Mudando De Vida escrita por Ray Shimizu


Capítulo 11
Uma luz no fim do túnel?




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Hitome já estava acostumando a lidar com Kevin, podia ser um pouco inconveniente, porém sabia que apenas queria atenção.Sem contar que era fácil de arranjar assunto. Enquanto comiam falaram sobre várias coisas supérfluas, como os jogos do momentos e de lugares interessantes para comer. 

 

 Ambos acordariam muito cedo no dia seguinte, então Kevin resolveu deixar Hitome em paz. 


Assim que fechou a porta, Hitome jogou o papelão da pizza fora, e colocou os copos e pratos na pia, lavaria no dia seguinte.


—--

 

Kevin poderia aparentar ter energia de sobra, nem se abalava com a rotina cansativa de ser um artista. Não costumava sair muito no seu tempo livre, preferia ficar jogando video game, fosse com alguém ou sozinho. Tudo o que fazia inconscientemente, era se distrair. 

 

Assim que chegou em seu apartamento foi deitar, teria um dia cheio de compromissos. E uma delas ia requerer muita paciência de sua parte. 

 

Ainda não era seis horas, e o despertador do celular tocava alto. Kevin pensou em dormir mais cinco minutos, toda vez que fazia aquilo, acabava por dormir mais do que devia e se atrasava, naquele dia não podia se dar ao luxo. Levantou vagarosamente, cambaleou até chegar ao banheiro, tirou suas roupas de qualquer jeito e entrou no chuveiro. O choque da água fria o ajudou a acordar.

 

Sem nem ao menos poder terminar o banho em paz, seu celular começou a tocar, pela música, sabia que era sobre trabalho.  Atendeu com mau humor. 

 

— Sim. Não. Tá bom. - Kevin respondeu cada pergunta silabicamente, enquanto se enxugava. Em segundos desligou o celular e foi se trocar.

 

Uma jeans simples e camiseta estavam de bom tamanho, sabia que teria que trocar de roupa várias vezes, por causa do trabalho. 

 

Abriu a geladeira e pegou o que viu pela frente para servir de café da manhã, comeria no caminho.

 

Assim que pegou o elevador, sem perceber acabou sorrindo. Sua vizinha predileta estava ali. 

 

— Que surpresa agradável! - Kevin tratou de puxar assunto rapidamente, era divertido falar com Hitome. - Que tal um beijo de bom dia?

 

Ela apenas riu, ignorando o pedido do rapaz. Que sabia que era só para provocar.

 

—Hoje a noite vai fazer alguma coisa? Podíamos jogar video game. 

 

— Não vou poder, tenho um comercial para gravar no fim do dia, e acho que vai demorar bastante. - Hitome realmente estava com a agenda cheia. E se dependesse de Touya, continuaria assim. 

 

— Marcamos outro dia então. - A porta do elevador se abriu, e sem avisar, beijou rapidamente a bochecha da garota. - Para te dar boa sorte em seus trabalhos hoje! Fui! 

 

Kevin saiu andando, assobiando alguma melodia, e logo entrou em seu carro.  




—--

 

Assim como os artistas mais populares da Rash Entertainment a agenda era lotada, tinham poucas datas de folga ou com pouco trabalho. Aya estava começando a ficar famosa e com agenda cheia. 

 

Sendo assim era completamente normal se sentir abalada, afinal, não era ela que estava trabalhando, e sim a sósia. O que a ajudava a manter seu ânimo  era saber que aquilo tudo era passageiro, e que assim que melhorasse poderia voltar a suas atividades. E ter certeza que alguém lutava pelo seu sonho, era o suficiente por enquanto. Sabia que não estava sozinha. Várias coisas passavam na cabeça dela, e naquele momento bolava vários planos para achar Akemi. Seus pensamentos foram interrompidos com a porta sendo aberta. 

 

Mokoto trazia um delicioso banquete, um café da manhã digno de uma princesa. Aquele senhor tinha o dom de cozinhar! Tudo parecia apetitoso, deixando Aya com água na boca só olhando para a bandeja. Panquecas quentinhas, vitamina de frutas, pão caseiro recheado. 

