O Naufrágio - HIATO escrita por Juffss


Capítulo 10
Desejo


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo contem cenas inapropriadas para menores de 16 anos.
Tema: conteúdo sexual(Ecchi)



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POV Rose

Era certo que não sabia o que estava fazendo exatamente. Entrelacei meus dedos ao de Emmett e com a outra mão abri a porta da minha cabine. Delicadamente o puxei para dentro. Ele olhou admirando cada canto do ambiente.

- Não tem nada de excepcional – falei olhando o rosto dele. Sem me conter dedilhei seu queixo com a ponta dos dedos – essa é a sala de estar

Os olhos dele brilhavam. Sabia que por ele odiar os ricos aquele brilho não provinha da riqueza da cabine. Olhando curiosa esperei para que ele se acostumasse.

- Os quadros – ele falou quase sem fôlego – são perfeitos.

Eu sorri, ele sabia de arte. Não era como o Royce que era mesquinho e completamente desprovido de inteligência. Suspirei mordendo meu lábio. Havia uma coisa que queria e somente Emmett poderia me dar.

- Monet – ele falou me tirando dos devaneios.

- Conhece o trabalho dele? – perguntei entusiasmada

- É claro! – ele disse no mesmo tom que eu – veja as cores, não é demais?

- Sim, ele é extraordinário – falei sorrindo. – Royce implica por que levo esse quadro para todos os lugares.

- Será que ele vai demorar? – ele perguntou me olhando

- Ele não virá enquanto houver charutos e o brandy.

Tomada por um ato de coragem tive a ousadia de pegar o colar que havia ganhado na noite anterior. Mostrei para ele esperando uma reação negativa.

- Que bonito! – ele exclamou – É o que? Safira?

- Diamante – contei – um diamante raro. Esta luz serve? – perguntei

- O quê?

Ele não havia entendido, então tentei ser mais clara.

- Quero que me desenhe, como uma francesa, então… Não precisa de bastante luz?

- Sim – ele riu – mas não costumo trabalhar em ambientes tão... – suspirou fazendo graça – precário. Ri.

- Usando isso – apontei para o diamante.

- Certo – ele concordou, mordi meus lábios com certa vergonha.

- Somente isso.

Ele me olhava indignado, mas com certo toque de quem gostava. Mais envergonhada eu fiquei, porém levantei a cabeça o encarando, com um olhar decidido e firme.

- Não preciso de outro retrato que eu parece uma bonequinha de luxo, e como cliente que paga, quero ter o que desejo – falei pegando uma moeda no cofre.

Minha boca estava seca, nunca havia me despido para um homem, porém eu sabia que aquilo era o que desejava. Emmett era o que queria para mim, e sabia que se algum homem tivesse que me ver daquele jeito, teria que ser ele. E somente ele.

Caminhei para o quarto e fechei a porta o deixando de boca aberta com tal pedido. Lentamente tirei a roupa que me atrapalhava. Peça a peça me sentia mais livre e mais envergonhada. Olhei-me no espelho, nua, e peguei alguma coisa para me cobrir. Amarrei o laço na frente e umedeci meus lábios tomando coragem para passar por aquela porta.

Eu estava certa do que queria, e não iria amarelar, por nada. Coloquei a mão na maçaneta a girando com certo desespero, me contive e abri a porta lentamente.

POV Emmett

Eu já estava atômico de mais imaginando aquela loira esbelta nua, e quando ela abriu a porta do dormitório é que tive a noção de que ela não estava brincando comigo. Aquele fino tecido que envolvia sua beleza me fez morder o lábio sem perceber.

Eu estava a desejando totalmente para mim. Nunca havia sentido desejo tão forte. Pude perceber que não era somente aquilo. Havia sentimentos a mais envolvidos ali. Rosalie não era desejo, eu precisava dela.

A medida que ela abria o laço a minha frente podia sentir reações comerem a se fazer por meu corpo. O meu corpo estava reagindo, mas não queria que ela percebesse aquilo. Virei-me como profissional e ajeitei os lápis que havia comigo. Preparei todo o ambiente para que pudesse trabalhar.

Pelo canto de olho me deliciava com aquela visão dos deuses. Naquele momento desejei com todas as forcas que pudesse sertão rico quando o metido do noivo dela para que pudesse passara frente e toma-la como minha. Para sempre.

