Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 7
Tive uma ideia!


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥
Tudo bom com vocês? Espero que sim!

AAAAAAA meus amorzinhos recomendaram a fic ♥
Minha unicornio roxo linda da minha vida (semideusadorock) muito obrigada maravilhosa ♥ Te amuu ♥
Kaya sua coisinha linda, obrigada meu amor, te amo muitão ♥

Um capítulo saindo do forninho para vocês! ^-^
E antes de ir quero deixar falado que esse capítulo é dedicado a meu amor Dudinca que fez aniversário ontem! ♥

Good Reading *u*



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Ás vezes era extremamente difícil o di Angelo segurar a risada dos acontecimentos a sua frente, ainda mais quando ele apenas escutava o barulho dos pés de Thalia escorregando do lado de fora da adega e um baixinho, denunciando sua presença e o fazendo levantar as sobrancelhas rindo silenciosamente antes que ela adentrasse o recinto.

Ele levou o olhar para a portinhola que começou a ir para o lado oposto e abrir, o que o fez esperar ansiosamente pelo rosto angelical da Grace, o que não aconteceu.

Franziu o cenho e tombou a cabeça levemente para o lado ao ver uma bola vermelha passar pelo lugar, quase estourando ao entalar e a morena ter que se matar de empurrar para que ela passasse com um baque – Nico tinha quase certeza que a pequena tinha batido o rosto na porta –, logo depois vindo um panda e, aí sim, o rostinho de Thalia com um enorme sorriso.

— Bom dia, Senhor Presinhas! – ela disse animada, fechando a portinhola e indo atrás de sua bola. – Está um lindo dia hoje, então nada mais justo do que brincarmos de bola, não? O que acha da ideia?

O di Angelo semicerrou os olhos olhando para o teto: se estava um lindo dia, por que diabos ela havia ido ali dentro onde não tinha nem mesmo um raio de sol?

Antes que ele pudesse tentar ler sua expressão, algo encostou no seu pé, o que o fez abaixar o olhar cauteloso com medo de ser uma barata gigante, mas soltando um suspiro de alivio ao ver que era apenas a bola dela.

Olhou para Thalia, que o encarava com expectativa e os olhos azuis elétricos brilhando, imaginando o que ela faria se ele chutasse a bola de volta, já que, como estava morrendo mesmo, por que não?

Passou a língua por seus lábios levemente, movendo o pé devagar ao sentir seu corpo pesar e quase ceder aos joelhos e ficar pendurado pelos pulsos, contendo um gemido baixo e tocando na bola, o que a fez ir até os pés da garota que quase gritou de felicidade, mas Nico pode notar que ela estava hesitante, como se ele fosse um animal arisco que pudesse sair correndo a qualquer movimento brusco.

— Fred! Ele chutou de volta! – ela tentou sussurrar para seu panda de pelúcia, mas falhou miseravelmente.

O vampiro teve que se boquiabrir e passar a língua pelos dentes para conter a risada, já que se ela sussurrasse mesmo para seu amigo inanimado ele ouviria de qualquer jeito graças a sua maravilhosa audição.

Thalia mirou nos pés dele novamente, chutando com um pouco mais de força e vendo Nico parar a bola com o pé, passando para o outro em um movimento e chutar de volta, o que a fez ficar encantada.

— Eu quero aprender a fazer isso! – exclamou, batendo palmas. Ele arregalou os olhos minimamente, sabendo que não deveria ter feito tanto.

Ela tentou passar a bola para o outro pé com habilidade igual ele fez, o que gerou um pequeno tombo, já que antes do estimado a pequena pisou na bola – literalmente –, que foi para frente e a levou junto, arrancando uma risada baixa do vampiro.

— Não se pode derrubar as amiguinhas! – Thalia brigou com a bola.

Nico franziu o cenho e recuou levemente, já que não poderia ser de todo normal uma criança que falava com objetos inanimados, não é? Não bastava Fred: o panda, agora o que? Bolota: a bola maravilha?

Ela iria chutar novamente, quase como se fosse dar uma lição na bola por ter a derrubado, mas antes que o fizesse, uma conversa intrigante no corredor passou pela porta e fez seu pequeno corpo se arrepiar diante das vozes tão conhecidas de Luke e Sky.

