Zero no Tsukaima: Aventuras no Japão escrita por Kristain


Capítulo 34
Capítulo 33 – O Presente de Louise


Notas iniciais do capítulo

Eis um milagre!
Eu enfim estou postando um capítulo novo!
Depois de muitos pedirem, eu finalmente trago o tão esperado presente da Louise!
Não vou falar muito dele pra não estragar a surpresa, eu falo lá embaixo.
Enfim, o motivo do meu sumiço foi porque iniciei um projeto de minha autoria. Um projeto 100% meu, cenário, personagens e tudo. Atualmente estou escrevendo o meu segundo livro da série que comecei e bem... ele consome todo meu tempo.
Mas esse capítulo eu já tinha iniciado faz tempo, só terminei agora porque recebi outro pedido e quis enfim mostrar o presente da Louise.
No mais, tenham uma boa leitura.
Continuamos a conversar lá embaixo...



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Imagino que você queria saber qual o presente da Louise e não o culpo por isso. Essa maldita dúvida nos persegue a vários capítulos e não há palavras para expressar quão torturante ela foi.

Mas... anime-se! O segredo há de ser revelado agora.

Pois então, situemo-nos...

Era noite do aniversário de Saito, os convidados já haviam ido embora. A bagunça atrás da casa dos Hiraga era de dar dor de cabeça só de olhar, mas Sayame preferiu não se preocupar com isso naquela noite. Haviam todos ido para seus respectivos quartos. O primeiro andar da casa Hiraga era um silêncio só; cortado, pontualmente, a cada cinco segundos pelo ronco de Sora.

Ao subir a escada da casa, o silêncio voltava e se detinha até a porta do quarto de Sayo. Soluços se faziam ouvir por através da porta.

Não nos concentremos, porém, no sofrimento da nossa querida Hiraga. A causa dele já foi descrita e sinto-me comovido só de pensar no ocorrido.

O alvo de toda nossa atenção deve ser a porta da esquerda, uns três passos corredor a frente: o quarto de Saito e Louise.

— Saito... — a rosada havia dito, corando, minutos antes. — Eu tenho uma presente para você.

— Não precisava, Louise. — ele sorrira, dizendo a primeira coisa que viera a sua cabeça.

Mas a verdade, é que o animal de estimação de Louise explodia de felicidade em seu íntimo. Afinal, não há nada melhor do que receber algo da pessoa que você ama.

— Está no quarto. — a maga enrubescera copiosamente.

Saito arregalou os olhos, já imaginando mil e uma perversões.

— Cachorro pervertido... — ela sussurrara.

Ele riu, fingindo-se inocente.

Louise tomara seu amado pela mão e o puxara até o quarto.

A seriedade da rosa chegou a espantar Saito. Imaginou que, fosse qual fosse o presente, ele teria todo o amor de Louise.

Os dois entraram no quarto e Louise mandou Saito ficar de costas, dizendo ainda que ele deveria guardar Der-kou. O Hiraga obedeceu com um aceno de cabeça.

— Sinto muito, parceiro. — o moreno disse.

— Eu não tenho olhos, parceiro. Não posso ver nada. — defendera-se a espada.

— E todas aquelas dicas que me deu para me defender nas lutas?

— Ora... — Derflinger vacilou. — Pura intuição.

— Então está dizendo que não tive minha cabeça decepada por sorte?

— Brimir olhava por você, parceiro.

Saito riu.

— Certo, Der-kou. Sem mais desculpas.

Ele meteu a espada debaixo dos cobertores.

— Já, Louise? — perguntou.

— Ainda não! Quase!— ela gritou em pânico.

Saito ainda esperou uns bons segundos, cada vez mais agoniado até ter a permissão de Louise.

— Já...

Ele virou.

Saito quase caiu para trás quando viu seu presente, tendo que se apoiar na parede.

— Lo-Lo-Lo-Louise?! É isso mesmo?! — ele indagou, incrédulo.

Ela assentiu, completamente corada. As bochechas inchadas e vermelhas pareciam dois tomates, mas, ainda assim, era muito fofa.

Louise estava sentada no meio do quarto como veio ao mundo e não há expressão mais esclarecedora que essa. A maga estava parcialmente enrolada numa fita avermelhada, com um singelo laço cobrindo seus seios.

