Whatever Happens,ill Always Be With You escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Não resisti e vou postar mais um capítulo, mas espero mesmo reviews!
Enjoy!



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Capítulo 24 – Enquanto isso...

POV Abe

Tudo pronto para a viagem. Embarcamos pela manhã e chegamos ao final da tarde humana em Paris. Fomo para um hotel discreto, mas bem localizado e confortável. Afinal, não era férias e sim, uma missão para resgatar a minha filha. A minha kiz...

O quarto era no último andar e tinha uma sala de conferências à nossa disposição, para que fizéssemos os nossos planos de resgate sem interferência de ninguém. Pedi serviço de quarto e orientei a todos que descansassem, se alimentassem, para colocarmos os nossos planos em ação.

No total, éramos mais ou menos trinta na equipe, entre eles além de mim, Dimitri, Alberta, Hanz, Mikail, Pavel, Eddie, Meredith, Jack, que são pessoas que amam e admiram realmente a minha filha e outros guardiões e não prometidos que eu contratei. Lógico que pessoas da mais absoluta confiança.

Sidney chegou ao hotel mais tarde, por volta das nove horas da noite humana, acompanhada de mais dois alquimistas. Eles insistiram vir, para não envolver nisso tudo os alquimistas desta região, caso algo saísse do controle e alguns morois envolvidos fossem mortos acidentalmente.

Eu tive que inventar uma desculpa muito elaborada sobre um problema em uma das minhas empresas para Janine, para conseguir me ausentar e consegui levar Dimitri, porque, supostamente, ele havia aceitado o meu pedido para ser meu guardião. A Natasha sabia do plano e disse que já havia solicitado outro para ela.

Quanto ao Eddie, bem, ele disse que sua mãe havia ficado doente e que precisaria de uns dias para visitá-la. A Lissa e o Christian não sabia de nada. Quanto ao Adrian, esse eu não consegui impedir de vir, mas com a condição de que não interferiria no resgate.

“Adrian, eu não acho que foi uma boa idéia você ter vindo!”

“Dimitri, é a Rose! E se ela estiver machucada ou algo assim, quem vai curá-la? Só EU posso fazer isso, fora a Lissa! Além do mais, eu não consegui mais falar com ela e não sei como ela fez aquilo, mas acho que ela não tentou mais ou aquilo a consumiu de modo que ela não tenha conseguido mais!” Resmungou a ponto de chorar. Dimitri só assentiu e murmurou um ‘Obrigado!’

Era notório o pavor dos alquimistas. Sidney estava mais tranqüila ou era o que parecia. Acho que ela estava ali mais pela Rose, pela sua amiga, do que por qualquer outro motivo, mas os outros, Renan e Gabriel, esses estavam a ponto de fugirem. Era até engraçado de ver a cara com que eles nos olhavam. Uma mistura de pavor e asco.

Depois que os planos foram elaborados, todos analisaram a planta da casa e a região do bosque, comeram e foram dormir, revezando-se porque aquele hotel não tinha wards. Adrian e eu conseguimos arrumar um lugar para nos alimentarmos.

“Abe, você acha que realmente existe alguma esperança de encontrarmos a Rose com vida? Eu estou com medo... A Lissa disse que não consegue senti-la, o que não é novidade, mas ela havia praticado e conseguido ter um pouco da sensação de Rose e agora ela não consegue!” Ele estava com uma cara tão abatida, cansada, que eu diria que havia dias que ele não dormia nem se alimentava direito. Enormes olheiras cercavam seu rosto abaixo de seus olhos verdes esmeralda.

“Bem, Adrian, se ela estiver mesmo sendo drogada, realmente fica difícil de senti-la. Você tem conseguido entrar no sonho dela?” Ele acenou em sinal de negação com a cabeça. “Então é sinal de que ela está mesmo sendo drogada... Meu medo é só que ela não agüente tanta droga no organismo. Damphir tem um organismo forte, mas dependendo da quantidade e do tipo de droga, ela pode sucumbir...” Adrian fechou a cara. Eu tive que consertar. “Não é o que você está pensando. Eu tenho esperança e quero encontrar a minha kiz com vida, mas Adrian, sempre existe essa possibilidade... Afinal, já faz dez dias! Temos que ser realistas? Quando ela conseguiu se comunicar com você fazia quantos dias? Quatro? Cinco?”

Adrian abaixou a cabeça, derrotado. Ele também sabia disso. Ele sabia dessa possibilidade. 

“Vamos voltar para o hotel e descansar. Bem cedo será a hora. A hora de ir buscar a minha filha e deixar o Belikov arrancar a cabeça de Louis Zeklos!” Abe deu um sorriso amargo e ficou só tentando pensar onde é que estava o seu sócio, Jean Pierre Zeklos. Pai de Louis! Será que ele está no meio disso tudo? Se ele estiver, eu é que vou arrancar a cabeça dele!

