O Primo perdido escrita por Paula Mello


Capítulo 10
A Fuga DA Mulher Gorda




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Mais tarde, depois de voltarem para o castelo, foram para o jantar de Dia das Bruxas, Hydra lembrava com carinho do ano anterior onde teve um divertido jantar, sua primeira festa em Hogwarts.

O salão principal fora decorado com centenas de abóboras iluminadas por dentro com velas, uma nuvem de morcegos, muitas serpentinas laranja vivo que esvoaçavam lentamente pelo teto tempestuoso como parecendo luzidias cobras de água.

A comida estava deliciosa e a festa foi um tremendo sucesso, Hydra conversava animadamente com seus amigos e observava Peter, na mesa da Corvinal, conversando com os dele e trocando olhares e sorrisos com ela durante todo o tempo.

— Um dia, eu quero aprender a disfarçar tão bem quanto vocês dois – Disse Jorge, sentado ao seu lado, de forma irônica.

— Não diga isso Jorge, são preciso anos de aulas para aprender isso! – Disse Fred, também de forma irônica.

— Está tão na cara assim? – Perguntou Hydra.

— Não, Hydra, imagina! – Disse Fred, rindo.

— Vocês estão namorando, finalmente? – Perguntou Jorge.

— Não, eu ainda estou confusa... Mas estamos tendo algo, definitivamente estamos juntos de alguma forma... – Afirmou Hydra.

— Você nasceu confusa! – Brincou Jorge.

— Hydra, você bem que poderia me ajudar em Poções... – Pediu Katie, distraindo Hydra de sua conversa com os gêmeos.

— Claro, Katie, não sabia que você estava precisando.

— Precisando? Desesperdamente! Eu quase não passei nessa matéria ano passado...

— Podemos marcar na biblioteca, o que acha? Assim é bom que eu reviso algumas coisas do quarto ano para os N.O.M.s.

— Ótimo! - Disse Kate, sorrindo para a amiga.

A noite terminou com um espetáculo apresentado pelos fantasmas de Hogwarts. Eles saltavam de repente das paredes e dos tampos das mesas e voavam em formação; Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, fez grande sucesso com uma encenação de sua própria decapitação incompleta.

— Daora! – Disseram Fred e Jorge, no final da apresentação.

No final da noite, Hydra e os amigos acompanharam os colegas da Grifinória pelo caminho habitual para a sua Torre, mas quando chegaram ao corredor que terminava no retrato da Mulher Gorda, encontraram-no engarrafado pelos alunos. Antes que pudesse falar algo ouviu Percy gritar

— Me deixem passar – ouviu-se a voz de Percy, que passou cheio de importância e eficiência pelo ajuntamento. – Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...

E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na frente, dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor. Eles ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada: – Alguém vai chamar o Prof. Dumbledore. Depressa. As cabeças dos alunos se viraram; os que estavam atrás se esticaram nas pontas dos pés.

— O que aconteceu? – Perguntava Hydra assustada.

Instantes depois, o Prof. Dumbledore chegou deslizando, imponente, em direção ao retrato; os alunos da Grifinória se comprimiram para deixá-lo passar, e Harry, Rony e Hermione se aproximaram para ver qual era o problema.

A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que fora cortado com tanta violência que as tiras de tela se amontoavam no chão; grandes pedaços do retrato haviam sido completamente arrancados.

Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio, e viu os professores McGonagall, Lupin e Snape que vinham, apressados, ao seu encontro.

— Precisamos encontrá-la – disse Dumbledore. – Prof a McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.

— Vai precisar de sorte! – disse uma voz gargalhante. Era Pirraça, o poltergeist que Hydra não gostava muito e evitava encontrar, sobrevoando professores e alunos, encantado, como sempre, à vista de desastres e preocupações.

— Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? – perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco. Ele não se atrevia a atormentar o diretor. Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua gargalhada escandalosa.

— Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores. Chorando de cortar o coração – informou ele, satisfeito. – Coitada – acrescentou em tom pouco convincente.

— Ela disse quem foi que fez isso? – perguntou Dumbledore em voz baixa.

— Ah, disse, Sr. Diretor – respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande bomba nos braços. – Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende. – Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas. – Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.

O Prof. Dumbledore mandou todos os alunos da Grifinória voltarem ao Salão Principal, onde foram se reunir a eles, dez minutos depois, os alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina, todos parecendo extremamente atordoados.

— Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo – disse o diretor aos alunos quando os professores McGonagall e Flitwick fecharam as portas do salão que davam para o saguão. – Receio que, para sua própria segurança, vocês terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão e vou encarregar o monitor e a monitora-chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar imediatamente qualquer perturbação que haja – acrescentou Dumbledore dirigindo-se a Percy, que assumiu um ar de enorme orgulho e importância. – Mande um dos fantasmas me avisar.