 

— Pai! Você devia participar daqueles programas de culinária! Certamente você ganharia com a mão nas costas! - Aya se deliciava com a panqueca. Já havia comido em vários lugares, mas aquela comida caseira era insuperável. — Se eu não me cuidar, vou virar uma bolinha! 

 

— Querida, não sabe como eu fico feliz de você me elogiar desse jeito, mas não tenho chance contra grandes chefes. Sou só um senhor com um restaurante de esquina. - Makoto realmente se subestimava, mas não podia negar que seus clientes sempre saíam elogiando os pratos, sem contar que viravam clientes fiéis. 

 

— Na verdade, eu inscrevi o senhor em um concurso. Ele é pequeno, mas o ganhador vai ganhar cem  mil em dinheiro! Com certeza ajudaria a gente nessa situação! 

 

Os olhos de Makoto se arregalaram, nunca cogitou em um dia participar de concurso algum, tinha medo. 

 

— Querida, por que não me consultou? Eu não posso participar, não tenho capacidade para isso! Só vou nos envergonhar! 

 

— Pai, vergonha é roubar e não poder carregar! Você sempre cozinhou muito bem, os clientes reconhecem isso! Além disso, se você não ganhar, nada vai acontecer, ninguém vai te julgar! Vamos, papai! Por favor! - Aya realmente queria que Makoto aceitasse, se ele ganhasse, pagaria toda a dívida e ainda sobraria dinheiro, caso perdesse, nada iria acontecer. Só tinham a ganhar. 

 

— Certo, querida. Você tem razão. - Makoto sempre se dobrava quando sua filha pedia alguma coisa, o coração era praticamente uma manteiga derretida quando se tratava de Hitome. 

 

— Oba! - Aya animou-se, era praticamente a sorte grande. Confiava que Makoto se sairia bem. Mesmo que não ganhasse, sempre tinham investidores de olho nesses programas. Não via a hora de contar a novidade para seus amigos. A primeira a saber seria Hitome, então teria que deixar para contar as novidades à noite. 

 

—-- 

 

Hitome esperava em seu camarim para começar a sessão de fotos, nada muito complexo. 

 

— Touya, vai demorar muito? Eu tenho outro trabalho mais a tarde, não tenho?

 

— Sim, tem! Vou falar para arrumarem outra data. Espera aqui. 

 

Touya saiu do camarim e foi direto falar com o diretor, que esbravejava pela demora do modelo em chegar. 

 

— Não tem como arranjar outra data, a entrega é amanhã! - o diretor gritava pelo celular. - Trabalhar com gente sem compromisso é uma bosta! - e sem paciência tacou o aparelho no chão. 

 

Touya ia dar meia volta, e falar para Hitome que aquele trabalho seria cancelado, porque não tinha modelo pelo o que entendeu. Enquanto processava o que falaria para a garota, sentiu sua gola do paletó ser puxado. 

 

— Você serve. - o diretor o encarou. - Eu tenho que entregar essas fotos hoje, então você seria de grande ajuda se aceitasse modelar com a Aya. Eu poderia facilmente ficar no lugar do imprestável, só que eu preciso tirar as fotos. 

 

— Eu não sou modelo, senhor. - Touya sempre viu substituições de última hora, mas geralmente era por outro profissional, e não qualquer um que estivesse disponível. 

 

Ficaram discutindo durante cinco minutos, e no final, Touya decidiu servir de modelo. 

 

O manager foi para o camarim trocar de roupa, enquanto esperava a moça que iria fazer a maquiagem. Só concordou em fazer a modelagem, já que o diretor prometeu que daria a Aya um trabalho maior de modelo. Ser capa da revista “ Ídolo Em Foco”, uma das mais lidas do país.

 

Hitome viu o manager entrar no banheiro, e sair de lá parecendo outra pessoa. Além da maquiadora trabalhar em tempo recorde. 

 

— Temos que tirar essas fotos em menos de uma hora! Vamos! - o diretor disse abrindo a porta, sem ao menos bater. 

 

Continua… 








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Notas finais do capítulo

Pessoal, me perdoem pela demora! Eu não tomo jeito, né? E ainda o capítulo está curto! Pensei comigo, ouve conselhos, e resolvi adotar o esquema de capítulos menores, assim, eu escrevo mais, atualizo mais rápido! xD
Agradeço a todos que ainda acompanham! Até a próxima!!!



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