If I die Young (REESCREVENDO) escrita por Baby Blackburn


Capítulo 14
When they do I'll be right behind you


Notas iniciais do capítulo

Hello Hello
Voltei com mais um capítulo cheio de novidades!
Estamos cada vez mais longe do fim, então comecem a se apegar aos detalhes hahahah
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Boa leitura :)



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— Como isso aconteceu? – Albus perguntou enquanto esfregava o rosto com força. Lily estava parada no meio de seu quarto, de banho tomado e cabelos molhados, em meio a toda a bagunça deixada para trás por quem quer que seja a pessoa do telefonema. – Como ela conseguiu entrar no condomínio sem ninguém ver?

Lily suspirou olhando para toda a sujeira por onde aquela pessoa passou, deixando sua marca.

— Não faço ideia.

— Mas que porcaria. - Ele suspirou deixando a cabeça cair em seus braços, voltando a falar com a voz abafada, e fazendo um sinal com as mãos para que a irmã continuasse sua fala. – Me conta de novo como aconteceu.

— O alarme disparou pela porta ter sido aberta...- Ela começou, depois de se sentar na ponta da cama ao lado do irmão.

— Então ela abriu a porta e depois entrou pela sua janela? – Ele questionou lentamente, olhando da janela para as pegadas no chão.

— Não sei, Albus. – Exclamou se jogando na cama, ignorando as pontadas que sua perna dava. – Eu estava muito ocupada sendo enrolada pelo conversa fiada dessa maluca.

Albus ergueu as mãos em sinal de rendição e se deitou ao lado dela. Lily estava prestes a continuar quando foi interrompida novamente pelo irmão.

— Então nós já definimos que é uma mulher?

— Severus!

— Tá bom, continua.

— Ela deve ter me mantido ocupada enquanto bagunçava meu quarto e rodeava a casa. – Continuou a falar, com os olhos fechados e a pele arrepiada pelo vento gelado que entrava da janela aberta.

— Como desconfiou que era ela?

— Quando ela disse que eu parecia cansada. – Suspirou se virando de lado, ficando de frente para o irmão. – Peguei um vaso da mamãe para me defender.

Albus soltou uma pequena risada, que logo se transformou em uma gargalhada alta ecoando por todo o cômodo. Ela se sentou e, com uma expressão de indignação no rosto, jogou um dos travesseiros no rosto do irmão deitado.

— Você ia se defender com a porra de um vaso, Luna. – Ele falou em meio a tossidas e risadas.

— Eu não estava pensando direito. – Exclamou com os braços cruzados e rosto emburrado.

— Isso ficou claro. – Disse cutucando a irmã, fazendo com que ela soltasse uma leve risada.

— Ela ainda chamou o vaso que eu dei para mamãe de horrível.

— Rose falou isso de um dos vasos uma vez, - Albus disse nostálgico, enquanto soltava uma leve risadinha – mamãe ficou ofendida.

Ao ouvir o nome da prima sendo vinculada àquela frase Lily sentiu um arrepio passar por sua espinha, e a sensação estranha que vinha sentindo no fundo do estômago voltou com toda a força. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, enquanto ela digeria a informação dado pelo irmão, até que algo estalou em
sua cabeça.

— Ei, conseguiu pegar os arquivos? – Albus assentiu enquanto colocava a
mão no bolso da calça e puxava dele um pen drive azul.

— Escaneei os arquivos e coloquei no pen drive, assim ele não sente falta das pastas. – Respondeu dando de ombros.

— Esperto. – Elogiou, cutucando suas costelas.

— Jesus Cristo. – Uma voz vinda da porta exclamou. – O que aconteceu aqui?

— Acho que a pessoa que invadiu veio até o meu quarto. – Lily disse, ficando de pé e olhando para a expressão de choque no rosto do pai.

— Sumiu alguma coisa? – Perguntou enquanto entrava no quarto, tomando cuidado para não pisar nos pertences da filha.

— Não, acho que só bagunçaram. – Respondeu baixinho, olhando ao seu
redor.

Harry suspirou e tirou os óculos de grau, passando a mão pelo rosto cansado. Olhou novamente para os filhos e sorriu minimamente.

— Venha, - estendeu a mão para a filha, indicando a porta com a cabeça –
vou arrumar o quarto de hóspedes para você dormir hoje. Amanhã peço para alguém dar um jeito nisso e nas fechaduras da casa.

— Talvez nós devêssemos mudar o sistema de segurança também. – Albus sugeriu ao se levantar da cama e ir em direção a janela, fechando- a. – Eles claramente tem algumas falhas.

