Lost In The World Of Holidays escrita por MaryDiAngelo, Semideusadorock


Capítulo 6
Alerta de humano


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas e cerejinhas ♥
Como vocês estão?

HOJE É O ANIVERSÁRIO DE LOST IN THE WORLD OF HOLIDAYS ♥ Um aninho dessa coisinha maravilhosa que a gente quase morreu ao ter a ideia e fazer uma capa que demorou três horas :') fellings

Enfim, espero que vocês gostem!

Good Reading ^-^



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Ao mesmo tempo que Hades parou de andar quando viu seu filho sendo beijado nos lábios tendo apenas dez aninhos, Leo – que estava vendo o beijo de camarote por estar bem ali de frente com eles – escancarou a boca em descrença, deixando a chupeta cair de sua boca em seu colo. Bianca também parou, arregalando os olhos assim como Percy e Annabeth, que fitaram a cena boquiabertos.

Enquanto o Di Ângelo só conseguia pensar em “QUE QUE TÁ ACONTECENDO?”, deixando seus olhos arregalados e meio vesgos ao observar as leves sardas que pontilhavam o nariz e as bochechas dela. E tudo só se tornava mais bizarro quando Thalia também havia ficado de olhos abertos, franzindo o cenho quando teve a confirmação que ele não iria se mexer, tampouco deixar aquele beijo sair do selinho. Não que ela estivesse querendo beijá-lo, mas, né? Já estavam ali.

O próprio coelho da Páscoa ainda estava estático, não conseguindo acreditar que havia acompanhado o primeiro beijo do filho, que ainda tinha tido a vitória de ser com a crush. Então não era ele que iria interromper aquele momento, não é mesmo? Portanto, apenas recuou devagar, na ponta dos pés, fingindo que nunca esteve ali — mas é claro que saiu correndo para contar para Perséfone, madrasta de Nico, Bianca e Hazel.

Thalia separou o beijo, crispando os lábios e dando de ombros, se afastando por completo.

— É — disse, voltando-se para o carrinho e começando a empurra-lo. — Vocês não vêm?

Bianca precisou que Annabeth fechasse sua boca empurrando o queixo para o lugar para voltar a si, alternando seu olhar entre Thalia e Nico por alguns segundos, apontando para ambos conforme o fazia.

— Mas..., o que foi isso? — questionou, sem entender.

Thalia, por mais que tivesse feito aquilo em um impulso, não iria responder em voz alta que havia o beijado. Era constrangedor. Mas é claro que ninguém precisava saber, não é?

— Vamos logo! — a Grace resmungou, empurrando o carrinho mais rápido e voltando a formação que eles tinham adaptado para levá-los para fora da casa. — Nico!

Hum? — ele fez, ainda meio desnorteado e em choque. — Ah...É. Sim.

Voltou ao lado dela, erubescendo quando seu braço passou no dela sem querer, o fazendo se afastar, embaraçado.

Que ótimo. A cupido pensou consigo mesma. Pelo menos não beijei ele atoa, serviu para afasta-lo.

— Ok, o trem está ali — Percy comunicou, suspirando levemente quando notou que eles iriam conseguir mesmo realizar aquele plano maluco que tinha tudo para dar errado.

E é claro que deu.

Um som alto e estridente começou a soar, junto de uma voz robótica que repetia sequencialmente a frase “ALERTA DE HUMANO”, o que fez a população dos Mundos dos Feriados começarem a se desesperar. Começaram a se empurrar para tentar sair dali, correndo, gritando e fazendo de tudo um grande furdunço. 

 — Volta para o castelo e abre a janela, eu vou ir com ele pelo céu — Thalia virou-se para Nico, que assentiu quase de imediato e sumiu.

Ela comprimiu os lábios, segurando com força na estabilidade do carrinho, levantando voo e quase soltando um grito quando sentiu o quanto pesava, mas manteve-se forte e com os pensamentos focados em voltar para o castelo, ouvindo, lá no fundo, um gritinho agudo vindo da parte de Leo, que havia se segurando em desespero e não conseguia parar de gritar.

