Azul & Violeta escrita por TSLopes


Capítulo 9
Capitulo 8 - Edgar


Notas iniciais do capítulo

A resposta de Edgar



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Estava amanhecendo quando avistei o portão da mansão. Estou a poucos metros de distância do meu lar, e deixava a floresta com minhas ações para trás. Sentia-me fraco, fazia um extremo esforço para me manter em pé. Nesse momento a mansão significava conforto, segurança. Como se fosse uma luz quente e calorosa, capaz de me aconchegar quando eu a adentrasse.

Desta vez, o sacrifício fora um homem de uns trinta anos, que durante todo o tempo apenas pedia proteção aos seus filhos. Ele realmente os amava e era um homem bom. Perguntei-me qual era o critério de escolha para sacrifícios que essa seita estava tendo. Isto é, se houvesse mesmo uma seita.

Mas por enquanto isso não importava. Eu tinha uma dívida com esse homem. Teria de achar seus filhos e ajudá-los de alguma forma. Era o mínimo que eu podia fazer.

Tem a obrigação é de fazer a caçada voltar.

Quando abri o portão grande de ferro da mansão, me surpreendi com o jardim todo destruído. As rosas estavam amassadas e espalhadas por todos os lados, parecia até que um furacão tinha passado por ali.

O que aconteceu?

Caminhei o mais depressa que pude por causa das minhas dores e entrei. O salão de entrada estava cheio de vasos quebrados e os quadros rasgados. Quase me engasguei de medo pelo que aconteceu aqui.

Então me arrependi amargamente de ter saído e os deixado sozinhos. Eu devia ter ficado aqui e protegido esta casa. Agora ela está toda destruída.

Abri a porta da sala central e vi os móveis caídos e destruídos. Sarah e Rubens estavam no que sobrara do sofá, ela chorando.

— O que aconteceu? – perguntei, internamente aliviado por eles estarem bem, mas... - Onde está Angel?

Eles me olharam assustados. Rubens veio até mim e se ofereceu para me levar até o sofá. O empurrei, agora mais alarmado com sua reação. Era isso o que pessoas faziam quando iriam dizer coisas ruins.

— Onde está Angel? – questionei enfaticamente.

Ele abriu a boca e depois a fechou. Se eu não estivesse tão fraco, juro que acertaria a minha mão na cara dele. O medo de alguma coisa ter acontecido a ela por causa da minha ausência fez meu estômago se contorcer.

— Fala! – ordenei, mais angustiado por esse suspense.

— Levaram ela! – Sarah esbravejou de repente, e depois se sentou, agora sussurrando – Levaram ela...

Voltou a chorar. Minhas mãos tremiam de nervosismo. Isso não era bom...

— Como assim levaram ela? – perguntei, ao mesmo tempo surpreso e assustado, para Rubens.

Ele fez uma careta, olhando para baixo. Seu rosto estava repleto de arranhões, e sua roupa estava cheia de rasgos, com um pano branco amarrado em seu braço direito. Mas nesse momento, eu não estava me importando muito com sua saúde física.

— Sente-se, senhor Borchacell – pediu e eu me remexi, mais irritado.

— Fala logo, seu paspalho! – ordenei.

Ele fez uma careta e finalmente respondeu.

— Um bando de homens da facção negra entrou aqui – disse e depois começou se remexer no mesmo lugar – Eu e meus homens os seguramos, mas uns conseguiram entrar e levaram a garota.

Essa resposta me desestabilizou mais do que eu já estava. Era como se tivesse tirado o ar de meus pulmões.

— Como assim? Como deixaram entrar e levar ela tão fácil? – gaguejei ainda com raiva.

— Eles conseguiram passar por nós – confessou.

Passei a mão na cabeça, totalmente possesso. Não acredito que ele, um homem de quase dois metros com um corpo extremamente robusto, deixou alguém levar Angel.

