Heaven escrita por Azrael Araújo


Capítulo 9
VIII




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Eu soube que você era especial no instante que eu te vi.

A voz rouca sussurrou tão baixo que eu não poderia ouvir se sua boca não estivesse tão próxima do meu ouvido. O hálito gelado fazia minha pele arrepiar, queimar. Era uma sensação totalmente nova. Os olhos dourados me encaravam, tão líquidos e profundos que eu podia sentir meus joelhos fraquejarem.

— Eu seguro você. — ela sussurrou novamente, o sorriso nunca se esvaindo enquanto ela apertava os braços de aço em volta do meu corpo.

Eu juro que vou entrar em combustão espontânea a qualquer momento.

— Isso não seria de todo ruim...

Eu ri enquanto me afastava o suficiente para encarar a vampira. Lembrei por um segundo que semanas antes eu nunca me aproximaria de qualquer um deles, mesmo que fosse extremamente necessário — agora eu estava aqui, nos braços dessa vampira ruiva enquanto ela perigosamente mordia meu pescoço.

Combustão espontânea.

Suspirei. Eu ainda me perguntava como isso era possível. Esse sentimento... Era tão avassalador. Eu podia sentir cada ínfima parcela do meu corpo, da minha alma, totalmente dominada — quase levada à condição de submissão. Mais que isso. Eu sentia meu coração totalmente preenchido por essa garota. Como se o meu mundo girasse em torno dela, como se toda a minha vida tivesse sido perigosamente vazia até esse momento. Eu havia passado tanto tempo odiando os vampiros e agora estava perdidamente e irrevogavelmente apaixonada por uma.

Era uma sensação quase opressora.

Edythe inclinou para depositar mais um beijo casto em meus lábios. Suspirei. De novo.

— Eu amei você desde a primeira vez que te vi. Ah, se você soubesse... Você é minha, anjo.

Ela sussurrou enquanto lançava o corpo sobre o meu, nós duas deitando na relva pouco nos importando com o resto do mundo. Eu queria ficar aqui pra sempre.

 

Eu mudei para minha forma humana quando estava a poucos metros do gramado da grande casa. Apesar de não querer passar tanto tempo longe de Renée, eu ainda precisava de espaço longe do fedor enjoativo do resto dos vampiros — isso significava que iria dormir na floresta sempre que necessário. Não era ruim e era algo ao qual a maioria dos lobos já fazia de qualquer forma. Eu passei as mãos pelo meu jeans áspero e comecei a atravessar o gramado.

A porta se abriu antes de eu chegar até lá, e fiquei surpresa ao ver o líder deles, Carlisle, ao invés de Edythe andando ao lado de fora para me encontrar — seu rosto parecia exausto e derrotado. Nos encaramos por um segundo onde ninguém falou nada. Havia o som baixinho de algo pingando dentro da casa. Eu ouvi a respiração baixa de cada um lá dentro —  eu conseguia facilmente separar a de Renée das restantes. Era mais ríspida, trabalhosa. Ela assobiava e se quebrava em ritmos estranhos. Eu podia ouvir seu coração bater rápido demais. Tentei compará-lo com as minhas próprias batidas, mas eu não sabia se era uma boa medição já que não era como se eu fosse normal.

Eu dei uma espiada na grande sala aberta da frente.

Todos os móveis haviam sido tirados do caminho. No centro do lugar Renée estava encurvada de forma estranha sobre uma cama estreita no centro do espaço aberto. Não era uma cama normal — mas uma com rodinhas, como aquelas de hospital. Assim como num hospital, também haviam monitores plugados em seu corpo, os tubos enfiados em sua pele. As luzes no monitor brilhavam, mas não havia som. O barulho de algo pingando vinha de uma intra-venosa enfiada no braço dela — algum fluido que era grosso e branco, não transparente.

Ela tossiu um pouco em seu sono agitado, e Charlie — meu estômago se revirou — se inclinou para observá-la. O corpo dela se contorceu e ela gemeu. O vampiro alisou a testa de Renée com as mãos.

Por um momento, meu coração congelou. Eu hesitei parando de andar, incapaz de falar.

