If I die Young (REESCREVENDO) escrita por Baby Blackburn


Capítulo 15
Bright lights, but sHE's fading


Notas iniciais do capítulo

Hey galera, olha só quem apareceu com mais um capítulo!
E a novidade é que esse da inicio a volta dos capítulos mais grandinho IRRA
Faltam apenas cinco capítulos para o final, então comecem a prestar atenção nos detalhes.
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Boa leitura a todos!



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— Deixa eu ver se entendi isso direito. – Matteo se endireitou na cadeira que estava, e tomou um gole de seu refrigerante antes de voltar a falar.

— Você está sendo perseguida por uma louca?

— Invadiram a sua casa com você dentro? – Scorpius indagou, se apoiando na pá em suas mãos enquanto secava o suor de seu rosto. – Por que não me ligou?

Após a chegada dos dois e a exigência do amigo para que Lily os contasse a verdade, Albus foi atrás de sacos e pás para enterrar o gato morto que jazia em sua mesa de centro. Lily estava sentada com Matteo – que havia se recusado a colocar suas mãos em um animal morto - nas cadeiras próximas à piscina, enquanto Scorpius e Albus cavavam um buraco, ao lado das rosas de sua mãe, para enterrar o pobre animal.

O sol que havia aparecido subitamente nos céus de Londres castigava os dois homens que mexiam na terra. Lily havia contado tudo o que acontecera a ela neste último ano, sendo interrompida uma vez ou outra por um Matteo indignado e um Scorpius chateado, sob o olhar nervoso de Albus.

— E ela te ameaça com bilhetes? – Nott voltou a perguntar, deixando o refrigerante de lado.

— Eu poderia ter vindo te ajudar. – O loiro voltou a falar com a expressão enojada no rosto quando Albus moveu o cadáver do felino para o buraco recém feito.

— Bilhetes como em Pretty Little Liars?

— Era só apertar um botão no celular. – Matteo e Scorpius exclamaram juntos. Lily suspirou alto escondendo o rosto nos braços. Albus soltou uma risadinha, largando a pá no chão e se dirigindo para as rosas de sua mãe. Elas estavam intactas, mas o cão ao seu redor havia virado pura lama. As pequenas e leves pegadas indicavam que alguém havia andado por ali.

Ele olhou para cima e notou que a janela de sua irmã dava diretamente para aquele canteiro, assim como proporcionava uma bela visão do interior da casa pela porta de vidro que havia nos fundos da casa. Quem quer que tenha entrado em sua casa naquele dia passou pelo canteiro. O sol brilhou forte sobre suas cabeças e um brilho chegou aos olhos dele, se abaixou e procurou por algo entre as flores e grama. Ao levantar com a fonte do brilho em suas mãos, pode notar que ambos os homens continuavam a atacar sua irmã de perguntas desnecessárias. Limpou as mãos e guardou o objeto no bolso da calça.

— Scorpius, - Potter veio em socorro da irmã que parecia incrivelmente pequena sendo alvo de todas aquelas perguntas sem qualquer importância – ela não estava pensando direito devido ao pânico de ter alguém invadindo sua casa com a mesma dentro. E se fosse para ligar pra alguém seria para mim que estava a meia hora daqui, e não para você que mora do outro lado da cidade em uma casa que demora cinco minutos de carro da garagem ao portão. – Sorriu forçadamente antes de se voltar para o outro homem. Respirou fundo antes de começar. – Matt, por que assiste essa droga de show?

— Ei, era uma boa série antes da sexta temporada! – Defendeu com afinco, voltando a beber seu refrigerante.

— Tente não comparar nossa situação com ela, eu te imploro. – Pediu parando ao lado da irmã e colocando uma das mãos em seu ombro. – Nós não sabemos o que está acontecendo e nem vocês, se quiserem ajudar Lily vão ter que parar com as várias perguntas inquisitórias que estão fazendo e confiar no que dizemos. – Abaixou o olhar e engoliu em seco antes de voltar seu olhar para os dois. Lily pode sentir sua mão fria começar a suar. – Só queremos saber o que aconteceu com nosso irmão e vamos precisar de ajuda para isso.