Saito caiu ajoelhado a frente de sua amada. A visão de Louise despida era mais perfeita do qualquer uma de suas fantasias. Ela era, aos seus olhos, uma verdadeira deusa. Tão bela quanto Afrodite, tão radiante quanto Amaterasu.

Ele segurou os ombros do maior presente da sua vida e tomou seus lábios num beijos cheio de paixão. Parou, por instante, para encarar a ofegante Louise. Esperou que ela fosse lhe ralhar, brigar com ele por ter colocado a língua na boca dela por tempo demais. Afinal, ela já havia feito isso antes. No entanto, a rosada apenas o encarava com os olhos suplicantes, como se perguntasse porque ele havia parado.

— É isso que você quer mesmo? — ele quis saber.

A vontade de tomar Louise para si era arrebatadora, quase incontrolável. Mas o amor que sentia por aquela em seus braços abrandara seus instintos.

— A única coisa que eu tenho mais certeza do que isso, é o quanto eu te amo...

As palavras saíram com dificuldade, mas cheias de significado. Louise não estava morrendo de vergonha e sim, de ansiedade. Tal sentimento lhe sufocava. Decidira dar-se a Saito e sua mente não parava de imaginar que tipo de sentimentos incríveis seu homem lhe causaria. Mentiria se dissesse que ela não sentia medo na hora. Sentia, é claro. Mas seu temor era ofuscado pela confiança no homem com quem decidira passar a vida.

Saito puxou o laço sobre os seios de Louise e o jogou para longe. Deitou sua amada e depositou outro beijo em seus lábios. As mãos do Hiraga passeavam pelo corpo de Louise causando-lhe todo tipo de arrepios. Quando ela sentiu as mãos quentes do seu amado em suas coxas, soltou um suspiro inesperado e Saito a encarou em seguida.

Ela poderia ser seu presente, mas daria todo o prazer que pudesse a sua amada em retribuição.

As mãos do moreno tocaram os seios dela, causando imediatamente o embaraço de Louise. Saito alisou os mamilos rijos ao mesmo tempo que estudava cada feição da rosada. Pegou-a de surpresa quando lambeu um deles.

Louise arquejou ao sentir a língua molhada de Saito tocar seu seio. Não pode conter o gemido quando ele começou a chupá-lo. Admirou-se quando notou que apertava a cabeça dele contra seu peito, mas nem por isso o soltou.

Ele se deliciou nos pequenos seios dela, os beijando com tanta paixão que Louise finalmente acreditou que ele gostava mesmo é dos seios pequenos. Permitiu-se até sorrir em meio ao prazer quando, de repente, Saito sorveu o seio dela novamente.

— Não chupa assim! — ela gemeu.

Mas o moreno sorvia o seio esquerdo da maga com vontade, enquanto apalpava o direito. Louise se contorceu em agonia, mas prendeu instintivamente Saito com as pernas para que ele não parasse.

Quando ele finalmente soltou o seio da amada, lambeu os lábios e abriu o maior sorriso de satisfação ao ver Louise ofegante, quase não conseguindo respirar direito.

Ele achegou-se ao pescoço da amada e começou a lambê-lo, dando um rápido chupão e deixando sua marca de amor nela.

— Eu te amo, Zero Louise... — ele sussurrou no ouvido dela.

Louise sentiu um arrepio subir-lhe pela espinha. Excitou-se ainda mais com a voz rouca dele, mas fingiu-se emburrada por conta do apelido. Muito embora estivesse brincando, espantou-se ao vê-lo se afastar.

— Saito, eu...

Ela parou quando ele começou a abrir suas pernas. Louise engoliu em seco, imaginando que chegariam ao “finalmente” da situação. Qual não foi sua surpresa quando Saito deitou-se e começou a beijar a barriga dela, sempre descendo as carícias.

Vendo o nervosismo dela, Saito tentou acalmá-la, alisando seu corpo e massageando seus seios.

Entretanto, a ansiedade de Louise só fez tudo sair ainda mais extraordinário quando Saito colocou a língua sobre o sexo dela. Ela jogou a cabeça para trás e mordeu os lábios com força, sentindo a língua do seu amado prová-la continuamente. O êxtase foi tanto em seguida que ela não teve forças para segurar seus gemidos quando Saito começou a enfiar sua língua nela. Tudo só piorou quando Saito decidiu fazer ali embaixo tudo que tinha feito antes com ela: lamber, beijar e chupar.

