Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 19
Desabafos & Acessos de raiva


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥
Vamos notar o que está por vir na fanfic. LET'S GO!
Good Reading ^-^



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É claro que a Beauregard havia hesitado quando foi jogado em sua cara que Nico iria dar uma volta pela floresta com a irmã. Sério, ele nunca ouviu a história da chapeuzinho vermelho? Andar no bosque sempre dava merda com o lobo! E isso era o que mais tinha naquela floresta!

— Eu vou voltar — garantiu o di Angelo a ela, dizendo as palavras em um tom tão baixo que quase foi imperceptível, apenas sendo audíveis por serem ditas em seu ouvido.

E depois de dizer, sumiu ao lado da irmã, ambos andando lado a lado e com um calma extrema para uma família que não se vê a um ano e meio.

Silena suspirou, apertando mais Thalia contra seu corpo e começando a andar de volta para o lado onde ficava a mansão dos lobos, que agora era toda sua. Seus pensamentos eram focados em Nico, o que a fez morder o lábio inferior ao concluir que não saberia se ele iria voltar para si.

Mas tratou de balançar a cabeça para dispersar tais, franzindo o nariz em descontentamento e focando-se em como faria para caçar com sua matilha. Já que Hades ainda estava solto nas florestas e matava qualquer lobo. E se não bastasse ele, agora também havia Luke e seus aliados para ser a cereja do bolo.

Enquanto a Alpha arquitetava planos para que os grupos de caça não se estendessem a mais de três pessoas, Nico e Bianca haviam feito uma boa caminhada, contudo o silêncio ainda prevalecia entre os dois.

Mas logo o italiano suspirou, decidindo acabar com ele e levando as mãos a calça jeans preta que usava.

— Desculpe.

Bianca franziu o cenho, mas, por parte, havia entendido. Porém também sentia que a raiva estava crescendo em seu peito por ele ter feito a burrada de pular em cima do lobo que iria a atacar, sendo que ela conseguiria lidar com aquilo sozinha e tudo que estavam passando seria evitado.

Por fim, ela não respondeu nada.

— Desculpe por ter feito você acreditar que eu estava morto — Nico voltou a falar com o timbre baixo, seus olhos fitando as árvores e os pés chutando algumas folhas que estavam em seu caminho.

— Não foi sua culpa. — Bianca respondeu de pronto, observando-o de soslaio.

— Fala, Bia — incentivou. Sabia que a garota estava totalmente irada com tudo que estava havendo.

A di Angelo ficou em silêncio por um pequeno período de tempo, até que parou de andar e, em um movimento rápido, socou o tronco ao seu lado - que cedeu ao seu punho -, soltando um grunhido alto que fez os pássaros ao longe agitarem as copas das árvores.  

— Você é um idiota! — sua voz saiu algo semelhante a um rosnado entredentes, fazendo o vampiro apenas subir as sobrancelhas e ficar parado, fitando-a. — Você é um filho da puta, desgraçado, di Angelo! Você… É você!

Nico quase riu, mas preferiu não afrontar a irmã de tal maneira. Ainda mais quando ela estava tendo uma acesso de raiva.

— Eu conseguiria me virar com aquele lobo de merda e você não ficaria anos longe de mim, você não me faria passar pela dor de perder um irmão sendo que ele estava ali, vivo, do outro lado da floresta e sendo torturado em busca de informações idiotas que vão levar a uma porra de um lugar nenhum! Só a mais batalhas idiotas, mortes idiotas, choros idiotas, sofrimentos idiotas! — ela continuou a falar, suas mãos gesticulando e demonstrando o quanto estava irritada, assim como o fato de estar andando de um lado para o outro.

— Acabou? — o di Angelo questionou descontraído, por mais que estivesse sentindo seu pseudo coração se apertar com a revelação da mágoa da garota.

Ela assentiu minimamente, respirando fundo e cruzando os braços, recusando-se a derramar lágrimas.

— Bia, eu sei que tudo isso está acontecendo muito rápido. Luke, o antigo Alpha daquela matilha, é um idiota e só quer ter o controle do mundo apenas para os lobisomens e ser o cara que marcou esse período com o título de “exterminador de vampiros”, que, no caso, era a ideia inicial dele, vide que ele queria atacar justamente a base onde muitos da nossa espécie vivem por seguirem nosso pai… — fez uma pausa, fitando-a nos olhos por poucos segundos antes de retomar o que dizia: — Eu só quero que você tenha paciência, tudo bem? Tudo vai acabar bem… Nós vamos ficar bem!

Bianca ficou em silêncio novamente. Entretanto, dessa vez ela mesmo o rompeu:

— Então vem pra casa comigo.

É óbvio que ele queria responder um “vamos!” no mesmo momento. Apenas o pensamento de que iria rever seus amigos, seu pai, sua família… Foi o bastante para sentir calafrios por seu corpo e seus olhos marejarem.

