Bloodline escrita por Vee


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Hey people!
Gostaria de agradecer a todos os leitores que estão acompanhando esta fic e também agradecer aqueles que estão deixando comentários com sua opinião, estou ficando muito feliz, vocês são uns amores ♥
E ai esta mais um capítulo, espero que gostem.
Boa leitura.
XOXO



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Do hospital para o cemitério. Quem diria né? 

Mas ainda não está na minha hora não, depois de passar no hospital e deixar a poção com a Lydia como prometido, finalmente resolvi tomar vergonha na cara e criar coragem para visitar o tumulo dos meus pais.

Estava de tarde e não sabia qual eu ia visitar primeiro.  Do meu pai ou o da minha mãe, eles foram enterrados distantes um do outro.

Resolvi ir ao da minha mãe primeiro, se tivesse alguma coisa errada, como Peter tinha insinuando, eu queria ver com os meus próprios olhos.

Depois de muito sol queimando o rosto e muitas paradas para descansar pude concluir uma coisa que ninguém fala sobre os cemitérios. Que é um grande labirinto. Serio. Perdi-me umas três vezes tentando achar o túmulo da minha mãe. 

Depois de andar por mais alguns minutos, tenho a sensação de estar sendo observada. Olho várias vezes para trás e para os lados e não encontro nada.

Mais um tempo depois, quando percebo que estou chegando, me sinto meio sufocada e vejo que de repente estou cercada por uma neblina. Ouço a voz da minha mãe falando a frase do sonho que venho tendo. 

Sinto uma mão agarrando o meu braço e dou um pulo para trás deixando um grito sair da minha boca.

— Calma.. sou eu.

— Isaac! O que você ta fazendo aqui?

—Fiquei preocupado quando vi você saindo de fininho hoje de manhã e te segui... depois conversamos melhor...  - ele tenta olhar ao redor, mas tem muita nevoa - Temos que sair daqu...- Sua frase foi interrompida porque ele foi puxado para trás e sumiu na névoa.

—ISAAC! – Gritei seu nome, meio nervosa. Afinal não fazia ideia do que estava acontecendo. Logo depois sinto uma pancada na cabeça e apago.

*****

Estou deitada. Sinto minha cabeça latejar e abro meus olhos devagar e não enxergo nada, pois não ha nenhuma luz. Mexo-me e tento levantar, mas bato a cabeça em algo.

— Merda. - digo colocando a mão na cabeça. Ótimo, vou ter dor de cabeça para a vida toda.

Coloco minha mão no bolso e pego meu celular. Onde estou? Ligo a lanterna e ilumino o lugar, viro para o meu lado esquerdo e tem madeira igual a que esta em cima de mim. Não consigo olhar para meus pés sem bater com a cabeça da madeira a de cima.

— Ai meu deus! Não pode ser... – digo sussurrando.

Sinto a minha respiração ficando mais rápida.

Começo a bater na madeira, tentando mover a tabua ou qualquer coisa que esta em cima de mim, mas falho miseravelmente. Só consigo com que caísse terra em meu rosto. Entro em pânico. Estava presa debaixo da terra.

Tento me acalmar um pouco e pego o celular novamente e ilumino o local.

 Olho aflita para o lado direito e percebo que não estou sozinha. 

Isaac esta inconsciente no meu lado. Ótimo. Pelo menos não estou trancada num caixão sozinha. Ou péssimo, mais gente para dividir o ar.

Coloquei minha cabeça para funcionar e calculei com muita calma, todas as opções que tínhamos. 

Bom, pelo menos é isso que eu deveria ter feito, mas isso foi antes de eu descobrir que meu celular estava sem sinal, devido ao que mesmo? Ah é  eu estava TRANCADA NUM CAIXAO DE BAIXO DA TERRA COM UM LOBISOMEM. 

Alguns segundos se passaram, ou minutos, poderiam ser horas. Ate que percebo que preciso acordar Isaac, mas nessa hora ouço um ruído e percebo que ele já esta despertando.

Ele abriu aqueles olhos verdes que foram diretamente na minha direção. E digo, enquanto ele começa a olhar ao redor.

— não surta..

— Cassi...- a voz dele sai um pouco tremula, como se não conseguisse acreditar no que estava acontecendo.

— Eu sei, eu sei, estou tentando não pirar também, mas tá difícil....

— Cassi- disse novamente- mas dessa vez mais alto.

— Oi- digo baixo.

— Por favor, não me diga que estamos presos aqui. - disse batendo devagar na madeira e depois ficando mais rápido.

— É, estamos. Não adianta fazer isso, só vai fazer com que sejamos sufocados pela terra.. - depois que respondo, logo me arrependo.

— O QUE??- ele me olhou assustado e continuou batendo mais rápido, fazendo com que a terra caísse sobre nós.

— Isaac, para! - mas ele parecia não estar me ouvindo. Nunca tinha o visto desse jeito. - Isaac para...tenta se acalmar- Disse encostando minha mão em seu ombro.

— Fica longe  de mim! - virou gritando em minha direção com os olhos amarelos brilhantes.

— Isaac... seus olhos... - Não sabia o que falar. Se antes estava assustada, agora então estava petrificada. Os olhos eram  lindos, mas devido ao presente momento também ficava assustador.

— Isaac...- disse novamente soando como um sussurro.

— Fique... longe - E com um movimento rápido percebi que não eram somente olhos que tinham mudado. Mas as garras tinham crescido e as mesmas tinham feito um corte no meu braço direito.

