O Passado Sempre Volta escrita por yElisapl


Capítulo 38
Capítulo 37: Sangue Derramado.


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se para mais acontecimentos haha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736705/chapter/38

Dois anos atrás: 

Estou enfrentando dez homens. Todos são grandes, musculosos e lutadores profissionais. Se eu os vencer, se eu os matar, meu treinamento chega ao fim. Após seis meses de treinamento árduo, ossos quebrados e diversas cicatrizes, eu enfim cheguei ao último teste. 

Assim que Arkady diz para nós iniciarmos a briga. Todos os dez vêm para cima de mim. Trato de pular em cima de um deles e sem hesitar, usar toda a força do meu corpo para quebrar o pescoço do cara. Assim que consigo, salto de cima dele e desvio dos noves restantes. 

Isso será fácil comparado aos outros testes que tive que enfrentar. Já não é qualquer coisa que me faz berrar de dor, já não me importo mais em matar as pessoas, não sinto nada quando retiro suas vidas, nem prazer e nem culpa. 

O sentimento sumiu após Arkady me prender em uma jaula e todo dia, colocar um assassino para eu enfrentar, - era a minha vida ou a do homem - e este teste durou um mês que resultou no total de eu escolher a minha em vez da vida de trinta e um homens. Tive que durante duas semanas, entrar em uma banheira com gelo e apenas sair dela quando estivesse prestes a morrer de hipotermia. 

Já fui afogada em um balde de água diversas vezes a ponto de desmaiar. Fui obrigada a todos os dias desde o inicio dos testes a me cortar em alguma parte do meu corpo para estar acostumada com a dor 

Enquanto havia esses testes de suportar, eu também tinha que aprender a lutar, tanto com armas quanto sem elas. Arkady fazia questão de me dar uma surra, pois se pegasse leve comigo, eu nunca aprenderia. 

Com isso, todos os dias desses últimos seis meses, eu poderia ter morrido. Poderia não ter suportado a dor e nem as lutas, no entanto, suportei a tudo para chegar aqui. Para chegar ao último teste que não é nada ao que passei.   

Tanto eu quanto os homes estamos desarmados, está luta é sem armas. Apenas os seus pulsos e sua força de vontade. Todos que estão aqui sabe que só sairá apenas um vivo. Ou é um deles ou será a mim. E é por isso que eles vão para cima de mim sem piedade. 

Agora que realmente sou ágil, consigo desviar das mãos que tentam me pegar com facilidade,  digo o mesmo em relação aos socos e tentativas de rasteira – precisei apanhar muito de Arkady para aprender a ter rapidez – e novamente, consigo subir no ombro de outro homem, porém, ele vai com tudo na parede, batendo minhas costas, mas a dor é insignificante e não demoro a quebrar o pescoço dele. 

Dois já foram, falta apenas oito. 

Infelizmente, os que sobraram não me permitiram usar a mesma tática para matá-los, será necessário enfrentá-los de maneiras diferentes. 

Nós estamos lutando na casa de quatro andares e decido usar o local que já conheço perfeitamente bem ao meu favor. Corro em direção à cozinha que no momento só possui as cadeira e a mesa, pois Arkady retirou qualquer objeto cortante para que nenhuns de nós usassem. 

Neste teste final não há regras. Pode trapacear, pode usar qualquer coisa que os ajude a matar. No entanto, não podíamos nós mesmos levar nossas armas e tampouco pegarmos uma. Mas, Arkady não disse nada sobre usar objetos como uma e também sobre criar. 

Nisto, eu pego a cadeira e bato em um dos homens, usando total força minha, a cadeira quebra em seu corpo (para minha sorte, a madeira está meio podre) e com isso, pego um pedaço afiado e enfio no pescoço do cara que acertei a cadeira. 

Eu não tenho tempo de retirar o pedaço do homem que já está morto, pois os setes caras vão para cima de mim e não posso me dar o luxo de ser presa, porque qualquer erro resultará em minha morte. E eu não suportei diversas coisas para morrer em uma casa abandonada. 

Sem muita opção, saio da cozinha e decido ir direto para o primeiro andar que é o lugar dos testes mais simples – como atirar com uma arma, como ficar em uma banheira com diversos gelo n’água e entre outros. Decido que o melhor é separar os homens e com isso, entro na sala que os tiros eram praticados. 

Nela há diversos bonecos e me escondo atrás de um. Não demoro para ouvir o som de três deles entrando nesta sala. E no mesmo instante que avisto um, acerto uma rasteira nele e em seguida um chute em seu rosto, o impedindo de gritar e o deixando levemente desconcertado, dando-me a chance de facilmente quebrar seu pescoço. 

De soslaio, avisto dois homens caminhando em minha direção e sem hesitar, começo a derrubar os bonecos que estão na sala. Apenas um boneco cai em cima deles, atrapalhando o caminho. 