O vampiro apenas franziu o nariz em uma careta ao sentir o cheiro horrendo que o casal exalava, antes de ver Thalia pegar seu panda e a bola e correr para um canto da adega a tempo que Luke abriu a porta de supetão com um olhar desconfiado.

— Thalia está aqui? Ela não está no quarto...– questionou com os olhos semicerrados.

— Como se você fosse acreditar em mim – o di Angelo retrucou tão baixo que nem ele mesmo se ouviu.

— Bom, de qualquer forma – o loiro adentrou a adega com uma pose superior que fazia o vampiro se lembrar de um pombo. – Eu vou checar.

Nico rolou os olhos ao vê-lo passar os olhos de uma maneira rápida para o ambiente e antes que saísse, Sky entrou pela porta e parou subitamente, deixando um suspiro de susto sair de seus lábios ao ver o moreno.

— O que aconteceu com ele? – a Lotewood levou a mão à frente dos lábios, fazendo uma careta. – Parece que o cheiro de cadáver está cada vez pior...e talvez ele esteja um pouco cinza-esverdeado, isso é um bom sinal?

— Pensando bem, faz um tempo que eu não alimento você, não é mesmo? – Luke pareceu se lembrar da dieta nojenta do di Angelo, que se resumia a um pouquinho de sangue da ala médica, onde eles tinham um estoque para o caso de Thalia se machucar e necessitar de uma doação.

— Luke! – o tom da loira era de reprovação, mesmo que um pequeno sorriso habitasse o canto de seus lábios rosados.

— Quando eu achar que devo trazer e a preguiça me abandonar de andar até lá, eu alimento ele com algumas gotinhas de sangue que devem trazê-lo parcialmente de volta à vida, tá bom? – o Alpha prometeu com um sorriso travesso, a fazendo rolar os olhos e o enlaçar pela cintura.

Nico abaixou o olhar irritado, não acreditando que os começariam a se beijar bem ali na frente dele, que estava preso e não conseguia ir para lugar algum. Isso já é demais! Quase que ele pediu para que o matassem logo de uma vez, mas lembrou da existência de Thalia no lugar e não queria traumatizar a criança antes de seus – pelo menos – oito anos, não é mesmo?

— Agora vamos porque ficar nesse lugar fedido me incomoda – Sky fez um bico manhoso e logo o moreno ia vomitar se aqueles dois não saíssem logo.

 – Até a próxima, di Angelo – Luke disse sem nem ao menos olhar na cara do vampiro, passando um dos braços pelos ombros da namorada e saindo pela porta ao lado dela.

— Foi por pouco! – Thalia saltou de seu esconderijo, o que fez Nico ter um sobressalto mesmo sabendo da existência dela ali.

Várias questões importantes invadiram a mente do moreno, que comprimiu os lábios enquanto fixava o olhar na parede e começava a pensar em questões logicas sobre o fato de como Luke não ter sentido o cheiro impregnado de baunilha da pequena? Como não tinha conseguido ouvir seu coração batendo tão rápido que chegava a dar dor de cabeça? Não era ele que tinha uma ligação especial com a matilha? Ou Thalia não era parte da matilha também? Mesmo sendo sua filha?

— Eu tive uma ideia! – a pequena exclamou de repente, se jogando no chão e passando pela portinhola em menos de segundos.

Nico, se tivesse as mãos soltas e não presas em cima de sua cabeça, com certeza iria chocar contra a teste em um ato desaprovador, já que ela nem mesmo pensou em olhar para fora antes, caso Luke ainda estivesse parado ali do lado esperando o momento surpresa que ele a pegaria no flagra.

Os passos da pequena eram rápidos e precisos em uma única direção: a ala médica.

Ela tinha conhecimento do local graças a ter ido parar lá durante uma brincadeira de pique-esconde, então não demorou para que estivesse usufruindo de suas forças para empurrar a porta emperrada do local, entrando e indo direto para o freezer onde tinha bolsas de sangue – nojentas, em sua opinião –.

 Tentou ficar nas pontas dos pés e alcançar a tampa, falhando miseravelmente e resolvendo ir atrás de um banquinho, colocando na frente do móvel branco e tendo sucesso em ter passagem para as bolsas.