— Então James foi realmente morto? – Matteo perguntou, hesitante. – Cortaram seus freios como fizeram com os dele?

— Acreditamos que sim. – Lily respondeu baixinho.

— Tem alguma ideia de quem pode ter mata...hãn...- Scorpius parou no meio da frase quando avistou dois grandes olhos castanhos os olhando curiosamente por cima da cerca que separava as casas. – Oi.

Albus e Lily se voltaram para a cerca que, agora, revelava a pequena imagem de sua vizinha curiosa.

— Oi, sra.Bagshot. – O Potter cumprimentou alegremente a figura desconfiada da idosa. Seus curiosos olhos castanhos e cansados varreram todo o quintal dos Potter antes de pousar aguçado no recém fechado buraco onde haviam enterrado seu gato perdido, sem seu conhecimento. Albus seguiu seu olhar até o local e sorriu alegremente. – Estamos plantando uma árvore.

— Somos ecológicos. – Scorpius acrescentou nervosamente, escondendo a sacola cheia de gelo derretido na qual o gato veio embalado. Matteo escondeu o rosto nas mãos.

Albus ainda acenava alegremente para a senhora Bagshot quando ela desapareceu por trás de sua cerca. Fez um sinal de silêncio para os outros três até que ouviu a porta de trás da vizinha bater.

— Como, em nome de Deus, você consegue mentir tão bem e tão rápido? – Nott perguntou chocado.

Albus riu enquanto buscava pelo celular nos bolsos da calça, digitou algo rapidamente antes de voltar seu olhar para ele.

— Sou advogado e filho do meu pai, mentir está no meu sangue. – Respondeu checando o horário no celular. Deu um beijo nos cabelos da irmã e se encaminhando para dentro de casa. – Vou dar uma saída, comprar algumas flores para cobrir esse pedaço de terra revirada. É melhor entrarem se quiserem conversar sobre isso.

Um silêncio absoluto se instalou entre os três no momento em que Albus saiu, sendo quebrado alguns segundo depois pelo toque do celular de Scorpius.

— É a minha avó. – Disse se afastando dos dois com o aparelho na orelha.

— Então...- Começou Matteo com um leve sorriso no rosto que Lily devolveu minimamente. – Pretty Little Liars, hein?

Lily riu brevemente dos movimentos estranhos que o amigo fazia com as
sobrancelhas.

— Não era bem a parte que eu desejava viver dessa série, mas...- Deu de
ombros levemente.

— Preferia todo o romance Haleb, né? – Perguntou risonho, tentando fazer com que ela esquecesse sua vida confusa por alguns minutos. – É, você não conseguiu um bad boy gostoso que entende de tecnologia. Mas Scorpius também é um cara legalzinho...

Dessa vez Lily explodiu em risadas, atraindo a atenção do namorado que
falava com a avó do outro lado do jardim. Ela tentou controlar a risada enquanto lhe acenava. O loiro sorriu minimamente, retornando a se concentrar na fala apressada de Narcissa.

— Você não existe. – Ela disse para o amigo enquanto se levantava da cadeira e andava com dificuldade em direção à casa.

— O que foi que eu disse?

*

(Albus Potter)

Beijos e encontros escondidos eram uma espécie de rotina para Albus e Violett. Com o perigo da descoberta por qualquer um dos seus conhecidos, o casal fez de uma pequena área escondida entre as árvores do Hyde Park, seu refúgio. Encostados no capô do carro, ambos desfrutaram do vento refrescante que batia em seus rostos enquanto se escondiam no abraço um do outro. O sol já iria se por bem diante de seus olhos.

— As coisas tem estado meio complicadas lá em casa. – Albus disse após
um longo suspiro. Violett o olhou nos olhos e ofereceu um pequeno sorriso antes de se afastar do namorado e voltar seu olhar para as árvores a sua frente.

— Ouvi dizer que os Potter estão enfrentando um momento difícil. – Respondeu puxando as mangas de seu suéter. – O escritório todo ficou sabendo da invasão. Desculpa não ter te ligado, eu não sabia como. – Suspirou, tomando coragem para fazer a pergunta que rodeava sua cabeça. – Lily está bem?

