Lembre-se de mim escrita por J S Dumont


Capítulo 9
Quando as palavras ferem


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!! Estou aqui postando mais um capitulo de Lembre-se de mim, ainda estamos na visão da Bella, mas está interessante para vocês conhecerem mais o pensamento dela, espero que gostem e não deixem de comentar, beijinhos e boa semana a todos, ainda durante a semana posto + tá ;)) até lá



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“Todos os rumores, todas as brigas, mas nós sempre encontramos um jeito de sair delas vivos. Pensei que estávamos indo bem. Pensei que estávamos aguentando firme. Não estamos? Você e eu temos muita história, nós poderíamos ser o melhor time que o mundo já viu, você e eu temos muita história. Não deixe isso acabar, podemos fazer um pouco mais. Nós podemos viver para sempre”.

One Direction – History

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OITO

QUANDO AS PALAVRAS FEREM

Eu estava mesmo com sorte... Tudo bem, eu não podia ser tão egoísta ao ponto de chamar de sorte o que aconteceu com Edward, mas era tão bom poder ficar com ele a noite inteira. Tanto, que eu não podia negar, apesar de tudo, eu havia me dado bem nessa história toda. Então eu aproveitei que teríamos tempo e comecei a ler o livro “Ship of Magic” para ele, com a intenção de mostrar para ele o quanto um bom livro vale a pena ser lido.

Eu tentei ler da melhor forma possível, lembrei-me de como as professoras lia livro para mim quando eu era criança, usando vozes agradáveis, mudando as vozes dependendo do personagem ou do momento da história, isso sempre funcionava e me prendia mais na história, e eu quis fazer o mesmo com ele, eu acredito que também tenha funcionado porque ele ficou me observando fixamente, parecia estar até em transe, imagino que ele esteja concentrado na história. E isso me deixou ainda mais empolgada a continuar.

Depois de algum tempo eu senti os meus óculos começarem a embaçar, então parei por alguns minutos a leitura para limpar a minha lente, enquanto limpava-a na minha blusa Edward falou pela primeira vez depois de um bom tempo:

— Você deveria ficar sem eles... – ele comentou, eu olhei meio confusa, não havia entendido seu comentário.

— O que? – perguntei.

— Sem óculos... Você fica melhor sem eles... – ele explicou.

Eu sorri meio envergonhada, mas ao mesmo tempo feliz, ele disse que me acha bonita? É talvez tenha sido isso e é um bom começo. Eu olhei para baixo, meio com vergonha de voltar a olhá-lo.

— Que isso... – comentei, voltando a colocar os óculos. – Eu não enxergo nada sem eles! – sorri e só então voltei a olhar para ele, notei que ele sorriu para mim também, o que me deixou bastante feliz.

— E você fica mais bonito quando sorri, deveria fazer isso mais vezes... – comentei, não sei porque mais o sorriso dele desapareceu.

Eu não quis perguntar o porquê ele parou de sorrir, eu decidi só continuar com a leitura do livro, li por um bom tempo até adormecer, sem perceber. O sono pareceu ser rápido demais, como se tivesse sido apenas um piscar de olhos, eu acordei ao escutar um barulho, olhei rapidamente para Edward e notei que ele estava tentando se levantar da cama, assustada levantei rapidamente segurando-o pelo ombro para impedi-lo, afinal, ele havia sofrido uma queda feia não podia se levantar daquela forma.

— O que foi? – ele perguntou, pelo seu tom parecia ter ficado irritado com minha atitude.

— Você não pode se levantar assim, esqueceu que bateu fortemente a cabeça e está de observação? – eu o repreendi.

— Mas eu só ia ao banheiro! – ele respondeu.

— É melhor não arriscar! – eu insisti

— E o que você quer? Que eu mije nas calças? – ele perguntou.

— Você está com tanta vontade de usar o banheiro assim? – eu perguntei, ele deu de ombros e concordou com a cabeça. – Então vem que eu te ajudo!