Quando Louise sentiu que já ia começar a gritar de tanto prazer, pegou a mão de Saito e começou a mordê-la para se conter. Mas quanto mais ela mordia sua mão, mas ele intensificava suas carícias no seu sexo, sentindo-a ficar mais molhada.

Ela só parou de morder a mão do amado quando sentiu que estava a ponto de feri-lo e então gritou. Gritou com todas suas forças quando Saito enfiou toda a língua dentro dela.

O Hiraga sentiu Louise tremer em pleno gozo, então ele veio em seguida, melando todo o sexo dela.

Saito levantou-se realizado por conseguir dar prazer a sua amada. Sua felicidade foi tanta que até lambeu os beiços pra se deliciar com o elixir da rosada.

Ele a olhou e sorriu, vendo-a de olhos fechados. Ainda aproveitando o deleite dos poucos segundos em que estivera nas nuvens.

— Louise... — ele chamou docemente.

Ela não respondeu. Parecia desligada a tudo no mundo.

— Louise, meu amor. — ele chamou de novo.

A rosada permaneceu inerte, parecia nem estar respirando.

— Louise? — ele balançou o braço dela. — Louise?!

Saito tentou sentir o pulso da maga. Nada.

— LOUISE! LOUISE! — ele berrou, chacoalhando-a. — LOUISE, ACORDA! LOUISE, POR FAVOR!

A maga balançava tão quanto uma boneca, sua cabeça pendia para trás.

Sayame, Sora e Sayo foram os primeiros a chegar. Ao notar Louise nua, porém, Sayo empurrou o pai para fora e fechou a porta assim que viu Soka chegando.

— O que aconteceu, meu filho?! — Sayame perguntou, alarmada.

— Eu não sei, mãe... Eu não sei... Ela... De repente... — os olhos do Hiraga marejavam, as lágrimas lutando para sair.

— Calma. Ela só deve ter desmaiado. — Sayo acudiu o irmão ao seu lado.

Sayame procurou por algum sinal de vida em Louise.

— Mãe... Ela está...? — Saito perguntou com a voz chorosa.

— Silêncio! — a mãe ralhou.

Ela ouviu Louise respirando, quase inaudível. Até sentiu seu pulso, que parecia ficar fraco a cada segundo.

— Temos que levá-la ao hospital! Imediatamente! — a mãe gritou.

Sayo pegou as primeiras roupas que viu e meteu em Louise. Saito carregou a amada e saiu correndo para o carro do pai. Sayame foi explicando a situação no meio do caminho, mas Sora se atentou ao importante: “urgência”, “hospital”, “vida ou morte”.

Sora prendeu a sirene em cima do seu carro e disparou pelas ruas de Tóquio. No banco de atrás, Saito chorando enquanto alisava o rosto de sua amada maga. Louise ficava mais pálida a cada segundo que passava. A vida dela parecia passar pelas mãos de Saito como areia passa pelos dedos, sem nada que ele pudesse fazer para impedir.

Sora virou numa travessa perto do centro e Sayame, no banco da frente, espantou-se.

Esse hospital?

Ele me deve isso! — foi a única coisa que Sora disse.

Eles pararam na frente do hospital e Saito chutou a porta da carro, saindo com Louise nos braços. Sora correu na frente para falar com a recepcionista.

— Boa noite, seja bem-vindo ao hospital Rokaido.

— Um leito, um médico, agora, é tudo que preciso para minha nora! — ele pediu.

— Sua nora já tem cadastro aqui? Se sim, qual o número do prontuário?

— Ela é nova na cidade!

— Então, só preciso das informações dela para que...

— ELA ESTÁ MORRENDO! — Sora gritou, exasperado. — Como melhor amigo de Rokaido Takeo, exijo um leito para minha nora. Sei que ele não me negaria isso.

A recepcionista o olhou, relutante.

— Não acredita que em mim? Quer que eu ligue para ele? — Sora sacou o telefone. — Acha mesmo que ele me negaria um leito?

— Não, senhor! — espantou-se a mulher. — Por aqui, por favor.

