Eu sou a Lenda escrita por Karina Ferreira


Capítulo 20
II-IV Chance


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém aqui ainda? Kkkk



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As chamas ricocheteavam ferozes em torno do hibrido que olhava embasbacado a figura feminina parada em postura feroz a sua frente. A fêmea de olhos escarlate, exalando uma energia negativa tão densa que ele quase podia tocar, não era a sua vampira sempre tão arteira

De onde estava, a cerca de cinco passos de distância, podia sentir toda a potencia do mal que a envolvia, tal como se este o estivesse sufocando, sugando-lhe todos os sentimentos bons que já tivera na vida e deixando unicamente o medo, a amargura e o desespero. Instintivamente, agitou a cabeça tentando colocar os pensamentos de volta ao lugar e deu um passo para trás na frágil tentativa de se afastar daquela força obscura

O ser demoníaco, que não era sua Isabella, lhe deu um sorriso perverso de quem se divertia com sua confusão e deu um passo a frente de maneira ameaçadora
— O que foi elemental? – a voz feminina desfigurada por uma segunda voz, grossa, grave, ainda mais sombria do que a voz do espirito da morte lhe despertou um arrepio na coluna, seja lá o que fosse aquela coisa, o corpo ainda era de Isabella e ele não á podia machucar – Eu assusto você?

— Leelan*? – Os dois olharam ao mesmo tempo para a mata de onde vinha a voz desesperada do vampiro de ego grande e imediatamente Edward apagou suas chamas já deixando a espada Tessaiga de prontidão, pro caso do vampiro decidir atacar o demônio que possuía Isabella e a machucar – Leelan* está tudo bem, eu estou aqui, está tudo bem – contrariando o que o hibrido esperava por reação do vampiro, Emmett não tremeu ou espantou-se ao ver os olhos vermelhos da amiga, tão pouco pareceu incomodar-se com a energia maléfica que ela exalava. Aproximou-se de vagar, com as mãos levantadas em rendição falando de forma suave com a outra que respirou fundo fechando os olhos – Tudo bem, eu estou aqui com você e não vou sair do seu lado – a abraçou com ternura e o corpo mole da vampira desfaleceu sobre os braços dele

— Nallum*? - a voz normal de Isabella falou de forma fraca, quase inaudível

— Estou aqui com você - repetiu o vampiro ainda com o corpo mole da amiga sobre os braços ajoelhou-se ao chão, apoiando o tronco da vampira com uma mão enquanto que com a outra, em uma caricia, lhe retirava os cabelos mogno do rosto.

— Foi forte Nallum*, - falou beirando o desespero – Muito forte, nunca foi assim tão forte! Era eu, eu estava lá, mas não podia controlar, eu não... – Edward se aproximou olhando a vampira assustada ainda embalada por Emmett. Bella o olhou e a fúria voltou aos seus olhos, não a fúria cruel presente nos olhos escarlate de outrora, mas a fúria de quem se lembrava que ele pretendia exterminar toda a sua espécie – Nallum*, me tire daqui – pediu ainda olhando para o hibrido e Emmett prontamente a obedeceu, levantando-se do chão ainda com a fêmea em seus braços, lançou um ultimo olhar duro ao hibrido e saiu dali deixando um Edward completamente confuso para trás

...

Emmett deixou Bella em seu quarto e voltou para o pátio do castelo, eles tinham que descobrir o que eram aquelas manifestações que os seguiam desde a infância

—Emmett! Emmett! – Já ia para sua casa procurar algo para comer, quando um dos soldados correu em sua direção em meio a gritos estridentes. Parou olhando o outro que se aproximava com expressão de cansaço pela corrida – Seu pahmen* mandou que o encontre no ginásio. – Acenou para o soldado e rumou de encontro a seu progenitor