— Ah não deixa para lá! – ele respondeu, virando-se para o lado oposto ao meu. Eu não entendi a atitude dele, afinal, qual o problema de eu ajuda-lo? Será que ele acha tão desagradável assim ficar próximo de mim?

Enquanto eu pensava nisso eu voltava a me sentar na cadeira, minha cabeça começou a rodar enquanto eu me lembrava do que Ângela me disse um pouco antes do acidente acontecer, ela sempre insistia junto de Mike que Edward foge de mim, e que ainda parece sentir vergonha de ser visto comigo porque é metido e arrogante demais. Mas eu sempre tentava acreditar que isso não é verdade, eu sempre tentava ver a parte boa dele, mas ás vezes por mais que eu tentasse mais eu desconfiava de que os dois estão certos, pois Edward nunca colaborava.

— Por que você não vai dormir no seu dormitório? – ele sugeriu.

—E te deixar sozinho? – eu perguntei.

— Fique sossegada, eu não tenho medo de fantasmas... – ele respondeu, num tom irônico.

E então o que Ângela e Mike já me disseram referente a Edward cada vez parecia ser mais verdade.

— Você não me quer aqui, é isso não é? – eu perguntei, esperando desesperadamente que Edward me dissesse que estou enganada, que ele quer sim que eu fique com ele e que gosta da minha presença assim como eu gosto da dele. Mas não ele não disse nada disso, apenas como sempre iniciou as suas desculpas esfarrapadas:

— Bom, é que daqui algumas horas começarão as aulas e... –– ele se calou de repente, eu não sei porque, mas de forma involuntária meus olhos começaram a marejar. Provavelmente porque a certeza a cada minuto estava mais evidente.

— Nesse momento eu não estou me importando com as aulas... Se eu estou aqui é porque eu me importo com você, com o seu bem estar, me desculpe se eu só queria te ajudar, se eu só queria ficar ao seu lado como uma amiga, mas, ás vezes parece que você não gosta de me ter por perto... – eu desviei os olhos para o chão. – As coisas nem sempre são como queremos não é? – eu suspirei e então levantei da cadeira e se aproximei dele, ainda com o livro na mão. – Termine de ler se você quiser se não faça o que bem entender, pode até jogar fora, afinal eu comprei o livro para você, então mesmo você não querendo ele tem que ficar com você... – eu coloquei o livro ao lado dele e depois virei-me e sai quase correndo da ala hospitalar.

Eu fui para o meu dormitório com a cabeça girando, e sentindo uma intensa vontade de chorar, mas eu me segurei e não chorei. Com as mãos no bolso e ainda caminhando, comecei a pensar na atitude de Edward. Depois que a raiva começou a passar e eu consegui raciocinar melhor, comecei a me perguntar se eu não estava exagerando. Talvez ele só estava se preocupando comigo, e eu estava sendo dramática demais. É, talvez eu estivesse levando muito sério o que Ângela e Mike me falavam, existe a possibilidade deles estarem errado, minha intuição não poderia estar errada, Edward era uma pessoa boa e gostava de mim, eu sempre soube disso.

Eu entrei em meu quarto, e notei que Mia estava no dormitório, ela ainda não estava dormindo, na verdade parecia que havia acabado de chegar nele, Mia sempre foi assim, sempre ia dormir de madrugada e acabava perdendo as primeiras aulas da manhã, eu sequer conseguia imaginar o que ela ficava fazendo durante a noite pela escola.

Assim que ela me viu, ela sorriu de uma forma muito maliciosa, franzi as sobrancelhas sem entender o que significava aquele sorriso dela.

— Como uma garota como você conseguiu ficar com o Edward Cullen? – ela perguntou, e então a encarei com as sobrancelhas franzidas.

— Uma garota como eu? – perguntei, sem entender. Não havia entendido essa insinuação.

— Sim, com certeza você não deve fazer o tipo dele, desculpa a sinceridade querida, garotas como você não deve fazer o tipo de ninguém... – Mia deu uma risada um tanto maldosa e então caminhou em direção ao banheiro, entrou nele e fechou a porta atrás de si.