— Você é um imprestável mesmo. Como é que meu pai pode confiar em você? – queixei-me, gesticulando com as mãos.

— Edgar, eles deixaram um bilhete – Sarah avisou.

Caminhei até ela, me odiando por estar tão lento. Minha mente girava de raiva e frustração. Esses sequestradores se aproveitaram de minha ausência para me prejudicar. Eles conseguiram me atingir em cheio, e isso me deixava muito furioso.

Sentei ao seu lado e peguei o bilhete. Estava escrito uma quantia com zeros demais.

“Entregue essa quantia no bar Lewis’s às 16:30hrs e no sábado entregaremos sua noiva. “

— Noiva? – franzi o cenho.

— Sim, eles tinham me prendido e eu ia deixar me levar, quando ela jogou algo e os homens de preto a pegaram – voltou então a chorar – Quando ela me viu, sorriu pra mim e disse que estava tudo bem. Edgar, mesmo naquela situação ela se preocupou comigo. Você tem de salvá-la!

Cerrei o punho. O ódio fervia em meu corpo. Esse tipo de atitude dela não me surpreendia. Eu podia conhecer Angel há poucos dias, mas sabia que ela era aquele tipo de gente que faria qualquer coisa para salvar um amigo. Ela era o oposto de mim, uma heroína nata. E esses caras agora estão com ela, talvez fazendo coisas inimagináveis. Ela era muito bonita e homens dessa laia poderiam se aproveitar disso...

Trinquei os dentes.

— Rubens, onde fica o esconderijo deles? – perguntei.

Todo mundo que viveu algum tempo aqui sabe que existia um grupo de ladrões autointitulados facção negra – não me interessava pelo o porquê desse nome – que vivem com o objetivo de prejudicar o governo do nosso rei. Eles sempre deixaram isso claro, com seus ataques e protestos em cerimônias reais. E existia outra coisa que apenas homens já experientes em batalhas sabiam: o esconderijo deles.

— Não conheço mais. O antigo foi queimado – Rubens respondeu.

Fechei os olhos. Parece que muitas pessoas sabiam dessa localização, e por consequência, acabaram entregando eles. O que me fez senti-los escorrer por minhas mãos, e fugirem para fora de meu alcance.

— E rumores?- indaguei.

— Sei que eles querem dinheiro para recuperar sua força.

Encostei-me no sofá e tentei raciocinar em meio a minha agitação. Não conhecia nada sobre eles. Eu sabia o que a facção negra queria que a população soubesse, a não ser o fato de que Rubens tinha noção de seu esconderijo anterior. Entretanto, conclui que eles não poderiam ter ido para muito longe, já que provavelmente não tem transportes que suportem uma viagem tão longa, pois seu esconderijo fora queimado. Contudo...

— Seu rastro foi até onde? – questionei.

Ele sorriu e se mexeu um pouco. Rubens sempre ficava assim quando eu dizia algo deveras estratégico, mas eu acho que se orgulhava mais por eu não ser um mero riquinho esnobe que não tinha a menor capacidade de me virar em uma situação dessas.

— Até a parte sul da floresta. Mas não se sabe se eles ficaram lá ou não.

Levantei-me. Com todas as minhas caçadas assassinas na floresta, eu a conheço como a palma da minha mão.

— Vou até lá.

Rubens deu dois passos até mim.

— Senhor Borchacell, está tentando invadir o território da facção negra?

— Não, pretendo invadir a facção negra e pegar Angel de volta – contestei sério.

Ele se assustou com minha resposta. Entretanto, minha determinação não se abalou com sua reação.

— É perigoso, senhor Borchacell! Pense um pouco, vale a pena arriscar a vida de um conde por uma camponesa? – questionou indignado.

Revirei os olhos, cansado desta palhaçada.

— Rubens, não me faça me arrepender de não ter te matado – avisei e respirei fundo – Vou até lá.

