Bloodline escrita por Vee


Capítulo 38
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Hey people!
mais um capítulo saindo...
Espero que gostem e boa leitura ♥
XOXO



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Por que essas coisas continuam acontecendo comigo? Estou pior que a Bella Swan que não pode ver uma gota de sangue que já desmaia. Desculpem os fãs de Crepúsculo, mas essa mina desmaiava toda hora, vai ver ela tinha anemia, né? Mas sei lá era meio repetitivo...

Mas olha a ironia, eu não estou muito diferente dela e isso é frustrante. Eu deveria ser uma bruxa badass, e, no entanto já perdi as contas das vezes que já desmaiei. Vamos combinar que essa última ninguém precisa saber, afinal uma mulher do nada aponta o dedinho na minha testa e eu desmaio. Isso já foi ridículo!

Pensando bem Scott e Derek viram aquilo, O DEREK viu aquilo. Espera aí, por que eu to preocupada com isso? Aquela louca me sequestrou, e ainda tenho muitas perguntas girando na minha cabeça para eu fazer a ela, tenho que manter o foco.

Abro meus olhos e me deparo com a ruivinha sentada perto de mim me observando.

— Que ótimo! Já acordou, temos trabalho a fazer. — Ela disse levantando.

— Onde eu estou? – Perguntei olhando ao meu redor.

— Estamos nos armazéns abandonados perto da reserva de Beacon Hills. Não se preocupe não vou matar você e deixar seu corpo num local abandonado.

Olho ao meu redor, o local é grande e com várias ferramentas que parecem abandonadas. A luz da lua cheia entra por uma das grandes janelas fazendo o local parecer meio assustador, o que faz sentido pelo que ela tinha acabado de dizer.

— Na verdade isso não passou pela minha cabeça. — Disse já em pé e seguindo em sua direção. — Na verdade o que eu não consigo parar de pensar é no porquê disso tudo?

— Por causa dela. — Disse apontando para uma mesa que está próxima de nós, onde minha mãe se encontra.

Chego mais perto e por um momento sinto um sufoco no peito pensando que ela pode estar morta, pois sua pele está pálida feito neve, porém percebo que ainda está respirando. Automaticamente me permito levar a minha mão a dela, confirmando o que eu já sabia ela está viva, pelo menos por enquanto.

— Não consegui trazê-la de volta. — Ouço a voz da Bonnie atrás de mim, mas não me mexo. – Já tentei de tudo, mas perdi a pouca conexão que tinha com aquela árvore mágica e estou muito fraca, quase não estou conseguindo manter o feitiço vital perto dela.

Ao falar isso, percebi que se tratava da pequena luz dourada que está circulando acima do corpo de minha mãe. Agora entendi, ela ficou muito tempo no submundo, já era para ela estar morta, está presa naquele lugar. O feitiço da Bonnie é a única coisa que a mantém respirando, a única coisa que mantém a ligação com esse mundo.

— Foi por isso que você me trouxe até aqui? – Disse me virando para encarar Bonnie. – Para te ajudar a despertá-la?

— Eu sei que pode não parecer, mas você é muito mais poderosa do que imagina...

— Você esta perdendo o seu tempo. E porque diabos eu deveria ajudar você?

— Bom, para começar ela é sua mãe...

—— Isso não tem gerado nenhum bônus ultimamente. Para começar ela tentou me MATAR, duas vezes por sinal. Mas quem é que está contando, não é mesmo? — Sinto que estou ficando estressada e começo a andar de um lado para o outro. Ela tenta rebater o argumento, mas eu continuo tagarelando. — Sem falar que foi com a sua ajuda que ela ficou torturando a Allison naquele lugar eu imagino? – Parece que ela foi pega de surpresa porque pude ver uma ruguinha de surpresa em seu rosto. – De alguma maneira eu conseguia ver algumas partes no meu sonho, só não fazia muito sentido até eu chegar lá.

— Olha a vida não é perfeita, e tudo bem Joanna não vai ganhar o título de melhor mãe do ano, mas o que ela fez foi para tentar te proteger. Não estou dizendo que concordo com essa loucura toda, mas você quer mesmo deixar a mulher que te criou apodrecendo assim para sempre?

Olho novamente para minha mãe e mesmo com toda raiva que estou sentindo agora, não posso deixar de pensar no que a bruxinha falou.

— Eu não sou como ela. – Disse de maneira firme. Mais para mim mesma do que para Bonnie. – O que você quer que eu faça?

— Primeiro preciso saber o que aconteceu no submundo para ela não ter conseguido voltar.