— Você está bem, Isabella? — Carlisle perguntou. Mal notei que ele estava ao meu lado. Ele observou meu rosto angustiado por um segundo. — Renée está como ontem. Edythe disse que você estava vindo em sua forma humana, e eu vim para lhe receber, já que não tivemos a oportunidade de conversar.

Eu não o olhei de novo enquanto voltava para as escadas e deixava meu corpo cair sob o corrimão.

Se movendo suavemente e silenciosamente como somente um vampiro poderia fazer, Carlisle se sentou no mesmo lugar, encostando-se ao outro corrimão.

— Eu ainda não tive a chance de te agradecer por tudo isso, Isabella. Você não sabe o quanto eu aprecio sua compaixão. Sei que seu objetivo é proteger Renée, mas eu devo a você a segurança do resto de minha família também. Imagino como deve ser difícil confrontar sua matilha para estar aqui conosco.

— Não mencione isso. — eu murmurei.

— Se você prefere.

Nós sentamos em silêncio. Eu podia ouvir os outros dentro de casa, Edythe chamando minha tenção por um breve momento. Me perguntava como sua família reagiria à notícia de nossa... Relação. Tremi imaginando como a minha família reagiria.

Eu não queria pensar mais. No momento, falar era melhor do que pensar.

— Ela é família para você? — perguntei a Carlisle. Eu tinha notado isso antes, quando ele disse que eu tinha ajudado o resto de sua família também.

— Sim. Renée já é uma filha para mim. Uma filha querida.

— Mesmo assim você vai deixá-la morrer.

Ele ficou quieto tanto tempo que eu ergui os olhos. Seu rosto estava muito, muito cansado.

Eu sabia como ele se sentia.

— Posso imaginar que você pensa que estou fazendo isso — finalmente ele disse — Mas eu não posso ignorar a vontade dela. Não seria certo fazer uma escolha por ela, forçá-la ao que quer que eu acredite ser o certo.

Eu queria ficar brava com ele, mas ele fazia isso ser difícil. Era como se ele jogasse minhas próprias palavras de volta à mim, dispersas. Elas soariam certas antes, mas não poderiam estar certas agora.

— O que aquela coisa está fazendo com ela? — eu murmurei.

— O feto não é compatível com o corpo dela. É forte demais. Ela provavelmente pode resistir por um tempo...O maior problema é que ele não a permitirá ingerir as substâncias que ela precisa. Seu corpo está rejeitando qualquer forma de nutrição. Estou tentando alimentá-la intravenosamente, mas ela não está absorvendo. Tudo sobre sua condição é acelerada. Ela e o feto parecem famintos. Não posso parar isso, e não posso fazer com que vá devagar. Não consigo descobrir o que o feto quer. — sua aborrecida voz se quebrou ao final.

Me senti do mesmo jeito de quando a vi pela primeira vez nesse estado, com todas aquelas manchas pretas pelo seu estômago — furiosa, e um pouco louca.

Eu apertei minhas mãos contra os pulsos, para controlar o tremor. Odiava a coisa que a estava machucando. Não era suficiente para o monstro bater nela do lado de dentro. Não, estava a comendo também. Provavelmente procurando por alguma coisa para penetrar seus dentes — uma garganta para sugar. Já que não era grande o bastante para matar alguém ainda, ele estava decidido a sugar a vida dela.

Lembrei vagamente do que Leah havia me dito mais cedo, quando acordei ainda em minha forma de lobo.

Isso vai terminar em sangue, você sabe. É o que essa coisa dentro da sua mãe quer, ela é como todos eles. Um bebedor de sangue, ela disse enquanto se aconchegava no chão da floresta, pronta pra dormir. Eu não havia dado tanta atenção naquele momento.

Minha pele estava toda quente e espinhosa. Eu respirei lentamente, me focando nisso para me acalmar.

Carlisle deu um suspiro cansado.

Então nós ouvimos a voz de Edythe dentro da casa, e ambos paramos para ouvi-la.

— Carlisle, posso falar com você por um momento? Charlie, você se importaria de me acompanhar? — Edythe soava diferente.

— O que houve? Charlie? — Renée perguntou roucamente. Eu não notara o momento em que ela acordou.

— Por favor, Charlie?

Carlisle se mexeu, se contorcendo para olhar a porta na espera. Edythe passou pela porta primeiro, com Charlie bem atrás — ele parecia desconfiado.