— Já teve dias melhores. - Se afastou lentamente, virando de costas para a mulher. O sol queimava seu rosto e a raiva o queimava por dentro.

— Al, ‘tá tudo bem? – Ela perguntou hesitante.

— Onde está o seu colar? – Questionou ainda de costas, a voz mansa e os
ombros relaxados. Violett levou uma de suas mãos até o peito, onde o colar de violeta costumava ficar. Sorriu levemente enquanto caminhava até o namorado.

— Perdi ele à alguns dias, - Repousou uma das mãos nos ombros de Albus
ainda sorrindo – Sei que não gosta muito dele, então se eu acha-lo não voltarei a usar.

Ele abaixou a cabeça, olhando para sua mão dentro do bolso. Uma risada fria escapou dos seus lábios. Mexeu o ombro bruscamente, buscando escapar do toque que fazia seu sangue borbulhar.

— Albus! – Exclamou assustada com o movimento brusco. O homem se virou ainda sorrindo para ele, em suas mãos ele trazia um colar banhado em ouro com uma pequena violeta dourada pendendo dele.

— Você quis dizer que perdeu enquanto aterrorizava minha irmã?

Violett arregalou os olhos e se aproximou tremendo.

— Onde...onde o achou? –perguntou aterrorizada.

— No mesmo lugar que você o deixou cair antes de destruir o quarto de Luna e a ameaçar! – Gritou jogando o colar na direção da mulher. – Era você a porra do tempo todo! Sempre foi você.

— Al, eu não sei do que você está falando. – Se aproximou tentando pegar uma de suas mãos mas foi afastada mais uma vez. – Al...

— Passei todo esse tempo achando que eu havia causado todo o problema
na minha família. – Disse rindo enquanto secava as lágrimas. – Mas o foco sempre foi você.

— Albus, você não está me escutando...

— Fique longe da minha família. – Disse entrando no carro e fechando a porta com violência. – Se Lily ou algum outro membro dela receber um dos seus bilhetes, eu mesmo acabo com você.

Ele acelerou saindo o mais rápido possível, deixando não apenas Violett chorando para trás como também seu coração. Não importava o quanto doía, foi preciso perder James para ele entender que a família sempre vinha primeiro. Ele não perderia Lily também.

*

Albus atravessou a cozinha em direção da sala, encontrando os três sentados envolta dos arquivos do jornal.

— Ah, finalmente! – Matteo exclamou quando notou a presença do outro. –Estávamos te esperando para começar a pesquisa.

— Cadê as flores que ia comprar? – Scorpius perguntou apontando para as mãos vazias do cunhado.

— Al? – Lily chamou ao notar a expressão dolorida do irmão. – O que aconteceu?

— Foi a Violett....

— O que? – Ela perguntou pelo tom baixo do irmão.

— Foi a Violett quem fez tudo isso. – Respondeu, secando uma lágrima e dando de ombros com uma falsa indiferença.

— Al, ela nunca...quer dizer, - Lily se levantou com dificuldade, indo em direção ao irmão – se a pessoa que fez tudo aquilo comigo for a mesma que achamos ter se envolvido no acidente de James, Violett não seria capaz.

— Eu achei o colar dela entre as rosas da mamãe. – Ele respondeu duramente. – Exatamente no mesmo lugar onde se pode ver pegadas. Em um ponto perfeito para ver o seu quarto e ainda ter uma visão da casa por dentro pela porta de vidro. Foi ela.

— Que colar? – Scorpius perguntou retirando os óculos e passando uma das mãos pelo rosto. Toda vez que achavam estar indo pelo caminho certo algo os fazia voltar três casas.

— Um colar estupido de violeta que James deu pra ela a alguns anos. - Tirou a jaqueta a jogando em uma das poltronas. – Ela nunca tira essa porcaria e hoje estava sem, fui checar pessoalmente. Ela disse que havia perdido.

— Como tem certeza que era o dela? – Lily questionou voltando a se aproximar do irmão. – Ela pode realmente ter perdido o dela, podem existir vários como aquele.

