True King escrita por Bee


Capítulo 11
10 - The Wall


Notas iniciais do capítulo

Hallo ♥ Tudo bem 'cocês?

Voltamos com um capítulo novo fresquinho, mas adivinha, ainda não é sobre o Jon haha Mas quem não ama Jeor Mormont e o Meistre Aemon? ♥ ♥ ♥

O título do capítulo significa: "A Muralha".

No próximo mataremos a saudade do nosso rei ♥

Até mais!



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A corneta soou uma, duas vezes. O claro aviso de que os selvagens estavam ali.

Jeor prendeu a respiração por um breve momento. Tinham que agir agora. Tinham mais de 500 homens, todavia isso não era nem de perto o suficiente. Os selvagens atacavam com seus gigantes e mamutes, além de serem uma grande tropa.

O vento soprava forte do leste, tão forte que a pesada gaiola balançava sempre que uma rajada a apanhava em seus dentes.

— Aí vêm as nossas flechas para o café da manhã — anunciou Pyp alegremente. Lorde Comandante não conseguia entender como aquele maldito conseguia sorrir numa situação destas.

Ao chegar em cima da muralha, o Velho urso é quase atingido por uma flecha, – que por sinal é maior do que qualquer flecha convencional - um dos irmãos é atingido, bem no peito e acaba caindo.

Se a flecha não o matou, o tombo o fez, era assim todas as vezes que os selvagens atacavam. Mortes e mais mortes.

A única diferença é que dessa vez eles não estavam nem um pouco preparados. Depois do sumiço do primeiro patrulheiro – Benjen Stark -, nem um dos homens arriscaria sua pele para-lá-da-muralha.

O corvo que sempre ficara em seu ombro há muito voara assustado.

— O que faremos? — Sor Allister perguntou, gritando contra o vento.

Jeor Mormont não era homem de ter medo, mas todos os pelos de seu corpo estavam arrepiados de pavor. Os selvagens eram mais de cem mil, eles menos de mil. Como enfrentariam aquela ameaça?

— Os barris! — Mormont gritou — Ateiem fogo aos barris de bebida. Usaremos as nossas catapultas, jogaremos nos selvagens. Impeçam todos eles de subir na muralha!

Os homens gritaram de volta em concordância. Jeor estava agora no topo, observando. Os patrulheiros atearam fogo ao primeiro barril e atiraram-no. Este deu em cheio num gigante e nos que estavam ao seu redor, mas não fez estrago o suficiente.

O Lorde Comandante sacou a espada, pronto para receber qualquer um que escalasse a muralha, enquanto isso ordenava aos arqueiros a defesa total do topo.

Bolas flamejantes voavam nos selvagens, derrubando turbas e multidões. Os arqueiros também esforçavam-se. Todavia, a diferença de exércitos ainda estava grande.

Jeor viu de cima um gigante se aproximar da porta do Castelo com um tipo de aríete rudimentar.

— Mande homens para baixo, para defender o portão — Orientou Sor Allister — Trate que eles saibam que aquilo é a única coisa que agora nos separa do Povo Livre.

Allister assentiu e correu dali, levando os melhores espadachins que conhecia. Jeor chamou então Samwell Tarly. O rapaz era gordo e desengonçado, de nada servia ali.

— Eu quero que você desça e permaneça junto com Meistre Aemon, certo? — Orientou. O rapaz concordou e voltou para o elevador, indo em direção ao Meistre da Patrulha da Noite.

Em todas os lugares abrangidos por Castelo Negro, os patrulheiros enfrentavam problemas.

Sor Allister e quinze bons homens tentavam conter a porta. Um gigante de força descomunal tentava derrubá-la, mas se isso de fato ocorresse, estariam perdidos.

Samwell Tarly estava com Meistre Aemon na sala, alheio a toda a batalha, mas ciente das previsões sombrias de um velho homem sábio.

— Chegará o tempo — Meistre Aemon dizia — Onde o inverno será o inimigo. E pode ser em breve, daqui alguns meses, ou talvez anos. Ou talvez possa ser amanhã.

O Velho Urso começava a ter esperanças conforme conseguia ver a diminuição no exército inimigo. Os selvagens pareciam recuar aos poucos, mas também vinha com isso outra preocupação – os barris estavam acabando e junto com eles toda proteção que tinham.