— Não posso — no entanto, foi o que respondeu.

— Como?

Nico deu as costas para ela para limpar suas lágrimas antes que elas decidissem escorrer por seu rosto, passando as mãos nos olhos e limpando a garganta antes de se virar para a irmã com um sorriso triste nos lábios que a fez recuar um passo, como se estivesse ofendida.

— Por favor — começou ele — eu preciso que você entenda o que está se passando a sua volta, ok, Bia? Eu sei que é horrível o fato de nós estarmos longes um do outro, o fato de você ter que esperar para me ter em casa novamente, para ter seu irmão mais novo de volta. Mas eu preciso que você convença o papai a parar de patrulhar a floresta e matar qualquer pessoa que tenha relação com a matilha de Silena ou até mesmo de Luke, mesmo que eu queira ele morto, ainda não é o momento para isso.

Parou por poucos segundos para que ela processasse tudo o que ele estava falando, logo voltando a falar.

— Você precisa convencer ele sem citar que estou vivo…

— Não! — Bianca o cortou, a cabeça balançando em negação em um desespero claro. — Não! De maneira alguma! Eu não vou fazer isso com nosso pai…

— Bianca, você precisa falar com ele. Eu não quero que ele mate ninguém da matilha de Silena, o que pode acontecer, além de que vai deixar de ter comida para quem está lá na casa dos lobos e, consequentemente, pra mim também — argumentou ele, franzindo o cenho quando viu algumas lágrimas brilharem no rosto da irmã, dando um passo a frente para limpá-las, mas sendo interceptado por ela própria, que levantou uma das mãos pedindo para que ele parasse.

— Você está pedindo para que eu minta para nosso pai sobre você estar vivo?

Nico assentiu minimamente, crispando os lábios em uma careta de pesar.

— Eu queria ter te encontrado antes, de outro jeito e em outro lugar que não fosse você ameaçando a vida da Thalia, mas eu tinha um certo receio de fazer isso antes, não posso negar — Confidenciou, mordendo de leve o lábio inferior com certo nervosismo. — Sempre que eu pensava no fato de você saber que eu estava vivo, a notícia iria tomar uma proporção grande e chegar a base dos vampiros inteira e, conhecendo nosso pai, você e nossos amigos, com certeza iriam fazer um ataque na base dos lobos o que iria acarretar em muitas mortes e pessoas que eu amo feridas... Eu não iria, e não vou, aguentar isso, Bianca.

A vampira ficou em silêncio por tanto tempo que o moreno ponderou se sentar e ficar encarando-a com uma típica cara de “e aí, vai demorar?”. Entretanto apenas fitou o chão até que ela suspirasse, chamando sua atenção.

— Eu faço — cedeu, a voz cansada e embargada —, mas… Eu tenho algumas condições para isso.

— Fala — Nico a observou, um alívio crescendo em seu peito por ter conseguido tirar isso dela, mas também um arrependimento que viria mais para frente quando Hades descobrisse que estava de luto atoa.  

— Primeiro: nós precisamos de um lugar para nos encontrarmos. Eu não sei quanto tempo esse negócio vai durar e não quero arriscar ficar anos sem ver você — Bianca levantou o dedo indicador, impondo a primeira condição. — Segundo: nesses nossos encontros você vai me manter atualizada com as informações que surgirem na matilha da garota. Se encontrarmos Luke, podemos matá-lo antes que seu “tempo imposto” chegue.

Nico assentiu, concordando.

— Ah, e mais uma coisa — ela pareceu se lembrar de algo, voltando-se para ele com um sorriso de canto sugestivo — Silena é sua namorada?

O vampiro chocou a mão contra a testa com a mudança repentina de assunto, negando.

— Não, Bia. Ela não é minha namorada.

— E você tem certeza que aquela menina não é sua filha?

— Absoluta — garantiu, subindo as sobrancelhas em incredulidade. Thalia nem parecia com ele.

O sorriso de Bianca passou de algo malicioso para algo terno, o que o fez sorrir também.

— Eu amo você — disse ela, abrindo os braços para que ele a abraçasse, o que não demorou para acontecer.

— Eu também amo você, Bia.

Contudo, antes que se afastasse do abraço, lembrou-se deu um ponto chave que havia esquecido de comentar com ela.

— Bianca? — chamou, vendo-a se desvencilhar dele com as sobrancelhas arqueadas em um “fale”. — Dia vinte-e-dois de dezembro é o aniversário da Thalia. Agora ela tem sete anos — fez uma pausa, molhando os lábios e suspirando baixo — quando ela completar vinte-e-um anos, vocês podem ir me buscar. Eu vou estar esperando por vocês.


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que querem que aconteça? O que acham que vai acontecer?

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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