Dei um passo e depois outro. Meu corpo estava recuperando as forças. A voz se calou porque sabia o que pretendia fazer. Sarah se levantou do sofá e veio até mim, chegando a minha frente. Então pegou minha mão.

Existiam alguns momentos na vida em que jamais me esquecia. Seja a risada de meu irmão, o choro de minha mãe, a sensação de pular de um lugar bem alto, o meu primeiro beijo. Mas quando eu estava ali, de mãos dadas com a pessoa que esteve comigo a minha vida inteira, vendo-a me encarar em profunda preocupação e desespero, prestes a suplicar algo que ficaria para sempre em minha memória, eu senti que esse era um daqueles momentos.

— Salve-a – suplicou lentamente, quase que em um sussurro.

Só com essas duas palavras  eu entendi o seu recado. Angel era uma pessoa boa demais para sofrer nas mãos daqueles caras. Eu tinha que fazer isso não apenas por causa de meu orgulho, mas por algo maior do que isso. Por ela. Por Angel. Eu não poderia deixá-la ou abandoná-la dessa forma nem mesmo se eu quisesse. Ela em apenas uma semana se tornara em alguém importante para todos nós.  Seria minha obrigação salvá-la, não importa a que custo. Cobri minha mão com a sua.

— Juro pela minha vida que vou salvá-la.

Ela apenas sorriu satisfeita e se sentou, enquanto eu ia embora da mansão. Cheguei ao enorme portão de entrada. O céu já estava totalmente alaranjado, o frio da manhã penetrava meu terno sujo e amassado. Abri o portão e escutei Rubens me chamar.

Ele veio com nossos cavalos.

— Eu quero ir com o senhor – falou enquanto chegava até mim.

— Não precisa, posso me virar - subi no meu cavalo branco, pois seria mais fácil assim do que ir de carro.

Ele subiu no seu cavalo negro.

— É minha função protegê-lo e também sei atalhos pela floresta.

Olhei cético para ele.

— Por que quer salvá-la?

Ele olhou seriamente para as árvores e refletiu por dois segundos. Então disse:

— Não gosto dela. Mas respeito muito o senhor, e se quer resgatá-la, sua vontade se tornará a minha.

Sorri. Rubens, sempre fora fiel a mim.

Não tanto quanto eu. Até parei de te atormentar.

Pela primeira vez, me senti realmente bem em ter o poder da voz e Rubens ao meu lado. Por mais controverso que fosse, os dois eram muito bom em caçadas, além de que eu poderia sempre confiar em tê-los ao meu lado.

— Vamos. Vá à frente e me mostre o caminho.

.....||.....

Passamos a manhã inteira procurando por pistas. O rastro da charrete deles terminou dentro da floresta, numa área toda coberta por árvores tropicais e um pouco mais adentro encontramos a charrete abandonada, encostada numa árvore, toda quebrada.  Lá dentro havia um bilhete escrito:

“Não adianta nos caçar, dê o dinheiro e pronto.“

Amassei o papel e continuamos a procurar, mas só havia árvores e mais árvores, sem nenhum rastro de passos ou de qualquer outra coisa. Odiei-me mais ainda por não saber nada útil sobre rastreamento. Toda a experiência que eu tinha era quando eu estava no corpo do monstro, e ele podia encontrar qualquer vítima só com o faro. Além do mais, elas nunca tinham tanto tempo para fugir.

Rubens me disse que a facção negra era especialista em se esconder e que só era possível encontrá-los quando queriam. Quando perguntei do que ele era especialista e ele disse que era em combates, percebi o quanto eu sabia pouco sobre Rubens. E isso me frustrou mais ainda. Que bom, estava contando com dois seres que pensei que poderiam me ajudar. Entretanto, Rubens com sua fala me dera a impressão de ser alguém mais complexo do que um simples guarda costas. Então percebi que eu não sabia nada do seu passado.