Chegando em segundos na frente da janela, viu que ela ainda estava fechada. Mas não demorou nem mais um milésimo para Nico abrir, que foi o momento que ela escolheu jogar — LITERALMENTE — o carrinho para dentro do quarto, fazendo o coelho soltar um grunhido e se afastar do vidro antes que fosse atropelado em pleno voo.

Thalia não conseguiu manusear suas asas por completo, arregalando os olhos quando tentou pousar no parapeito da janela com a intenção de ir direto para dentro, mas foi impedida quando suas asas não fecharam e a fizeram bater e voltar para trás. Ela soltou um grito, arregalando os olhos.

Mas a perda de altitude não veio. Muito menos uma queda.

E foi assim que ela se viu corada dentro de um abraço que vinha de Nico, que também corou ao notar que tinha a puxado pela cintura antes que a garota despencasse para o além.

A cupido pigarreou, se afastando dele e assentindo levemente como um pedido de obrigada, virando-se para o carrinho ainda capotado no chão.

— Leo! Vai para o closet! — Thalia acelerou, franzindo o cenho ao ver um ser humano sair se arrastando de dentro do carrinho, tendo a cara levemente verde como se fosse vomitar a qualquer momento.

— Eu morri — murmurou, olhando para cima com um olhar vago. — Esse é o paraíso?

— Você vai morrer de... — antes que a Grace falasse “verdade”, a porta quase foi aberta por inteiro por Hades, que foi interceptado por Nico.

— PAI! ESPERA! — gritou, arregalando os olhos e empurrando a porta de volta.

Thalia quase teve um infarto, mas conseguiu empurrar o Valdez para dentro do closet com a ajuda do próprio, que se levantou e saiu tropeçando nos próprios pés para dentro da barreira mágica que Annabeth havia posto. E com o cenho franzido, a filha do cupido observou a barreira se fechar e restar apenas um montinho de roupas.

Ela fechou a porta, pulando na cama e tendo a presença de Nico segundos depois ao seu lado.

— Mas..., o que? — Hades questionou, abrindo a porta por inteiro e vendo os dois, semicerrando os olhos ao notar que ambos estavam corados e próximos demais. — O que vocês dois estavam fazendo? — o tom era severo demais para ser apenas uma brincadeira.

— Brincando... — Nico começou, comprimindo os lábios ao hesitar, tentando achar alguma brincadeira interessante — de...Casinha!

Thalia teria chocado a mão contra a testa se o coelho da Pascoa não estivesse bem ali, mas limitou-se a arregalar os olhos levemente e fita-lo de lado em reprovação. Mas quando teve os olhos negros de Hades em si, apenas forçou um sorriso sem dentes, assentindo contragosto.

— É — concordou.

— De...mamãe e papai? — o mais velho questionou desconfiado, com medo que coisas erradas estarem acontecendo ali.

— Sim... — Nico concordou meio sem entender, mas apenas seguiu a cenoura.

— É — Thalia também seguiu o exemplo dele, assentindo de leve.

— Olha aqui... — Hades colocou uma das mãos na cintura, apoiando a outra no batente da porta em uma pose de mãe que estava prestes a dar um belo sermão. — Vocês têm apenas dez anos! Não me venham com barulhos estranhos que eu chego arrombando essa porta, ok? Estamos entendidos?

A única garota do ambiente franziu o cenho e trocou um olhar com Nico.

— Que? — eles falaram em uníssono, combinando até mesmo no tom incrédulo e em dúvida.

Ah, merda, eu vou ter que explicar. Hades se lamentou por não ter o feito antes para Nico, ele já estava em uma idade de saber um pouco sobre essas coisas, não é mesmo? Ainda mais quando a crush estava tão avançada nesse negócio de beijos. Mas, se bem que...Nem Zeus, o próprio cupido, falou algo sobre isso com a filha...