Assim que adentrou o local em que Caius o aguardava, diminuiu o ritmo de seus passos e sentiu o coração bater acelerado enquanto a confusão dominava sua mente. Em pé, de frente para Caius, estava Rosalie, mas como era possível que ela estivesse ali, e ele não tivesse sentido a ligação que os unia? Decidiu que era fruto das preocupações recentes com Isabella. O que somente o deixava ainda mais ressentido consigo mesmo, claro que sua shellan* tinha motivos para odiá-lo, ele estava sempre tão envolto nos assuntos relacionados a Bella, que sequer podia sentir sua emparelhada perto de si, seria capaz de sentir ao menos a ligação entre eles se dissipando caso ela morresse? Estremeceu com o pensamento.

— Emmett, finalmente – cobrou Caius impaciente – Tenho um trabalho para você, Rosalie me procurou para pedir uma nova chance para entrar na guarda. Eu estava explicando a ela que nossos recrutas já estão formados, e que novas turmas somente acontecerão no ano que vem – Emmett olhou do Pai para a vampira, reparando que ela não usava as vestes habituais de sacerdotisa, mas sim calças largas e camisa sem mangas, os longos cabelos loiros também estavam diferentes, os fios claros, recém cortados, não desciam mais abaixo do quadril, esses agora, se encontravam presos na parte da frente em coque bagunçado no alto da cabeça enquanto a parte solta atrás, brincava abaixo de suas orelhas, na altura do pescoço. – Mas ela foi bem convincente de que se esforçará e estará tão pronto quanto qualquer outro no dia da cerimonia de integração a guarda. Decidi dar um voto de confiança a ela, claramente ela não conseguirá sozinha, por tanto, a partir de agora, sua única função é treinar a recruta para que ela esteja de fato preparada, considerarei o fracasso dela, como o seu próprio. Boa sorte. – Emmett engoliu em seco

— Com todo o respeito general, mas creio que ela prefira que outro soldado a treine

— De forma alguma general – interrompeu Rosalie, as pernas espaçadas e os braços atrás do corpo em postura militar e a voz altiva – Confio totalmente nas designações de meu comandante e não quero receber nenhum tipo de privilegio como o de escolher com quem posso ou não ter contato dentro dessa guarda. Garanto que separarei totalmente os assuntos de minha via pessoal de minhas obrigações para com a raça. A menos é claro, que o soldado McCarth não se sinta à vontade em minha presença – olhou desafiadoramente para Emmett que sorriu de canto, tentando entender o que tinham feito a sua frágil sacerdotisa

— Você tem algum problema de treinar com a recruta Rosalie soldado? – perguntou Caius em postura militar, mas por dentro, estava divertindo-se com a situação.

— Problema nenhum general! – respondeu Emmett ainda embasbacado sem desviar os olhos da figura loira a sua frente, que não mais sabia se podia chamar de sacerdotisa

— Ótimo! Um dia antes da cerimônia, a recruta será testada. Espero que esteja pronta até lá – dizendo isso, o vampiro saiu do recinto deixando o casal para trás fazendo preces silenciosas a virgem. Sabia que finalmente, Emmett tinha uma chance de se acertar com sua shellan*, e que a santíssima virgem abençoasse que com isso, o filho finalmente se afastasse de Isabella.


..

Nalla andava pelo jardim na companhia de uma doggen* quando escutou os barulhos esganiçados e ritmados, seguido dos gritos de dor não muito longe dali. Correu em direção ao som, sendo seguida prontamente pela doggen*

Próximo a área da senzala, um carrasco açoitava um escravo que de tanto apanhar estava caído sobre as pernas moles, e tendo o corpo sustentado pelos braços presos às algemas no tronco. A alguns passos deles, a princesa estava em pé, olhando com divertimento toda a cena. Nalla não podia ver muito do escravo, além do sangue que banhava as costas nuas e machucadas, não sabia que erro o pobre cometeu para receber tal castigo, mas uma coisa era certa, aquela barbárie tinha que acabar.

