VIII  

Houve um tempo em que Elizabeth amava o silêncio.  

Mas agora, os miados de Cheshire estavam fazendo com que a casa ganhasse vida em dias de estresse que apenas o silêncio reinaria – os olhos verdes se fecharam, enquanto os sons da música indie, enquanto os lábios dela estavam franzidos.  

As coisas estavam espalhadas pela sala – havia papéis, boletins e memorandos espalhados por cada canto de sua casa, e ela estava pensando em como lidar com tudo isso –, e os olhos verdes, e então: Me apaixonei pelo que eu inventei de você, ela pegou Cheshire enquanto tentava superar. 

Havia sido largada – o homem que ela achou que estava apaixonada, provavelmente estava jogado numa cama com uma outra qualquer – ela não havia chorado, ela não havia sentido um minímo de carinho desleixado por aquele homem, apenas pena. 

Humilhação. 

E então as lágrimas vieram como cascalhos – ela havia se apaixonado, e isso a machucou, porém o conforto do calor do gato enquanto ele se alinhou em seu colo, e as lágrimas desciam. 

Pois, ela havia se machucado.