Com isso, vou até eles, os surpreendendo. Um deles tenta me prender com seus braços e consegue, mas apenas porque permito, pois trato de acertá-lo uma cabeçada e fazê-lo perder os sentidos por três segundos que são o suficiente para eu ir para cima do outro cara e depositar diversos socos no rosto dele. 

Minha seqüência de socos é atrapalhada, pois o homem que havia acertado uma cabeçada consegue recuperar seus sentidos, ele em vez de tentar me prender novamente, decide me pegar pelo pescoço e tentar me enforcar, mas falha, pois acerto um chute em seu saco e diferente de mim, ele não consegue agüentar a dor. 

Portanto, sem pensar duas vezes, vou até um dos bonecos e quebro o braço dele. E em seguida, forço o braço de plástico na goela do homem que ainda estava em pé e ele tenta me parar, forçando o objeto para fora, mas o acerto uma joelhada em sua barriga e em seguida, uma rasteira, fazendo-o cair no chão e com a força do meu corpo, consigo enfiar o braço de plástico na goela dele. 

Não preciso verificar para saber que isto o matou. Trato de ir ao homem que havia dado diversos socos em seu rosto. O coitado está caído no chão, tentando se levantar, mas sua visão está ruim graças a mim. Decido acabar com seu sofrimento e vou até ele, quebro as duas pernas dele, pisando nelas. 

O grito de dor que o cara dá acaba chamando os outros quatros que ainda estavam procurando pelos quartos. E com isso, decido me agilizar, continuo a pisar nas pernas quebradas até que um osso saia de fato para fora. E não demoro a conseguir. Sem hesitar, pego o osso do cara e o quebro no meio, deixando afiado. 

Os quatro homens que entraram no quarto, me olharam atordoados. Provavelmente nunca viram alguém fazer isso. No entanto, sabem que se não lutarem, serão os próximos a sofrer desta forma. 

Eles conversam entre si e decidem se unir para me matar. Eu dou risada. Uma união? Isto é uma coisa meiga de se fazer neste momento. 

Todos andam juntos, tentando me fechar em um circulo. Faço a única coisa que sei que está ao meu alcance. Pego um dos bonecos no chão e jogo neles, fazendo-os desviar e abrir caminho para mim. 

Corro no meio deles que tentam com suas mãos segurar em mim de alguma forma, mas não conseguem porque sou magra e menor, porque minhas roupas estão coladas em meu corpo e meu cabelo totalmente preso. E por último, sou a única aqui que está pensando rápido e sendo ágil. 

Vou em direção ao quarto mais próximo da escada. Escondo-me atrás da parede que está aberta. Pelo trecho da porta, consigo vê-los me procurar, dois decidem descer as escadas e os outros dois entram no cômodo que estou. 

Assim que passam por mim sem me notar, eu enfio o osso quebrado na garganta dele de um e o sangue espirra em meu rosto, mas não atrapalha minha visão, consigo no instante seguinte, retirar da garganta de um e enfiar na do outro. 

Os coitados nem sequer tiveram tempo de agir e tampouco de gritar. Controlo-me para não rir. Isto está sendo uma piada. Nenhum deles podem me parar, não depois de tudo que aprendi. Ninguém ficará no meu caminho para a minha vingança. 

Vou atrás dos últimos dois que sobraram e vejo que estão ainda descendo a escada. E sem hesitar, empurro os dois estúpidos. Eles caem rolando, mas ainda vivos. No entanto, não viverão por muito tempo. 

Desço as escadas rapidamente e salto em cima de um homem, acertando o osso afiado no peito do cara. Não me dou o trabalho de retirar o osso de seu peito. Apenas deixo encravada lá e vou em direção ao último homem que sobrou. 

Este se levanta rapidamente do chão e se coloca em posição de lutar. Infelizmente, ele não quebrou nada, pois seria tão fácil matá-lo quanto foi ao matar o primeiro deles. Eu vou para cima dele, sem me importar. 

Tento acertá-lo um soco em seu rosto, mas ele desvia e me devolve um em meu estomago. A dor incomoda, mas não me para. Eu trato de fazê-lo pagar por ter me acertado. Simplesmente salto e giro o meu corpo no ar, conseguindo a força perfeita para lhe dar um chute nas costelas. O golpe é bem semelhante ao que Arkady deu em mim quando cheguei a esta casa. 

E o homem reage da mesma maneira que eu, pois perde o ar e fica levemente desconcertado. Com isso, o derrubo no chão e em seu peito, começo a pisar com um de meus pés. Ele até tenta reagir, mas lhe dou um chute no rosto, deixando ainda mais desorientado. 

Continuo a pisar mais forte a cada vez. E a dor começa a consumi-lo. Eu só paro quando ouço o som da costela se quebrar. Olho para o rosto do homem e vejo que  seus olhos estão arregalados, olhando apenas para cima. Está morto. 