— Vá de pressa buscar o seu rei – ordenou a doggen*, diga-lhe que eu o solicito com urgência aqui – a doggen* a olhou firme e acenou positivamente, levantou a bainha do vestido e correu na direção do castelo

— Minha princesa? – gritou aproximando-se da princesa – que mal cometeu esse macho? – quis saber, olhando mais de perto o escravo que parecia procurar por sua voz, no momento em que a escutou. Seu coração pulou uma batida no momento em que se colocou no campo de visão do outro e reconheceu o macho a quem chicoteavam, como o escravo de cicatriz no rosto. O vampiro a olhava em repreensão, tal como se temesse por sua segurança

— Não é um macho, é um maldito escravo – respondeu com desprezo a princesa

— E o que de tão errado fez o escravo para que o puna em tamanha violência?

— Não é da sua conta! – respondeu com grosseria olhando para a princeps* - O escravo é meu e eu o castigo como e pelos motivos que eu entender que são necessários

— Mas é claro que sim minha princesa – falou tentando manter a gentileza na voz, a medida em que o desespero lhe subia pela espinha a cada nova chibatada que o escravo recebia. – Mas acredito que, seja lá qual for o motivo que o levou ao tronco, já foi o suficiente e ele já aprendeu a lição – o carrasco parou o castigo, aguardando as instruções da princesa

— Eu digo quando ele tiver aprendido – falou em tom duro para ela – continue! – gritou em fúria para o carrasco que retomou os golpes

— Bella, o que está acontecendo aqui? – gritou Charlie em assombro chegando ao local e Nalla agradeceu internamente a santa virgem que mais uma vez escutou suas preces – Pare imediatamente esse castigo! – ordenou ao carrasco que finalizou o açoite

— Ele me desobedeceu pahmen* estava o disciplinando – falou em seu tom inocente. O rei já conhecendo a filha que tem, olhou desconfiado para a vampira

— Não disciplinamos escravos com violência nesse castelo mocinha, e você sabe disso.

— Ele matou a ultima ama que teve pahmen*, se o deixarmos sem disciplina, fará o mesmo comigo. É isso que você quer?

— Não existem provas de que de fato ele o tenha feito, e nesse castelo, não disciplinamos escravos dessa forma brutal! – olhou feio para a filha, em seguida para o carrasco que ainda estava ali – Tire-o já desse tronco! Designe doggens* para tratar-lhe as feridas – falou a um dos doggens* ali que prontamente o obedeceu

— De que adianta me dar um escravo de presente, se não poso fazer com ele o que quiser? – reclamou Isabella fazendo um bico de insatisfação

— Você recebeu o escravo para servi-la de sangue. E não para tortura-lo quando estiver entediada

— Eu nunca vou me alimentar de um escravo nojento! – gritou indignada

— Não precisa dele então!

— Majestade? – ambos se viraram para Nalla que ainda estava parada ali – Sem que haja a intenção de ofender sua excelência, tão pouco a princesa. Como sabe, perdi meu companheiro, e já há muito não me alimento de sangue e sinto-me um pouco fraca, se a princesa não quiser utilizar o escravo e não houver problema em me sede-lo, eu gostaria de ficar com ele

— Mas é claro que gostaria – Desdenhou Isabella com ironia quase acida

— Minha cara – iniciou o rei ignorando as malcriações da filha – Não creio que esse escravo lhe seja apropriado, uma fêmea tão delicada quanto você... Podemos lhe trazer algo mais adequado ainda hoje

— E ele é adequando a princesa? – indignou-se Isabella

— Para mim, esse está muito apropriado. – respondeu rapidamente Nalla – Por favor majestade, permita-me que fique com ele – pediu fazendo uma reverencia e o rei pareceu confuso

— Bella, você já disse que não o utilizará para alimentação de qualquer forma, e Nalla está fragilizada – Bella fez uma expressão insatisfeita, mas não questionou o pai – O escravo é seu Thally* - Nalla sorriu em alivio, em seguida olhou para o escravo ensanguentado que era retirado dali por doggens* e a olhava de forma melancólica. Nalla arrepiou-se em temor, tal como se tivesse feito algo errado e fosse receber uma represália pelo ato

— Por favor, quando for se alimentar dele, me chame para assistir – falou Isabella em tom maldoso – isso vai ser muito divertido – gargalhou saindo dali em direção ao castelo

...