— Coloque fogo nas flechas, queime e atire toda madeira que encontrar. Precisamos fazer com que Mance Rayder recue — Explicou para Ed Doloroso.

Haviam selvagens escalando a muralha, mas os arqueiros os retardavam, com astucia. Naquele momento Jeor observava preocupado, a espera de ter que usar Garralonga, já empunhada. 

— Devíamos ter homens lá, lutando contra eles — Pyp disse.

— Diga-me senhor estrategista, você iria lá embaixo, sabendo do pouco treinamento que tem, lutar contra selvagens experientes, com armamento pesado e gigantes? — Pyp calou-se e seu sorriso, ainda intocado pela batalha, sumiu. Jeor continuou — Nossa melhor chance é impedi-los de cruzar a muralha e esse é nosso único trabalho.

A batalha se estendeu por mais algumas horas. O barulho era ensurdecedor, mas os selvagens, que não possuíam estratégia nenhuma, estavam sofrendo grandes baixas. Também homens da patrulha da noite caiam perante as flechas descomunais do inimigo.

Até que, quando os selvagens notaram que naquela noite ninguém invadiria aquela muralha, recuaram para se recuperar.

O velho Urso suspirou aliviado. Por hora, pelo menos, poderia descansar e remontar suas armas e guarnição. Os seus homens urraram de alivio, mas Mormont permanecia preocupado.

Desceu para ver Meistre Aemon. Samwell estava com ele e Aemon o estava ensinando a identificar tribos do povo livre. Jeor pediu que ele se retirasse e logo ele e o velho senhor estavam sozinhos na sala.

— Como foi a batalha? — Aemon perguntou de costas para Jeor. Este soltou um suspiro cansado.

— Difícil, porém não tanto como os problemas que ainda virão — Retorquiu, o semblante desesperado — Alguém respondeu as cartas que enviamos?

Algumas voltas de lua antes, Benjen Stark sumira. Jeor e Samwell Tarly adentraram apenas um ponto para Além-da-Muralha, a sua procura. Nada encontraram a não ser um cadáver congelado.

Trouxeram-no para Castelo Negro porque não estava vestido como selvagem. Todavia, ele não ficou morto por muito tempo.

Meistre Aemon identificara aquele sinal como a volta da Longa Noite. Jeor Mormont não podia discordar dele.

— Apenas uma carta voltou do sul — O Meistre revelou de modo enigmático.

— De quem? — Jeor perguntou ansioso. A resposta o afligia – podia significar ruína ou salvação.

— De alguém que se declara rei legitimo de Westeros, de uma linhagem extinta, que tem dragões — Jeor franziu o nariz perante aquela resposta.

— Está falando da garota Targaryen além-mar? Achei que não tínhamos enviado nada para ela.

Meistre Aemon se virou para ele e sorriu.

— Não para Daenerys Nascida da Tormenta. Para Jon Targaryen, filho legitimo de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen.

— Ele também tem dragões? — Jeor questionou, interessado.

— Tem sim, eles podem vir a ser ainda maiores do que os dragões da jovem filha de Aerys — Aemon explicou — Fogo mata Outros. Precisamos de ajuda do sul e recebemos esta única resposta.

— Jon Targaryen virá mesmo em nosso auxilio?

— Leia você mesmo — Aemon lhe entregou uma carta.

De Jon Targaryen, declarado rei,

Recebi sua carta e seu apelo por ajuda. Estarei em breve indo em direção a Muralha averiguar os fatos e, se a situação for deveras tão preocupante e verdadeira quanto parece, lutaremos contra isso. Afinal, não haverá trono para se governar se não houver reino.

Até breve.

— Um rei que ainda se importa — Disse Jeor, uma sombra de sorriso aparecendo no rosto velho e cansado.

— Um rei que ainda se importa — Concordou Aemon — Poderá ele salvar-nos do que os ventos do inverno trazem?

A pergunta ficou sem resposta. Na manhã seguinte, Jeor pode observar por si mesmo quando a neve começou a realmente cair acima da muralha.

O Inverno tinha chegado.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, sugestão ou elogio pode ser deixado nos comentários ♥ Obrigado por ler!



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