POV Rose

Hoje eu fiquei o dia todo na cama, desamarrada, mas estava tomando o soro e aquela coisa branca leitosa ainda. Eles colocaram naquela agulha que quase não era usada, um saco vazio que parecia de soro, só que menor e disseram que iriam coletar meu sangue para fazer alguns exames. Eu não me importei. Eu sabia que se eu ficasse nervosa de novo, eu seria amarrada e eu não queria. Eles não me deram uma muleta, mas meu pé estava melhorando e eu já conseguia andar, embora eu não demonstrasse. Algo me dizia que não era para aquele médico estranho, o tal Smith saber muito sobre a minha melhora. Eles ainda não deixavam nada no quarto com o que eu pudesse me ferir gravemente, mas alguma hora eles acabariam se distraindo e nem que eu tivesse que fugir, eu daria um jeito nessa situação.

Eu não queria mais ficar ali, internada... Nem viva! Viver pra quê se eu vou ficar aqui o resto da vida? Pensava eu. Eu sabia que Tarasov era longe de tudo, mas deveria ter algum rio, ou lago, ou algum penhasco de onde eu poderia me jogar. Eu ainda sentia aquelas sombras me consumindo e eu comecei a sentir falta dele... Dimitri... Por quê? Por que eu tinha que sentir falta dele? Ele havia me abandonado, me machucado, ficado com a Natasha... Ele me destruiu! Por que eu ainda sentia falta dele! Eu estava com uma sensação estranha de que a gente tinha se entendido, mas eu não me lembrava e tudo o que eu sentia quando pensava nele era uma imensa dor!

Por que eu estava pensando nele se eu tinha um noivo tão bom, tão generoso comigo? E por falar nisso, onde será que o Louis se meteu? Faz dois dias que ele não me visita e eu não estou dando trabalho mais. Eles até me deixam ficar sem as vendas e sem a mordaça!!!

Por que quando eu pensava nele eu tinha uma sensação estranha?!? Me corria um calafrio pelo corpo??? Aiiii, será que eu estou novamente alucinando? Merda, lá vem aquele médico de novo, com aquele termômetro ou seja lá o que for para medir minha temperatura. E por que diabos ele tem que medir minha temperatura no meu centro???

“Bom dia, Rosemarie, como você está se sentindo hoje?” Disse com um sorriso falso na cara, enfiando o termômetro em mim e olhando aquele saco com meu sangue. “Já está quase na hora de retirar.” Disse apontando para aquele saco com meu sangue. “E aí, se você quiser, eu peço a um enfermeiro que te leve para dar uma caminhada pela... er... clínica!” Ele retirou o termômetro e fez uma cara quase satisfeita. Acho que a minha temperatura está boa.

Legal! A oportunidade que eu queria para sair de dentro desse quarto mofado. Será que eles não tem um quarto melhor ou eu estou alucinando de novo e o vejo dessa forma?

“Estou bem. Me sinto um pouco fraca, cada vez que vocês retiram meu sangue para examinar, mas acho que é assim mesmo, né?” Ele acenou.

“Você vai tomar uma sopa e esse soro esbranquiçado serve como um, digamos, complemento alimentício para repor seus nutrientes, entendeu?! Você não pode ficar andando, por causa de seu pé e para não lhe causar incômodo para fazer suas necessidades, é mais fácil ingerir alimentos líquidos que podem ser eliminados na urina, entendeu?!” Apontando para a sonda e falando isso num tom condescendente.

“Ah!” Foi só o que eu respondi e tomei aquela sopa aguada que ele me deu. Ele retirou a bolsa de sangue e me perguntou mais uma vez se eu queria dar uma volta pela clínica e eu acenei que sim.

Nisso, ele falou com um daqueles enfermeiros que mais pareciam guardiões e me trouxeram uma cadeira de rodas com um suporte para os soros que eu estava tomando. O enfermeiro, que era novo, me ajudou a sentar, colocou um cobertor nas minhas pernas, me ajeitou cuidadosamente, até com cuidado demais, eu diria, e me levou a uma espécie de elevador de carga. Ao que parece, eu estava no subsolo e não havia escadas para o meu quarto.

Pela primeira vez em dias eu me senti um pouco menos prisioneira. Aquela sensação de seqüestro que ainda me restava, me abandonou por completo. Saímos em uma sala enorme e pintada de branco. Tinha alguns sofás em couro preto, uma enorme estante cheia de livros, uma TV de tela plana também enorme e muitas janelas cobertas com cortinas bem pesadas verde musgo. O enfermeiro me levou em direção a um deck que tinha na parede que parecia ser dos fundos daquela sala e tinha um sol fraco no céu. Tinha também ao fundo, um bosque de pinheiros que dava até para sentir o cheiro.

Se não fosse um hospício, eu diria que era um lugar bonito, mas eu não conseguia avistar os outros prédios da clínica. Deveria estar na parte que eu não conseguia ver.

“Você pode me levar até perto do bosque?”

“Não. Não era para você estar nem aqui, mas o Dr. Smith disse que você não causaria nenhum problema nem tentaria fugir, então... Mas o melhor que eu posso fazer é te trazer até aqui e você não deve falar com o Sr. Zeklos que esteve nesta parte da... clínica.”

