São Francisco escrita por Dri Viana


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas!

Estou de volta recuperada e com um capítulo fofo. Otávio vai surpreender Gil e vocês.

E Ana, querida, sinto em lhe desapontar, mas não há chance de uma terceira sequência dessa estória, porque com o final que já escrevi há tempos, não caberia criar uma sequência da estória. No entanto, te garanto um bom desfecho pra ela que creio que vai agradar a vocês, leitoras.

Agora vamos ao capítulo. O espírito natalino vai amolecer um pouco o sogrão do nosso quatro olhos em relação ao genro.



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Imediatamente fui abraçar minha mãe. Que saudade eu sentia dela. Nunca até então tínhamos passado tantos dias sem se ver. E após o longo e demorado abraço nela, eu abracei então Phil.

—E aí, rapaz? Como está?

—Bem e... Surpreso com a presença de vocês aqui.

—Viemos passar o Natal com você e a família da Sara, querido. - Minha mãe contou e eu quase não acreditei nisso.

—Vieram?? Mas e a galeria?

—Adélia vai tomar conta das coisas. Além do mais, amanhã a noite Phil e eu já voltamos pra Vegas.

—Puxa que coisa boa vocês passando o Natal aqui.

—Agradeça a Sara por isso. Ela me ligou insistindo muito pra virmos e não pude recusar o convite.

Olhei pra minha namorada parada lá onde eu me encontrava segundos atrás e ela sorriu.

—Você fez isso?

Ela assentiu com um sorriso mais largo nos lábios e depois explicou que viu como eu fiquei preocupado e triste pela minha mãe não ter ficado bem por ter passado o dia do meu aniversário longe dela. Então preocupada em como eu já estava com o fato de mais uma vez minha mãe ficar triste por agora passar o Natal longe de mim. Aí, Sara resolveu trazer minha mãe e Phil pra passarem o Natal aqui com a gente.

Confesso que não esperava por essa surpresa dela. Foi algo tão lindo da parte dela pra mim. Jamais ia esquecer isso.

—Você não existe, Sara.

Eu fui até ela e a abracei apertado e tirando-a do chão.

—Obrigado mesmo por esse presente! - Agradeci num sussurro e dando um beijo nela. Não demorou mais que uns dois segundos pra nós ouvirmos um pigarro alto e conhecido atrás da gente. Era o meu sogro e seu ciúmes de sempre.

—Já chega de agarramento e beijo, não é?

Nós sorrimos enquanto minha sogra comentou um: "Você não dá um refresco, não é homem?".

Acho que o dia que Otávio der um "refresco" vou até estranhar.

Ia apresentar minha mãe e Phil para os pais de Sara, mas descobri que eles já conheciam o pai de Sara, porque este junto com minha namorada foram apanhá-los anteontem no aeroporto.

—Vocês estão aqui desde anteontem?

—Sim!

—E que horas chegaram?

—De manhã.

Assim que minha mãe disse isso, eu olhei pra Sara e esta me sorriu entendendo bem que saquei a situação. Tinha sido essa razão pela qual minha namorada vetou minha ida com ela e o pai ao centro anteontem de manhã. Eles dois tinham indo buscar minha mãe e Phil no aeroporto, e não queriam que eu soubesse pra não estragar a surpresa.

—E onde vocês estão hospedados?

—Numa pousada aqui pertinho.

—É a pousada de um amigo meu. - Otávio contou. Em seguida, ele disse que minha mãe e o namorado dela hoje ficariam hospedados ali na pousada deles, pois tinha um quarto sobrando de dois hóspedes que foram embora mais cedo.

Eu achei muito bom que eles ficariam aqui. E pelo que pude notar meu sogro parece ter se dado muito bem com minha mãe e Phil.

Os hóspedes e outros convidados foram chegando conforme o horário naquela noite foi avançando. O quintal da pousada ficou cheio de pessoas.

—Seu pai e minha mãe se deram bem juntos. - Comentei com Sara enquanto víamos os dois de conversa junto com Phil que estava ao lado da minha mãe.

—E eles se deram mesmo, tá? Inclusive, o meu pai levou os dois pra conhecer a cidade. E quer saber de um segredo?

—Quero!

—Meu pai foi só elogios de você a sua mãe.