Eu começo a rir incontrolavelmente. Eu passei em todos os testes. Eu sou enfim uma assassina profissional. Estou a um passo de conseguir a minha vingança. 

—Devo supor que está rindo de felicidade – Arkady comenta, surgindo perto de mim. Ele passou o teste inteiro apenas observando de longe, sem dizer nada. – Está feliz em saber que os testes acabaram. 

—Não. Eu estou rindo porque os dias de Blue Jones estão contados – abro um sorriso enorme, provavelmente se parecendo a um sorriso psicopata. 

—Então é melhor começarmos o trabalho – ele diz, retirando de seu bolso um papel – Eu fiz uma lista de pessoas que irá matar. E assim que chegar ao fim, eu darei o que tanto anseia – sua frase me deixa curiosa. 

— Você sabe onde Blue Jones está? – Inquiro. 

— Talvez – responde, abrindo um sorriso afiado em seu rosto. – Só descobrirá quando terminar a lista. 

— Ou eu posso tentar arrancar isto de você – sugestiono, perigosamente. 

— Quer mesmo se virar contra a pessoa que ensinou tudo o que sabe? Acha que o aluno pode vencer o mestre? – Suas perguntas me fazem repensar no ato que iria fazer inconseqüente. 

— Não. Eu pretendo matar todos que estão nesta lista – pego de sua mão o papel e o primeiro nome que está na lista é de uma mulher. – Você disse que mataria apenas homens ruins – digo, preocupada. 

— Eu disse que iria fazê-la matar apenas pessoas ruins. Isso também inclui mulheres, Felicity, pois nem todas são vítimas. A primeira que está na lista, por exemplo, ela trafica mulheres para prostituição. 

A mesma coisa que a Madame fazia. 

— Além do mais, irá mesmo desistir agora? A única coisa que está no seu caminho para conseguir sua vingança são exatamente trinta nomes. 

— Eu não irei desistir – afirmo, guardando o papel. – Eu vou conseguir minha vingança. Custe o que custar. 

Atualmente: 

Sinto meu corpo ser pressionado na cama. E no mesmo instante, trato de abrir os olhos, assustada e em alerta. Assim que os abro e vejo quem está em cima de mim, sinto nojo e tento retirá-lo de cima de mim. No entanto, meus braços e minhas mãos estão amarrados por uma corda. 

 - Nananinanão – Blue diz, ainda com seu corpo prensando o meu. – Fique quietinha, eu serei rápido. Lembra do combinado, não é? Se me obedecer, não terá torturar, nem espancamento. 

— ALGUÉM ME AJUDA! – Berro, desesperada. Como é possível Blue ter entrado aqui? Onde está Oliver? Onde está o time? 

— Ninguém vai te ajudar – ele responde, rindo. – Estamos sozinhos, o seu time a deixou dormindo, pois sabiam que não era de grande ajuda. Eles estão na rua, enfrentando os assassinos que contratei. 

— SAIA DE CIMA DE MIM, SEU MONSTRO! – Continuo a me debater, tentando me livrar das cordas. Não quero acreditar que estou presa, sem escapatórias. Mas o corpo de Blue me impede de levantar e as cordas me impende de tentar acertá-lo. 

— Shiiu! Não precisa ter medo, eu serei cuidadoso, carinhoso e rápido. Afinal, o seu time pode voltar a qualquer momento – ele diz, abrindo o zíper de sua calça. 

— SOCORRO! SOCORRO! – Grito em desespero. Não. Isso não pode estar acontecendo de novo. Eu consegui escapar dele. Do abuso dele. 

— FELICITY? – Ouço a voz de Oliver me gritar. Sinto meu coração se encher de esperança. 

— ME AJUDA! – O chamo em resposta e isto deixa Blue furioso. 

— Não era para ele ter voltado agora – murmura, fechando o zíper da sua calça e saindo de cima de mim. – Mas tudo bem, Babydoll, não se preocupe. Darei um jeito dele parar de nos atrapalhar – friso o cenho, não entendo o que quis dizer. 

Só levou um segundo para Oliver entrar no quarto e avistar a mim e Blue. O rosto de Oliver que está totalmente ferido se transformar em um rosto ameaçador. 

— SEU VERME! – Ele vocifera, indo para cima de Blue. No entanto, Blue retira de sua cintura uma faca e sem demorar, corta a garganta de Oliver agilmente. 

— NÃO! – Berro e me ajoelho na cama, ainda com as mãos e pés presos. – OLIVER! 

Oliver cai devagar, com as mãos pressionando o grande corte que fora feito em sua garganta. Os seus olhos azuis fitam a mim. Seus lábios fazem movimento de querer dizer algo, mas não conseguem emitir nenhum som. 