Edythe fechou a porta atrás dela.

— Carlisle — ela murmurou.

— O que foi, Edythe?

— Talvez nós estejamos lidando com isso da maneira errada. Eu estava escutando você e Bella agora, e quando vocês estavam falando sobre o que o.... feto quer, ela teve um pensamento interessante.

Eu? O que eu havia pensado? Isso é novidade.

— Nós não tínhamos nos concentrado neste ângulo — Edythe continuou. — Nós temos tentado dar a Renée o que ela precisa. E seu corpo está aceitando isso tão bem quanto qualquer um dos nossos aceitaria. Talvez nós devêssemos nos concentrar no que o.... feto precisa primeiro. Talvez se nós o satisfazermos, poderíamos ajudá-la mais efetivamente.

— Não entendi o que quer dizer, Edythe. — Carlisle disse.

— Pense nisso, Carlisle. Se aquela criatura é mais vampira do que humana, você não pode adivinhar o que ela quer, o que ela não está tendo? Bella adivinhou.

Adivinhei? Eu pensei na conversa, tentando lembrar que pensamentos mantive guardados.

Me lembrei ao mesmo tempo que Carlisle entendeu.

— Oh — ele disse em um tom de surpresa. — Você acha que ele está com sede?

Charlie assobiou através de sua respiração. Ele não estava mais desconfiado. Seu rosto estava iluminado, seus olhos negros completos de esperança.

— Claro — ele murmurou. — Carlisle, nós temos todo tipo de O negativo economizado para Renée. É uma boa idéia — ele adicionou, sem olhar para mim.

— Hmm — Carlisle pôs as mãos em seu queixo, perdido em pensamento. — Eu me pergunto... E então, qual seria a melhor maneira de administrar...

Charlie sacudiu a cabeça. — Nós não temos tempos para ser criativos. Eu diria que nós deveríamos começar com o modo tradicional.

— Espere um minuto — eu sussurrei. — Você… Vocês estão falando sobre fazê-la beber sangue?

— Foi idéia sua, afinal. — Charlie disse, me olhando de cara feia. Eu poderia arrancar sua cabeça ali mesmo, mas decidir ignorar e observei Carlisle. O mesmo fantasma de esperança que tinha na expressão de Charlie agora estava nos olhos do médico. Ele apertou os lábios, especulando.

— Isso é...

— Monstruoso? — eu sugeri. — Repulsivo?

— Mas e se isso ajudá-la? — ele murmurou.

Eu sacudi a cabeça irritadamente.

— O que você sugere, enfiar um tubo pela garganta dela?

— Eu planejo perguntar o que ela acha. Eu só quis falar com Carlisle primeiro. — Charlie acenou. — Se você contar a ela que isso pode ajudar o bebê, ela estará disposta a qualquer coisa. Mesmo se nós tivermos que os alimentar com um tubo.

Eu percebi então quando ouvi o quanto sua voz estava romântica quando ele disse a palavra bebê, que aquele mostro concordaria com qualquer coisa que ajudasse ao pequeno monstro de vida-sugadora. Isso era o que estava acontecendo, o fator misterioso que estava ligando os dois?

Charlie queria a criança?

Do canto do olho, eu vi Edythe acenar uma vez, distraidamente, sem olhar em minha direção. Mas eu sabia que ela estava respondendo minhas perguntas.

Huh. Eu não teria pensado que aquele maldito pedaço de gelo, que era frio como o inverno teria um lado paternal. Charlie provavelmente colocaria o tubo na garganta da esposa ele mesmo.

A boca de Edythe se amassou em uma linha, e eu sabia que estava certa novamente.

— Bem, nós não temos tempo de sentar por aí discutindo isso — Charlie disse impacientemente — O que você acha, Carlisle? Podemos tentar?

Carlisle respirou fundo, e então se levantou.

— Perguntaremos a Renée.

Eu me arrastei pelas escadas, e os segui para dentro da casa. Não sabia porque. Algum caralho de uma curiosidade mórbida curiosidade, talvez. Era como um filme de terror. Monstros e sangue por todo lugar.

Talvez eu fosse masoquista. Que merda.