 Franzindo o nariz em uma careta de nojo, apoiou sua barriga na borda de borracha do freezer e inclinou seu corpo para dentro, sentindo seus pés deixarem o banco e agarrando quantas bolsas conseguiu antes de tombar para fora, agradecendo aos céus por não ter caído dentro do freezer: não saberia o que fazer se isso acontecesse.

Contou três plásticos com sangue e suspirou, arrumando tudo em seu devido lugar antes de sair dali cautelosa, medindo cada passo que poderia dar com medo de seu pai aparecer no caminho e descobrir seu plano maquiavélico – em sua visão, claro –, que era alimentar seu melhor amigo.

Logo estava passando pela velha portinhola, erguendo os olhos para o vampiro e vendo um brilho esperançoso passar pela imensidão negra quando ele mirou as bolsas em seus braços, sentindo-se salivar e começar a se remexer desconfortável, como se quisesse chegar perto logo.

— Você...quer? – questionou o óbvio, largando as outras duas no chão e se aproximando com apenas uma nas pequenas mãos.

Pegou o banco costumeiro que havia no canto e posicionou na frente dele, subindo ali e percebendo que até mesmo parar de respirar ele o fez.

— Como se abre isso? – se perguntou, rodando a bolsa e procurando algo que servisse, pensando até mesmo em fazer um pequeno furo ou só enfiar na boca dele e deixa-lo se virar.

Nico, por sua vez, conseguia enxergar pontinhos negros em sua visão de tão ansioso que estava. Seu corpo pedia por cansaço, mesmo que eles – vulgo Silena – trocassem a posição das algemas frequentemente, para que não cansasse tanto o moreno, o que chegava a ser irônico.

Thalia finalmente conseguiu puxar a pontinha da bolsa, abrindo-a e fazendo uma careta que indicava repulsa. O vampiro riria se não estivesse totalmente dependente daquelas gotas de sangue que foram postas em sua boca com cuidado e ele fez questão de quase derrubar a garota com tanto impacto que foi para pegar mais.

— M-Mais...- murmurou inconsciente, arregalando os olhos quando notou o que fez ao vê-la arregalar os seus também.

— V-Você...- ela gaguejou descrente, assustada e ofegante ao mesmo tempo. – Você falou!

Nico estava tão agradecido por ela finalmente ter feito algo de bom que assentiu, passando a língua nos cantos dos lábios para sorver qualquer vestígio do liquido, sentindo sua garganta queimar ao ser abastecida.

— Eu vou pegar mais! – a Grace disse realizada, saltando do banquinho e indo em direção as outras bolsas.

Não demorou nem quatro minutos para que tudo acabasse e a pequena se afastasse com um meio sorriso pesaroso, mas agora reparou em seu rosto: estava mais vivido do que nunca, coisa que ela achava praticamente impossível; seus olhos tinham um brilho sagaz que a fez recuar mais um passo. Porém não isso que a assustou. Mas não foi mesmo.

O di Angelo deu um sorriso de canto e facilmente quebrou as correntes envoltas em seus pulsos, sentindo seus braços pesarem de imediato e caírem ao lado de seu corpo, mas teve que usufruir de sua velocidade anormal para tampar a boca da criança a sua frente que iria gritar, sendo entregada por seus olhos amedrontados.

Levou o dedo indicador até a frente de seus lábios avermelhados pela quantidade de sangue tomada e pediu silêncio, vendo-a engolir em seco, mas assentir hesitante.

Escorregou sua mão pálida por seu rosto angelical devagar e, quando se certificou que ela não tinha risco algum de gritar, segurou em sua blusa, na parte de trás, e a arrastou para fora da adega com facilidade, chutando a porta para dar passagem e a deixando no corredor.

Novamente usufruiu de suas habilidades sobrenaturais e chegou rapidamente a sala, praguejando mentalmente e sentindo as veias roxas saltarem por baixo de seus olhos em uma clara ameaça assim que viu muitos lobisomens ali, que pararam o que estavam fazendo para um ato sincronizado, que consistia em alguns se tornarem lobos e outros irem atrás do Alpha da matilha.

Ele sentiu seu corpo se retesar por um mero momento, estranhando o porquê de não terem o atacado ainda, porém descobriu que havia um impasse na cena assim que sentiu sua blusa ser puxada fracamente para baixo, se forçando a não rolar os olhos.