Subitamente, ele para de pressionar o corte e seu sangue espirra em meu rosto e em meu corpo. Grito de tristeza. Tento com minhas mãos presas alcançá-lo, mas não consigo impedi-lo de ir ao chão e uma poça de vermelho se iniciar no chão. 

— NÃO, NÃO, ISTO NÃO É POSSÍVEL! – Choramingo, encarando o corpo de Oliver caído ao chão e imóvel. Ele não está mais vivo. 

— SIM, SIM, ISTO É POSSÍVEL! – Blue responde, rindo diabolicamente. – TUDO COMIGO É POSSÍVEL! TODOS QUE VOCÊ CONHECE ESTÃO EM PERIGO. PRIMEIRO OLIVER E DEPOIS QUEM SERÁ A MINHA PRÓXIMA VÍTIMA? SWEET PEA? ROCKET? NÃO TEM COMO VOCÊ ME PARAR, BABYDOLL! 

— Vo... vo...você vai pagar por tudo – titubeio entre meu choro. No entanto, não paro de forçar a corda. Sinto minhas mãos e tornozelos doerem e se ferirem, mas continuo tentando estourá-las. 

— EU VOU? ACHA MESMO QUE CONSEGUIRÁ ME MATAR? JÁ TEVE DIVERSAS CHANCES E NUNCA CONSEGUIU! VOCÊ FALHOU E SEMPRE FALHARÁ! – Ele diz, encarando sua faca. – Entenda uma coisa, Babydoll. Você nunca conseguirá me matar, pois sem mim, você não é nada – seu olhar torna para mim. - Se não fosse por mim, você já estaria morta em um quarto de algum homem que não aceitou o seu pedido para parar. Sem mim, você nunca teria um motivo pelo qual viver. Você ainda respira por minha causa. Você deve sua existência a mim. É por este motivo que é a minha boneca. 

— Eu não sou sua! – Respondo com raiva. 

 - Se não é minha, você não será de ninguém – ele declara vindo em minha direção furiosamente e enfiando sua faca em minha barriga. 

A dor da facada me faz abrir os olhos. 

Um pesadelo. De novo. 

Suspiro profundamente e sento-me na cama. Olho para o meu lado e vejo que Oliver ainda está dormindo. Ao menos não gritei e nem fiquei me mexendo para acordá-lo e deixá-lo preocupado. 

Decido me levantar e vou em direção à cozinha que tem na arque. Os meus passos são leves e silenciosos, pois a arque inteira está em silêncio e com as luzes apagadas. Todo mundo está dormindo. 

Quando entro na cozinha, bebo um copo inteiro de água. Meu corpo inteiro está transpirando graças ao pesadelo. Pelo menos não era real. Mas é o segundo pesadelo que tenho em noites seguidas. O meu consciente está me avisando que não posso vacilar, nem fraquejar ou hesitar. Preciso estar atenta e preparada para qualquer coisa. No entanto, não quero me dar o luxo de ser pega de surpresa. 

Com isso, decido aproveitar que não conseguirei dormir para buscar informações que possam me ajudar no quebra-cabeça que Blue deixou. E também tentar encontrá-lo, podendo assim, pegá-lo sem que pense que o encontrei. 

Vou ao cômodo onde fica meus computadores, ligo duas máquinas e assim que estão funcionando, entro na internet e procuro pelo nome Blue Jones. 

As informações que aparecem são relacionadas apenas sobre o curto tempo que ele esteve na prisão. Não há nada antes disso. Ele era como um fantasma. Não aparece nada sobre família ou qualquer coisa que possa me fazer entender o que ele queria dizer em me levar para casa. 

Sem empolgação, pego a melhor imagem de Blue e faço uma postagem na internet dizendo que quem visse este homem entrasse em contato, pois pagaria por uma grana de alto valor. Em seguida, hackeio o sistema da policia e coloco Blue como procurado em diversas cidades vizinhas. 

Uso a imagem de Blue e jogo no banco de dados de câmeras para ver se encontro alguma coisa. As únicas coisas que aparecem são quando ele estava aqui na cidade de Starling City, pois após sua fuga, não há mais nenhuma coisa. 

Suspiro irritada. Como ele pode ter desaparecido desta maneira? Como não consigo encontrá-lo? Se nem Pinguim que estava em parceria com Blue sabe onde ele está, duvido muito que qualquer outro ladrão saiba. 

Estou no escuro e sem tem muito que fazer. 

Ouço passos de alguém andando e trato de fechar todas as abas do computador que estão relacionadas com Blue e em seguida abro uma que está com o jornal de hoje e finjo estar lendo. 

— Felicity? – A voz de Laurel me chama e eu a fito. – Já está acordada? 

— Fui dormir cedo – respondo, sorrindo levemente. – E eu pensei em dar uma olhadinha nas novidades. 

— Ah, entendo – ela boceja e noto que ainda está sonolenta. – Eu vou comprar o café, já que Oliver ainda está dormindo. 