Saito levou Louise até o leito designado e ela foi rapidamente atendida. Colocada no soro, na máscara de oxigênio e ligada nos eletrodos que mostravam as batidas do seu coração, cada vez mais lentas. Os enfermeiros, no entanto, nada puderam fazer. E nenhum médico aparecia.

— NÃO TEM NENHUM DOUTOR AQUI?! — Saito saiu berrou da porta do leito.

— Calma, filho... — Sayame o puxou para dentro.

Saito se atirou sobre o leito de Louise, segurando sua mão aos prantos.

— Louise, eu sinto muito, sinto muito mesmo... — ele balbuciava. — Foi minha culpa. Seja o que for, foi minha culpa...

— Vamos descobrir o que é, mas seja o que for, estou certa de que não é sua culpa. — disse a voz da doutora entrando na sala.

Sora e Sayame se espantaram ao ver a loira de jaleco.

— Tsukasa? — disseram os dois em coro.

— Rokaido Tsukasa? — Saito a olhou, desconfiado.

A loira sorriu, achegando-se a Louise.

— Tsukasa... — Sayame a chamou, preocupada. — E sua doença? Não devias estar trabalhando, seu corpo é frágil.

— Hoje estou num dos meus bons dias. — ela disse de bom humor.

— Pensei que Takeo nunca deixasse você sair de casa. — confessou Sora.

— Quando estou um pouco boa, como hoje, venho escondida ao hospital quando ele está trabalhando. Sinto-me útil aqui. — ela lia a prancheta de Louise. — Mas não sou a única que mente aqui, não é, “melhor amigo de Rokaido Takeo”?

— Bem, não é uma mentira... — defendeu-se Sora, constrangido. — Pelo menos, não, no passado.

— Não, no passado. — ela assentiu e virou-se para Sayame. — Pode fechar a porta, querida?

A Hiraga obedeceu e Tsukasa puxou o colar Rokaido de dentro do jaleco. Era um colar com um brilhante topázio no centro, exceto por isso, era fisicamente semelhante aos colares de Sayame e Kenichi, dotado de poder mágico. Com ele, Tsukasa invocou uma aura dourado, quase angelical, que pairou sobre Louise.

— O que ela está fazendo? — perguntou Saito.

— Diagnosticando Louise, procurando por algum problema em seu organismo. — explicou Sayame. — Não se preocupe. A magia de cura de Tsukasa sempre foi melhor que a minha.

— Se ela é tão boa assim, porque ela não cura a si mesma? — questionou Saito, pouco confiante. — Que doença ela tem, afinal?

— Os órgãos dela definham mais rápido de que qualquer ser humano. — explanou a mãe. — Ela vive em casa, pois seu corpo age como se tivesse mais de oitenta anos. Ela se cansa muito rápido. E não havia nada com poder mágico forte o suficiente aqui na Terra para curá-la, nada até que...

— ...a Louise chegou. — Saito completou.

— Sim, afinal, ela é a descendente do vácuo, a magia mais poderosa do universo. — confirmou a mãe.

— Então ela só está ajudando para ter a chance de ser curada. — julgou Saito.

— Não. — retrucou Tsukasa. — Ouvi boatos de que a descendente do vácuo ainda não domina a magia e bem... não quero ser explodida durante a tentativa de ser curada. — a Rokaido sorriu. — Só quero ser útil, Gandalfr. Por isso uso a magia em todos pacientes que posso, não importa se é descendente do vácuo ou não. É claro, faço tudo secretamente.

Saito permaneceu calado, ainda incerto quanto a confiar ou não na Rokaido loira. Ela não era nada ofensiva como seus filhos, mas havia algo mais nela, afinal, ela era uma Rokaido. E não se pode confiar completamente neles.

A aura dourada desvaneceu-se e Tsukasa suspirou fundo, o corpo já pesando e pedindo descanso. Sora, de imediato, concedeu uma cadeira a ela.

— Obrigado. — ela sorriu.

— Então? — Saito incitou. — Ela vai...?

— Não, não vai morrer. — a Rokaido garantiu. — Ela está apenas intoxicada.

— Intoxicada? — estranhou Saito. — Com o quê?

— Gás carbônico, poluição comum da grande Tóquio.