Isabella deitou-se em sua cama naquele princípio de noite, mais uma vez recordando-se do inicio da manhã, quando fora tomada por forças ocultas que assumiram seu corpo. Sabia que existia algo sobre ela que não compreendia, mas jamais fora assim tão forte. Seria a presença do hibrido que a estava influenciando de maneira tão profunda?

Foi tirada de seus devaneios por um titubear na janela que chamou sua atenção, olhou para o objeto de madeira, perguntando se realmente tinha escutado o barulho tão discreto, e esse voltou a repetir. Okay, tinha alguém jogando pedras em sua janela, só existia uma única pessoa que jogava pedras em sua janela no meio da noite, era bom Emmett ter uma boa razão para estar querendo que a vampira saísse na janela

Abriu o objeto e foi surpreendida por um gigante dragão negro voando ali, encheu os pulmões de ar e já ia gritar um sonoro socorro, quando uma boa de fogo veio na sua direção, a vampira impulsionou o corpo para trás e caiu ao chão com o impacto do susto, os olhos o tempo inteiro fixos no dragão a frente de sua janela, antes que conseguisse reorganizar os pensamentos, uma mão quente a levantou rápido do chão e um poderoso corpo, igualmente quente, se colou a suas costas enquanto tampava lhe a boca e ela não precisava da ligação que os unia para saber exatamente de quem era aquele corpo

— Não grita! – falou-lhe ao ouvido e mesmo sem querer, todos os pelos de seu corpo arrepiaram-se em reconhecimento a voz enrouquecida – Vá! – fez sinal ao dragão com a mão livre o mandando ir embora, enquanto que com a outra, a mantinha presa no lugar e de boca fechada, não que ela estivesse fazendo qualquer esforço para escapar de qualquer forma.

O dragão negro ainda ficou alguns segundos parado a altura da janela, parecendo não estar satisfeito com a ordem do outro, mas em seguida subiu aos céus. Edward rapidamente fechou a janela e soltou a vampira que o olhou em uma falsa fúria

— Eu vou gritar! Vou gritar tão alto quanto os meus pulmões aguentarem que tem um maldito elemental no meu quarto – declarou quase aos sussurros colocando as mãos na cintura. Edward revirou os olhos e sentou-se calmamente na cama a olhando de cima a baixo

— Se fosse realmente fazer isso, já estaria aos berros, e não me dando avisos – desdenhou – Agora, será que dá pra me explicar o que foi aquilo no bosque mais cedo?

— O que quer aqui? – mudou de assunto

— Responda!

— Eu não sei – respondeu com sinceridade e o hibrido a olhou em confusão – Desde crianças que eu e Emmett compartilhamos essa... coisa? Que ninguém sabe o que é, quando estamos muito tempo juntos, Emmett tem manifestações estranhas, e quando muito separados, eu as tenho.

— Vocês já estão a bastante tempo juntos, não era para ele estar tendo as tais manifestações estranhas então?

— Acredite, foi uma surpresa para mim também, não somente pelas circunstancias, mas também pela intensidade. Nunca foi tão forte – Edward sorriu despreocupado

— Quanto mais te conheço, mais complicada você fica – gargalhou e Isabella sentou em uma poltrona se sentindo ofendida com a diversão do outro – Eu vim te buscar – anunciou, despertando a confusão da vampira

— Me buscar para que?