— Quer que eu vá junto com você? – Indago, não querendo que saia sozinha. 

— Pode ser – a vejo bocejar novamente. – Você dirige. 

— Pode deixar comigo – falo me levantando da cadeira. 

Não me preocupo em trocar de roupa. Estou usando uma simples calça moletom e uma blusa azul com manga. Isso é uma roupa simples e duvido muito que alguma pessoa julgue alguém às 06 da manhã. 

Eu e Laurel chegamos rapidamente à cafeteria e conversamos bastante. Eu a agradeci por ter me perdoado pelo que fiz e ela como resposta me deu diversos conselhos sobre não guardar segredo, confiar mais nas pessoas e sobre não ter vergonha do meu passado, pois muitas pessoas já fizeram algo ruim na vida. 

Quando retornamos para arque com os cafés, um bolo inteiro e rosquinhas, o time já estava acordado. Eu e Laurel concordamos em entrarmos separadas, pois não queríamos logo de manhã arranjar briga com Sara que ainda não me perdoou. 

Após três minutos que Laurel entrou com o café da manhã, eu surgi na cozinha. 

— Bom dia – os saúdo e todos sorriem como resposta, menos Sara que trata de sair assim que entro. 

— Hoje será um bom dia – Diggle comenta feliz. 

— Sério? Por quê? – Pergunto curiosa. 

— Apenas porque estou sentindo isso – ele responde rindo. Friso o cenho, não entendendo – Estou brincando, Felicity – diz parando de rir, mas ainda com um sorriso no rosto. – Hoje Thea, Roy e Sammy voltarão para cidade. 

— É verdade? – Meus olhos se arregalam e paro de colocar o café para mim. 

— Sim – quem responde a minha pergunta é Oliver. – Eu não disse para você ontem porque não tínhamos certeza, mas nesta manhã, enquanto você e Laurel foram comprar os cafés, o Roy nos ligou avisando que retornaria, pois Thea e Sammy estão morrendo de saudades, sendo assim, voltariam para cá de qualquer forma. 

— Mas é seguro para eles? – Inquiro, preocupada. Oliver anui. 

— É melhor nós ficarmos juntos agora que tudo se acalmou – declara, acabando seu café. Eu apenas assinto com a cabeça, mas estou longe de achar esta idéia segura. 

Nada se acalmou. Blue ainda está à solta e agora poderá usar Sammy, Thea ou Roy como iscas também. 

Eu sou a última a acabar de tomar o café. O restante do time foi fazer suas devidas coisas. As irmãs Lance foram ver o seu pai e confirmar se tudo está certo com a polícia. Diggle foi à farmácia para comprar mais medicamentos que estamos precisando e também deixar sobrando para emergência. 

Com isto, Oliver e eu ficamos deixados na arque sozinhos. 

— Oliver – o chamo assim que o encontro socando um saco de areia. – Não vamos para a empresa hoje? – Pergunto, pois fora ontem que a reabrimos. 

— Não – responde, sem me olhar e eu friso o cenho. Sua resposta fora muito curta. 

— Por que não? – Vou até ele e seguro o braço, impedindo-o de socar novamente. 

— Porque vou deixar nas mãos dos nossos funcionários e nas de Bruce e Selina. 

— Bruce e Selina? – Levanto a sobrancelha, ainda confusa. 

— Eles dois vão fazer a contratação das mulheres que precisam de trabalho. Tanto para minha empresa quanto para a empresa Wayne – sua resposta ainda não me é suficiente. Desde quando Oliver é tão despreocupado assim? 

— E você, como chefe, não deveria estar lá para a contratação também? – Inquiro e vejo que ele desistiu de continuar socando o saco. Ele se vira para mim. 

— Deveria. Mas hoje eu quero apenas ser o Oliver, nada de chefe e nem de arqueiro. Só quero relaxar e curtir este curto período que estou me sentindo em paz. Eu consegui finalmente dormir bem, Felicity. Sem preocupação alguma. Eu apenas dormi como não fazia há tanto tempo. 

— Fico feliz com isso – declaro, sorrindo. – E você realmente estava dormindo, parecia até um anjinho. Pena que quando acorda é um demônio – o provoco. 

— Posso dizer o mesmo sobre você, senhorita Smoak – ele diz e pisca para mim. 

— Ei – o empurro levemente para trás, fingindo-me ofendida.  – Eu sou um verdadeiro anjo. Tanto dormindo quanto acordar. Esqueceu-se que Lúcifer é um anjo também? – coloco a língua para fora, como um gesto realmente infantil. 

— Está bem, está bem – ele ergue suas mãos para cima – Você venceu. Você é realmente um anjo – e então suas mãos vão para minha cintura e sou puxada para perto dele – Deve ser por isso que foi tão difícil lutar contra o que sentia por você. 