Flashback

— O que acha? – A voz de James se fez presente na sala no mesmo momento que um objeto foi posto na frente dos olhos de Albus, interrompendo sua leitura.

— O que é isso? – Perguntou enquanto analisava o colar de perto. Era banhado em ouro com uma pequena e delicada violeta presa a ele.

— É um presente para Violett. – Respondeu sorrindo ao se aproximar do irmão no sofá. – O aniversário dela é amanhã e eu queria dar algo especial.

— E escolheu um colar com uma violeta? – Desdenhou com as sobrancelhas erguidas. –Que original, Sirius.

— Essa flor tem um significado importante para ela. – Defendeu tomando o colar das mãos do irmão. Albus riu antes de voltar a sua leitura.

— Claro, foi dela que saiu o seu nome.

— Não, idiota. – James bateu na nuca dele antes de voltar a falar. – A mãe dela sempre sonhou em ter uma filha com nome de flor. Ela e o senhor McNair tiveram muita dificuldade de ter uma criança, e toda vez que a Sra. McNair descobria uma gravidez plantava uma flor em seu jardim. Violett foi a primeira filha dela e a única das flores a vingar no seu jardim. – Terminou a história com os olhos presos no irmão mais novo. – Violeta é uma flor importante para toda a família McNair, e Violett é importante para mim.

Engolindo o grande nó que havia se formado em sua garganta, Albus sorriu.

— Tenho certeza de que ela vai amar.

Violett não tirou a corrente por nenhum momento desde o dia em que ganhou. E Albus a odiava.

— Passei tempo demais tendo que olhar para aquele colar para ter decorado cada detalhe dele. Confie em mim, era dela. Fim da história.

— Al...

— Boa noite, família! – Lily foi interrompida pela voz alta e forte de seu pai vinda da entrada da casa. Harry e Ginny vinham em direção a sala após deixar algumas sacolas no balcão da cozinha. Scorpius e Matteo foram rápidos em esconder os arquivos dispostos na mesa em suas coisas. – Oh, temos convidados.

— Meninos, é tão bom ter vocês aqui. – Ginny disse com um sorriso no rosto ao se apoiar no ombro do marido. – Vão ficar para o jantar?

— Não!

— Sim! – Scorpius e Matteo responderam ao mesmo tempo, o loiro lhe lançou um olhar frio quando o amigo voltou a sorrir para os Potter. – Eu adoraria comer da sua comida de novo, Sr. Potter.

Harry soltou sua risada, que mais parecia um trovão, e estendeu um dos braços para Nott.

— O que acha de me ajudar com a comida? – Perguntou sorridente para o amigo da filha, que de tanto frequentar sua residência havia se tornado parte da família.

— Me sentiria honrado. – Respondeu, fazendo uma leve reverência brincalhona e caminhando ao lado de Harry para a cozinha.

Ginny sorriu para os três restantes, parando seu olhar preocupado em Albus.

— Tudo bem, querido? – Indagou com o cenho franzido.

— Sim, sim. – Albus sorriu o mais doce que pode. – Apenas cansado, minha cabeça está doendo um pouco. Se importa se eu for deitar antes do jantar?

— Não, claro que não. – Respondeu acariciando os cabelos pretos do filho.
— Descanse, meu amor.

— Valeu mãe. – Com um último olhar para a irmã, subiu as escadas sem a
intenção de voltar a descer naquela noite.

— Vou tomar um banho antes que seu pai e Matteo queimem a cozinha. –
Ginny disse antes de deixar um beijo na testa da filha e subir as
escadas.

Mais tarde naquela noite, bem depois do fim do jantar, Matteo ressonava tranquilamente em uma cama improvisada no chão de do quarto da ruiva e a mesma estava presa em um agradável sonho – o primeiro em muitos meses -, Scorpius observava os dois da janela do quarto.


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Notas finais do capítulo

E então? Estou amando ler sobre suas teorias, nesta reta final quero ler mais ainda então comentem, até mesmo os leitores fantasmas. Sei que tem muita gente que lê mas apenas uma pequena parcela comenta. Deixem ao menos um continua para me incentivar, isso é de suma importância para escritores.
Até quarta que vem :)
Love always, BB.



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