Lost In The World Of Holidays escrita por MaryDiAngelo, Semideusadorock


Capítulo 2
Parece que a cenoura virou, não é mesmo?


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas e amorinhas. Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Se deliciem com esse capítulo novinho em folha para vocês.
Boa leitura!



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— Você não pode ficar aqui! Volta! Volta! Volta! – A coelha, já recuperada, gritava quase que em desespero, empurrando a cabeça do menino humano para dentro do buraco novamente repetidas vezes.

— Aí! Você está me machucando sua maluca. – O latino murmurou desnorteado.

— Vai! Porque não está funcionando? – A menina murmurou novamente, empurrando a cabeça dele forte demais, vendo-o que ele acabara de engolir terra e tossia sem parar, fazendo a coelha levar as mãos as orelhas desesperada.

— Você fez ele engolir terra! – Annabeth disse quase tendo um ataque, sabendo que aquilo poderia matar alguém.

— Isso é a coisa que nós não precisamos nos preocupar agora! Tem gosto de chocolate, tá tudo certo, uma diabete no máximo. – Thalia a retrucou, vendo-o recuperar o fôlego com um som esquisito, quase como se estivesse sufocando.

— Porque isso tem gosto de chocolate? – Leo questionou passando as mãos pela língua, mesmo tendo-as sujas e se arrependendo logo em seguida. – Porque você tem orelhas de coelho? Porque você está de terno? Porque você é uma fada? E você é...gótica?

 - Gostei da definição, não vou negar. – Thalia murmurou baixinho, mas logo jogou seus cabelos negros para trás dos ombros, deixando-os caírem por suas costas e fez a melhor pose que pode.

— Ai minha cenoura! – Bianca começou a ir de um lado para o outro com as mãos alternando entre a cintura e o rosto, sabendo que estava totalmente lascada.

— Ei, se acalma, Bia! – A filha do Cupido pediu, vendo a referida acelerar mais os passos, quase como que seu pedido fosse para andar mais rápido, não conseguindo acompanha-la com o olhar.

— Ele vai morrer! - A coelha disse parando em frente ao buraco.

— Eu vou morrer? – Leo questionou assustado, se levantando e deixando metade de seu torso para fora do buraco.

— Isso, Bia. Ajudou bastante. – Percy murmurou batendo sua própria mão contra sua testa, desaprovando o ato.

— Annabeth! – Chamou Bianca, tendo uma ótima ideia e pulando para frente da amiga, que arregalou os olhos ao ser sacudida para frente e para trás. – Transforma ele em um sapo!

— Um sapo? – O humano afinou a voz, saindo como um gritinho.

— Está me achando com cara de rainha má? — A loira retrucou, tirando as mãos da amiga de si.

— Vocês não pensaram na hipótese de tentar mudar ele de país? – Thalia chamou atenção para si, cruzando os braços. – Se ele não está passando no buraco de Linwood, provavelmente passara no de outros.

— Boa ideia, vem! – Antes que qualquer um pudesse questionar, a filha do Coelho de Páscoa puxou Leo pelo colarinho da blusa, fazendo-o sair do buraco e empurrando-o para dentro do mais próximo, arregalando os olhos ao notar que, se houvesse funcionado, ele iria parar na China.

— Aí. – Gemeu baixinho de dentro do buraco, fazendo Percy negar em reprovação novamente, porém deu risada.   

— Então que tal tele transporte? – A filha do Cupido voltou a opinar, vendo Bianca quase arrancar as orelhas.

Todos os olhares se voltaram para a bruxinha, que tinha seus olhos na terra, enquanto pensava em como aquela coisa poderia ter gosto de chocolate.

— O que foi? Porque todos estão olhando para mim? – Annabeth questionou ao levantar os olhos e mirar cada par ali.

— Quem sabe por que você é a única bruxa aqui que sabe fazer feitiços, tirando sua mãe, claro, mas não poderíamos falar para ela isso, já que iria virar uma confusão e então uma cabeça seria arrancada do lugar. – Thalia começou, olhando para o humano ao proferir a última parte, fazendo Leo levar as mãos para a cabeça em um ato automático.

