a vi pela primeira vez.

Dona de uma beleza exótica que só asiáticos tem, ela estava vestida com uma blusa de decote canoa rosa, uma saia pregada da mesma cor, e sapatos de salto também da mesma cor. Ela parecia a Barbie asiática.

Lógico que não fiquei excitada logo de cara, mas ela era muito bonita, de verdade.

Então eu a vi assinando a correspondência do carteiro. Acho que ela acabou me notando e ai eu comecei a me sentir deslocada, porque eu não sabia como reagir diante daquele olhar fuzilante da asiática que me olhava.

Resolvi correr e entrar para dentro de casa.

Entrei e fechei a porta.

Tentei me acalmar encostando na parede da entrada da minha casa e depois voltei a pintar o meu quadro.

Novamente, lá estava eu, pelada pintando o quadro.

Para a minha infelicidade, a campainha tocou outra vez.

"Já vai!", exclamei.

A campainha ficava tocando sem parar e eu não tinha tempo para trocar de roupa. Acabei indo do jeito que eu estava mesmo.

Abri a porta e atendi.

Era a vizinha. Fiquei super perplexa.

"Desculpa, mil desculpas. Eu...estava pintando quadros e...não tive tempo de trocar de roupa.", me desculpei com a vizinha.

Ela ficou com os olhos esbugalhados e então disse:

"Nossa! Você tem um belo par de seios. Eu fico com inveja de você..."

Os meus seios não são avantajados, mas também não são muito grandes.

Então ela se recompôs e tentou falar comigo.

"Desculpa, bem...eu moro na casa ao lado, eu só queria me apresentar...o meu nome é Jane Chang. Eu estou viúva desde que o meu último marido morreu...", ela se apresentou para mim.

"O seu marido morreu? Eu sinto muito. Do que ele morreu?", eu a interroguei.

"Ele morreu de Alzheimer", Jane replicou.

"Eu sinto muito, Jane Chang", eu dei minhas condolências.

"Obrigada, e por favor, me chame só de Jane.", ela comentou.

"Tudo bem. Quantos anos você tem, Jane?", eu quis saber.

"Eu tenho 41 anos e você?", ela devolveu.

"Eu tenho 26.", contei a ela.

"26? Você é muito bonita. Eu gosto de garotas jovens. Sempre gostei, mas meu marido nunca soube disso. Eu me casei com ele pois meus pais não aceitavam que eu gostasse de garotas, então arranjaram o meu casamento.", Jane me contou.

"Obrigada. Você também é muito bonita, quarentona!", eu brinquei.

Jane ficou sem graça.

"Para, você me deixa sem graça!", Jane pareceu tentar se conter.

"Ei, você não quer entrar? Eu te faço um café", sugeri.

Jane então me olhou como se denunciasse o meu estado. Então olhei para mim mesma e depois pus a cabeça no lugar.

"Ah ta. Eu vou lá por uma roupa e já volto.", falei para ela.

"Olha, eu agradeço a gentileza, mas não precisa. Eu só vi você me olhando e vim me apresentar. Quem sabe outra hora?", Jane retrucou.

"Tudo bem..."

Então Jane acabou se retirando e eu também.

Voltei para dentro de casa e fui continuar a pintura.

Enquanto pintava, eu fiquei pensando na Jane. No fim, acabei dando uma pausa, e coloquei a pintura do vaso de girassóis em pausa.

Fui até o meu ateliê pegar uma nova tela de pintura. Lá, fiquei escolhendo o tamanho da tela. Estava em dúvida quanto ao tamanho, se pequena ou grande.

Eu fiquei pensando em pintar um quadro para a minha vizinha.

Acabei escolhendo uma tela grande mesmo.

Voltei para a minha área de pintura e coloquei a tela no cavalete.

Eu fiquei olhando para aquele espaço branco tentando imaginar o que ia sair dali.

Acabei por deixar a tela em branco.

Fui fazer outra coisa. Vi um pouco de TV naquele estado mesmo.

No final da tarde, acabei adormecida no sofá da sala. Me levantei e fui para a minha cama, outra vez, pelada.

Tentei sonhar com a Jane.


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Notas finais do capítulo

Karen e Jane são reflexos da minha pessoa. Enquanto Karen é um reflexo das minhas habilidades artísticas, Jane é um reflexo da minha aparência.

Espero que tenham gostado^^

Eu ainda não sei quantos capítulos vão ser.

Então, nos vemos nos próximos capítulos!

Até mais!



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