O Prof. Dumbledore parou, quando ia deixando o salão, e disse:

— Ah, sim, vocês vão precisar... Com um gesto displicente da varinha, as longas mesas se deslocaram para junto das paredes e, com um outro toque, o chão ficou coberto por centenas de fofos sacos de dormir de cor roxa.

— Durmam bem – disse o Prof. Dumbledore, fechando a porta ao passar

O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer.

— Todos dentro dos sacos de dormir! – gritou Percy. – Andem logo e chega de conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos!

— Hydra, vocês está bem? – Peter surgiu em meio aos alunos da Corvinal perguntando.

— Sim, eu estou bem, só um pouco chocada e assustada.

— É verdade mesmo? Foi o Sirius Black? – Perguntava ele interessado.

— Eu não sei, foi o que disseram.

— Peter, me ajuda a mandar todos os alunos da Corvinal dormirem por favor... – Disse Penélope, namorada de Percy chegando próximo deles, um pouco irritada com o fato de Peter estar parado falando com Hydra e não trabalhando.

— Sim, já estou indo! – Disse Peter sério – Eu tenho que ir, se precisar de algo vou estar com os outros monitores chefes, está bem? – Hydra concordou e Peter saiu em meio aos alunos de sua casa.

Hydra se junto a Fred, Jorge, Alicia, Angelina e Lino, pegou um saco de dormir e os cinco se ajeitaram em um dos cantos.

— Vocês acham que isso é verdade, que foi o Black? – Perguntava Hydra ajeitando o saco de dormir.

— Eu acho que sim, mas como ele entrou no castelo? Aonde ele está? – Perguntava Angelina colocando seu saco ao lado de Fred, que colocou o saco de dormir ao lado de Jorge e esse por sua vez ao lado de Hydra.

Hydra apenas ficava séria, não sabia muito bem o que pensar ou dizer, viu que algumas pessoas olhavam feio para ela.

— Devem pensar que eu ajudei ele – Disse Hydra, para os amigos.

— E por quê pensariam isso? – Perguntou Angelina.

— Porque ele é meu parente... – Disse Hydra, completamente sem graça.

— Isso não tem nada a ver, não se preocupa com esses idiotas! – Disse Jorge.

A toda volta, os colegas falavam sobre o acontecido.

— Vai ver ele sabe "aparatar" – sugeriu uma aluna da Corvinal

— É impossível aparatar dentro de Hogwarts – Respondeu Hydra.

— Mas como ele entrou então? – Retrucou a menima.

— Eu não faço ideia...

— Você está bem? – Perguntou Olívio, colocando o saco de dormir ao lado de Hydra e seus três amigos do sétimo ano ao lado dele.

— Sim, tudo bem e você? – Respondeu Hydra.

— Estou bem também...

— Ah, como é bom saber que sempre que a Hydra estiver perto somos invisíveis, como será que devemos usar esse novo poder? – Perguntou Jorge, fingindo pensar no assunto em quanto todos em volta riam.

— Eu quis dizer...

— Nós sabemos o que você quis dizer, quis perguntar para todos nós, certo? – Disse Fred, rindo ainda mais.

Hydra reparou que Peter olhava para Olívio ao seu lado, mas não era culpa dela, ela não o chamara para ali, não que isso fosse problema, se tivesse o feito, ela também sabia que como Monitor Chefe, Peter não podia parar o trabalho que estava fazendo e ficar ao seu lado.

— As luzes vão ser apagadas agora! – anunciou Percy. – Quero todo mundo dentro dos sacos de dormir, de boca calada!

Todas as velas se apagaram ao mesmo tempo. A única luz agora vinha dos fantasmas prateados, que flutuavam no ar em sérias conversas com os monitores, e do teto encantado, que reproduzia o céu estrelado lá fora. Com isso e mais os sussurros que continuavam a encher o salão, era como dormir ao ar livre.

— Você está bem mesmo? – Perguntou Olívio agora deitado no saco de dormir a seu lado a olhando.

— Estou sim e você? – Sorriu Hydra e deitou de barriga para cima para olhar as estrelas do teto encantado.

— Estou bem também, eu fiquei só um pouco assustado com a situação talvez.

Hydra notou que a mão de Olívio estava no seu saco de dormir, ficou tentada em segurar a mão dele, mas sabia que isso deixaria Peter chateado e dessa vez, com um pouco de razão. Ela apenas olhava para o teto e admirava as estrelas, era como dormir do lado de fora, a céu aberto, ficava tentando imaginar o que acontecia nos outros cantos do castelo naquele momento.