—Mentira! - Olhei pra Sara com olhos arregalados, não acreditando naquilo. Meu sogro pagando elogios pra mim a minha mãe.

—Juro por Deus, Grissom, que é verdade. Depois pergunta pra sua mãe.

Ah, eu ia mesmo perguntar!

—E o que ele disse a ela à meu respeito?

Agora eu tava curioso pra saber aquilo.

—Ah, Tia Beth me disse que ele falou que você é um bom rapaz, respeitador e direito. E mais outras coisas, que eu não vou ficar repetindo. Depois pergunta pra sua mãe que ela te conta também.

—Tá! - Sorri e olhei para o meu sogro que ria junto com minha mãe após Phil dizer algo. Eu mal podia acreditar que meu sogro falou bem de mim. Otávio era complicado de entender. Mas acredito que lá no fundo ele já goste de mim, mais até do que eu imaginava e do que ele deixa transparecer.

A festa seguiu animada e boa. Carl era o DJ improvisado da festa e colocava só músicas boas e agitadas pra ninguém ficar parado. Sobre a piscina foi colocada uma proteção de vidro e luzes, fazendo dali a pista de dança.

—Sabia que esse tá sendo o melhor Natal pra mim? Graças a você. Obrigado, Sara.

Eu tinha a melhor namorada do mundo!

—Não tem de quê, quatro olhos!

Ela piscou pra mim, socou meu braço e sorriu.

Faltava pouco minutos para a meia noite, quando o pai de Sara reuniu num canto somente a família e os convidados mais chegados dele.

—Meia noite já tá quase aí e eu queria dizer umas poucas palavras a vocês. Prometo que vou ser breve.

—Vai lá seu Otávio diga seu discurso. Mas seja breve mesmo!

Todos ali rimos de Carl ao dizer aquilo.

—Serei, Carl. Bem... Ano passado essa data pra mim e minha família foi difícil, tanto que nós nem comemoramos. Foi o primeiro Natal que não fizemos nada, porque foi o primeiro Natal sem a família estar completa, por conta da perda de Sean. Na verdade nossa família nunca mais estará completa, pois sempre faltará o meu filho. Mas acho que temos que tocar a vida em frente. O luto vai estar dentro da gente, assim como a saudade e a dor da perda. Só temos que saber conviver com isso. E acredito que onde quer que meu filho esteja, ele ia gostar da família dele feliz e comemorando essa data que ele tanto gostava. Natal pro Sean era a data mais importante do ano depois do aniversário dele. E quero dedicar essa nossa festa ao meu filho. E também quero, agradecer a presença de cada um de vocês, meus amigos queridos. E principalmente, agradecer a presença do meu... Genro e a família dele. - Eu sorri surpreso diante dessas palavras de Otávio. Não estava esperando aquilo. _Eu perdi um filho, mas ganhei um ótimo genro. Não que um substitua o outro. Longe disso! Mas o meu genro é um rapaz muito bom, tão bom quanto o meu filho era. Grissom, eu sei que não tenho sido um sogro legal e tenho implicado bastante com você, mas quero que saiba que gosto de você, rapaz. Do meu jeito, mas eu gosto. Você tem feito só bem a minha filha. Ela tá feliz como há tempos não via e isso é o mais importante pra um pai: ver a filha sempre feliz e com um sorriso nos lábios. Quando você for pai vai saber disso e entender a minha razão de implicar com você, como eu te disse ontem no nosso papo ali perto da cerca. Lembra? - Assenti positivamente pra ele com um sorriso. _Você é um rapaz de ouro e excelente filho, segundo sua mãe me contou. Continue assim sempre e fazendo a minha menina feliz. E eu já falei demais! Um feliz Natal a todos!

Meu sogro finalizou seu discurso ali e  erguendo sua taça deu início ao brinde de Natal. Os fogos de artifício colorido começaram a iluminar o céu logo em seguida enquanto nos cumprimentávamos e felicitávamos uns aos outros pelo Natal. Cumprimentei a todos e deixei meu sogro por último.

—Feliz Natal, Otávio! - Estendi a mão ao meu sogro e este segurou sem demora a minha mão. E depois nós trocamos um longo abraço. _Obrigado pelas coisas que disse sobre mim. Eu não esperava!

