Perdidos Em Nova Iorque escrita por Ginnyweas


Capítulo 17
Conselhos do Harry


Notas iniciais do capítulo

Hey, angels!!! ❤️
Como é que estão todas? Espero que estejam bem!
No capítulo de hoje nosso quatro-olhos favorito entra em ação. Espero que gostem!
Desculpem-me os erros ortográficos.
Boa leitura :)



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Ele ria abertamente conversando com o melhor amigo no Skype. Rony estava falando com Harry na chamada de vídeo, já fazia um tempinho que não se comunicavam e aproveitavam o tempo livre que os dois tiveram de acordo com os fusos-horários para colocarem o papo em dia.

Harry tinha acabado de contar a Rony mais uma das encrencas que Gina se metia por seu forte temperamento e Rony ria sem parar. Dessa vez, Gina estava tendo uma crise de ciúmes do namorado com a nova colega de trabalho dele: Cho Chang.

— Eu realmente te admiro muito por aguentar a Gina, ela é louca! — Rony dissera.

— Ela me dá medo às vezes, isso sim.

— Dá pra perceber, você é o pau mandado dela!

— Eu não sou pau mandado de ninguém! — exclamou indignado.

— De ninguém eu não sei, mas da Gina você é! — ele dissera rindo ainda mais alto.

— Chega de falar de mim então, vamos falar da sua vida. Como vão as coisas por aí? — ele perguntou irritado tentando mudar de assunto.

— Vão bem. — Rony dissera secando as lágrimas que derrubara de tanto rir — Nem parece que já faz todo esse tempo que estou morando aqui.

— Pra você, pra mim parece muito tempo mesmo.

— Está com saudades de mim, testa rachada?

— Até ia negar, mas sinto falta de poder ir no seu apartamento pra beber e comer a madrugada inteira.— Sente falta das regalias que tinha na minha casa, mas de mim não sente... É um cara de pau mesmo!

— Sinceridade acima de tudo, colega. Mas e a Mione, como é que ela tá?

— Tá bem, eu acho.

— Como assim eu acho?

— Eu acho, ué.

— Vocês se veem todo dia e você não sabe como ela tá?

— Nós nos vemos, mas não somos tão próximos oras.

— Cerca de um mês atrás quando nos falamos você me disse que estavam se dando muito bem, agora está nessa? O que houve?

— Nada.

— Nada?

— Nada.

— Vou fingir que acredito...

— Qual foi, Potter?

— Nada... Ela quer vir pra cá, sabia?

— Vai? Quando?

— Não sei direito, ela falou com a Gina... Ela quer vir pra cá com o noivo, aparentemente ele quer entregar nossos convites pessoalmente.

— É verdade. Ele disse mesmo que queria entregar os convites dos padrinhos pessoalmente...

— Além disso, acho que ele vai pedir a mão da Mione pros pais dela pessoalmente, né. Pelo menos pro pai dela, você sabe que ela é a princesinha dele, não vai deixar ele casar com ela assim tão fácil... Se bem que com você ele até cedeu a casa pro pedido...

— É.

— O que foi?

— Nada. Só não precisa ficar falando disso.

— Pensei que não era mais um problema pra você.

— E não é! Mas não precisa ficar falando.

— Então tudo bem.

— Tudo ótimo!

— Mas você vai no casamento dela?

— Não sei... Ela quer que eu vá, mas realmente não sei.

— Por que não sabe?

— Aonde você quer chegar, ein Harry? — perguntou impaciente.

— Quero chegar na parte que você me conta o que realmente está acontecendo.

— Não tem nada acontecendo!

— Conta outra, Rony! Fala logo, você sabe que eu não vou te julgar por nada. Nada mesmo.

— Já disse que não tem nada acontecendo, de verdade.

— Tem certeza?

— Tenho.

— Mesmo?

— Mesmo. É que... Ai, sei lá Harry, não quero falar disso.

— Falar com um amigo ajuda, cara. Falo isso por experiência própria porque sempre dividi meus problemas com você. Vai, me fala.

— Tá tudo bem, Harry.

— Por que vocês estão se estranhando?

— Acho melhor ficarmos longe por um tempo, é o melhor por enquanto.

— O melhor pra quem?

— Pra mim. Preciso colocar a cabeça no lugar, e quero fazer isso me distanciando um pouco. Quero um tempo pra pensar.

— Pensar em quê?

— Em mim, nela, nós dois.

— Você teve mais de dois anos pra pensar nisso.

— E a cada dia novo com ou sem ela eu fico mais perdido ainda, então não tem muito que fazer.

— O que tá te deixando perdido?

— Essa confusão toda, Harry. Eu não sei o que eu sinto... Pra falar a verdade eu não sei se sinto! Acho que é só a euforia do momento. E também sei que é errado, ela está noiva! Esses dias eu liguei pra ela, estava pronto pra fazer uma burrada e ela acabou por jogar um balde de água fria em mim. Estava experimentando o vestido de noiva dela...

— Putz... Mas e aí, o que você ia fazer?

— Nada demais, só ia chamar ela pra almoçar comigo. Mas percebi que era uma burrada, ela tá noiva. Não tenho nada que ficar saindo com uma moça que está prestes a casar com outro!

— Uma moça? Uma moça, Rony? — estava indignado — Essa moça era sua noiva! Você é que ia casar com ela!