— Ah, foi? – Indago, aproximando nossos rostos. – E desde quando você está lutando pelo que sentia por mim? – Sinto-me curiosa e ansiosa pela resposta. 

— Desde o momento em que coloquei os olhos em você – ele responde aproximando seu rosto do meu. – Eu senti algo em mim assim que nos conhecemos. Fora uma sensação estranha e ao mesmo tempo reconfortante. 

Eu dou risada, achando isso muito meigo. 

— Talvez você tenha se apaixonado por mim em outra vida e por isso, no momento em que me viu, o seu coração se lembrou de mim – sorrio singelamente. 

— Então eu devo ter te amado muito nesta outra vida – ele me dá um sorriso sereno e repleto de ternura. Sinto vontade de beijá-lo e então é isso que faço. 

Começamos com um beijo devagar, carinhoso e romântico. E conforme passaram os segundos, ficamos selvagens, desejosos e querendo mais e mais do gosto. 

Só paramos de nos beijar para podermos respirar. E eu percebo que estou arfando. 

— Acho melhor nós pararmos, pois alguém pode chegar e nos ver – falo, ainda respirando descompassado. 

— E o que tem se nos virem? – Oliver provoca, me fitando intensamente. 

—Você tem razão, mas é que eu queria outra coisa de você – declaro, timidamente. 

— E o que é? – Ele pergunta realmente curioso. E eu me sinto uma tonta por ter ficado de uma hora para a outra tímida. Como isso é possível? 

— Queria que nós lutássemos – digo, não o olhando nos olhos. – Eu sempre desejei fazer isso para saber quem venceria. 

— Com armas? – é a única pergunta que faz e eu nego. – Corpo a corpo, então? 

— Sim. Quem ficar mais de cinco segundos no chão perde. 

— Eu aceito – declara, rapidamente e me fazendo voltar a olhá-lo, confusa. – Eu aceito lutar com você corpo a corpo – isso me faz sorrir abertamente. – Vamos para o ringue – sugestiona e nós dois caminhamos em direção ao lugar que Oliver, Diggle, Sara, Laurel e Roy sempre lutavam, menos eu, pois queria fingir ser apenas uma simples mulher. 

Assim que chegamos, nós ficamos um de frente para o outro. 

— Vou contar até três e aí começamos – digo e Oliver concorda. – 1... 2... 3... Começou! – Enquanto contava, demos uma distância curta entre nós. 

Levanto meus braços e fecho meus punhos, Oliver faz o mesmo. 

— Não é pra pegar leve – o aviso, sabendo que ele pode querer me deixar ganhar. 

— Digo o mesmo para você – diz e o vejo avançar para cima de mim, tentando me acertar um soco no rosto, mas desvio, me abaixando e o acertando um soco em sua barriga e no mesmo instante, indo para trás dele. – Mas também não precisa ser tão violenta. É só uma luta. 

— Uma luta para ver se os meus aprendizados foram tão bons quantos os seus – falo e ele tenta me acertar um outro soco, desvio rapidamente, mas Oliver decide me dar uma rasteira antes que eu possa tentar revidá-lo. 

Minhas costas batem contra o chão e sinto-as doerem. Sem hesitar, Oliver prende minhas pernas e meus braços com os seus. 

—1... 2... 3...  – ele inicia a contagem para se definir ganhador, no entanto, eu lhe acerto uma cabeçada de frente, fazendo-o perder o sentido por um segundo e conseguindo tirá-lo de cima de mim, me levantando do chão.   

Assim que Oliver recupera seu sentido, ele se coloca em posição para lutar novamente. Desta vez, sou quem vai para cima dele e tenta acertar um soco, mas Oliver desvia facilmente e também segura em meu braço, puxando-me com tudo para se chocar com o seu corpo e em seguida, pega em minha cintura e me deita no chão de costas para ele. 

— Te peguei – diz, sussurrando em meu ouvido. De fato, a posição que me encontro é complicada de sair. Meus braços e pernas estão imobilizados novamente e não consigo acertar outra cabeçada em Oliver, pois agora está distante. – 1... 2... 

Contudo, não desisto facilmente. Os meus braços estão pertos do meu rosto, resultando nos braços dele também estar perto e com isso, o mordo com força, fazendo-o solta um de meus braços e eu conseguir soltar o outro com facilidade. 

Sem demorar, mudo nossas posições e quem está em cima de Oliver sou eu, mas diferente dele, não o erro em dominá-lo e mantê-lo imóvel. Eu estou segurando seus braços para o alto e suas pernas estão presas porque estou sentada em cima delas. 

— Parece que agora fui eu quem te peguei – declaro, sorrindo. – 1... 2... – Ele tenta se levantar, mas eu coloco mais peso ainda do meu corpo – 3... – Ele forças seus braços contra mim, mas isso só serve para mantê-los ainda mais presos. – 4... 5! – e então, solto seus braços e beijo seus lábios. – Eu venci! 