— Claro, veremos isso amanhã. – Harry respondeu atordoado. – Agora venha, a mãe de vocês está vindo para casa com o jantar. – Abraçou os ombros de Lily e beijou o topo de sua cabeça. – Vai ter que explicar cada detalhe para ela.

Os dois desceram as escadas juntos, deixando Albus para trás. Ele apagou as luzes do quarto e fechou lentamente a porta antes de olhar para o pen drive em suas mãos e guardá-lo no bolso.

 

*

 

Lily foi acordada de seus pensamentos quando a porta do elevador se abriu e o barulho da redação invadiu seus ouvidos. Após passar boa parte da manhã insistindo que o irmão a levasse até o prédio, ela havia notado a péssima ideia que isso tinha sido quando entrou no local com todos os olhos voltados para si.

Enquanto analisavam os arquivos retirados do escritório do pai, ela deu de cara com algumas matérias que mantinham o sigilo das fontes que se propuseram a falar sobre o caso. Sabia que se fosse possível entrar na redação poderia ir atrás desses nomes omitidos e, com sorte, conseguir entrar em contato. Porém, entrar e sair de um prédio repleto de jornalistas sem ser alvo de comentários paralelos era o mesmo que pedir silêncio para Matteo. Ignorando os olhares que recebia enquanto mancava para dentro do andar – se arrependia de ter negado as muletas oferecidas pelo irmão - e manteve a cabeça levantada enquanto procurava por cabelos loiros.

— Lily? – Uma voz atrás de si a chamou. – Não deveria estar em casa?

— Cadê o Scorpius? – Perguntou agarrando a mão de Matteo e o puxando
para a pequena sala de cópias. – Preciso da ajuda de vocês. – Ligou o celular, digitando rapidamente o número do namorado. – É importante.

— Não vou fazer mais nenhuma viagem com você. – Disse se apoiando na
máquina de xerox e levantando as mãos, assustado, quando a mesma produziu um barulho estranho.

— Lily, você deveria estar em casa. – Scorpius disse ao se aproximar dos dois, antes mesmo que o celular dela chamasse.

— Cara, você sentiu o cheiro dela? -Matteo perguntou espantado com a rápida aparição de Malfoy.

— O cabelo ruivo não é exatamente discreto. – Declarou pegando em uma mecha de cabelo da namorada. – O que você tá fazendo aqui?

— Preciso que me ajudem a descobrir quem foram as fontes sigilosas que usaram para a matéria da menina do lago. – Disse rapidamente, olhando para os rostos surpresos dos dois homens a sua frente.

— Você quer o que? – Matteo exclamou assustado. – Quer que a gente faça o que a faculdade disse para nunca fazer?

— Lily, o que está acontecendo? – Scorpius perguntou tirando os óculos e passando as mãos no rosto cansado.

— Eu posso explicar tudo depois, - Exclamou agitada, olhando para os lados – mas preciso que vocês me ajudem a achar isso antes que alguém me ache aqui.

— Tarde demais. – Disse Matteo apontando para algo atrás dela.

— Lily Potter, o que em nome de Deus você faz aqui? – A voz alta e rouca de Remus Lupin perguntou.

— Eu trabalho aqui. – Disse se virando devagar, com um sorriso sem graça no rosto.

— Não até se recuperar. – Retrucou cruzando os braços.

— Eu já estou bem...

— Lily, - Ele a interrompeu enquanto se aproximava e colocava uma das mãos em seu ombro – prometi ao seu pai que pegaria leve com você até estar recuperada...

— Sabe, algumas pessoas podem ficar incomodadas com todos esses privilégios que a Lily tem. – Observou Matteo com uma expressão pensativa no rosto, Scorpius parecia uma pequena criança que tinha sido pega no flagra.

— "Os privilégios", - Fez aspas com as mãos, se virando para o funcionário – que a senhorita Potter supostamente recebe lhe incomodam, senhor Nott?

— Não senhor, senhor. – Respondeu prestando continência com um sorriso no rosto.

Remus suspirou, apertando a ponte do nariz.

— O que os senhores fazem aqui? – Perguntou calmamente, colocando as
mãos atrás do corpo.

— Fazendo cópias.

— Conversando.

Os dois responderam juntos. Ao ouvir a resposta sincera e nervosa de Scorpius, Matteo sacudiu a cabeça em negação. "Maldito Robin", murmurou dando uma cotovelada no amigo.

— De volta ao trabalho. – Apontou para as mesas da redação, vendo os dois saírem após se despedirem de Lily. – Imagino que Albus esteja te esperando ai embaixo, estou certo?