Levou suas mãos para a garganta da pequena Grace, arrancando um grito estrangulado dela ao chocar seu corpo contra seu peitoral, deixando claro que não hesitaria se tivesse que a matar para passar até a saída – mesmo sendo uma mentira óbvia –.

Silena, ao ver essa cena, sentiu a raiva fervilhar em seu sangue e se tornou uma loba de pelos cinzas, avançando e passando à frente de todos, rosnando e mantendo seus caninos expostos.

O di Angelo comprimiu os lábios e mandou um olhar para a loba que dizia: “sério mesmo que você acha que eu vou matar ela? Você enfiou o dedo dela com sangue na minha goela e eu nem me mexi! Por que faria isso agora?”, o que a fez se aliviar, mas não perder a pose na frente da matilha, indo para trás cautelosa e abrindo espaço para o moreno.

— O que nós temos aqui? – a voz de Luke preencheu o ambiente em um tom de deboche que Nico reconheceria a quilômetros de distância.

Isso foi o suficiente para tirar sua atenção, o que gerou um Octavian agindo rápido e o empurrando para o chão, onde todos os lobos se preparavam para uma bela refeição, salivando e rosnando em um coro desagradável.

A Beauregard sentiu seu coração parar ao notar que o vampiro não tinha largado Thalia no chão em momento algum, então ela estava com ele no meio da chacina que ia virar. Seus músculos retesaram e ela ergueu o pescoço o mais alto que pode, rosnando irritada e pulando à frente dos lobos, não importando em quebrar moveis ou nada do tipo, avançando nos que tentavam avançar em Nico e forçando a matilha a recuar.

O Castellan apenas observava descrente a pose de Alpha que Silena tinha assumido, também segurando o momento certo para comentar algo que havia o incomodado na cena de morte do di Angelo.

Silena voltou a ser humana e olhou por cima dos ombros, se surpreendendo ao ver Nico com as costas rasgadas de fora a fora, sangrando, enquanto se mantinha por cima da criança assustada embaixo de si, a fazendo arquear as sobrancelhas quase incrédula. 

 – É incrível...– o loiro começou ao ver o di Angelo tombar para o lado e Thalia se encolher em seu próprio corpo – o seu instinto protetor por ela, sendo que nem ao menos conhece minha filha, não é mesmo? Eu devo me preocupar com isso, Nico?

— Deixe-o, Luke – a voz de Silena soou forte e ela viu os punhos de Luke se cerrarem. – Eu estou encarregada de tranca-lo novamente na masmorra, portanto sumam daqui, agora!

Luke tinha um ar sarcástico, mas nada disse enquanto observava sua matilha recuar cada vez mais, obedecendo a ordem da Beta e o contrariando.

Eu posso ser explosivo, mas muitas vezes sou calculista, então se eu fosse você tomaria cuidado com o que faz, Beauregard. Pensou consigo mesmo, se desencostando do arco da porta e saindo, deixando-os a sós.

Silena se abaixou preocupada, tocando levemente nas costas do moreno e escutando-o gemer baixo, a fazendo negar em reprovação e se virar para Thalia, que agora tinha sentado no chão e observava seu amigo aterrorizada.

— Escute, pequena, é mais fácil lidar se você não olhar – aconselhou, passando a mão pelo cabelo negro dela.

— Ele vai ficar bem, tia Silena? – murmurou de volta, fungando, dando indícios que começaria a chorar.

— Eu prometo que vou cuidar dele, ok? – se levantou com um sorriso e estendeu-lhe a mão, a fazendo se levantar também. – Consegue se levantar, di Angelo?

Silena não obteve resposta, o que a fez se lembrar do tratamento do silêncio que ele tinha referente a Thalia, rolando os olhos e o ajudando a se levantar, deixando que passasse o braço por seus ombros e o segurando pelo quadril, com medo me tocar no machucado e causar algo mais forte, mesmo que já conseguisse ver alguns lutando para se fechar.

— Lobisomens quando arranham demora mais para cicatrizar ou fechar, não? – a Beta puxou assunto enquanto limpava as costas do vampiro com cuidado, sentindo estremecer a cada de sua mão quente contra sua pele pálida e fria.