Assim que ele percebe o que fez, se encolheu e foi mais para o canto e cravou suas garras na própria mão, fazendo o soltar um rosnado alto. E caiu a ficha de que ele estava lutando para não se transformar.

— Is...- Tentei ajuda-lo mais uma vez, porém me segurei para não fazer nenhum gesto físico.

Hoje realmente não era o meu dia de sorte, quero dizer, olhe só tenho pelo menos, três maneiras para morrer. Um asfixia, algum momento o ar ia acabar nessa caixa, dois soterrada, se continuasse do jeito que estava a terra ia tomar conta do lugar e não tinha para onde fugir.  Três e por ultimo, morta por um lobisomem que claramente estava tentando se conter para não arrancar a minha cabeça.

Era isso.

O ar estava cada vez mais difícil de puxar. Isaac tinha voltado a bater na madeira. E eu não conseguia pensar. Acho que eu vou morrer.

Não. Eu não posso desistir assim tão fácil. Eu sou Cassandra Renard Mcall. Com dez anos eu já sabia falar latim fluente. Com treze tive finalmente sucesso ao tentar fazer uma poção sozinha e vai ser com meus dezessete que vou escapar da morte!

Fecho os olhos e respiro fundo. Tome o controle.

Como dizia a vovó, para tudo tem uma saída. Então esta na hora de descobri-las.

Primeiro tenho que fazer o Isaac voltar ao controle, não ia adiantar nada ter uma bomba relógio ao meu lado.

Virei para ele e disse.

— Isaac. Sei que você esta ciente do que esta acontecendo... Por favor, eu preciso de você no controle. – Digo tentando fazê-lo olhar para mim. – Se concentra na minha voz ok?

Ele para de bater na madeira e fecha as mãos cravando as garras novamente na sua mão fazendo soltar mais um rosnado. Fecho os olhos ao mesmo tempo em que acontece isso, pois me parte o coração vê-lo se machucando desse jeito.

— Sei que é difícil se controlar... Já passei por isso lembra?- Engulo seco e resolvo me aproximar um pouco. – Estamos nisso juntos ok? Eu preciso de você...

Ele começa a tentar fazer com que eu não me aproxime, mas não funciona, estamos num lugar apertado e ele não tinha escolha.

— Olha para mim, por favor....- Ele se virou e olhou para mim, ainda com a expressão de medo. – Tudo bem... você não vai me machucar..- Ele olha para o meu braço que ainda esta sangrando. Se ele notou isso, é porque ele esta voltando a ter controle ou só esta sentindo o cheiro do meu sangue e querendo me devorar, mas prefiro pensar que é a primeira opção. - Tudo bem, isso foi um acidente.

Levanto a minha mão com calma e encosto-me a seu rosto, mesmo ele tentando rejeitar ao meu toque.

— Respire fundo... tenta manter sua respiração firme novamente... – Viro em sua direção fazendo com que fique mais fácil colocar as duas mãos em seu rosto. Ele fecha os olhos e tenta regular a sua respiração, como eu pedi. Começo a cantarolar uma cantiga antiga que minha mãe costumava a cantar quando era pequena e aos poucos ele foi voltando a parecer como o Isaac e menos como um lobisomem. Sorrio comigo mesma, acho que nunca fiquei tão aliviada como ficara em ver aquele rosto sereno novamente.

Quando ele abriu os olhos verdes para mim, ainda estava segurando seu rosto em minhas mãos e foi tudo tão rápido que não sei explicar o que me deu, nós estávamos tão próximos que simplesmente aconteceu. Foi com um imã. Uma hora estávamos nos olhando sem acreditar que ele tinha conseguido se controlar e em outra já estávamos nos beijando.

Quando me afastei ele parecia melhor, mas ainda estava com aquela ruga de preocupação no rosto. Eu também deveria estar.

— Está preparado para sair daqui?- Pergunto tentando parecer um pouco otimista.

— Pensei que nunca iria perguntar.

— Só preciso lembrar que feitiço usar. - Digo mordendo meu lábio inferior.

— Porque você não tenta fazer que nem na clinica... sabe? Aquela coisa com vento..ou fazer algo para pelo menos tirar essa terra de cima da gente. – Disse pensativo.

— Isaac, você é um gênio – respondo sorrindo para ele.

Em seguida viro para frente. Fecho os olhos e busco na minha cabeça o melhor feitiço de terra que se encaixasse naquele momento. Pensei no que queria que acontecesse com a terra, disse:

Terra mea, terra vestra, terram. Quae est mater omnium, ostende mihi secundum te et bene tibi erit.- repito mais uma vez e sinto a terra se mexer, como se tivesse se organizando e saindo do caminho.

Abro meus olhos e vejo um pequeno pontinho branco surgir através das marcas deixadas pelo Isaac.

— Sua vez. – Falo com Isaac.

Não preciso dizer o que ele tem que fazer, ele simplesmente mostra aquele sorriso de canto que eu amo, em seguida com um uivo ele se transforma destruindo a parte da frente do caixão e nos libertando.

— Está bem? – Disse me ajudando a sair da cova.

— Melhor agora que consigo ver a luz do dia. –Disse respirando fundo. Percebo que ele fechou a cara. E logo pergunto. – O que foi?

— Uh... você não vai gostar disso.- Respondeu apontando o dedo indicador para algo atrás de mim.

Quando me viro, me deparo com uma sepultura escrita:

Aqui jaz Joanna Renard Mcall, amada esposa, irmã e mãe.


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Notas finais do capítulo

OMG que capítulo foi esse???
Ficou com a cara no chão também??Então corre aqui e deixe um comentário hahah
Até o próximo capítulo.
XOXO