— Depois de muito pensar em toda essa confusão em que estamos inseridos, decidi que vou te levar até os elementais – foi a vez de Isabella rir, o riso que iniciou discreto, logo se transformara em uma espalhafatosa gargalhada e o hibrido esperou pacientemente que ela parasse

— Foi uma ótima piada

— Estou falando sério

— E pretende me amarrar com o que? Por que somente nos seus sonhos que eu deixaria você me levar até elementais assassinos, e não ofereceria resistência. – o hibrido a olhava quase ofendido

— Somos vinculados, eu sou meio elemental, você é vampira e futura guardiã da joia que eu pretendo roubar para libertar meu povo. Nossas raças se odeiam e estão em guerra a mais tempo do que eu posso contar. Ambos já tentamos matar o outro em um ritual bem esquisito, qualquer passo que tentamos dar na direção do outro, bagunçamos ainda mais essa história – abaixou a cabeça em melancolia – Você me disse que me deu uma oportunidade de conhecer os vampiros, de ver com os meus próprios olhos que as verdades que eu tinha por absolutas, não eram assim tão corretas, eu reconheço, de tudo que aprendi sobre o seu povo, boa tarde não é verdade. Então por favor, me dê a oportunidade de fazer o mesmo por você, me deixe te mostrar o meu lado da história, e depois, quando você tiver conhecido elemetais aos seus próprios olhos, assim como eu conheci os vampiros aos meus próprios, ai sim, vamos decidir o que faremos sobre nós, se vamos estar realmente em lados opostos nessa guerra e nos matarmos mutuamente, ou se vamos juntos, lutar por nós dois. – a olhou firme nos olhos e Isabella ficou em duvidas, e se não saísse viva dessa aventura? – Por favor Bella, me dá essa chance, dê apenas essa chance para nós, e se ao final, você decidir que elementais são tudo aquilo que você acredita e que somos inimigos, eu juro, nunca mais te procurar. Mas por enquanto, trégua? – lhe ofertou a mão. A vampira olhou da mão estendida ao rosto esperançoso do hibrido e respirou fundo

— Trégua! – apertou a mão dele e Edward sorriu vitorioso.

A vampira correu a escrivaninha já anotando um bilhete aos pais dizendo que saíra em tour de autoconhecimento necessário para compreender melhor a nova fase de sua vida e que eles não se preocupassem pois ela estaria bem. Em seguida, começou a vestir roupas discretas e que não demonstrassem toda a riqueza que possuía, como o hibrido instruiu

— Luvas, coloque luvas – pediu e Bella o olhou confusa, já tinha lhe pedido que usasse mangas cumpridas – Você se passará por humana, vai ser bem difícil de explicar uma humana com marcas cerimonias de guardiã da joia de quatro almas – sorriu em diversão – Não que qualquer elemental seja capaz de reconhecer essas marcas, mas ainda assim, melhor garantirmos – a vampira também sorriu com a travessura e colocou as luvas

— Estou pronta – anunciou assim que reuniu tudo o que julgava necessário. Colocou o arco com flechas nas costas e pegou a espada

— Quase pronta – falou Edward abrindo uma enorme capa diante dela e já a circulando com o imenso tecido

— Para que isso? – quis saber

— Não sou o único elemental de fogo dentro da cúpula. Essa capa é feita de pele de dragão, assim como minhas roupas. Não queima – sorriu amarrando a fita da veste no pescoço da vampira e puxando o capuz para a cabeça. A capa lhe cobria todo o corpo, até os pés e o capuz lhe tampava boa parte do rosto, tinha certeza que se puxasse mais, cobriria todo o rosto – vamos cuidar para que nada saia do controle, mas se acontecer e eu não estiver por perto para te proteger, queimada temos certeza que você não morrerá – zombou – Talvez afogada, enterrada viva ou sem ar. Mas queimada? Não senhora, não teremos nenhuma vampira morrendo queimada no meu turno – gargalhou beijando o topo da cabeça da vampira que o empurrou entrando na brincadeirinha dele e também sorrindo, tal como se não tivesse acabado de aceitar ir de livre e espontânea vontade a um matadouro, e ela era o animal a ser abatido