— Eu posso tentar, não garanto nada. – A loira murmurou baixinho, já que não gostava muito de fazer feitiços, já que suas amiguinhas diziam que ela era péssima no que fazia.

Ela se sentou na frente do buraco, esticando as mãos para o Valdez, que se recusou e não quis segura-las em nenhum momento, até que a garota teve que usar a única carta na manga que possuía:

— Se você quer ir para casa, segure minhas mãos.

Dando-se por vencido, ele as segurou, sentindo a temperatura subir conforme algumas palavras em latim eram ditas por ela, até que notou que estava pegando fogo em lugares baixos.

O latino pulou para fora do buraco e começou a correr, fazendo todos gritarem com o susto e se afastarem o máximo possível.

— Meu bumbum está queimando! – O humano disse desesperado, enquanto jogava suas mãos para cima e tentava lembrar como apagava o fogo.

— Ele tá virando um churrasco, alguém acode? – Percy questionou observando o menino correr.

— Eu acho que não funciona com humanos...- Annabeth disse inexpressiva, vendo-o se jogar na terra e começar a arrastar seu bumbum ali, apagando o fogo finalmente.

— E então? O que faremos com ele agora? Todos estão no salão principal, porém, quando o almoço acabar, vai vir todo mundo para cá novamente. – Bianca disse, contento o coelho interior desesperado que queria sair correndo gritando.

— Nós poderíamos...hã...ele não é aquela coisinha correndo para longe? – Thalia questionou franzindo o cenho ao ver o humano correr para o mais longe possível dos filhos dos feriados.

— Gente...é ele sim. – A bruxinha concluiu, comprimindo os lábios e assentindo, vendo-o correr para mais longe, mesmo que a fumaça presente denunciasse onde ele estava.

A filha do coelho da Páscoa tomou as rédeas da situação, indo atrás do garoto e segurando-o pelos braços, puxando-o para trás enquanto ele tentava – e falhava miseravelmente – correr de sua inimiga mortal.

— Menino eu vou te puxar pelas orelhas se não parar, e eu garanto que dói! – Repreendeu a Di Ângelo, enquanto o colocava sentado no meio da roda que seus amigos tinham formado. 

— Saíam de perto de mim, vocês querem me matar que eu sei. – Leo se colocou em posição de defesa, levantando os punhos e os balançando como se fosse algo bem másculo a se fazer no momento.

— Qual é sua lógica? Se nós quiséssemos te matar, já teríamos o feito, então não se preocupe, porque estamos tentando arranjar um jeito de você não ser morto. – Thalia, a mais sensata deles, se segurou para não dar um soco no ombro do menino, que, agora, julgava ser um ser sem inteligência – ou cérebro -.

— Tá, o que a gente vai fazer agora? Nós não podemos abandonar ele aqui tipo “opa que pena tem um humano aqui, vamos decepar a cabeça dele sem saber quem o trouxe para cá!”, sendo que um de nós é culpado, né, Bianca? – Percy disse, olhando para a filha do coelho da páscoa de soslaio, temendo ser acertado por um ovo de chocolate.

— Vamos fazer assim...- Bianca murmurou, olhando em volta procurando algo para transportar o garoto, vendo, ao longe, um carrinho de uma criança. Ela correu até lá, furtando o carrinho e correndo em direção aos amigos, que estavam boquiabertos. – Coloquem ele aqui, vai!

Thalia arqueou a sobrancelha, vendo a bruxinha estalar os dedos e o garoto cair dentro do carrinho igual um saco de flechas. Parecia meio pesado, já que o transporte entortou tanto que ela achou que iria explodir.

— Agora me ajudem empurrar, vamos leva-lo para meu quarto. E você calado ai embaixo! – Ordenou a morena, puxando um toldo e cobrindo-o.

No meio de tantas conversas, ninguém nunca imaginaria que uma criança iria calar todos de súbito, ao abrir as portas com uma violência. Ali se encontrava os filhos dos feriados, empurrando um carrinho que fazia um barulho esganiçado, enquanto tampavam o carrinho de modo um tanto peculiar: Thalia tinha asas abertas fazendo poses de modelo, desviando a atenção toda para ela, não ao carrinho irritante. Enquanto Percy puxava na frente e Annabeth estava agarrada ao carrinho do lado.  