Fiquei observando a porta do banheiro enquanto pensava nas palavras maldosas de Mia, ela sempre foi assim, sempre utilizou palavras duras comigo, só que eu nunca pensei na possibilidade das palavras dela serem verdades. Por que existem pessoas tão maldosas? Eu me perguntei enquanto trocava de roupa. Tentei ser rápida para ir dormir antes de Mia sair do banheiro, eu evitava o máximo possível falar com ela, a razão era um tanto obvia, ela só falava comigo para soltar palavras maldosas ou zombar de mim, e a ultima coisa que eu queria, principalmente naquele momento, é escuta-la.

Quando escutei o barulho da porta do banheiro se abrir, eu já estava deitada na cama, fechei os olhos fortemente, fingindo dormir. Depois de alguns minutos, não escutei mais nenhum barulho, acredito que Mia deva ter pegado num sono. Já eu demorei ainda bastante tempo para dormir.

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Quando amanheceu eu levantei-me cedo, e como sempre antes de Mia, eu estava decidida passar pela ala hospitalar para ver Edward, eu queria saber como ele está.

Eu pensei bastante antes de dormir, e eu estava começando a achar que eu tenha exagerado com ele e talvez até ele tenha ficado chateado comigo, eu ia pedir desculpas devido a atitude exagerada e em seguida eu estava decidida a esquecer o que aconteceu, então arrumei-me rapidamente e sai as pressas do dormitório, afinal, eu não teria muito tempo antes da minha primeira aula.

Quando eu cheguei a porta da ala hospitalar eu escutei vozes conhecidas, foi então que percebi que Edward não estava sozinho, ele estava acompanhado de seu irmão Emmett Cullen.

Emmett era um garoto bonito. Alto, forte, branco, de olhos azuis. Claro que sua beleza não se comparava a de Edward e muito menos a sua personalidade, sempre eu o achei má influencia para o Edward, pelo menos Edward ás vezes agia como um verdadeiro idiota só por estar perto dele, mas fazer o que, eles eram irmãos, era impossível um não influenciar o outro.

— Emmett se você não parar eu vou levantar daqui, para te dar um monte porradas no meio da cara! – escutei Edward falar, parecia que Emmett já estava o irritando.

Suspirei, discordei com a cabeça e já ia entrar na ala hospitalar, quando notei que o livro que dei a ele “Ship of Magic” estava caído próximo a porta. Franzi as sobrancelhas e o peguei do chão.

— Eu não sei porque você fica tão irritado assim, afinal, a Isabella não é a sua amiga? -escutei Emmett perguntar. Comecei a entrar lentamente dentro da ala hospitalar enquanto ainda escutava a conversa deles.

— Ela não é minha amiga! – ele respondeu. – E olha só, se você... – foi então que ele se calou, quando notou a minha presença.

Engoli um seco, enquanto digeria ainda a frase: “Ela não é minha amiga”, que escutei da boca de Edward. Meus olhos começaram a arder, eram as lágrimas, as malditas lágrimas que queriam cair dos meus olhos, e que eu tentava com todas as forças segurá-las.

— M-Me desculpa incomodar... – eu iniciei, ao ver que os dois me olhavam, esperando eu dizer alguma coisa – Eu vim ver se você está bem Edward... Mas você parece que está, e bem, que bom... – eu aproximei da cadeira e coloquei o livro em cima dela, depois voltei para a porta– É, agora eu tenho aula, eu preciso ir, espero que você melhore e tenham um bom dia! – eu terminei, saindo da ala hospitalar quase correndo, tentando evitar olhá-los novamente.

Andei em passos apressados pelo corredor, até finalmente dobrá-lo, só então eu parei, com a respiração ofegante encostei-me na parede e fechei os olhos por alguns segundos, enquanto a frase que Edward disse continuava repetindo em minha mente. “Ela não é minha amiga”. Ela havia me ferido demais.

Uma lágrima caiu dos meus olhos e rolou pela minha face, senti a minha pele arder. Definitivamente, naquele exato momento, eu não sabia o que fazer.