Edward foi até a janela a abrindo, em seguida assoviou e logo o dragão negro estava ali, pairando a altura da janela, o hibrido pulou para as costas do bicho em seguida estendeu a mão para ajudar Isabella a fazer o mesmo. O dragão se agitou ao ar rugindo insatisfeito

— Já falamos sobre isso, e não está em negociação – falou Edward em tom sério. O Dragão ficou quieto enquanto Isabella o montava. A vampira segurou-se firma a cintura do hibrido que parecia muito confortável em cima do gigante voador e logo o dragão subia alto no céu

“Promovido a transportador de sanguessuga” – queixou-se Drogo em tom irônico – “É realmente uma grande honra que está me dando amo e eu sou grato”

— Vá a merda! – falou Edward soltando um risinho das reclamações do velho amigo

— O que disse? – perguntou Isabella desentendida

— Ah não foi com você – respondeu ainda em bom humor o que deixou a vampira ainda mais confusa

— Ah claro! Está falando com o dragão não é mesmo? – gargalhou como se a possibilidade do hibrido se comunicar com o dragão fosse ridícula

“É realmente por essa fêmea que está arriscando nossas vidas?” questionou em desdém Drogo

— Eu não já te mandei ir a merda? – falou sério dessa vez

— Você realmente está falando com o dragão? – perguntou finalmente tendo a possibilidade como possível e Edward somente balançou a cabeça a deixando desacreditada – Como isso é possível? – falou impressionada olhando a cabeça do dragão que rugia abaixo dela

“Ela é tão esperta quanto uma vaca”

— Drogo! – exaltou-se

“Okay! Não vou mais questionar as suas escolhas de parceiras. Mas gostaria de lembrar, que essa é uma péssima ideia”

O hibrido não mais respondeu ao dragão, que por sua vez, também não fez mais nenhum comentário e a viagem se seguiu por longas e silenciosas horas. Logo já estavam parados a beira da fronteira, Isabella engoliu seco, olhando a cúpula de energia

— Está pronta? – perguntou Edward. A vampira não conseguiu responder, puxou o capuz da capa que usava para o rosto e apertou os braços ainda mais em torno da cintura do hibrido, era difícil admitir, mas estava apavorada


Continua...


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Notas finais do capítulo

Glossário de termos no antigo idioma:
Leelan: muito amada
Nallum: amado
Pahmen: pai
Shellan: companheira
Doggen: servo
Princeps: a mais alta classe a aristocracia ficando abaixo somente da família real
Thally: Querida

Não me matem kkkkk quem me acompanha sabe que eu sumo, mas eu volto. Justificativas: no segunda semestre do ano passado foi meu último semestre de faculdade. Sim eu eu estou formada huhuhuhu mas enfim, foi um negocio de louco. mais quase que tive que entregar até minha alma pra conseguir esse diploma. Foi hora complementar (que eu deixei tudo pra última hora) TCC, provas, horas de estágio. Foi um Deus nos acuda. Não deu pra me dedicar aqui sorry.
Quero pedir mil desculpas para as amadas que me mandaram mensagem perguntando da fic. Desculpa não ter respondido meninas, é que não estava entrando no site e acabei só vendo agora.

Mas enfim... Espero que esteja perdoada, vamos aos avisos.
Ja escrevi todo o scopo da segunda fase, então esta facinho pra desenvolver os caps. Quero tentar postar dois por semana. Porém, vou precisar da ajuda de vcs. Preciso de sete criaturas mitologicas para o desenrolar da trama e to sem criatividade para isso. Então quero que vcs me sugiram essas tais criaturas. Pode ser de qualquer mitologia. Desde que sejam perigosas e dificeis de achar.

Bjus e se tiver alguem aqui ainda, comenta preu saber rsrs



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