Sora riu de alívio. Sayame também, apesar de achar tudo aquilo curioso. Mas Saito permaneceu sério.

— Como ela pode ter ficado tão ruim só com poluição? — replicou Saito.

— Ela morava em Halkeginia. Você mesmo esteve lá, Gandalfr. É uma terra medieval, quase idêntica a Era Média que a Europa viveu. — explicou a médica. — Não há poluição lá, logo o corpo de Louise nunca sofreu com as contínuas rajadas de poluição como você, eu e seus pais. De acordo com a ficha que vocês preencheram ela está aqui a pouco mais de uma semana e me admira que o corpo dela tenha aguentado tanto sem mostrar qualquer sintoma, pelo menos uma falta de ar. De qualquer forma, parece que tudo se acumulou hoje e ela sofreu esse apagão. Mas não há com que se preocupar. Apenas soro e doses diárias de oxigênio resolverão o problema dela.

— Então foi isso...? — disse a voz murmurante de Louise. — Poluição...?

— Sim, minha querida. — Tsukasa assentiu. — Bem-vinda ao nosso mundo!

— Louise! — Saito agarrou a mão da maga, dando muitos beijos ali para então encará-la.

— Acho que podemos deixá-los a sós agora, não? — a Rokaido sugeriu.

Ela, Sora e Sayame foram para o corredor. Assim que Sora fechou a porta, agradeceu fervorosamente a Tsukasa. Sayame, contudo, foi mais ousada:

— Tsukasa... podemos pedir a Louise que a cure.

— Não se preocupe, minha amiga. — Tsukasa abriu um sorriso cansado. — Já abracei meu destino.

— Pois o solte e corra para a luz que brilhou em seu destino nebuloso. — advertiu Sora. — Louise pode lhe curar e ela vai fazê-lo, pois é dever da descendente do vácuo cuidar das famílias que sucederão Gandalfr.

— Obrigado, Sora. — Tsukasa assentiu. — Tentarei pensar positivo.

Ela agradeceu mais uma vez, se afastando do casal Hiraga, apoiando-se nas paredes.

Dentro do leito do hospital, Saito ainda segurava a mão de Louise.

— Graças a Brimir você está bem. — ele sorriu.

— Mas Saito, desculpe... — cochichou Louise, tentando focar a visão no rosto do amado. — O seu presente... Você não o teve...

— Não, Louise. — ele balançou a cabeça. — Meu presente nunca foi sua virgindade, mas, sim, seu coração. Meu maior presente foi ter seu amor. Se alguém tem que pedir desculpa aqui sou eu.

— Não precisa. — ela sorriu. — Eu te amo...

— Eu também te amo, mestra da minha vida.

Ela riu debilmente, batendo na cama para ele subir. Saito achegou-se ao lado da amada e a abraçou. Louise afundou o rosto no peito dele e aninhou seu corpo no dele, usando do seu calor para dormir confortavelmente.

— Eu nunca vou sair do seu lado, Louise. Eu não posso viver sem você.

Ele cochichou no ouvido da mago, mas ela já adormecera.

OOOOOOO

Adoraria dizer que tudo que acaba bem continua bem. Depois de tudo que Saito e Louise passaram eles mereciam isso, mereciam um final feliz. Mas um grupo de sujeitos do submundo não estava disposto a dar a eles essa chance.

Num pavilhão na periferia de Tóquio, um grupo de pessoas de capuzes negros se reunião. Uma bruma gelado cobria todo o chão, enquanto o grupo entrava no recinto e se dispunha em forma de círculo. Os Adorares do Demônio do Deserto (ADD) recitavam mantras antigos e tenebrosos, que pareciam sugar todo o calor e luz do local. O líder deles sentava ao norte, sob um trono improvisado. Tinha o rosto coberto por um capuz idêntico aos demais, mas trazia na cabeça uma coroa de chifres e ao pescoço, um colar de dentes.

— Meu senhor Svraki, chifre-mor do Demônio do Deserto. — clamou um adorador, saindo do círculo e ajoelhando perante o líder. — Eu acabei de confirmar. O décimo sétimo Gandalfr acaba de completar seu décimo sétimo aniversário.

— Perfeito. — Svraki sorriu. — É chegada a hora tão esperada. Teremos a chance de eliminar Gandalfr mais uma vez.