— Bom graças a vocês, a dupla dinâmica de vilãs, tivemos complicações. Minha mãe tentou segurar eu e Allison lá para que não desse tempo de ninguém voltar. Foi aí que meu pai apareceu e..

— James? — disse espantada — Mas o que?...

— Eu não sei. Mas ele fez algo para distraí-la tempo suficiente para sairmos de lá. Então, eu não tenho ideia do que aconteceu depois disso.

Ela se apoia numa antiga mesa de escritório que está perto da gente e permanece calada por um tempo. Até um telefone tocar e a tirar de seus pensamentos.

“Alô... VOCÊ ESTÁ COM O QUE?... eu falo do jeito que eu quiser, você tem ideia do que está fazendo?...tudo bem, mas não agora, estou um pouco ocupada....sim, estou muito ciente da situação, mas o que eu deveria fazer?....Ah claro, porque deu tão certo da ultima vez.....ok, a gente se vê.”

— Quem era no telefone? – Perguntei assim que ela desligou.

— Ninguém com quem deva se preocupar. Mas precisamos agir rápido.

— Ok. Qual o plano?

— Como você sabe estou fraca e bem depois de tudo imagino que você também. Se ao menos nós soubessemos de um meio para repor nossas forças ... — Disse levantando a sobrancelha e colocando a mão debaixo do queixo.

— Tipo uma bateria reserva? — Perguntei.

— Exatamente, eu costumava ter uma, mas não tenho mais. Vou precisar da sua ajuda nisso.

— Margo. — Sussurrei sem perceber.

Eu sou uma péssima pessoa. Aconteceu tanta coisa que nem tive tempo para a Margo desde que eu voltei, e lembrar dela agora me trouxe uma aflição no coração. Na verdade eu nem sei onde ela está.

E afinal como Bonnie sabe disso? Será que a família dela tem uma tradição parecida? Ou será que ela quer fazer algum ritual doido com a minha gata?

Minhas feições deverm estar muito ruins, pois ela já veio na defensiva tentando me acalmar.

— Pela sua cara, já posso imaginar o que você está pensando. A resposta é não, não...Deus... eu amo os animais, nunca iria encostar em um pelinho da Margo.

— Sério?

— Sim! Você só precisa fazer... o que você faz para recuperar as energias para tentarmos fazer um feitiço.

— Afinal como você sabe sobre isso tudo? — Disse meio indignada. Ela não precisa falar nada, Bonnie apenas segue o olhar até atrás de mim e lá estava a resposta.

— AGRR minha mãe é muito fofoqueira. – Passei a mão pelo meu rosto tentando organizar meus pensamentos. Afinal parece que minha mãe contou a minha vida toda para aquela mulher, então eu estou claramente em desvantagem por não saber nada dela. Não posso simplesmente seguir o seu plano sem hesitar, mesmo que seja um plano para salvar a minha mãe, Deus lá sabe o que mais ela está aprontando.

—— Olha, eu não conheço você e até agora você não fez nada que me parecesse confiável, porém estou num impasse porque ambas queremos a mesma coisa (aparentemente). Mas eu não vou colocar em risco o único elo que eu ainda tenho da minha família por você. Vai ter que achar outro jeito.

— Mas esse é o único jeito.

— Eu não vou discutir isso, eu posso muito bem ir embora daqui e fingir que isso nunca aconteceu.

— É mesmo? E creio que vai ser bem fácil viver com essa linda imagem da sua mãe apodrecendo pelo resto da vida...

— CHEGA! — Falei num grito. — Para de tentar fazer com que ela seja a vítima aqui, porque ela não é!— Estou com muita raiva, não somente de Bonnie, mas da minha mãe, do Peter e de todos que ficam falando o que eu deveria fazer da minha vida.

A raiva era tanta nessa hora que não percebi que causei um mini terremoto, fazendo com que não somente ela caísse no chão, mas algumas coisas que estavam ao nosso redor também.

Meu poder voltou. Não que ele estivesse sumido, mas, vocês me entenderam.

— Parece que achamos outro jeito afinal.

Bonnie desenha com giz o símbolo de fixação no chão, grande o bastante para caber três pessoas. Colocamos minha mãe deitada no centro, ficando eu e Bonnie nas extremidades.

Ela disse que já tinha tentado todos os feitiços possíveis, porém esse além de exercer maior concentração, precisava de duas pessoas para fazê-lo, onde uma dessas precisava conseguir manusear os 4 elementos. E era aí que eu me encaixava.

Não que eu saiba usar perfeitamente os 4 elementos, os mas fáceis para mim são terra e ar, não sei exatamente o porque, mas geralmente quando minhas emoções estão à flor da pele, são eles que aparecem.