- Então... – ela falou com uma voz totalmente sexy. Não que ela percebesse que estava fazendo isso.

- De.deite-se... – gaguejei. Limpei a garganta tentando fazer minha voz sair mais firme – na minha cama – quando me dei conta do que havia falado tive pressa em consertar. – quer dizer, na sua... na... na...

Então não tive tempo de falar mais nada. Ela veio em minha direção tomou meu rosto com as mãos. Tentei novamente.

- No sofá. – falei segurando a tremedeira do meu corpo.

- Está ruborizado senhor grande artista – ela falou. – não imagino Monet corando –brincou.

- Ele pinta paisagens – justifiquei. Meu olho involuntariamente percorreu todo o corpo dela com tamanha vontade que fiquei mais envergonhado ainda. Ela se virou e praticamente rebolando foi ate a chair e se deitou.

- Encoste-se. – pedi

- Avise quando estiver certo. – ela mandou se ajeitando. A pose anterior estava perfeita, na verdade ela toda é perfeita.

- Ponha o braço onde estava. - falei

- Certo. – ela concordou

- Levante o outro braço, encoste a mão no rosto. – esperei ela se posicionar do jeito que queria - Certo. Agora abaixe a cabeça e olhe para mim. Não desvie o olhar. – exigi. - E tente ficar imóvel.

Meu coração palpitava. Aquele era o momento mais erótico de toda a minha vida. Ter uma mulher completamente nua a minha frente pedindo para que a desenhe. A cada traço que fazia no papel sentia-me enrijecer mais e mais. Puxei o ar fundo e segurei involuntariamente quando desenhei as partes mais delicadas que um homem poderia possuir.

Deus! O que aquela mulher estava fazendo comigo? Era insano, mas completamente bom. Aquela sensação de prazer estava me tomando. Eu queria possuí-la, e daquele jeito não esperaria muito.

Apesar de tudo seria minha primeira vez com uma mulher, e eu não desejava que fosse outra.

Assim que terminei o desenho e a mostrei ela se levantou, caminhou até mim olhando tão fixadamente que não teve como me segurar mais. Coloquei o desenho para o lado e levantei como um cavalo que precisava de água e acabará de achar uma fonte. A puxei para meu colo e a beijei. Daquele jeito mesmo.

Arrisquei tudo, concordo. Mas não poderia perder aquela oportunidade. A prendi contra a parede de um jeito bruto. Não era a intenção, mas não conseguia mais controlar meu corpo. Para a minha surpresa ela não gritou de dor ou pedindo para parar. Parecia que ela queria aquilo, do jeito que estava fazendo. Em seguida fui tomado por algo tão intenso e involuntário que só lembro-me dela me pedir para que a tomasse para mim.

- Eu te amo – murmurei antes de trancar a porta e a levar para a cama daquela cabine.

POV Jasper

- Lovejoy – ouvi a voz irritante de minha noiva no corredor perto da cabine onde estava com Alice. – encontrou o senhor Hale? – ela perguntou se referindo a mim.

- Não senhorita – ele respondeu

- É um navio! Ele tem que estar em algum lugar! Por Deus!

Ri com desdém tomando a boca de minha amada mais uma vez entre meus os lábios. Como aquele toque era perfeito. Era como se o mundo deixasse de existir quando estávamos juntos.

Mal pude ouvir os passos insistentes do senhor Lovejoy ao entrar no meu cômodo.

- Sr. Hale – ele falou em tom de repreensão.

Olhei atômico para Alice, como poderia ter me esquecido de trancar a porta? A cabine pareceu pequena, havia que tirar ela de lá. Sem pensar duas vezes tracei uma rota de fuga e a puxei pela mão firmemente, tentei guiar ela no mais rápido que ela conseguia.

- Jasper meus desenhos – ela questionou enquanto corríamos. Tudo o que pude responder para ela foi um “corra”.

Ela pedia para que eu esperasse, mas não ia arriscar. A cada vez que ela soltava um “Espera, Jasper” eu a respondia com um “Vamos, Corra!”.

