The Little Vampire escrita por DudaB


Capítulo 2
Visita noturna


Notas iniciais do capítulo

Aqui mais um capítulo! *---* O tempo anda cooperando tanto comigo!*---* Quando escrevi tava fazendo friozinho o que ajudou muito! *--*

Espero que gostem do capítulo!



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A menina se virou no susto, fazendo os cobertores caírem no chão deixando-a ainda mais desprotegida. Como aquilo havia entrado lá? Aliás... O que era aquilo?

 

Os pés da menina se enrolaram nos cobertores, e ela caiu no chão. Parecia indefesa e frágil. A criatura respirou fundo, e chutou um canto da parede do quarto da garota, a fazendo estremecer, ao ver a visível marca afundada ao lado da estante.

 

-Mais que droga! Eu achei que o cheiro bom vinha de você! Mas você e magra igual a um palito.

 

Ele sentou na mesa de desenho. Estava até achando engraçado ver a menina tremendo de medo. Tão magrinha, e tão fraquinha. Por algum motivo que nem mesmo ele conhecia gostava de ver as futuras vitimas com medo.

 

-M-mas...o-o...

 

-Alem de anêmica tem gagueira? Acho que to piorando a cada dia.

 

Ele era bonito. Talvez fosse com isso que ela estivesse mais assustada. Tinha olhos azuis, a pele extremamente branca,e um nariz longo e arrebitado.

 

Mas o que ela podia ver estava alem da aparência. Pode-se dizer que logo ela havia percebido o quão arrogante ele era, ou o quão metido e provavelmente insuportável o jovem deveria ser, mas...isso a deixava fascinada.

 

-Quem é você?

 

Ele levantou bruscamente da mesa e olhou para ela com cara de tédio.

 

-Será que vocês sempre tem que perguntar a mesma coisa?

 

-Será que você não consegue responder a nenhuma pergunta minha?

 

Anna não tinha a menor idéia de onde tinha saído toda aquela coragem, mas sabia que ela havia ido para os ares quando ele a segurou pela gola da roupa.

 

-Você tem idéia de com quem esta falando?

 

Ele parecia rugir.Ela poderia jurar que se ele chegasse mais perto acabaria afundando nos profundos olhos.

 

-È exatamente isso o que estou querendo saber há algum tempo.

 

Ela não tinha fama de língua afiada a toa. Não, sempre tinha uma bela resposta na ponta da língua.Enquanto estivesse preparando sua pergunta ela já tinha a resposta há muito tempo.Porem ao que parecia ele era tão esperto quanto ela.

 

-Se quer tanto saber, porque não se cala, e me deixa falar?

 

Ela se calou.Pela primeira vez em anos não tinha uma resposta pronta.O encarou por algum tempo enquanto levantava do chão e se sentava na cama.

 

-Meu nome é Anthony...

 

-E seu sobrenome?

 

-Me deixe terminar de falar!- rosnou-Meu nome é Anthony Von Sholohter.

 

-Será que todos aqui tem sobrenomes estranhos?

 

-Você acha que o seu é normal, não é mesmo?

 

-Mais normal que o seu com certeza!

 

Ela havia tocado em um ponto fraco.Nunca se falava que o nome de alguém da família dele era feio.Pelo menos, ninguém que havia ofendido a família estava vivo ou inteiro pra contar a historia.

 

-Você é bem atiradinha não acha?

 

Ela se calou mais uma vez. Mas não de medo, e sim para pensar um pouco sobre o que ele havia falado.Ela era realmente “meio” atiradinha.

 

-Desculpe...mas pode me dizer realmente quem é você...?

 

Ela jogou um vaso de flor qualquer no chão fazendo vários cacos voarem para todos os possíveis lados.

 

-Mais que droga! Eu já disse quem sou!

 

-Desculpe! Mas você só disse seu nome! Nada além disso! Como foi que subiu aqui?

 

-Oras! Mas é lógico que pelas janelas! Ou acha que eles achariam comum um homem subir aqui tarde da noite pelo elevador, sendo que ele não  é morador desse prédio!?

 

Ela caiu mais ainda na cama, tinha de admitir que estava com medo agora.O rosto que ele fazia era mesmo assustador.

 

-Desculpe...

 

-Mais que saco! Você só sabe se desculpar?! Olha, meu estomago já esta doendo então vou ser rápido.

 

Ele respirou fundo e tirou o cabelos dos olhos.

 

-Sou um vampiro e tinha vindo pra de matar e tomar seu sangue, mas você é anêmica demais e magrela, ou seja, se te morder corro o risco de quebrar meus caninos nesses seus ossos enormes, então...vai sair viva dessa vez.

 

Ela arregalou os olhos.Não por saber que tinham vindo matá-la, ou nem mesmo por ele ser uma criatura da noite, mas sim por ele não querer seu sangue por ela ser mais magra que o normal.

 

Ele subiu pela janela, fazendo menção de pular.

 

-Espere! – ela gritou.

 

-Não vou me machucar criatura estúpida.

 

-Não estou preocupada com você! – ela levantou da cama esse postou a cerca de 1 metro dele- Vai me deixar aqui assim?

 

-Por mim, você esta perfeitamente bem...apesar de um “pouco” magra.

 

-Não quis dizer isso! Quer que eu esqueça que esteve aqui?

 

-Olhe, faça o que quiser!

 

-Eu não entendo! Você não é como os vampiros comuns!

 

-O que vem a ser  “ vampiros comuns”?

 

Ele estava visivelmente irritado.Já não bastava ela falar que seu nome era estranho, agora tinha que falar que ele não era um vampiro comum? Aquilo era demais para a paciência e qualquer um.

 

Ela puxou o cabelo para frente.Deu para entender que estava tampando o pescoço.

 

-Bem...sabe,caixões, caninos enormes, olhos vermelhos, vivendo em castelos...

 

-Eu vivo em uma cripta, durmo num caixão, meus caninos são grandes, e meus olhos só ficam vermelhos quando estou com muita fome, o que provavelmente vai acontecer daqui a pouco se eu não sair daqui!

 

-Vampiros são assim, tão mal humorados?

 

-Não sou mal humorado. Somente não tenho tanta paciência.

 

-Hum.

 

Ela sentou na cama novamente. Agora estava disposta a deixar ele ir.Precisa ficar um tempo sozinha, toda a visão que tinha antes dos vampiros, dos queridos personagens que passava horas lendo suas historias, havia ido embora.

 

Aquilo não fazia sentido! Ele definitivamente não poderia ser um vampiro.Era bonito demais para ser um, apesar de ela saber que vampiros no geral eram lindos justamente para poderem pegar com mais facilidade suas presas.

 

-Mas...

 

 

Não terminou de falar, somente correu para a janela e viu um vulto preto em meio a rua pouco iluminada.Ele havia ido embora, mas provavelmente já havia percebido que a garota olhava de longe.

 

Anna se arrastou novamente para a cama.Como explicaria aos pais os cacos de vidro?Ou pior, como explicaria o buraco na parece?

 

Aquilo não poderia ser real! Não fazia sentido! Sua cabeça doía sem parar tentando acomodar todos os pensamentos na mente.

 

Deitou-se e colocou pesadamente a cabeça nos travesseiros macios, soltando um pesado suspiro.

 

Tremia de tanto nervosismo, mas sabia que precisava dormir. Tinha de suportar ir a aula no dia seguinte.

 

Adormeceu pedindo aos céus que aquilo não fosse só um sonho.


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Notas finais do capítulo

Não sei quando vai sair o proximo...Mas vai sair com certeza! o.O7