Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 37
That Broke me (Continuação de Getting Back Together)


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas! Estava revisando minha fanfic e percebi que acidentalmente pulei o capítulo depois do "Getting Back Together". Aqui está ele. Tentarei posicionar ele certo, mas acredito que será bem difícil, já que implica que eu tenho que excluir os anteriores.



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Eu estava com um pressentimento estranho. Mas não sabia se era bom ou ruim. Será que eu conseguiria encontrar a minha irmã? Essa era a minha única esperança no momento.

— Precisa pagar algo? – perguntei, temendo por isso.

— Provavelmente não. – respondeu, sem tirar os olhos da estrada. – Acho que fizeram isso para o benefício de quem precisa saber de algo. – deu de ombros.

— Espero. – suspirei.

Eu já estava agoniada. A gente nunca chegava ao bendito hospital!

— Você quer muito encontrar a sua irmã, certo?

— Você não imagina o quanto, Jake. – suspirei.

Não sabia o que encontrar chegando lá. Não sabia se as informações que eu gostaria estariam lá. Não sabia nem menos se eu encontraria algum vestígio dela. E isso me deixava apavorada!

E outra: ela podia estar longe daqui. Poderia estar, sei lá, do outro lado do país! Mas Edward se ofereceu para me ajudar. Se eu não tiver escolha, eu vou recorrer a ele, nem que eu passe o resto da minha vida lhe pagando.

O hospital entrou em meu campo de visão e meu coração deu um salto. Por mais que eu tentasse acalmá-lo, não conseguia. Eu estava muito esperançosa de acha-la depois de tanto tempo. Tadinha. Deve estar sentindo minha falta, assim como eu sinto a falta dela.

Jacob estacionou o carro numa vaga perto da entrada. Ele apenas desligou o motor e continuou olhando para frente.

— Está pronta para uma possível decepção? – me perguntou.

Isso foi um golpe baixo, porém necessário na minha esperança.

— Não, mas obrigada por falar desse jeito. – suspirei.

— Isso foi sarcástico? – arqueou uma grossa sobrancelha, me olhando.

— Por incrível que pareça, não.

— Bem, vamos lá, então.

Eu nem percebi que ele havia saído do carro até ele estar abrindo a porta do passageiro para mim. Murmurei um agradecimento e desci.

Olhei para o lugar que mudaria minha vida. Me resta saber se para melhor ou para pior.

— Vamos. – ele pôs uma mão em minhas costas para me incentivar a continuar. E me deixei ser levada.

— Olá, senhor Black. – a recepcionista o cumprimentou com um simpático sorriso no rosto. Simpático e... Sedutor. – O Doutor White está te esperando na sala de enfermaria infantil.

— Obrigado. – ele agradeceu. – Essa é uma amiga minha, Lavine, e ela queria saber de informações da irmãzinha dela que foi mandada para outro orfanato, ela não a vê desde então. Poderia ajudá-la?

— Claro. – ela começou a mexer em umas coisas no computador.

— Lav, eu preciso ir, mas boa sorte. Estou torcendo por você. – falou sincero.

— Obrigada, Jake.

E ele se foi.

— Qual o nome da sua irmã? – perguntou a moça.

— Emma James Stewart. – respondi automaticamente.

— Hmm, hoje é o seu dia de sorte. – ela sorriu. – O registro dela também veio para nós... Mas ela não tem irmã. – falou, confusa, olhando para a tela.

— Deve haver algum engano. – respondi, não entendendo nada. – Ela é sim, minha irmã!

— Hmmm... Ah, sim. Desculpe, engano meu. – ela sorriu, e eu sorri também, aliviada do grande engano. – Ela é sua irmã adotiva, certo?

— Não, não, não, ela é minha irmã de sangue. – afirmei, abismada com tais palavras que ela proferia.

— Sinto muito, querida. Ela está registrada como sua irmã adotiva. Seu nome completo, como a senhora mesmo disse, é Emma James Stewart, filha de Carmen e Jonathan Stewart. Seu nome adotivo também tem o sobrenome deles, mas seu nome antes da adoção é Black. Jane Black.

Ela me passava as informações, porém metade da minha cabeça estava desnorteada. Como eu sou adotada?

Sempre que eu conversava com a minha mãe, eu perguntava se ela me contaria se eu fosse adotada. Ela disse que desde sempre falaria. Mas acontece que ela não cumpriu o que prometeu.

— A senhora está bem? Quer que eu chame algum médico? – ela me questionou, de pé, passando a mão em frente ao meu rosto, tentando me chamar a atenção.

— Moça, tem certeza do que leu? Eu sou filha adotiva da Carmen e do Jonathan? – ignorei sua tentativa de me ajudar e fui logo para esse ponto.

— Sim, como eu disse. – ela falou, convicta. Eu senti um vazio profundo dentro de mim, que me incomodou demais. Havia algum líquido em minha boca, e então percebi que eram lágrimas. Meus olhos já estavam muito molhados. – Seus pais biológicos são Sarah e Billy Black.

Eu engasguei. Billy é o pai de Jacob!

— Não, por favor, me fale que está lendo errado, por favor. – implorei, já não ligando para o meu choro. – Por favor.

Falei num sussurro fraco.

— Sinto muito.

— Não pode ser, não pode ser! – minha voz se elevou, e eu me esqueci de que estava num hospital. Eu só queria desaparecer com essa dor que estava me matando. Só isso.

— Lav? – a voz de Seth me surpreendeu. Eu não me virei para ele, estava desnorteada demais. - Eu sou o namorado dela, o que aconteceu?