Chegamos a um ponto em que estávamos a quilômetros de distância do ponto de partida. Eu sentia a frustração arder como brasa em meu corpo.

— Não temos escolha, vamos ao bar, nos encontrarmos com eles – Rubens falou.

Olhei-o e ele me encarou de volta. Isso seria fazer exatamente o que eles queriam, e era a última coisa que eu desejava. Contudo, seu semblante sério e determinado me fez reconsiderar. Ele era meu guarda costas, e eu tinha que confiar nele.

— E o dinheiro? – perguntei, pois eu poderia ser rico, mas não o bastante para satisfazer a vontade daqueles vagabundos.

— Pedimos mais tempo. Eles vão dar não se preocupe – sorriu – Estão dependendo de você.

— Estou doido para presenteá-los! – exclamei sarcasticamente.

Nós dois gargalhamos e fomos embora.

Durante o trajeto, eu não conseguia parar de pensar no que estavam fazendo a Angel. Estavam tocando nela ouse aproveitando dela? Tinha de ser mais rápido. Talvez até mais veloz do que minha mente fantasiosa.

.....||.....

O bar Lewis´s era sujo, cheio de trabalhadores bêbados que só sabiam rir e deixar a cerveja barata cair na roupa, o estabelecimento pequeno e sem ventilação, fazendo o mal odor deles ser tão forte que chegava a grudar na roupa. As risadas trôpegas deles preenchiam todo o espaço e me fazia enjoado.

Pelo menos, meu terno sujo e amassado não chamaria atenção. Uma garçonete velha, com a maquiagem derretida e um decote ridículo chegou a nossa mesa mais afastada.

— Boa tarde, senhores – seu hálito fedia a cigarro – O que vão pedir?

Um homem enfiou meleca de nariz no prato de um cara distraído. Este comeu alegremente e todos gargalharam.

Rubens pediu duas cervejas desconhecidas por mim. A mulher foi embora, rebolando.

— Cruzes, que baranga – franzi o cenho.

Quando ela chegou perto do balcão, um bêbado passou a mão na sua bunda e gritou “gostosa”. Fiz uma careta de nojo e Rubens começou a gargalhar.

— Senhor Borchacell, tem de ver sua cara – disse, controlando o riso.

— Até minha avó é mais atraente – resmunguei. 

Voltou a rir.

Eles estavam demorando a chegar, parecia ser proposital. Minha mente girava entre suposições sobre a intenção deles e o que poderia estar acontecendo com Angel enquanto ficava aqui. Permaneci olhando para a entrada, estávamos na mesa mais afastada do povo, no local mais sujo e distante do balcão do bar, e a gordura na mesa me repugnava.

Conversei com Rubens sobre amenidades, para que eu pudesse relaxar, mas acabamos os dois mais nervosos do que o normal. Então finalmente chegamos ao ponto de conversamos sobre a facção negra. Mal havíamos trocado algumas palavras quando um homem com roupa preta, a barba e o cabelo ruivo bem aparado, entrou no bar. Olhou ao redor e então nos encarou, formando um sorriso zombador antes de caminhar até nós.

— Deixe que eu falo, o senhor está nervoso – Rubens murmurou.

Minhas mãos tremiam, a raiva fervilhando em meu ser. Esse era um dos meus maiores defeitos. Quando eu ficava irado, eu não conseguia parar de pensar nisso.

O homem sentou a nossa frente, em um gesto calmo e descontraído, como se estivesse se sentando para beber com velhos amigos.

— Boa tarde, senhores – cumprimentou.

— Boa tarde – Rubens disse.

— Sou Jeremy, você deve ser Rubens e você o poderoso conde Edgar, estou certo?- disse, apontando para cada um de nós e sorriu calmamente.

— Está. Quer beber o quê? – Rubens sorriu também.

Olhei para Jeremy, concentrado em não deixar que ele visse minha agitação. Rubens estava cumprindo muito bem nosso plano ao agir assim, tão passivamente. Eu tinha que me acalmar também.