— Sim, senhor. – Respondeu de cabeça baixa.

— Vocês dois passaram por muitas coisas no último ano, tentem descansar. – Disse apertando de leve o ombro da garota a sua frente. – Vou te levar até a saída.

 

*

 

— Então? – Albus perguntou assim que ela entrou no carro. – Conseguiu? - Remus me pegou antes de que conseguir ir atrás. – Suspirou deitando a cabeça no encosto do banco. – Vou tentar de outra maneira.

— Não se preocupe, vamos achar alguma coisa nos arquivos. – Disse dando partida no carro, segurando uma das mãos da irmã. – O que acha de uma pizza?

— É tudo o que eu preciso agora.

O caminho até a pizzaria foi tranquilo e silencioso e, apesar de serem por péssimos motivos, Lily estava amando o tempo que vinha passando com o irmão. Ela precisava dessa proximidade para não enlouquecer e, mesmo que fosse para descobrir os piores segredos de James, ela ficava feliz de estarem fazendo isso juntos.

Albus e ela conversaram sobre tudo enquanto comiam suas pizzas sem pressa alguma. Durante cerca de duas horas, ambos esqueceram o mundo lá fora e foram os irmãos que eram antes de toda aquela desgraça acontecer, mesmo que agora faltasse uma parte deles. Eles teriam ficada mais tempo se não fosse o celular do irmão apitando, com seu pai lhe lembrando que haviam pilhas de casos o esperando em casa. Já havia escurecido quando eles saíram do estabelecimento e foram embora.

O curto período de tempo entre Albus estacionar o carro e dar a volta nele para ajudar a irmã sair do veículo, foram o suficiente para que ela analisasse a grande estrutura da casa e se perguntassem como alguém poderia ter escalado a árvore ao lado da sua janela, bagunçado seu quarto e descido a tempo de vê-la pela janela enquanto mantinha uma conversa calma com a mesma.

— Vem. – Ele chamou estendendo a mão para Lily. – Cuidado com o pé.

— Obrigada. – Agradeceu enquanto ele trancava o veículo e oferecia seu braço de apoio. – Al?

— Hum? – Resmungou enquanto acenava para uma de suas vizinhas que se sentava na varanda da casa. – Achou seu gato, senhora Bagshot?

— Não o vejo a três dias, querido. – Respondeu tristemente.

— Tenho certeza que ele logo voltará. – Ofereceu um sorriso enquanto acenava em despedida e se voltava para a irmã. – O que você ia dizer?

— Acha que mais de uma pessoa pode estar envolvida nisso? – Perguntou enquanto subia as escadas da varanda com dificuldade.

— Lily, - Suspirou enquanto deixava a irmã apoiada na parede e procurava as chaves no bolso da calça – mal conseguimos lidar com uma pessoa e você já quer meter outro. – Se aproximou da porta notando um grande pacote, o qual afastou com o pé, estendendo o braço para Lily. – Que droga é essa?

Ela o acompanhou até o sofá e esperou até que ele voltasse para buscar o pacote.

— É pra você.

Lily se aproximou na mesa de centro, analisando o pacote de perto. Não havia nada escrito nele a não ser pelo seu nome. Rasgou a embalagem marrom encontrando uma caixa preta e grossa por baixo. Levou alguns minutos até que ela conseguisse finalmente abrir, e quando fez desejou nunca ter encostado nele.

Dentro da caixa havia uma bolsa térmica com alguns sacos de gelo. Deitado sobre os sacos jazia o corpo morto de um grande gato branco. O gato perdido da senhora Bagshot com um bilhete preso em sua coleira. “A curiosidade matou este gato”. Um grito escapou da garganta de Lily enquanto ela se afastava daquele pacote.

— Mas que porra está acontecendo aqui? – Um voz vinda da porta gritou, assustando os dois irmãos. Matteo e Scorpius se encontravam parados na entrada da sala com os olhos arregalados e expressões de nojo no rosto, olhando para o animal morto.

Matteo suspirou se aproximando da amiga e deixando uma pilha de papéis ao seu lado.

— Você tem muito o que explicar, Lily. – Disse com a voz séria e os braços cruzados de forma intimidadora. – E nada de mentiras e omissões desta vez.


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Notas finais do capítulo

Eai?? Comentem e me deixem saber o que estão achando!!
Sim, eu tive que matar o gatinho :( mas vocês vão entender mais para frente!
Ainda não tive tempo de responder os comentários como de costume, estive atolada com matérias do estágio e faculdade, mas assim que estiver mais calma vou responder um por um como de costume ;)
Até quarta que vem ♥
Love always, BB.



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