Antes que ele pudesse traumatizar as duas crianças, uma explosão surgiu no quarto com três pessoas tossindo e apenas de roupas íntimas.

— Minhas aboboras! — Annabeth arregalou os olhos notando que estava apenas com uma calcinha e sutiã, tampando-se de imediato e se jogando para dentro do banheiro.

Bianca também fez o mesmo, só que correu para dentro de seu closet, tomando o devido cuidado para não atravessar a barreira sem querer e acabar de roupas intimas na frente do humano.

E só havia sobrado Percy ali, usando uma cuequinha de cifrões, com os braços caídos ao lado do corpo como se não fosse a primeira vez que ficasse assim do nada.

— É, to de cueca — ele concluiu, comprimindo os lábios.

Thalia arregalou os olhos, levando as mãos para tampa-los.

— Ah...está tudo bem? — Hades questionou, franzindo o cenho sem entender o que havia acontecido ao certo.

— Annabeth fez um feitiço pra trazer a gente pra cá e...bom, nossas roupas ficaram lá e a gente veio pra cá — Percy explicou como se fosse a coisa mais natural do mundo.

A Grace abaixou a mão  devagar para checar se ele ainda não havia se vestido, mas antes que ela o fizesse, Nico a interceptou.

— Não, não, não. As coisas ainda estão ruins aqui — ele voltou a subir a mão dela para os olhos, sentindo-a assentir. — Ah...Percy, seu bumbum está pegando fogo.

— Então é de mim o cheiro de queimado... — Percy murmurou, virando-se para bater no bumbum até que o fogo apagasse.

E não era a única coisa que estava pegando fogo no momento.

Naquele furdunço, Atena, a mãe de Annabeth, havia avistado a filha e seus amigos, então aproveitou para gritar por ela. Contudo, a frase morreu em seus lábios ao ver eles sumindo, deixando apenas as roupas caindo para o chão. E, segundos depois, explodindo em chamas.

— É, ela tem que praticar mais — comentou, negando em reprovação e colocando as mãos na cintura.

***

Todos os feriados estavam reunidos no salão da Páscoa, várias televisões em formato de cenoura estavam ligadas e algumas câmeras transmitiam para o resto da população dos mundos o decreto que os feriados iriam dar.

— Então... — Atena deu um passo a frente, limpando a garganta. — Devido a possibilidade de existir um humano entre nós, a transição entre os feriados estará proibida por tempo indeterminado. Cada mundo devera permanecer apenas nos seus, enquanto maiores investigações serão feitas.

— Que? — Bianca disse em um tom baixo para não acabar saindo na transmissão, arregalando os olhos. — Eles não podem fazer isso! Como a gente vai se ver?

— Parece que temos um problema — Percy comentou, franzindo os lábios e parecendo o mais calmo da turma com relação a tal informação, sendo que o bendito humano estava logo ali, no closet.

— Você não pode fazer isso! — e é claro que em meio a murmúrios baixos, surgiu Thalia com a voz extremamente alta, pouco se lixando para as câmeras. — Como eu vou viver assim? Pai! Zeus!

— Thalia! Fique quieta! — Zeus pediu, abaixando o tom de voz, sentindo seu rosto corar com a vergonha que sua filha estava fazendo ele passar.

— Não! — Thalia retrucou, quase se levantando se não fosse por Annabeth a puxar para baixo. — A gente já vive em um mundo bosta, e vocês ainda fazem isso? Não! Não! Não!

— Thalia... — o cupido pediu impaciente, comprimindo os lábios e negando em reprovação.

Antes que ela pudesse retrucar em um tom mais alto, Hera apareceu ao seu lado e, com um sorriso gentil, pegou no braço dela e começou a levar mais adentro, negando enquanto a menina gritava e esperneava em nome de uma vida melhor.

E foi naquele momento que todos seus amigos notaram que eles tinham ferrado tudo.


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que querem que aconteça? Teorias?

Até a próxima o/
Beijos de Escuridão ♥



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