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Esquecer Edward Cullen seria uma tarefa difícil, quase impossível, mas eu sabia que minha aproximação estava irritando-o e a ultima coisa que eu queria é que ele me odiasse ainda mais.

Saber que ele não me via da mesma forma e ainda nem me considerava como uma amiga doía e doía muito, era como sentir o coração se quebrar em milhares de pedaços e toda vez que eu me lembrava desse momento terrível, a minha garganta fechava e meus olhos ardiam como se fosse algo automático. Eu só queria chorar, e eu tinha, eu tinha que parar de me sentir assim.

 Mas o pior é que eu tenho que admitir, que apesar de tudo isso eu não conseguia sentir raiva de Edward, por mais que eu tentasse, por mais que eu quisesse, eu sempre veria Edward com carinho.

Só que embora eu o amasse e não conseguisse sentir raiva dele, eu tinha que tentar... Eu precisava me afastar de Edward, dar um tempo para organizar melhor minhas ideias, eu havia ficado muito confusa, muito magoada, eu não imaginava escutar aquilo dele, tudo bem que poderia não ser muito por parte dele, mas para mim sim, qualquer fato relacionado a Edward poderia me magoar completamente. E as poucas palavras que ele falou, somente a seguinte frase: Ela não é a minha amiga. Foi o suficiente para desmoronar o meu mundo e fazer eu comer tanto chocolate naquele dia que eu acordei com uma forte dor de barriga.

Foi então naquele momento que eu me toquei, eu precisava ocupar minha mente, eu precisava fazer algo que me distraísse para tirar Edward um pouco de foco, se não eu acabaria morrendo de tanto comer chocolates, ou acabaria ficando depressiva ou louca.

Com o passar dos dias em uma conversa com Ângela eu soube que Jacob Black, um popular aluno do mesmo ano que eu estava planejando uma manifestação contra a comida da escola, e claro que eu concordei completamente com ele, afinal, as verduras e os legumes nunca foram valorizados na instituição, deixando os vegetarianos sem ter muito o que comer. Além disso, havia tanta gordura nas comidas da escola que poderia deixar todos os alunos completamente obesos e com alto colesterol. Eu achei uma ideia ótima, e sem pensar duas vezes eu me aproximei dele e falei que o apoiava com a ideia, ele ficou completamente empolgado por saber que eu queria ajuda-lo, afinal, não havia muitos alunos que eram receptivos a ideia da manifestação, mas juntos poderíamos fazer alguma coisa, mudar a ideia dos alunos, mostrar que seria bom ter uma alimentação mais saudável, então logo nos unimos para tentar fazer alguma coisa.

E isso me empolgou, afinal, além de eu fazer algo que eu gosto (falar sobre uma alimentação mais saudável), eu poderia tirar um pouco o Edward dos meus pensamentos. E realmente foi o que aconteceu, ajudar Jacob havia sido muito bom, pois além de poder defender os meus ideais e ter ganhado uma distração eu havia ganhado um amigo, um amigo com as mesmas opiniões que eu, e por isso eu não podia estar melhor.

Eu havia até convencido Ângela a nos ajudar, claro que ela aceitou não porque era a defensora numero um das verduras e legumes, mas sim por achar Jacob bonito, ela queria se aproximar dele, e bem, eu pude aproveitar a situação para fazê-la conseguir assinaturas, e ela era muito boa nisso.

Tudo estava indo bem, que eu até havia conseguido tirar um pouco Edward dos meus pensamentos, mas infelizmente era só eu ir para alguma aula em que Edward também fazia que eu sentia-me tentada a olhá-lo, mas fiz o máximo de esforço possível para evitar e consegui muito bem, quanto mais eu evitasse olhá-lo, menos doeria.

Comecei a dedicar-me completamente a manifestação, porém quando chegava a noite eu já estava completamente esgotada. Eu estava deitada na minha cama, lendo um pouco quando notei Mia me olhando de uma forma estranha, ela parecia desconfiar de alguma coisa.