Minha mãe estava deitada na cama de hospital, sua barriga era uma montanha embaixo do cobertor. Ela parecia cera – sem cor e um pouco transparente. Você pensaria que ela já estava morta, exceto pelo pequeno movimento de seu tórax, sua respiração fraca.

E então seus olhos, seguindo nós quatro com exaustiva suspeita.

Os outros já estavam ao lado dela, voando através da sala com movimentos repentinos. Era horripilante de assistir. Eu caminhei até eles com passos lentos.

— O que está havendo? — Renée demandou em um sussurro arranhado. Sua mão ossuda debatia-se para cima como se ela estivesse tentando proteger a porra do seu estômago em forma de balão.

— Isabella teve uma ideia que pode te ajudar. — Carlisle disse. Eu desejei que ele me deixasse fora disso. Eu não tinha sugerido nada, foi só a porra de uma lembrança de um comentário estupido de Leah. Eu começava a me arrepender de ter pensado nisso. — Não será... Prazeroso, mas…

— Mas isso ajudará o bebê — Charlie interrompeu avidamente. — Nós pensamos em uma maneira melhor de alimentá-lo. Talvez.

As pálpebras de Renée se agitaram, ela tossiu uma fraca risada.

— Não prazeroso? — ela sussurrou. — Deus, isso será uma grande mudança.

Ela olhou ao tubo preso em sua mão e tossiu de novo.

O maldito Charlie riu para ela mas eu pude ver que o humor não tocou seus olhos. Eu esperava que ele estivesse sofrendo. Ajudaria, só um pouco, se ele estivesse sofrendo. Ele pegou a mão dela, não a que estava protegendo sua barriga inchada.

— Querida, nós vamos te pedir para fazer algo monstruoso repulsivo.

Bem, ao menos ele estava sendo honesto.

Ela tomou um fraco, palpitante fôlego.

— Quão ruim?

Carlisle respondeu. — Nós achamos que o feto possa ter um apetite mais próximo ao nosso do que ao seu. Achamos que está com sede.

Ela piscou. — Oh. Oh.

— Sua condição… a condição de ambos… está se deteriorando rapidamente. Nós não temos tempo a perder, para conseguir maneiras mais saborosas de fazer isso. O jeito mais rápido de testar a teoria…

— Eu tenho que beber sangue — ela sussurrou e acenou levemente.

Renée realmente parecia decidida a fazer essa merda. Deus, eu iria vomitar.

Edythe rapidamente se posicionou ao meu lado, a preocupação estampada em seu rosto perfeito.

— Eu não quis dizer literalmente. — balancei a cabeça.

Ela deu um sorriso mínimo, mas eu podia a inquietação dançando em suas feições.

Desviei o olhar. Encontrei alguns pares de vampiros curiosos, provavelmente se questionando porquê da nossa interação. Bem, eu realmente não queria explicar isso pra ninguém agora.

— Mas quem? — Renée respirou, e seu olhar parou em mim. Os olhos dela se arregalaram. Eu quase poderia rir.

— Eu não estou aqui pra ser uma doadora, mãe. – eu resmunguei – Além disso, é sangue humano que essa coisa quer, e eu não acho que o meu se aplica…

— Nós temos sangue em mãos – Charlie contou a ela, falando por cima de mim, antes que eu terminasse, como se eu não estivesse ali. – Para você, só pra garantir. Não se preocupe com nada disso. Tudo ficará bem. Eu tenho um bom sentimento sobre isso, querida. Acho que o bebê ficará muito melhor.

Ele passou a mão pelo seu estômago estufado.

— Bem... — ela disse, mal audível — Estou faminta, então aposto que ele também está. Vamos nessa.

Charlie segurou a mão de Renée, seu rosto estava inexpressivo novamente. Eles se olhavam nos olhos de uma maneira que pareciam estar conversando. Aquilo fez meu peito ferver de repulsa – só tornou toda a situação mais difícil de engolir.

Eu podia ouvir Carlisle conversando com alguém, se questionando se deveria aquecer o sangue.

Estava prestes a sair da casa antes daquela cena de horror começar — definitivamente meu estômago não aguentaria. Meio segundo depois desse pensamento, um uivo cortou o ar da parada manhã. Eu já estava me movendo antes de me dar conta.