“Por quê? Ele não me deixaria andar pela clínica? Ele ainda acha que eu posso ferir alguém?” Me senti mal por isso. Louis não confiava em mim.

“Bem, você era uma das melhores guardiãs que eu conheci...” Ele ficou visivelmente sem graça. Será? Ou eu estava alucinando de novo?! A minha mente estava tão confusa... Resolvi perguntar.

“Você me conheceu quando eu era guardiã? Onde? Me desculpe, mas eu não me lembro de você... Estou muito confusa esses dias...” Baixei a cabeça e senti uma lágrima escorrendo de meus olhos. Minha mente parecia estar toda imersa em nuvens e lapsos.

“Hey, não fique assim...” Disse ele ainda constrangido. “Eu sou um não prometido e te conheci na Turquia, você não se lembra? Me chamo Mohammed.” Ele me olhava como se eu fosse de outro planeta. Parecia que ele queria testar o meu raciocínio, mas por mais que eu tentasse, sei lá, agora parecia que eu me lembrava dele.

“Mohammed... Acho que me lembro do seu nome, de você, mas esses remédios me confundem, desculpe-me! Então, eu tentei me matar?” Ele me olhou de novo com aquele olhar de dó. Acho que ele estava sentindo dó de mim! Eu não quero a piedade das pessoas... Eu só quero me libertar de tudo isso! Eu quero dar um fim em tudo isso. “Não me olhe assim... Não tenha dó de mim...” Segurei ele pelo braço, agora quase que como um gesto de desespero. “Me ajude! Se eu tentei me matar e não consegui, me ajude a conseguir dessa vez! Aqui deve ter um penhasco, um lago ou qualquer coisa...” Ele me interrompeu.

“Rose, fique quieta, você quer que os outros nos ouça?!?” Eu precisava saber.

“Mohammed, nós éramos amigos, quero dizer, na Turquia?” Comecei a ter aquela sensação estranha de novo. Resolvi perguntar mais para tentar saber o que estava acontecendo.

“Sim, Rose, nós até caçamos strigois juntos, quando você conseguia fugir da casa do seu pai, sabe, como você dizia, só por diversão, vamos limpar o mundo dessas criaturas malignas...” Ele sorriu tristemente e eu me lembrei. Era verdade. Nós caçamos juntos.

“Como você veio parar aqui nesta clínica? Você fez algum curso de enfermagem ou medicina ou algo assim? Como você veio parar aqui, no meio do Alasca? E, bem, em nome de nossa antiga amizade, me ajude!” Ele me olhou de novo com aquele olhar de dó.

“Alasca? Rose, não estamos no Alasca, estamos na França, perto de Paris!” Paris... Paris... Gente, mas Tarasov fica no Alasca!

“Se eu te perguntar uma coisa, você me responderia honestamente, em nome de todos os malditos strigois que matamos juntos?” Ele faz de novo aquela cara estranha.

“Sim, o que é?”

“Aqui não é Tarasov, é? Isso aqui não é um hospício, é?” Ele ficou quieto. “Eu não estava alucinando... Estou seqüestrada, né?”

Ele empurrou minha cadeira de rodas mais para longe da porta e disse baixinho.

“Rose, assim você vai acabar com o meu disfarce! Você ainda está muito confusa e eu quero que você só ouça e fique calada, entendeu?!” Eu acenei.

“Sim, você está seqüestrada e eu estou aqui para garantir que você fique viva até o socorro chegar. Eu te devo a minha vida, pelo menos uma meia dúzia de vezes e muito do que eu sei hoje em técnicas de luta eu aprendi com você. Continue do jeito que você está. Finja estar desorientada. Se bem que você está mesmo desorientada!” Ele deu um leve sorriso.

“O Smith vai precisar se ausentar e o Louis só vem amanhã pela manhã, no horário humano. Eu estou encarregado de cuidar de você, de te medicar e não vou colocar nenhuma droga no seu soro. O que aliás, eu tenho feito há um dia e meio, desde que cheguei aqui, mas parece que ainda não fez o efeito desejado. Quando Smith sair, eu vou retirar sua sonda e soltar as correias da cama, mas você tem que fingir estar desacordada e firme na cama. Só isso que eu posso te dizer. Agora temos que entrar, para ninguém desconfiar.”

Eu só acenei de novo. O que eu poderia dizer diante de tanta informação. Eu não estava entendendo mais nada!!! Nem sabia mesmo se aquilo era real!!! Até então o que eu achava ser real não era real e o que eu achava ser alucinação, era real??? Acho que estou maluca mesmo e tudo isso é outra alucinação. AIIIIII! Eu não consigo pensar!

Quando eu dei por mim de novo, eu estava na cama, naquele quarto, com as mãos nas correias fortemente seguras e sozinha.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram????
Vale review????
E recomendações????
Será que a Rose vai se salvar? Os planos do Abe darão certo?

Bjn. R.I.



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