—Eu sei que não. E não precisa agradecer, pois eu só disse a verdade. Sua mãe tem muito orgulho de você e quer saber? Até eu tenho um pouquinho de orgulho de ter um genro como você. Sei que vai respeitar minha filha sempre.

—Se é assim, então acho que agora vai me dar um pouco de refresco com a sua filha, né?

—Se "refresco" é eu te deixar ficar sozinho no quarto com a minha filha ou permitir que fique de agarramento com ela pelos cantos da casa. A resposta é: nem pensar, rapaz! - Ele sorriu pra mim com ironia e saiu dali.

Sorri dele e balancei a cabeça. Meu sogro é uma figura. Quando vejo que progredimos alguns degraus, ele me mostra que regredimos outros tantos.

—Ei, quero dar um presente pra você!

Me virei pra encontrar minha namorada postada atrás de mim.

—Ah, eu também quero te dar um presente.

—Então vamos sair daqui. Vem!

—Pra onde?

—Não pergunta e vem!

Sara saiu me puxando pela mão pra dentro da pousada. Subimos às escadas e entramos no quarto de Sara.

—Toma! - Ela me estendeu um embrulho. _Espero que goste.

Abri o presente e encontrei um livro de Biologia. Inclusive, era o mesmo livro que eu queria comprar. Mas na livraria em Vegas tava em falta e sem previsão de chegada.

—A moça da livraria me disse que esse é o mais moderno e utilizado nas universidade. Tem os principais ramos da biologia incluindo o que você quer se especializar.

—Entomologia!

—É!

—Puxa, Sara! Esse livro é sensacional! Eu tava atrás dele. Muito, obrigado.

—De nada! Mas abre que na contracapa tem uma dedicatória.

—Tem é?

Ela assentiu e eu então fiz o que ela disse. No verso da capa do livro, eu li:

"Para o namorado mais nerd que eu já tive!

Com amor, Sara! "

Sorri e olhei pra ela que também sorria.

Sem dizer mais nada, eu abracei minha namorada e lhe dei um beijo longo e demorado.

—Acho que fui feliz no presente.

—Muito! Eu tô até me sentindo um pouco mau, pois você me deu essa noite dois presentes sensacionais. E eu te comprei apenas um presente simples.

—Você tá aqui e passando o Natal comigo já é um presente sensacional, quatro olhos.

Ela socou meu braço e nós sorrimos juntos, depois trocamos outro beijo, sendo este mais rápido e curto que o anteriormente trocado.

—Eu te amo muito, sabia?!

—Eu também te amo muito, seu nerd. E quero o meu presente. Vai. Cadê?

Eu sorri e disse a ela pra vir comigo até meu quarto. Nós seguimos então até o cômodo onde eu dormia. E da gaveta do criado-mudo, eu peguei um embrulho pequeno e estendi a Sara.

—Isso não é camisinha, é?

—Só se for pro seu pai ver isso e me escorraçar daqui a ponta pés.

A gente riu do que eu disse.

Sara terminou de abrir o embrulho que lhe dei e tirou de dentro dele a caixa de veludo que continha o seu presente, um lindo anel de compromisso.

—O que é isso? Você tá me pedindo em casamento?

A cara de espanto dela era visível e engraçada.

—Não... Ainda! - Respondi. Num futuro mais pra frente, sim. Eu pretendia pedi-la em casamento, mas agora não. Somos jovens demais pra isso. _Isso é só um anel de compromisso, que namorados usam.

—Você também vai usar um desses ou somente eu que usarei?

—Eu também vou usar um desses.

—Mas eu só tô vendo um anel aqui. Cadê o outro?

Eu tirei do bolso o outro e mostrei a Sara.

—Tá aqui o meu.

Um colocou o anel no dedo do outro e depois trocamos um outro beijo longo e apaixonado. Tão apaixonado que tive até que interromper ou do contrário, a gente ia acabar indo muito além daquele beijo ali.

—Hum... Sara... Acho melhor pararmos por aqui e voltarmos pra festa, antes que seu pai nos pegue aqui.

—Tem razão. Vamos!


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Notas finais do capítulo

Ana, você acertou qual seria o presente do Gil. Parabéns.

E Otávio, hein? Surpreendeu vocês com o que disse do Gil?

Ele gosta do genro e deixou claro isso nesse capítulo.

Um beijo e até o próximo capítulo.



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