Quando acordei olhei para o relógio. Eram sete e meia da tarde.

Desci.

- Estavas cansada filha, quando cheguei a casa estavas a dormir. – Disse a minha mãe.

- Pois… Já tinha te dito que dormi mal de noite e à tarde deu-me o sono.

- Fizeste bem dormir.

Passado meia hora fomos jantar.

Não conseguia comer. Não tinha apetite nenhum. Passei o jantar a brincar com a comida em silêncio.

- Então Alice não comes? A comida está deliciosa! – Disse Emm.

- Não tenho muita fome… 

- Filha pelo menos tenta comer um bocadinho. – Disse a minha mãe.

- Ok. – Disse eu.

Comi um bocadinho mas fiquei imediatamente enjoada.

- Família, tenho de ir em viagem durante uma semana a Nova York. – Disse o meu pai.

- Quando? – Perguntou a minha mãe.

- Depois de amanhã.

- Posso ir para o meu quarto? – Perguntei.

- Podes filha. – Disse o meu pai.

Fui para o meu quarto mas antes de entrar ouvi a minha família a falar sobre mim.

“- A Alice anda muito estranha, não acham? – perguntou a minha mãe.

- Sim também acho. Parece que anda em baixo. – Disse o Emm.

- Ela hoje andou o dia todo sem rir e isso não e coisa de Alice. Passa-se mesmo algo com ela mas eu não sei o quê! – Disse o Edward.

- Porque não lhe perguntam? – Disse o meu pai.

- Ela vai dizer que não se passa nada ou que está apenas enjoada que depois passa! – Disse Edward. “

Não quis ouvir mais. Entrei no meu e desatei a chorar. Eu não iria conseguir lidar com a gravidez sem a minha família mas simplesmente não tinha coragem para lhes contar.

Adormeci com as lágrimas nos olhos.

Quando acordei eram oito da manha. Fui-me preparar para a escola.

Mais um dia de aulas…

Fui a primeira a estar pronta para ir para a escola.

Quando cheguei, fui logo ter com a Rose e a Bella.

- Como passaste a noite? – Perguntou a Bella.

- Bem. – Respondi eu.

- Não estás com muita boa cara. – Disse Rose.

- Não se preocupem eu estou bem…

- Alice ambas sabemos que não estás bem porque não desembuchas? – Disse Bella.

- Ok. Os meus pais e os meus irmãos desconfiam que se passa alguma coisa comigo. Dizem que eu ando estranha… eu queria contar-lhe mas simplesmente não consigo!

- Mas vais ter de contar-lhes Alice. – Advertiu Rose.

- Eu sei mas estou a tentar ganhar coragem. E como é que eu vou contar ao Jasper? – Disse desesperadamente.

- Não precisas de dizer já mas daqui a pouco tempo vais ter de contar. – Disse Rose.

- Eu sei…

O resto da semana passou-se num instante. Era Sábado e ia ficar em casa com a minha mãe. O meu pai só ia chegar daqui a alguns dias.

Estava muito bem na cozinha com a minha mãe quando de repente me dá uma tontura e desmaio.

Quando acordei estava no sofá.

- O que é que aconteceu? – Perguntei meio desorientada.

- Querida desmaiaste. – Disse a minha mãe.

Edward e Emm já estavam na sala também.

- Alice o que se passa contigo? Nos últimos tempos tens andado em baixo e triste. O que se passa? – Perguntou Edward.

- Na…

- E não digas que não se passa nada que eu sei que se passa. – Disse Edward. 

Não queria chorar. Tinha de aguentar mas estava difícil.

- Então querida o que se passa? Porque não nos contas? – Perguntou a minha mãe.

Começaram a escorrer algumas lágrimas pela face abaixo.

Minha mãe limpou-me as lágrimas.

- Alice fala, nós só queremos ajudar-te. – Disse a minha mãe.

- Eu sei… Mas é difícil contar. Eu quero mas é difícil. – Disse eu entre soluços.

- Digas o que disseres nós vamos estar aqui ao teu lado para te ajudar maninha. – Disse Edward.

- Claro que sim. – Disse Emm.

- É que… é que eu… não consigo!

- Consegues filha! – Disse minha mãe encorajando-me.

- Eu estou…grávida. – Disse sem encarar as suas faces.

- Filha… como é que estás grávida?

- Descuidamo-nos e aconteceu.

Fez-se silêncio, ninguém conseguia dizer nada.

- Alice, o Jasper sabe disto? – Perguntou Edward quebrando o silêncio.

- Não… ainda não tive coragem para lhe dizer. Estou tão desesperada, eu não sei o que hei-de fazer. Eu sou muito nova para ter um filho.

- Há outra opção… Fazer um aborto. – Disse Emm.

- Não, isso não. Isso, eu não consigo fazer. – Disse eu aflita.

- Está bem Alice, ninguém te vai obrigar a fazer um aborto. – Disse Edward.

- Eu só queria saber se vocês me vão ajudar? – Perguntei eu meio hesitante.

- Claro que vamos ajudar-te querida. – Disse a minha mãe.

- Obrigado. – Disse abraçando a minha mãe.

- Filha já foste ao médico?

- Não…

- Tenho de te marcar uma consulta ok?

- Ok.

A minha família tinha aceitado bem a minha gravidez agora só faltava o meu pai e o Jasper.

Passamos o resto da noite todos juntos a ver televisão. Estava com a cabeça em cima das pernas do Edward e o resto do corpo estendido no sofá.

Os meus olhos estavam a fechar, estava cansadíssima nestes últimos dias tinha dormido muito pouco.

Fechei os olhos de vez.

Versão Edward

- A Alice adormeceu. – Disse.

- Coitadinha nestes dias não deve ter dormido nada de jeito. - Disse a minha mãe.

Coitada da minha maninha. 16 anos e já à espera de um filho. Nestes dias ela deve ter pelo menos desesperado não contando a ninguém o que se passava.

É muito nova para lidar com isto sozinha. Eu vou ajuda-la. É meu dever ajuda-la, sou irmão dela.

- Eu vou fazer tudo o que poder para ajuda-la. – Disse eu à minha mãe e ao Emm.

- Eu também. Ela e a minha irmãzinha e eu vou ajuda-la. – Disse Emm.

- Fazem bem. Eu também vou ajuda-la. Ela simplesmente não conseguiria passar por isto sozinha. Ela é muito nova. – Disse a minha mãe.

- Como será que o pai vai reagir? – Perguntou Emm.

Boa pergunta. Como ele reagiria?     

- Não sei meu filho mas espero que ele seja tolerante.

Alice mexeu-se.

- Acho que a acordamos.

- Pois… - disse Emm.

Acariciei-lhe o cabelo para ver se adormecia outra vez e quando adormecesse iria leva-la para o seu quarto.

Devia estar mesmo cansada. Não levou muito tempo a adormecer outra vez.

Quando tive a certeza que já estava mesmo adormecida peguei-lhe ao colo e fui pô-la na cama dela.

- Vou pô-la no quarto. – Disse eu baixinho para não a acordar.

- Ok. Também vou dormir. – Declarou a minha mãe.

Fui pô-la no quarto mas ao deita-la na cama ela acordou.

- Ed... – disse meio atordoada.

- Sim Lice…

- Não vás, fica aqui. Não quero ficar sozinha. – Pediu-me ela.

- Ok.

Comecei a cantar-lhe uma canção de embalar para a adormecer. Adormeci ao lado dela de seguida.”