Não havia erro na urgência do tom. Um segundo uivo, mais longo, veio longo depois.

— Droga — eu gani, e me joguei pela porta. Eu me curvei na sacada e deixei o fogo me dividir no meio do ar. Teve um som de choro quando meu jeans se rasgou.

Pousei nas minhas patas e fui para a floresta.

O que é?, eu gritei na minha mente.

Estão vindo, Embry respondeu. Pelo menos três.

Eles se separaram?

Eu estou correndo de volta pra Embry com a velocidade da luz. Leah prometeu. Eu pude sentir o ar rufando em seus pulmões enquanto ela corria em uma velocidade incrível. A floresta chicoteava em volta dela. Muito longe, nenhum ponto de ataque.

Embry, não os desafie. Me espere.

Eles estão diminuindo a velocidade. Ugh, é tão ruim não poder ouvir eles. Eu acho…

O que?

Eu acho que eles pararam.

Esperando o resto do bando?

Shh, você sente isso?

Eu absorvi suas impressões. O som vislumbrado no ar.

Alguém está se transformando?

Parece isso, Embry concordou.

Leah voou no pequeno espaço que Embry esperava. Ela fincou suas garras na terra, girando como um carro de corrida.

To na sua cola, mano.

Eles estão vindo, Embry disse nervosamente. Devagar. Andando.

Quase aí. Eu disse a eles. Eu tentava voar como Leah. Era horrível estar separada dos meus irmãos com um potencial perigo chegando mais perto deles do que de mim. Era errado. Eu devia estar com eles, no meio deles, não importasse o que estivesse vindo.

Olha só quem está ficando toda melosa, Leah pensou tortamente.

Cabeça no jogo, Leah.

Três, Embry decidiu. O cara tinha ótimos ouvidos. Dois lobos, um homem.

Eu cheguei na clareira então, me movendo imediatamente até o ponto. Leah suspirou em alívio e então se endireitou, logo do lado do meu ombro. Embry foi pro meu lado esquerdo com menos entusiasmo.

Fiquem preparados.

Eles ficaram à vista uns poucos segundos depois, andando, como Embry pensou. Jared na frente, humano, mãos para cima. Paul e Collin em quatro pernas atrás dele. Não havia agressividade na postura deles. Os lobos ficaram atrás de Jared, orelhas levantadas, alertas mas calmos.

Mas… Era estranho que Sam fosse mandar Collin ao invés de vir ele mesmo. Isso não seria o que eu faria. Se eu quisesse mandar uma festa diplomata no território do inimigo, certamente não iria mandar uma criança — eu mandaria um lutador experiente.

Leah corroborou meu pensamento.

Estaria Sam pensando em fazer um ataque sozinho? Isso não parecia muito provável.

Quer que eu cheque? Eu posso correr pela linha e voltar em dois minutos.

Eu deveria avisar os Cullen? Embry imaginou.

E se o ponto era nos dividir? Eu perguntei. Os Cullen já sabem. Eles estão prontos.

Sam não seria tão burro… Leah sussurrou, o medo tomando sua mente. Ela imaginou Sam atacando os Cullen só com Brad em seus flancos.

Não, ele não seria. Eu assegurei a ela, mesmo sentindo um pouco mal pela imagem na mente dela, também.

Todo o tempo, Jared e os outros dois lobos nos encararam, esperando. Era estranho não saber o que estavam dizendo um ao outro. As suas expressões estavam limpas — ilegíveis.

Jared limpou sua garganta, e então acenou pra mim com a cabeça. — Bandeira branca de trégua, Isabella. Nós estamos aqui pra conversar.

Será que é verdade? Embry perguntou.

Faz sentido, mas…

Yeah, Leah concordou. Mas.

Nós não relaxamos.

Jared fez uma careta. — Seria muito mais fácil conversar se nós pudéssemos ouvir vocês, também.

Encarei-o de cima a baixo. Eu não ia me transformar de volta até que eu me sentisse melhor sobre essa situação. Até que fizesse sentido.

— Okay. Eu acho que vou só falar, então — Jared disse e suspirou. — Estamos aqui pra pedir que vocês voltem.


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Notas finais do capítulo

TT: @eldiablxx



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