— Veja o que consegue fazer para acalmá-la, ela acabou de descobrir que é adotada. - ela respondeu, sua voz saiu realmente preocupada.

— Meu Deus. – Seth murmurou baixinho, pasmo. – Lav, você está bem?

— Eu só quero ir para casa. – solucei. Não aguentava mais estar ali para todos me verem chorar.

Não esperei Seth fazer algo. Apenas virei as costas e saí.

Lá fora não havia muita gente, apenas os dois seguranças altos e de uniformes de plantão perto da entrada. Não me incomodou muito.

— Lavine, meu amor. - Seth me puxou para o seu abraço de urso. E então eu me sentia protegida de tudo e de todos. - Eu sinto tanto, tanto.

Ele me mantinha apertada contra seu peito. E era exatamente desse tipo de abraço que eu queria. Apesar de minutos atrás eu desejar evaporar do mundo, agora eu só queria estar nos braços quentes e protetores dele. Eu sabia que era meu refúgio para qualquer coisa e que eu podia contar com ele para tudo.

Sua mão afagava meu cabelo naquele momento, e eu não queria sair de perto dele nunca mais.

— Me leva para casa? – pedi contra o seu peito. Meu rosto devia estar muito inchado, e eu não queria que muito mais gente me visse assim.

— Vem, vamos. – ele me levou do jeito que estava para a sua moto. Desta vez ele não falou nada sobre o capacete.

Chegando lá, eu abri depressa a porta e adentrei a casa furiosa. Ainda bem que não havia ninguém naquelas horas. Meu ataque de fúria poderia machucar alguém.

Corri para o meu quarto e olhei em volta. Eu precisava de algo para descontar minha raiva antes que eu me transformasse.

As lágrimas furiosas desciam pelo meu rosto e pingavam em um lugar qualquer.

Minha cômoda. Cheia dos pertences que eram da minha mãe e outros cujo ela me dera. Me parecia uma boa coisa para descontar a minha raiva. 

— Lav... – seus passos apressados entraram no quarto, e não deu tempo de ele me impedir do que veio a seguir.

— Ela não tinha o direito de esconder isso de mim! – rosnei, furiosa. Passei os braços violentamente por tudo o que havia ali, sem dó. Caiu tudo no chão, e podia ouvir muito bem o som de vidro se quebrando, no mesmo instante o perfume preenchendo o ar. E por incrível que pareça, aquilo tudo não pareceu suficiente para aliviar o que eu sentia.

Eu ia partir para outro móvel, mas de repente havia braços a minha volta como uma jiboia, me imobilizando.

— Calma, Lav. - ele pediu, parecendo fazer certo esforço para me manter presa, considerando que eu tentava me livrar do aperto, apesar dos meus braços presos ao lado do meu corpo. - Você não quer fazer nada disso.

— Seth, me solta, por favor. – pedi, desesperada por isso. – Eu nunca vou me perdoar se eu te machucar. Por favor.

Nunca iria esquecer o lindo rosto de Emily marcado pela cicatriz de quem mais a ama no mundo.

Quando ele finalmente me soltou e se afastou um pouco de mim, meu corpo tremeu como se eu estivesse tendo convulsões. E então eu explodi em lobo. Senti minhas roupas sendo rasgadas pelo meu próprio corpo em transformação.

Para o meu total alívio, ele estava longe o suficiente de mim.

Eu me sentia exausta. Muito cansada e sem forças para ficar de pé. Então caí sobre as minhas patas.

— Lav. – ele falou, e então estava perto de mim com uma toalha. Fiquei confusa com isso. Chegou perto de mim e começou a afagar meu pelo, novamente me passando o conforto que eu precisava. Não sabia o que seria de mim sem ele. – Calma, amor. Eu estou aqui. – ele sussurrava para mim. – Nada vai acontecer com você.

Suas palavras fizeram as lágrimas, que pareciam intermináveis, cessarem.

E quando eu finalmente estava calma, me lembrei de que não peguei o endereço de Emma com a moça. Eu resmunguei, e com o ganido de lobo que saiu da minha boca me lembrei de que animais não falam.

— O que houve? – indagou, curioso. Sempre que acontecia algo de errado quando eu me transformava, eu gania.

Eu balancei minha grande cabeça em sinal de sim.

— Você achou o paradeiro da sua irmã?

Balancei novamente a cabeça, e gemi novamente.

— Você esqueceu de pegar. – ele falou mais como uma afirmação do que uma pergunta.

Resmunguei, lhe afirmando.

— Pode deixar. Assim que você estiver melhor, voltaremos lá e pegamos.

Seth era tão doce comigo.

Eu tive sorte que o quarto era grande o suficiente para abrigar uma loba enorme.

Aos poucos meu corpo foi relaxando completamente com Seth ao meu lado, e eu senti uma mudança em meu corpo. Logo depois eu estava deitada no chão, e Seth colocava a toalha para cobrir meu corpo.

— Está melhor, amor? – perguntou, se deitando ao meu lado.

— Não sei. – respondi, sincera. Eu realmente não sabia. – E sabe o que é pior? – lágrimas escorreram pelos meus olhos. – Minha mãe sempre me falava que me contaria se eu fosse adotada. E nunca fez isso. – solucei.

— Ela deve ter tido seus motivos. – ele murmurou com a voz calma, acariciado meu cabelo.

— Não sei. – fechei os olhos, apenas aproveitando aquele momento e relaxando meu corpo de toda a tensão que eu havia pegado com essa confusão.


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