— Pronto. Agora só falta mais um ingrediente. – Bonnie disse pensativa.

—— E seria?

— Eu. Não acredito que cheguei a tempo do espetáculo. Sentiram a minha falta?

Peter Hale em carne e osso apareceu, parecendo que brotou do além. Será que esse cara não morre nunca?

— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara! — Disse levantando num pulo e indo em direção ao Peter.

— Calminha aí jovem bruxinha. Estou aqui para ajudar.

— Jura? Não que eu lembre de tudo que você fala, mas tenho certeza que você disse isso das últimas vezes e não acabou muito bem.

— Seria porque em todas elas você além de não acreditar em mim, tentou me matar?

Fechei o meu punho na hora e levei a cara dele, porém Peter foi mais rápido e segurou a minha mão.

— UUh golpe baixo...

— Não exatamente. – E assim que terminei dei um chute em sua virilha. – Agora sim. – Disse com um sorriso. Deixando ele furioso, mas sem tempo de fazer nada, pois Bonnie veio ao seu socorro.

— Vocês podem parar, por favor? – Disse nos pegando pelo braço como se fossemos duas crianças brigando por uma comida no maternal. Ela colocou cada um em um lugar do símbolo. Ela se aproximou dele que disse algo que não ouvi e ela acenou. Quando voltou ao seu lugar ela disse: – Cassie, Peter está aqui porque... — Eles trocam olhares, o que me deixou um pouco mais irritada, mas me contive pois queria saber a brilhante explicação dela. — Ele vai me deixar canalizar a energia dele e também vai servir de âncora para não aconteça nada de errado com a gente.

— O que exatamente poderia dar errado? — Perguntei um pouco aflita, pois não conhecia bem o feitiço.

— O feitiço original é feito alguns símbolos em forma de tatuagem na pessoa para ela se fixar a terra e não sair deste plano, ou seja, para que coisas do tipo o da sua mãe não aconteçam, porém como aconteceu esse feitiço tecnicamente não funcionaria, mas eu fiz umas modificações... - Ela dá uma pausa e me encara esperando alguma pergunta e depois continua. — Juntei esse feitiço de fixação com o de ressurreição. Antes que digam alguma coisa, eu sei que ela não está morta, por isso eu disse que fiz modificações, ok?

— Você já fez algo parecido antes?

— O tempo todo. Quero dizer, não desse porte, mas já fiz coisas desse tipo.

Depois desse esclarecimento um silêncio invadiu o lugar e depois de alguns minutos pensando, falei.

— Mente.

— Como disse? – Ela perguntou.

— Seu dom. Tem haver com a mente, não é? Você tem essa forma natural de criar feitiços e encantos...meu pai também fazia isso.

— Exatamente. Um dos dons que mais dão dores de cabeça se quer saber – Disse com um sorriso amigável para mim.

— Não quero atrapalhar essa papo de bruxinha ou sei lá o que ta acontecendo entre vocês, mas eu tenho muita coisa para fazer depois disso. Podemos começar logo ? — Disse parecendo preocupado com alguma coisa.

— Trouxe o que eu te pedi? – Perguntou ela para Peter. O mesmo levantou e tirou do bolso um pedaço de pergaminho e uma pedra. — Vou precisar do seu sangue também. – Ele estendeu o braço e ela cortou a mão dele com uma faca pequena.

Acendo as velas que estão no chão conosco e Bonnie pega a vasilha, onde tinha misturado alguns ingredientes inclusive o sangue de Peter, passa entre as mãos e em seguida espalha em mim e no Peter. Quando terminamos, Bonnie começa a dizer umas palavras em latim. Fecho os olhos e repito as palavras que ela tinha dito.

A luz dourada que antes apenas rondava em cima da minha mãe, agora brilha e faz Joanna levitar do chão. Em seguida envolveu Peter. Quanto mais vezes falávamos a frase e com mais ênfase, mais claro ficava. Um círculo de fogo se fechou ao redor de nós e a partir daí percebo que algo está acontecendo e não é somente esse feitiço para trazer minha mãe de volta.

Eu posso sentir no fundo do meu ser. Cada parte de mim está gritando que algo está errado, muito errado.

E por um milagre somos interrompidos por um estrondo que fez todo lugar tremer e um barulho que ecoou por todo armazém o que fez cada um pular para um lado. Quando levantei me deparei com o meu bando favorito parado na entrada magnífica que eles mesmos abriram.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Deixem um review para saber a opinião de vocês ok?
Até o próximo cap.
XOXO



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