De hora em hora, um professor aparecia no salão para verificar se estava tudo calmo e Hydra notou que Peter patrulhara o canto onde ela estava muito mais vezes que os outros.

Depois de um tempo, ficou observando as estrelas e ouvindo Fred e Jorge contando histórias de terror para, segundo eles, "aliviar o clima", deixando os alunos do primeiro ano apavorados.

— Já tinhavmuito tempo que eu não deitava do seu lado... – Brincou Olívio, depois que ela se virou para ele.

— Pois é, pena que dessa vez, não é pelos melhores motivos – Dise Hydra.

— Você está assustada? – Perguntou Olívio.

— Um pouco, não sei o que ele queria aqui e se ele vier matar os alunos? – Perguntou Hydra.

— Não acho que ele vá conseguir fazer nada com o Dumbledore aqui – Afirmou Olívio.

— Eu sei, mas eu não imagina que ele fosse conseguir entrar aqui também, no entanto...

Depois de conversarem um pouco mais, Olívio e todos ao seu redor dormiram depois de um tempo, deixando Hydra acordada sozinha, olhando novamente para as estrelas.

— Você está bem? – Perguntou Peter, sentando perto de seu saco de dormir.

— Estou, você pode ficar aqui? – Perguntou Hydra.

— Não muito, mas eu escapei um pouco... – Peter olhou para Olívio, que dormia profundamente ao lado de Hydra - queria eu poder estar no lugar dele hoje – Disse o rapaz.

Hydra olhou ao redor e viu que todos dormiam profundamente e que os outros monitores não estavam olhando, então segurou a mão de Peter e a beijou gentilmente.

— Vai patrulhar para não arrumar problemas, eu já vou dormir. – Disse Hydra.

— Ok, boa-noite Hydra, pode ficar tranquila que eu vou patrulhar seu sono hoje...  – Disse Peter, saindo, com um largo sorriso de orelha a orelha.

Nos dias que se seguiram não se falou de mais nada na escola senão de Sirius Black. As teorias sobre o modo com que Black entrara no castelo eram cada vez mais absurdas.

— Ele deve conseguir atavessar paredes, certeza! – Dizia uma menina da Lufa-Lufa durante a aula de Herbologia.

— Isso é impossível – Dizia um amigo dela, ao seu lado.

— Você tem alguma outra teoria? – Perguntava a menina, irritada.

— Não, mas essa não tem como – Respondeu o rapaz, meio sem graça.

A tela rasgada da Mulher Gorda fora retirada da parede e substituída pela pintura de Sir Cadogan e seu gordo pônei cinzento.

Ninguém ficou muito feliz com a troca. O cavaleiro passava metade do tempo desafiando os garotos a duelar e no tempo restante inventava senhas ridiculamente complicadas, que ele trocava no mínimo duas vezes por dia.

— Ele é completamente doido – protestou Simas Finnigan, um aluno do terceiro ano aborrecido, com Percy. – Será que não podiam nos dar outro?

— Nenhum dos outros quadros quis o lugar – disse Percy. – Se assustaram com o que aconteceu com a Mulher Gorda. Sir Cadogan foi o único que teve coragem suficiente para se voluntariar.

Os treinos de quadribol aconteciam com cada vez mais frequência a medida que o jogo contra a Sonserina se aproximava. Hydra ajudava Olívio nos tempos que sobrava entre sua imensa carga de dever de casa (nenhum professor aliviou por causa do clima de medo) e de seus encontros praticamente diários com Peter nos corredores e salas desertas de Hogwarts, por algum milagre, provavelmente distraídos pelo acontecimento da noite de Halloween, nenhum aluno que viu os dois juntos em Hogsmeade espalhou a história e eles continuaram se encontrando em segredo a contra gosto de Peter.

— Eu não tenho motivo para me esconder e nem você, eu quero que você seja minha namorada de verdade, não ficar me escondendo com você pelos cantos! – Disse ele enquanto estavam escondidos em uma das salas vazias.

— Eu sei, mas eu ainda não contei para os meus amigos, só preciso de um pouco mais de tempo... – Disse ela e o beijou, não deixando o rapaz nem responder.

Peter, porém, a afastou depois de um tempo.

— É sério, Hydra, você faz tudo isso parecer tão errado... e não é! – Protestou ele.

— Eu sei, eu prometo, eu vou tentar resolver tudo isso, ok? Eu prometo para você...

Hydra então o beijou de um jeito que Peter simplesmente não conseguiu mais protestar, ao menos não naquela hora.

No último treino antes do jogo de sábado, Hydra estava ajudando no treino e Olívio Wood deu ao time uma notícia indesejável.

— Não vamos jogar com Sonserina! – disse aos companheiros, parecendo muito zangado. – Flint acabou de me procurar. Vamos jogar contra Lufa-Lufa.