— Oh não. Não bebo em serviço. Se é que me entendem-  negou e depois olhou para nós dois, desviando rapidamente o olhar quando me viu.

Rubens riu, tranquilo.

— Entendo perfeitamente. Desculpe pela pergunta.

— Então vamos tratar de negócios!- exclamou prazerosamente, batendo a mão. Engoli em seco.

— É claro, por isso estamos aqui. Mas antes tenho uma pergunta – Rubens disse.

O semblante de Jeremy ficou sombrio de repente, e eu fiquei satisfeito com isso. Agora ele está tão tenso como eu estou.

— Fale.

Rubens se recostou a cadeira e cruzou os braços, totalmente tranquilo.

— Qual prova nós temos de que o senhor levará o dinheiro para eles?

Sua expressão se fechou, mostrando que a fachada de amigos acabara.

— Como assim? – questionou, confuso.

— O senhor está sozinho, se eu lhe der o dinheiro, que garantia eu tenho de que entregará há facção?

Seus olhos se estreitaram, quase que saindo chispas de ódio.

— E que outra opção o senhor tem? – sua voz está mais seria.

A garçonete chegou com as bebidas e colocou na mesa.

— É aí que eu quero chegar – Rubens respondeu, animado com a pergunta de Jeremy.

— Senhor, vai querer algo? – ela perguntou e Jeremy negou. Então foi embora.

Eu estava realmente surpreso com a tranquilidade de Rubens diante da tensão dessa conversa. Jeremy e eu já não conseguíamos deixar de  transparecer nossa raiva, entretanto, lá estava Rubens, com um sorriso tranquilo no rosto, como se conversássemos sobre o dia. Senti orgulho de tê-lo ao meu lado, como um companheiro.

— Tenho um novo acordo. Amanhã nós traremos o dinheiro e só entregaremos quando estivermos frente a frente à garota – Rubens propôs, com um sorriso confiante.

Jeremy arqueou uma sobrancelha.

— E que prova eu tenho que não fará nenhuma gracinha?

Era minha vez de entrar no jogo.

— Eu vou sozinho. Podem revistar a área e colocar uma faca no pescoço dela se quiserem – respondi, olhando no fundo de seus olhos.

Ele me encarou por um segundo e depois sorriu.

— E se eu negar? – cruzou os braços.

— Não haverá dinheiro hoje, de qualquer jeito – Rubens disse tranquilamente – E se negar, não haverá amanhã e nem nunca.

Seus olhos voltaram a se estreitar.

— Se fizer isso, eu mato a mulher -  replicou sombriamente.

Cerrei os punhos e me esforcei para parecer tranquilo.

— Se matá-la – Rubens contrapôs e bebeu um gole – O conde ficará nervoso e caçará você e todo o seu grupo. Não se esqueça de que o pai dele tem ligação direta com o rei, sem contar com seus irmãos. Pense nas consequências.

Isso também era verdade. Entretanto, eu não precisaria disso para pegá-los. O monstro em meu ser faria isso com muita satisfação, e esse era o porquê de meu plano de ir até lá, sozinho. Eu tinha um grande poder, e poderia usá-lo. Não contei isso para Rubens, lógico, mas da mesma forma que eu confiava nele, ele confiava em mim, por isso ele concordou.

Jeremy pensou durante um tempo e depois disse, me encarando.

— Me encontre na carruagem abandonada ás seis da manhã com o dinheiro e sozinho – disse, acentuando a palavra ‘sozinho’.


Eu sorri, amo fazer negócios. Principalmente aqueles que vão a meu favor.

— Até lá – eu respondi.

Ele se levantou e foi embora.

Que expressão ele fará quando perder tudo?

É o que iremos saber. 


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Notas finais do capítulo

Capitulo betado pela lady mikaelson. O que acharam? Comentem!



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