— Ia, não vou mais. Vítor é que vai! Por isso não devo ficar chamando ela pra sair, muito menos aceitar sair com ela.

— Como você se sente com isso?

— Normal. Ela vai casar, já aceitei isso. Aliás, aceitei isso há muito tempo! Terminamos há mais de dois anos, sabia que nós dois iríamos ter que seguir em frente.

— Mas você não seguiu. E nem me venha com aquela história de que não encontrou a garota certa ainda porque é mentira! Você já encontrou há muito tempo, mas a perdeu e é orgulhoso demais pra admitir isso e correr atrás dela.

— Não seja idiota...

— Você que é o idiota aqui, Rony. — Harry o cortou — Logo que Hermione se mudou pra Nova Iorque ela pensou em desistir do sonho dela e voltar pra você várias vezes, mas eu não permiti que ela fizesse isso. Toda vez que ela pediu minha opinião eu dizia pra ela ficar e seguir o sonho dela!

— Como assim? — Rony perguntou surpreso com a revelação.

— Foi exatamente isso que ouviu. Eu realmente nunca quis que vocês se separassem, mas como uma pessoa que amava Hermione de verdade eu não deixaria que ela sacrificasse os sonhos dela por você mais uma vez.

— Sacrificar os sonhos dela? — irritou-se.

— Você entendeu o que eu quis dizer! Ela sempre te deu o maior apoio em tudo que fazia e na única vez que precisou do seu apoio você fez maior a burrada que poderia ter feito na vida! Mas deixa esse orgulho de lado, Rony. Antes que seja tarde demais.

— Não sou orgulhoso.

— Com certeza você é. E devia admitir o que sente.

— Por que quer tanto que eu admita o que sinto? Eu nem o que sinto!

— E o que ela sente? Isso você sabe?

— Ela o ama, Harry. Ela me disse. Não vou me meter nisso, quero que ela seja feliz. Não vou destruir os sonhos dela mais uma vez. — agora a voz dele tomara um tom desapontado.

— Tem certeza? E o que ela sente por você? Ou vai me dizer que ela te odeia...

— Não, ela não me odeia. Quer dizer, na verdade continua do mesmo jeito que era antes... Me odiando em noventa por cento do tempo e me amando nos outros dez.

— Amando?

— É o modo de falar... Não sei, Harry. Às vezes parece que é tudo a mesma coisa. É como se a qualquer momento ela fosse me abraçar com aquela regra dos cinco segundos, sabe? Ela continua do mesmo jeitinho, as mesmas manias... Mas ainda assim ela não é minha, não é a minha Hermione. É a Hermione do Vítor.

A regra dos cinco segundos: Hermione acreditava que devia abraçar as pessoas que amava por pelo menos cinco segundos, aquilo deveria fazer com que ela dissesse silenciosamente um "Eu te amo" para pessoa que ela abraçasse. Os abraços que Rony receberia dela duravam dez, quinze, vinte, longos e longos minutos. Ela o amava demais. Mas, atualmente o amor dela não pertencia mais a ele...

— Se isso te incomoda por que não faz algo a respeito? — Harry perguntou.

—  Já disse que não quero estragar a vida dela de novo.

— Você não vai estragar nada!

— Harry, já disse que nem eu sei o que sinto. Não vou complicar a cabeça dela, muito menos de um jeito que possa vir a afetar o casamento dela.

— E você tem dúvidas em relação a quê, então?

— Há dois anos eu decidi que não ia sentir mais nada por ela e não vou. Acabou, Harry. Não era pra ser.

— Por que você tem que ser tão teimoso?

— Não sou teimoso, sou realista.

— Você não é realista, é um medroso.

— Vamos mudar de assunto antes que eu acabe brigando com você.

— Tudo bem, então. Mas antes de terminarmos eu quero que você saiba que esse seu egoísmo fez você estar aí onde está agora: assistindo de camarote o amor da sua vida se casar com outro.

— Ela não é o amor...

— Não me interrompa! E não sou eu que estou inventando isso. Você mesmo vivia dizendo pra todo mundo, nunca foi segredo pra ninguém. Mas é isso, seu egoísmo permitiu que isto acontecesse. Espero que seu orgulho não permita que se oficialize.

— Tudo bem, Harry. Agora chega tá bom?

— Beleza, vou parar de falar disso. Mas queria estar lá no altar apoiando o casamento dela com outro cara, o seu casamento com ela.

— Já disse chega, Harry.

— Ok, vamos falar de outra coisa que não seja a burrada que está fazendo!

— Vou desligar, Harry. Até mais! — irritou-se de vez e nem esperou o amigo se despedir para desligar.

Estava aí uma coisa com que Rony não sabia lidar além do egoísmo e do orgulho: Hermione casando-se com outro. Aquilo era definitivamente o fim do mundo para ele, mas se desejava cumprir a promessa que fizera há anos atrás quando ela o abandonou, teria que deixar que o egoísmo e o orgulho continuassem falando mais alto.


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Notas finais do capítulo

Roniquinho está decidido, Hermione agora faz parte de seu passado. Veremos até quando isso vai durar... Experimentem abraçar as pessoas com a regra dos cinco segundos, é bom demais! ❤️
Beijinhos e mais beijinhos da tia Ginny prôces e até o próximo ❤️