— Você e o Jacob... Tá rolando algo? – ela me perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.

— O que foi? Está surpresa porque acha que sou feia demais para ele? – perguntei, voltando a olhar para o livro e evitando olhá-la novamente. Tudo bem que eu estava dando a entender que Jacob e eu estamos tendo algum tipo de relação, mesmo não tendo, mas eu não podia perder a oportunidade de deixa-la confusa, afinal, eu sabia que para ela era impossível um garoto como Jacob gostar de uma garota como eu, a opinião dela não é grande coisa para mim, mas mesmo assim eu queria deixar uma pulga atrás da orelha dela.

— E o Edward... Esqueceu ele é? – ela perguntou nem fazendo questão de me responder, era como se estivesse ignorado completamente o meu comentário, ela parecia louca para me interrogar, e eu já sabia que era para depois sair fofocando barbaridades por ai.

— Edward e eu só somos colegas de classe... – respondi, tentando manter indiferença, mas acho que não funcionou muito.

E então ela ficou em silencio, depois de alguns segundos eu a olhei, notei que ela ainda me encarava com um olhar de desconfiança e aquilo estava começando a me irritar.

— Algo mais? – perguntei.

Ela não disse mais nada, apenas deu de ombros, virou-se e foi em direção ao banheiro, fechando a porta atrás de si, só então dei um suspiro de alivio. Mia ás vezes é completamente irritante, ou melhor, quase todas ás vezes.

Eu já ia voltar a ler o livro, quando escutei um barulho de bater de porta, imaginei que seria alguma amiga de Mia, só faltava essa, elas eram tão enjoadas e chatas assim como ela e eu não iria ficar suportando as suas fofocas e conversas fúteis.

O barulho se repetiu, Mia não saiu do banheiro, e então sentindo-me vencida eu decidi abrir a porta.  Eu soltei um resmungo, fechei o livro e levantei-me da cama, caminhei até a porta e a abri rapidamente. Quando vi de quem se tratava, senti meu coração disparar acelerado, minhas pernas tremeram e minha vontade era de abraça-lo no mesmo momento, mas contive as emoções que ele me causava, afinal, eu tinha que agir diferente. Eu havia prometido a mim mesma que faria isso, eu não podia falhar.

— E-Edward... – gaguejei. – O que faz aqui?

— Er... Bem... Er... – ele também gaguejou, o que me deixou ainda mais confusa. – É que eu, eu, bem, eu li o livro e queria agradecer, ele é muito bom... – ele respondeu.

Edward estava mentindo, ele era péssimo para mentir, eu conseguia perceber a mentira só de olhar em seus olhos. Só que eu não conseguia entender o porque ele estava tendo uma atitude dessas.

— Ah é? – eu arqueei as sobrancelhas. – E que parte você mais gostou?

— Bom, é, não tem parte especifica, na verdade eu gostei do livro inteiro! – ele respondeu, e então eu pude ter a certeza absoluta, ele estava mentindo.

— Aham... – eu fiz cruzando os braços. – Fala a verdade você não leu nenhuma linha! – o acusei, e então Edward pareceu ter ficado sem reação, afinal, eu o havia pegado mentindo, ele não teria o que dizer. Então, eu continuei. – Para que você veio até aqui mentir para mim?

— É que... É que... Você nunca mais falou comigo e... – ele dizia, e cansada eu o interrompi.

— E por que eu falaria? – perguntei, fazendo uma expressão de surpresa. Tá legal, eu estava magoada e queria mostrar para ele toda minha chateação, mas eu não podia ser tão clara, apenas deveria ser indiferente... Tá legal, ser indiferente não é tão fácil, ainda mais quando a pessoa não é indiferente a você, mas quando eu me lembrava de suas palavras, ser indiferente ficava um pouco mais fácil.

— Como? – ele perguntou.

— Não somos namorados! E muito menos, somos amigos! – respondi, e antes de acabar fraquejando eu fechei a porta rapidamente.

Continua...


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