— Glórias ao Deus Chifrudo. — saudaram todos ao seu deus.

— Como todos vocês sabem... — Svraki se levantou — quando Gandalfr chega aos dezessete anos perde a proteção de Brimir. O tal deus deles tira sua mão protetora de Gandalfr para que ele não tenha mais a obrigação de ficar em Halkeginia, a fim de que ele volte a Terra e institui família para procriar o legado do Braço Direito de Deus.

Svraki abriu um sorriso perverso.

— Mas é também nessa data que Gandalfr fica completamente vulnerável e nós temos a chance de matar ele e toda sua família sem a interrupção dos anjos de Brimir. E é dessa vez, nessa décima sétima geração, que o legado de Gandalfr será destruído. Mataremos todos os Jun, todos os Rokaido e principalmente... Todos os miseráveis Hiraga! E quando fizermos isso, Gandalfr deixará de existir para sempre!

— Meu senhor,... — intrometeu-se um adorador qualquer — se já falhamos nas outras dezesseis gerações passadas, porque acha que nessa décima sétima vez será diferente?

Svraki brandiu a varinha contra o adorador sem noção e sua cabeça rolou rumo ao centro do círculo, enquanto o líder continuava imponente.

— Para isso, meus irmãos, usaremos da magia suprema concedida pelo Demônio do Deserto!

— Glórias ao Deus Chifrudo. — os demais explodiram em exaltação.

— Yamitai, Hikaru, Mizura, Kazemaru, Honochi, Dowato. — chamou Svraki.

Seis ADDs saíram do círculo para o centro. Duas mulheres, quatro homens. Uma loira, outro musculoso e alto como um guarda roupa, nada mais chamativo do que isso. Eles não tinham nada de extraordinário ou diferente que os tornasse melhor que os demais, a não ser o fato de já terem o destino profetizado por Svraki.

— Vocês vão morrer dentro de uma semana. — disse o líder cheio de convicção. — Seus corações pararam e seus corpos voltaram para o pó, mas sabiam que nessa semana que se inicia, vocês serão os magos mais poderosos da Terra. Conjurarão magia sem precisar de varinha ou qualquer artefato mágico. Vão usar dos seus poderes mágicos com um simples balançar de mãos e farão isso para eliminar o legado de Gandalfr. Fui claro?

— Sim, senhor. — os seis adoradores escolhidos se ajoelharam perante o líder.

Svraki ergueu a varinha, iniciando um encantamento macabro, exaltando o Demônio do Deserto em sua própria língua odioso.

A bruma gelada do local começou a tornar-se negra e pegajosa, ela envolveu os seis adoradores e Svraki, que gritou:

— Glórias ao Deus Chifrudo!

Então balançou a varinha e soltou um relâmpago estrondoso que acertou os seis adoradores ajoelhados, eletrocutando-os sem piedade.

Os demais adoradores começaram a gritar em louvor, exaltando o Demônio do Deserto e seu poder infindável. Em contra partida, os seis adoradores no centro berravam em agonia, sentindo o relâmpago fritar seus corpos.

No meio do caos entre o louvor e a dor, Svraki apenas vislumbrou o futuro que ansiava:

— O Demônio do Deserto arrancará o Braço Direito de Brimir com uma só mordida! O legado de Gandalfr, enfim, perecerá!


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Notas finais do capítulo

Então? Vocês vão me matar por terminar com esse gancho e dizer que eu não faço a mínima ideia de quando vai sair outro capítulo? UHASHUASUHASU
Desculpa, pessoal. Mas é como eu disse, estou focado em outro projeto agora. Mas ZnT sempre vai estar no meu coração e todos seus comentários também. Fico muito feliz por todos terem lido até aqui. Espero que tenham gostado do presente da Louise! rsrs Dessa vez enfim deixei o ecchi e parti pro hentai, mas ainda assim, não completo. rsrs

Mas valeu esperar? Vocês gostaram?
Seria uma honra receber um review de vocês mesmo depois de tanto tempo.
Espero que tenham gostado. Pra mim foi um prazer voltar a narrar como o carismático narrador de ZnT:AnJ e ainda fazer umas taradices com o Saito e a Louise. rsrs



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