— Bem, pelo beijo que você acaba de me dar, parece que na realidade fui eu quem ganhou o prêmio – Ele brinca e eu acabo rindo. 

Subitamente, ouvimos sons de palmas sendo batidas. Nós dois olhamos para frente e avistamos três pessoas. Roy, Thea e Sammy. 

— Eu sabia que a Felicity ganharia! – Meu pequeno príncipe simplesmente grita de alegria e continua a bater palmas. 

— Vocês realmente levaram esta luta a séria – Roy diz, rindo. – Fiquei preocupado se teria que entrar no meio dela. 

— Desculpa, Ollie, mas eu sou #TeamFelicity! – Thea declara e sorri. 

No mesmo instante, trato de sair de cima de Oliver. E assim que estou em pé, os três vem em minha direção e me abraçam. 

— Eu realmente estou feliz que você está bem – Thea fala baixinho e com carinho. 

— Se eu encontrar Blue na minha frente um dia, pode ter certeza, Felicity, que eu irei fazê-lo pagar por tanta dor que ele te fez sofrer – Roy promete, com raiva. 

— Obrigada, gente – agradeço sentindo-me estranha pelo fato deles saberem que sou a Babydoll.  – Agora acho que Oliver também merece atenção – com isto, paro de ser abraçada e eles vão ao encontro dele. 

— Apesar de você ter perdido para Felicity, você continua sendo um bom homem, Oliver – Sammy comenta e o abraço, fazendo todos nós rirmos. 

— Obrigado, garotão - Oliver agradece e bagunça o cabelo de Sammy. - Agora é melhor todos vocês guardarem suas coisas – eles concordam e começam a sair.  

Assim que vejo que não a mais ninguém, pergunto baixo para Oliver: 

— Você contou para eles sobre mim? - Indago, não brava, apenas para confirmar.  

— Sim, no dia em que descobrimos a verdade. Tinha que mantê-los informados de tudo e igual ao restante do time, eles não ficaram bravos – e então, Oliver me puxa para perto dele. - Só me senti levemente traído ao saber que Sammy soube primeiro que a mim.  

— É que ele é o meu príncipe! - Exclamo, sorrindo. - E as crianças sempre estão em primeiro – brinco, colocando meus braços em volta do pescoço dele.  

— Às vezes acho que você ama mais o garoto do que a mim - sei que ele está apensa brincando, mas não resisto em respondê-lo.  

— Amo mesmo – meu sorriso se estende mais ainda quando vejo a expressão de Oliver torna-se ofendida apenas por fingimento. - Sammy é o homem da minha vida. Já você, é apenas amor da minha vida – dou de ombros, como se não fosse nada. 

— Repita sua última frase, por favor – ele pede e noto que agora o deixei bobo. O que é engraçado, pois Oliver quase nunca fica desta forma.  

— Você.. - falo pausadamente e dando um beijo em seu rosto- É... - dou mais outro, se aproximando de seu lábio - O amor... - desta vez é em seus lábios que deposito um selinho – da minha vida. - Concluo, dando um beijo de verdade. 

— Pode me dizer isso todas noites em que formos dormirmos? - Ele pede, assim que nos afastamos centímetros para podermos respirar. Sua pergunta me surpreende e me faz rir. - O que foi? Estou falando sério!  

—  É estranho isso que temos – falo, colocando uma mecha atrás da orelha. - É estranho ser amada desta forma. Achei que nunca conheceria este tipo de amor. 

— Não se preocupe, Felicity. Eu irei fazê-la se acostumar – afirma, me puxando para um abraço carinhoso. - Eu amo você - Ele beija a minha cabeça e acaricia meus cabelos.  

Ficamos nesta posição por minutos, apenas apreciando o carinho e a companhia.  

— Ei, pombinhos – Roy nos chama e com isso, no momento chega ao fim. - Não quero atrapalhá-los, mas Sammy está morrendo de fome. E Thea também.  

— Eu vou preparar alguma coisa para eles – Oliver se pronuncia caminhando em direção a Roy. - Quer me ajudar, Felicity? - Ele para e olha para trás.  

— Claro – ando em direção a eles.  

Babydoll... 

Ouço alguém me chamar e viro abruptamente para trás, para procurar pela voz. No entanto, não encontro ninguém e subitamente, sinto uma tontura.  

— Felicity, você está bem? - Oliver me chama, fazendo-me voltar à realidade.  

— Estou sim – respondo e respiro fundo para me recuperar da tontura. - Apenas fiquei cansada pela luta que acabamos de ter – explico – Oliver, comece a preparar as coisas sem mim, eu tomar um banho rápido - o vejo assentir e com isso, sou deixada sozinha no cômodo.  

É apenas o cansaço. Repito para mim mesma. Esta é a única razão para eu ter ouvido alguém me chamar, mesmo que não fora ninguém. 

