Serial Sam escrita por eny_winslet


Capítulo 2
First Strike


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, fiquei sem ideias. E continuo sem umas muito boas sausahuassa
Espero que gostem.



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Logo que entrei naquele quarto, ouço a série de travas sendo fechadas ao mesmo tempo, ao longo daquele vazio corredor. Era quase impossível não sentir o medo correndo pelas veias desencorajadas e idiotas daqueles seguranças de meia tijela. Após ouvir os passos apressados e a vozes desafinas e irritantes, dos pobres funcionários, comecei a observar o lugar onde me jogaram. Não era um pequeno, também, o fato de ter nada mais que uma cama totalmente torta, suja e desconfortavel e uma mesinha que estava presa a parede minúscula, deixava aquela porcaria imensa. Afinal, vamos ver se esse lugar realmente presta para alguma coisa. 

 Analisei cada centímetro desse lugar, acho que encontrei no mínimo, umas 10 baratas correndo pelo chão. Havia umas 2 câmeras com o mesmo ponto cego. (falei que eram imbecis). A cama estava cheia de pó. Muito cheia mesmo, havia semanas que não tinha sido arrumado, e muito menos agora, com uma pessoa com possíveis distúrbios mentais. A cabeceira da cara era oca e estava cheia de pílulas coloridas. Até que antigos internos não eram tão burros assim.

Depois, fui descansar um pouco, entretanto, minha mente já estava maquinando o que iria acontecer nos próximos três dias.

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Dia 1 

Três batidas. Três fortes, ecoantes e frias batidas. Esse foi meu despertador. Eles não pronunciaram nenhuma palavra, apenas esmurraram com todo seu desgosto de trabalhar em um lugar desprezível como aquele, acordando seres que "eles" chamavam de idiotas, babões, retardados e doentes. Mal sabem eles o que estou a planejar. 

Cinco minutos depois, abriram uma pequena janela situada na porta e jogaram algumas peças de roupa que logo descobri que eram uniformes. Tinham uma cor azul turquesa, era horroroso. Havia manchas em todo lugar, aquele uniforme já pertenceu a muitos outros e agora a mim. Era desagradável, me deu por alguns minutos, ânsia. Apesar que eles poucos se preocupavam se eu estava vomitando ou não. Eles eram os  mais enojados com tudo aquilo. Com todos aqueles doentes que depois de tanto tomar balinha, ficou hoje sem saber escrever o próprio nome sem a ajuda de uma outra droga qualquer. Ainda bem, eu não me comparo a eles. Estou aqui por acaso mas, vamos aproveitar.

Senhora Gassen passou por todos os quartos antes de que pudéssemos tomar aquele maldito café da manhã. Ouvia as portas sendo abertas e fechadas. Gritos revolucionários e depois miados de obediência. Era ridículo mas queria ver o que ela falaria a mim afinal. 

- Senhorita Hillbrand, bom dia. Conseguiu dormir bem? - dizia com aquele sorriso falso e levemente nervoso, com medo que eu fosse pular em seu pescoço. 

- Sim, mesmo tendo uns indesejáveis hospedes correndo pelo chão, pela cama, pela mesa e quase pela minha cara se eu não tivesse reflexo, digo que dormi razoavelmente bem.

-Que bom, mas não sabia que havia baratas - disse continuando com seu sorriso diplomata

-Bom - comecei, chegando perto dela - não são apenas baratas que me deixam sem sono, há outros insetos.

-Sério, quais? - senti uma gota de suor escorrendo-lhe pelo rosto.

- Sim, insetos que voam, correm, se escondem, mas sempre acabam encurralados em uma parede não muito limpa - estava rodeando-a, sentindo seus olhos arregalarem - e sendo esmagados impiedosamente por pessoas com pouca paciência. Ou quem sabe, virando pequenos brinquedinhos para alguém entediado. - terminei, sorrindo.

Ela me sorriu de volta. Disputávamos a falsidade pelos sorrisos e pelas risadas nervosas, que ela soltava, apesar que seu olhar a deixava sincera: ela tinha medo de mim. E isso me fazia delirar, era divertido saber que tinha as pessoas em minhas mãos.

Ela me deu um breve aceno e logo saiu, fechando a porta atrás de si. Sabia que seu coração agora disparava, com medo que eu estivesse agora pensando em algo. Mas o que foi aquilo, eram apenas baratas.  

Mais tarde, quando nos deixaram naquela grande sala, cheia de brinquedos infantis totalmente sem cor e quebrados, junto com algumas almofadas e sofás rasgados e com um cheiro horrível de vômito misturado a algo que nem me atrevo a dizer, junto com uma tv velha, observei uma porta de vidro, cheia de arranhões, onde lá se encontrava duas cadeiras de balanço, de cor branco, agora encardido, com pequenas almofadas quase marrons. Me dirigi até lá, e sentada em um dos bancos permaneci o resto do dia. Fiquei observando os muros altos, cheios de espinhos, cacos de vidros e avisos de cerca elétrica. Ouvia aquele som irritante do meu "vizinho" de cela que insistia que era uma fada e tenta voar e falar em uma língua que só as malditas fadas conheciam. O estúpido segurança Sanches,  ria da cara dele, tentando em vão voar, ou jogar um pó mágico do caralho a quatro que ele guardava em uma bolsa de couro surrada. Mesmo sendo idiota, louco e retardado de se achar uma  fada, uma raiva subiu-me pela cabeça. Acho que era o fato daquele Sanches mal ligar para o estado daquele pobre infeliz (não que eu ligue muito) junto com sua arrogância, como se aquilo fosse um parque de diversões, e seu passatempo seja arrancar todos os doces de todas as crianças. Como se ele fosse muito melhor que eles.

Continuei sentada, ouvindo seus urros contra o segurança, enquanto ele gargalhava. Podia sentir eu terrível hálito de cebola que havia comido no almoço.

Algo em mim dizia que era a hora, podia ser qualquer um mas, ele poderia causar algum efeito. Acho que o fato dele me irritar mais que os outros, ou talvez, por simplesmente, não ter nada para fazer. Quem sabe.

Sam Hillbrand. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Vai demorar para acabar. >—<'

Bai, bai. o/



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