Em um movimento estupido, as mãos do moreno de olhos verde-mar escorregaram e ele foi com tudo para frente, fazendo Thalia parar e reprovar totalmente o ato, vendo-o gemer de dor baixinho.

— Volta para lá, menino! – Repreendeu, continuando a fazer as poses ao ouvir o carrinho voltar a andar.

— Ah...filha? – Zeus questionou, se levantando de sua mesa apenas para observa-la.

— Não questione, apenas aprecie. – Retrucou, forçando-se a dar um sorriso largo e brilhante.

— Aí está a Thalia que eu conheço. – Jason, seu irmão mais velho, murmurou com tédio e achando tudo aquilo muito estranho, já que sua irmã costumava ser bem agressiva.

Depois de passarem por todo o lugar, ambos se infiltraram na casa de Bianca e trancaram a porta, caindo exaustos no chão.

— Por todos os ovos de chocolate que eu já vi sendo feitos, esse garoto é muito pesado! Eu acho que ele comeu muitos ovos essa páscoa, não é possível! – A filha do coelho da páscoa resmungou, respirando com dificuldade.

— EU SÓ COMI UM! – Leo gritou de dentro do toldo, se levantando e tirando o negócio. – E ainda era pequeno!

— Não grita, tem noção do quão perigoso é fazer isso? – Thalia brigou, já tendo suas asas recolhidas. – E acredite, eu odiei desfilar na frente de todo mundo! Eu sei que sou bem bonita, mas isso não vem ao caso, ok? Isso foi terrível!

— Convencida. – Annabeth rolou os olhos cinzas, estando ótima perto deles, já que só se agarrou ao carrinho como uma prevenção de que o toldo não iria soltar e exibir o menino.

— Estou mentindo? – A filha do cupido retrucou, arqueando a sobrancelha com desdém.

— Não. – Percy comprimiu os lábios, franzindo o cenho e só depois percebendo que havia concordado com a Grace, coisa que não se deveria fazer, já que o ego da menina era tão inflado que qualquer momento poderia explodir bem na sua cara.

— Tá, vem menino gordo, a gente precisa subir aquele lances de escada para você chegar no meu quarto e a gente resolver o que vai fazer com essa sua carinha angelical. – Bianca indicou as escadas com a cabeça, fazendo-o sair do carrinho e cruzar os braços irritado, mas não falar nada, apenas assentir e seguir os feriados.

Lances depois, estavam todos dentro do quarto da garota, que suspirou e se jogou na cama.

— O que acham de largar ele dentro do meu closet para sempre? Seria uma boa ideia a se fazer. – Ponderou a coelha, depois de muito tempo encarando as portas.

— Porque não? – Annabeth concordou, sorrindo para o menino que parecia que iria desmaiar a qualquer momento.

— Então estão dizendo que vão me trancar nesse mundo? Eu vou virar prisioneiro? É isso mesmo? Vocês vão virar meus pesadelos para sempre? – Leo comprimiu os lábios em um bico, sentindo as lágrimas invadirem seus olhos com força.

— Choro não, senão eu vou te bater, aí sim você vai ter motivos para chorar e eu vou dar risada da sua cara. – Thalia ameaçou, levantando a mão enquanto o via engolir em seco e se encolher com medo.

— Para de assustar ele, Thalia! – Percy segurou a mão da menina, abaixando-a.

— Não! É legal! – Retrucou, puxando sua mão bruscamente da do garoto e cruzando os braços.

— Eu me pergunto porque você não nasceu no Halloween, sério! – O que não conta mentiras retorquiu, rolando os olhos e se encostando na parede.

— Não é isso, você vai meio que ganhar um quarto enquanto vive no nosso mundo, até que a gente ache alguma solução para te mandar de volta. Mesmo tendo certeza que não tem como fazê-lo. – Bianca acalmou o menino, sabendo que, se dependesse dos amigos, o menino já estaria desmaiado e estirado no chão.