Vou ao meu quarto e separo uma peça de roupa para mim. Do lado de fora, ouço novamente a voz.  

— Babydoll – desta vez o chamado é mais profundo e não é dentro de minha mente. 

Sinto meu corpo se arrepiar. Sem hesitar, pego decido procurar por esta voz, pois não consigo reconhecê-la, apenas sei que pertence ao um homem.  

— Babydoll... - ainda sou chamada e a voz me guia da volta para o ringue onde ouvi pela primeira vez o chamado. Há alguém aqui.  

Eu vou até o arsenal que fica ao lado do ringue e pego uma coisa fácil de trabalhar: uma simples adaga. E a escondo em minha cintura. 

— Por que está se escondendo? - Pergunto para a pessoa que me chama. - Como entrou aqui? - Talvez tenha entrado juntamente com o Roy, Thea e Sammy, sem que eles tivessem percebido.  

—  E quem disse que estou me escondendo? - Eu me viro para trás, pois é dali que a voz vem e, subitamente, arregalo os olhos. - Sentiu minha falta, Babydoll? 

— Não. Você não é real. Eu devo estar sonhando novamente - afirmo, balançando minha cabeça para os lados, forçando-me a acordar.  

— Então sonhou comigo durante este tempo que estive fora? Ah, que amor da sua parte – Blue diz, se aproximando de mim. Eu recuo instintivamente. - O que foi? Está com medo de mim? 

— Isto é um pesadelo. Eu já vou acordar – relembro a mim mesma.  

— Pode ser um pesadelo para você, mas para mim isso é um sonho – Blue pega em meu pulso, segurando-me e puxando para perto de si. 

Não me importando se isto é um sonho ou não, eu puxo a adaga de minha cintura e enfio no peito dele. Blue não grita e tampouco demonstra expressão de dor. Muito pelo contrário, ele continua a me puxar. 

Retiro a adaga que o acertou e vejo que não a sangue nenhum. É como se eu não tivesse o acertado. A mão dele em meu pulso continua a me puxar e eu faço a única coisa que aparenta dar certo: tento cortar a mão dele e vejo seus dedos caírem um por um, mas nenhuma dor ser transmitida por ele.  

É apenas um pesadelo. Isso em breve vai acabar.  

Assim que consigo me livrar da mão dele, corro para longe dele, visto que não posso machucá-lo, não importa o que eu faça.  

Logo isso acaba. Repito novamente. 

Vou em direção da cozinha, apenas porque acho que lá estarei mais segura. No entanto, a cada passo que dou eu me sinto pesada e devagar.  

Assim que chego, meus pés já me aguentam mais o meu peso. É como se tivesse corrido uma maratona. Acabo caindo no chão e a adaga cai na minha frente. Reparo que nela há sangue, mas não entendo de quem, pois Blue não sangrou em nenhum momento.  

— Felicity! - Ouço Oliver me chamar, preocupado. - O que você fez?!  

— Thea, tire Sammy daqui! - A voz de Roy ecoa pelo lugar, mas a minha visão foca-se apena na adaga. De quem é o sangue? 

— Felicity, você está me ouvindo? - Oliver me coloca em seu colo. - Felicity? 

— Eu não entendo – murmuro, sentindo-me fraca. - Ele não sangrou. Então, de quem é esse sangue? – olho para Oliver que passa sua mão em meu rosto e vejo sua expressão de total horror. - Tudo bem, Oliver. Isto não é real, logo eu acordarei. Mas é melhor tomarem cuidado, pois eu não consegui matá-lo, ele não sente nada.  

— De quem está falando, Felicity? - Ele inquira, se levantando e me pegando como se fosse uma criança que acabara de cair no sono.  

— Blue. Ele está aqui. Eu o esfaqueei... - minha voz sai tão fraca que acho que ele não ouviu, mas quando seus olhos preocupados tornam para meu rosto, sei que conseguiu me ouvir perfeitamente.  

— Não há ninguém aqui além do time, Felicity. Blue não está aqui – sou carregada para fora da arque e sinto meus olhos começarem a se fechar – Continue acordada, Felicity! - Ordena com a voz levemente trêmula.  

— Então de quem é o sangue que estava na adaga, Oliver? - Pergunto, tentando manter minhas pálpebras abertas. Nenhuma resposta. Sou colocada dentro do carro, ele continua ao meu lado. Não consigo ver o motorista, pois não consigo nem sequer mexer minha cabeça. - Eu machuquei alguém, Oliver?  

— O sangue é seu, Felicity – ele responde, após segundos de silêncio. - Você machucou a si mesma.  

— Está tudo bem, Oliver – falo e fecho meus olhos, pois não aguentou mais o peso. - Em breve eu acordarei deste pesadelo – sinto-me cair em um sono. . 

— Felicity! Não durma! Fel... - e eu simplesmente apago.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Passado Sempre Volta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.