A cada corredor que virávamos havia um montante de gente que, de braços dados, caminhavam para os seus aposentos. Aquilo era um labirinto, não importava o quanto corrêssemos uma hora eles nos acharia. E eu esperava que aquela hora demorasse.

Alice mantinha uma cara de divertida enquanto juntava mais um ou dois comandantes atrás da gente. Eu ria com a feição dela.

- Não me faça rir, eu perco velocidade – falei quando paramos para decidir para que lado deveríamos virar.

- Desculpas – ela pediu me puxando para o lado oposto ao que imaginei. Corri juntamente com ela.

Ela tentava confundi-los virando e desvirando corredores. Ela havia percorrido todos eles em pouco tempo. Ela se iluminou quando viu o elevador e me puxou para dentro. Fechei a porta o mais rápido que pude e quando ele começou a descer avistei as pessoas que estavam atrás de nós chegar.

- Desce, desce, desce – implorei para o elevador ir mais rápido.

Alice comemorou quando pude o abrir no ultimo andar livre para tripulação. Mas uma vez começamos a correr e brincar de rato e gato até ficarmos sem passagem. Sem pensar muito abri a passagem dos tripulantes e a empurrei para dentro.

- E agora? – ela perguntou enquanto fechava a passagem.

- Corremos – avisei.

- Aqui?! O que?! – ela me perguntava

- Isso mesmo – falei a puxando.

Podia ouvir os gritos dos tripulantes falando que não poderíamos ficar ali enquanto outros estavam mais preocupados com o combustível que alimentava o navio.

- Mais carvão para a caldeira 1 – um falava e quando nos via, repetia o mesmo aviso que o anterior. – Não podem ficar aqui!

- Não se preocupem conosco! – eu gritava em resposta – estão fazendo um belo trabalho!

Assim foi o trajeto todo que tivemos nas caldeiras. Ao chegar na porta que levava ao bagageiro do navio, olhei para Alice e nunca havia visto uma mulher tão suada quanto ela. Podia sentir também minhas roupas molhadas.

- Por Deus, como eles conseguem trabalhar ali? – ela me perguntou.

Mas não tínhamos tempo, ouvia as vozes dos policiais que vinham atrás da gente e de Lovejoy gritando para os homens das caldeiras os ignorarem.

POV Alice

Escondemos atrás de algumas pilhas de malas e esperamos que os guardas passassem por aquele lugar para sairmos.

Jasper abriu a porta de seu carro e me convidou para entrar. Ele segurou minha mão como um cocheiro dos tempos dos contos de fadas e fechou a porta quando entrei. Sorrindo abri a divisória que nos separava enquanto ele tomava o lugar de motorista.

- Para onde senhorita? – ele me perguntou.

- Para as estrelas!

Falei o puxando para trás e o deitando no banco junto comigo. Posso ter sido um pouco atirada de mais para mulheres da minha época e ter cedido ao desejo de ser possuída pelo homem que amava antes do casamento.

Mas naquela hora nada mais importava, somente nós. Eu e ele dividindo algo especial. Minha primeira vez não poderia ser mais perfeita do que com aquele homem.

Ele beijou meu pescoço e eu estremeci. Aquilo estava me deixando louca, animada e, com certeza, bem excitada.

- Está com medo? – ele me perguntou.

- Não - falei firme – Toque em mim, Jasper. Deixe-me ser sua! – pedi

Ele não falou nada, somente tomou meu rosto em suas mãos e beijou. Um beijo doce e ao mesmo tempo cheio de excitação. Ele estava me controlando e eu não sabia o que fazer.

Quando a mão dele começou a se mover para tirar meu vestido tive pressa de alcançar os botões da blusa dele e desabotoar, liberando um peito definido e bem másculo. Era a medida certa para mim. Perfeito em tudo.

Eu já podia sentir sua ereção debaixo da calça de algodão. E meu corpo estava diferente. Ele abriu meu vestido e o tirou com habilidade, após me encarar de cima a baixo ele voltou a me beijar com ternura.

- Eu vou cuidar de você – ele prometeu – para sempre, nem que tenha que fugir!

- E eu vou com você para qualquer lugar que desejar – falei olhando em deus olhos. Voltei a beija-lo mais certa do que nunca.

Eu iria para qualquer lugar, desde que ela estivesse lá. Prometi para eu mesma.


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