— Por quê? – perguntou o restante do time em coro.

— A desculpa de Flint é que o braço do apanhador do time ainda está machucado – respondeu Olívio, rilhando furiosamente os dentes. – Mas é óbvio por que estão fazendo isto. Não querem jogar com tempo ruim. Acham que vai reduzir as chances deles...

— Draco... – Pensou Hydra – É a cara dele fazer issso...

Tinha ventado forte e chovido pesado o dia inteiro e mesmo enquanto Olívio falava se ouvia o ronco distante do trovão.

— Não há nada errado com o braço do Malfoy! – disse Harry, furioso. – É tudo fingimento.

E Hydra teve que concordar, conhecia muito bem o irmão e falava com ele quase todos os dias, imaginava porém, que seu braço estava bom, mas que ele não iria abrir mão da atenção que recebia por causa disso.

— Eu sei disso, mas não podemos provar – argumentou Olívio amargurado. – E temos treinado todos esses lances na suposição de que íamos jogar com Sonserina, e, em vez disso, será com Lufa-Lufa, que tem um estilo muito diferente. Agora eles estão com um capitão novo que também é o apanhador, Cedrico Diggory...

Angelina, Alícia,Hydra e Katie tiveram um repentino acesso de risadinhas, Cedrico era, tirando Peter talvez, o menino mais bonito da escola e todas suspiravam por ele nos corredores (assim como por Peter).

— Quê?! – exclamou Olívio, fechando a cara para esse comportamento alegre.

— É aquele alto e bonito, não é? – perguntou Angelina.

— Forte e caladão – concluiu Katie, e as quatro recomeçaram a rir novamente.

— Ele só é caladão porque é burro demais para juntar duas palavras – comentou Fred, impaciente. – Não sei por que você está preocupado, Olívio, Lufa-Lufa é brincadeira de criança. Da última vez que jogamos com eles, Harry capturou o pomo em cinco minutos, não se lembram?

— Estávamos jogando em condições completamente diferentes! – gritou Olívio, os olhos saltando ligeiramente das órbitas. – Diggory armou uma lateral muito forte! E é um excelente apanhador! Eu estava com medo que vocês fizessem essa leitura falsa! Não podemos relaxar! Temos que manter o nosso foco! Sonserina está tentando nos prejudicar! Precisamos ganhar!

— Olívio, vê se se acalma! – disse Fred, ligeiramente assustado. – Estamos levando Lufa-Lufa muito a sério. Sério.

Depois de um treino muito pesado, onde ficaram completamente encharcados pela chuva e no qual Hydra ajudou ficando no gol adversário fazendo assim os jogadores treinarem com os dois, Hydra decidiu acalmar Olívio.

— Olívio, calma, vocês tem tudo para conseguir! – Disse Hydra para ele antes de entrarem no vestiário.

— Nós temos que ganhar, Hydra, temos que ganhar! – O brilho obcessivo estava de volta a seus olhos, Olívio conseguia ser assustador algumas vezes.

— E vocês podem ganhar, ninguém duvida disso! – Argumentou Hydra.

— O seu irmão, você não pode...? Esquece... – Disse Olívio, mudando de ideia sobre a pergunta que iria fazer.

— Falar com ele? – Perguntou Hydra

— É...

— Eu posso, mas você sabe que provavelmente não vai adiantar nada, não sabe? O pior não é o meu irmão, é Flint, ele não vai deixar mudarem o jogo, você sabe muito bem...

— É, com esse idiota eu nem quero que você fale – Disse Wood, parecendo furioso.

— E por quê não?

— Porque eu soube o que ele fez com você ano passado e eu soube como você enfrentou ele, fiquei muito orgulhoso na verdade... – Disse Olívio, com um sorriso no rosto.

— Muito obrigada, ele é um idiota completo, eu concordo, mas Olívio, você não deve se preocupar, você é o melhor capitão dessa escola, eu não sei porque está com medo de não ganhar.

— Porque é minha última chance, Hydra, última chance! Se não for dessa vez...

— A taça não é tudo, você sabe, né? Você é um bom jogador, você pode conseguir coisas muito boas em um time profissional, não tem o porquê ter medo.

Olívio ouvia tudo atento, mas parecia não se conformar com as palavras.

— Além disso – completou Hydra -, eu não duvido que você ganhe a taça, vocês são bons, muito bons, você não sabe disso?

— Sei, eu só tenho medo... – Revelou Wood.

— Não tenha, vamos, temos que nos trocar e descansar, amanhã é um grande dia para vocês – Disse Hydra, entrando com Olívio para o vestiário, aonde já se encontravam o resto da equipe.


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