— Eu só tenho dez anos, eu não posso morar sozinho, é contra a lei! – Leo arregalou os olhos quando ouviu que ficaria preso em um mundo feito de chocolate para toda a eternidade.

— Você não vai morar sozinho, você vai morar aqui, comigo. – Bianca rebateu sentando na cama e cruzando as pernas como uma verdadeira lady.

— Eu não quero morar com você! Eu quero a minha mãe. – Ele fez birra, formando um biquinho muito fofo em seus lábios, fazendo a coelha arregalar os olhos ao pensar que ele iria chorar.

— Agora eu posso bater nele? – Thalia murmurou baixinho para Annabeth, que negou em reprovação e apenas a mandou calar a boca e prestar a atenção na discussão que estava acontecendo.

— A culpa foi sua! Você que apontou um graveto enorme para mim, achou que eu não ia pensar que viraria carne de coelho frita? – A coelho retrucou, vendo o menino assumir uma cara incrédula e pôr as mãos na cintura.

— Era só um graveto! Você era fofa e pequena, porque eu faria mal a uma bolinha? – O latino rolou os olhos.

— Bolinha nada, eu não sou gorda! – Ela bateu no ombro do menino para enfatizar a frase, fazendo ele a fulminar com o olhar e bufar.

— Você era fofa, menina! Como você queria que uma criança de dez anos não corresse atrás de uma coisa pulante e peluda?

— Era só você se controlar, menino insolente! 

— Já chega! Eu quero sair daqui! – Leo caminhou até a porta, mas a coelha apenas deu risada e esperou ele bater de cara com o chocolate, já que estava trancada com sua melhor cenoura.

— Que parte do “se você sair, você morre” você não entendeu? – Percy questionou, fazendo aspas com o dedo para enfatizar a frase impactante.

— Porque matariam uma criança? – O latino se virou ficando irritado.

— Porque você é um humano, menino burro! – Thalia aumentou seu tom de voz, fazendo a loira ao seu lado arquear a sobrancelha e dar um sorrisinho de canto, sabendo que logo mais a amiga iria decolar para cima do menino e, quem sabe, na menor das hipóteses, nocauteá-lo.

O filho do magnata caminhou até o menino, pegando em suas orelhas sem nenhum pingo de delicadeza e esticando-as para cima.

— Você parece um elfo. – Argumentou, analisando que eram pontudas.

— Vai saber ele não é irmão perdido da Clarisse, temos essa possibilidade. Filho do tio Hermes. – Annabeth murmurou pegando o raciocínio do menino.

— Eu gostaria de ser um elfo, eu adoro consertar as coisas com minhas mãozinhas, minha mãe sempre me chamou dessa criatura que agora eu sei que existem de verdade! – Exclamou o humano, totalmente feliz e mudando seu humor repentinamente.

— Opa parece que a cenoura virou, não é mesmo? – A Di Ângelo deu risada ao perceber que ele tinha começado a gostar da ideia dos mundos, sendo seguida pelos amigos.

— Cenoura virou? – O latino deu risada perante a gíria nada conhecida por ele.

— Sim, tipo, você não aceitava a ideia dos mundos e agora quer ser um Elfo, entendeu? – Explicou a coelha, gesticulando com um pequeno sorriso.

— No meu mundo a expressão é “parece que o jogo virou, não é mesmo?”. – Leo fez aspas com os dedos, fazendo-a rir.

— Que estranho. – Murmurou entre risadas.

— Ah sim, e a cenoura virou não é, né? – Retrucou o latino, dando um sorriso.

— Parece que alguém está se dando melhor conosco, ponto para os feriados. – A filha da bruxa comemorou, batendo um high five com a coelha.


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Notas finais do capítulo

Então, então, o que acharam? Gostaram?
Nos digam nos comentários o que querem que aconteça? O que acham que vai acontecer. Tudo bonitinho. Não quero ninguém com preguiça viu? São feriados, todos gostam de feriados.
Vejo vocês nos próximos capítulos
Deem uma olhada nas nossas outras fanfics.
Beijos e até!!



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