A pequena Grace andava de um lado para o outro preocupada, sentindo seu estomago revirar a cada hipótese que sua cabeça tenha criado sobre o que tinha acontecido lá em cima a pouco, mas estando feliz – mesmo que fosse bem lá no fundo – por ter sido protegida por seu amigo, porém ficava triste novamente ao lembrar que ele tinha arregaçado as costas com isso.

— Eu ainda não entendi o porquê de você não falar com ela perto, sabe? Uma criança tão fofa e você ignora ela? – Silena continuou seu monologo, comprimindo os lábios ao ter a mão agarrada e encarar os olhos raivosos do di Angelo. – Ok, ok, Senhor Presinhas, já vi onde dói!

Ele rolou os olhos com o apelido idiota dado pela Grace e se virou de frente para a parede novamente, não entendo o que estava passando em sua mente para não empurrar a Beauregard para longe e se mandar dali, já que estava completamente imune a qualquer tipo de corrente ou feitiço, era só sair pela porta e lidar com o que vinha pela frente até a saída. Mas, não! Continuava ali aos cuidados dela e ouvindo sequencialmente os pensamentos altos de Thalia e seus passos irritantes contra o chão, chutando restos de fenos que entravam em seu caminho.

A morena voltaria a passar o pano levemente sobre o sangue, o limpando devagar, porém, antes de o fazer, sentiu uma pressão contra seu pescoço e logo estava grudada na parede, impossibilitada de respirar e próxima demais do Alpha, que sibilava consigo mesmo e parecia rosnar baixo mesmo em sua forma humana.

Nico se virou para a cena e puxou Thalia para perto, a passando para trás de seu corpo em uma prevenção para o caso dos dois lobisomens começassem a se atracar ali naquele espaço pequeno, ele conseguisse a livrar da pancadaria, mesmo sabendo que Silena não a machucaria em hipótese alguma – só para servir para um vampiro seu dedo, mas né? –.

 – Um Alpha deveria estar atento ao que está acontecendo as suas costas o tempo inteiro, nunca se sabe quando alguém vai tentar um ataque certeiro e arrancar seu coração...– Luke levou a mão para frente do coração dela com um meio sorriso. – Mesmo sendo tão puro como o seu, eu duvido que alguém hesitaria em arranca-lo.

— Eu sou classificada como uma Beta – Silena quase rugiu, o empurrando para trás por seus ombros –, mas saiba que logo isso vai mudar, assim como meu comportamento e como o líder dessa matilha, Castellan.

— Isso é uma ameaça? – ele sorriu mordaz.

— Claramente, explicitamente e se quiser que eu desenhe, pegue folha e papel que o faço com prazer – cruzou os braços, mantendo o olhar duro.

Luke desviou o olhar da Beauregard e sentiu seu sangue ferver ao ver sua filha sendo protegida pelo vampiro de merda que o di Angelo era, rosnando baixo de raiva ao encara-la, notando que ela tinha se encolhido mais ao corpo dele.

— Isso é tão desgostante que eu tenho vontade de vomitar – comentou, fazendo uma careta, mas logo se recompondo e lançando um olhar ameaçador para o vampiro. – Thalia, vai para o seu quarto agora, você não vai sair até segunda ordem, está me ouvindo? E se eu descobrir que saiu...sabe muito bem do que eu sou capaz quando fico bravo, não sabe?

Ela assentiu quase que desesperadamente, vendo-o dar as costas e sair pisando duro.

Nico olhou para baixo e a viu abraçar suas pernas, sussurrando um obrigada baixinho pouco antes de sair correndo pela adega, abraçando Silena também e indo para fora, provavelmente indo seguir a ordem de seu pai.

No que eu fui me meter? O vampiro pensou consigo mesmo, negando em reprovação e olhando para a Beta, que tinha um meio sorriso nos lábios e um olhar acusador.

— Com tantos lobinhos por aí, ela foi logo se tornar amiga de um vampiro?! – ela suspirou, levando as mãos as têmporas e se abaixando, pegando o pano que o limpava que tinha derrubado.

— Eu não tenho culpa de ser mais legal que os lobinhos, mesmo sem falar com ela, olhar na cara dela e não ter nenhuma conexão! – Nico respondeu, atraindo a atenção para si.

— Thalia sempre foi de fazer amizades difíceis, sabe? – observou as costas dele, completamente curada, porém suja de sangue seco.

— Eu percebi, ela desabafou bastante comigo enquanto eu estava em silêncio pensando nas minhas amigas do coração que são as baratas!

— Eca! – franziu o nariz e estremeceu, molhando o pano na água e passando por suas costas, limpando o sangue que estava ali. – Ela disse algo comprometedor?

— Por que está conversando comigo e me tratando bem?

— Não responda minha pergunta com uma pergunta!

— Responda a minha que eu respondo a sua! – ele se virou de frente para a ela, cruzando os braços sob o peitoral despido.

— Eu estou fazendo isso pela Thalia, acredite..., mas também não gosto do fato de você ser torturado por informações imbecis e ser mantido aqui nesse cafofo horrendo! – deu-se por vencida. – Logo eu vou dar um jeito em Luke e vou tentar amenizar sua pena, tudo bem?

— Não...- ele respondeu, atraindo a atenção dela para seus olhos – ela não disse nada comprometedor; eu descobri que você faz um bolo muito bom, que o Luke bateu nela porque descobriu que veio me ajudar e também que ela não tem amigos, porque todos os lobinhos excluem ela porque não pode se transformar...e isso gera umas perguntas: por que você deixa ele fazer isso com ela? Por que ela não pode se transformar? Por que vocês ficam mantendo ela aqui sendo que ela de nada serve? A primeira coisa que irritar Luke ele ameaça ela de morte, e pode ter certeza que um pai não faz isso!

— Eu vou disputar com o Luke, tá bem? Eu vou tirar ele do posto de Alpha e vou virar a Alpha da matilha e isso vai acabar – respondeu apreensiva, pegando as correntes e prendendo, dessa vez, com um braço em cada extremidade da parede, puxando para ter certeza que não seria fácil de quebrar.

Ela não o olhou mais nos olhos, saindo dali e o deixando com os pensamentos inundados pelos olhos elétricos que tanto o incomodavam e que tinha salvo hoje.

{...}

— Annie – Percy chamou, acariciando seu braço exposto graças a regata que a garota usava, preocupado. – Acorda!

Ela puxou o ar para seus pulmões e abriu os olhos em um sobressalto, começando a arfar enquanto sentia o braço do moreno rodear sua cintura e a apertar contra seu corpo forte.

— O que houve? Pesadelo? – questionou ele, suavemente enquanto beijava seu ombro.

Annabeth assentiu, suspirando e se virando de frente para ele, se aninhando em seu peitoral.

— É meio trágico você ter sido resgata de uma cabana em chamas, sabia? – começou, dando uma risada sem humor. – Se não fosse por você eu ia ter queimado até a morte dentro daquele lugar. E isso me dá náuseas até hoje.

Percy nada disse, já que ele concordava com ela, mas pegaria bem mal revelar isso depois de um pesadelo envolvendo seu passado.

Ele se lembrava até hoje o desespero da loira ao ser impedida de sair da cabana graças a uma viga ter despencado em cima de sua perna, então ouviu seus gritos e não pode seguir Hades para fora de toda a rebelião que os lobos estavam fazendo, matando todos a sangue frio, sem ir atrás da pessoa que estava tão desesperava e perturbava seus tímpanos.

  – Eu estou sentindo a necessidade de te agradecer de novo pelo que fez – a loira começou a traçar linhas distraidamente no peito nu do garoto, mordendo o lábio inferior levemente.

— Agradeça por seus gritos terem chegado até mim, pequena – ele sorriu, vendo-a rir suavemente.

— Obrigada, Percy – murmurou baixinho, voltando a se acomodar nele.

O Jackson começou a fazer cafuné em seus cabelos macios até que sentisse seu corpo relaxar novamente, sabendo que logo mais iria cair no sono ou pelo menos sair dos pensamentos ruins sobre a noite do ataque.


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao fim de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que querem que aconteça? O que foi que fez Nico mudar tão de repente? Teorias? Eu adoraria ouvi-las!

Novamente obrigada a minhas amorzinhos que recomendaram, vocês me incentivam bastante com isso! ♥

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.