Como Um Conto De Fadas escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 1
Capítulo 1




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Draco Malfoy era o Rei da Inglaterra. Porém havia muitos anos em que se encontrava sob uma cadeira de rodas. Um acidente havia comprometido sua parte inferior, transformando-o em um ser completamente carrancudo e lhe dando a fama de rabugento, além de malvado. Sua esposa e filhos faziam de tudo para ele ter qualidade de vida, pagando incansavelmente fisioterapeutas na tentativa de ocorrer um milagre.

Rosalie Weasley era uma renomada fisioterapeuta de uma pacata cidade da Inglaterra. Era famosa por suas habilidades, sendo contratada pelo time de futebol local parar ajudar os jogadores lesionados. Com isso, criou fama por todo o país, sendo bastante reconhecida. Não inteligente e talentosa, possuía uma admirável beleza. Seus longos cabelos ruivos contrastavam com sua pele alva e sardenta. Encantava qualquer um só de olhar.

Não era novidade sempre estarem trocando de especialista no palácio, visto que o rei sempre arrumava confusão com todos. Já cansados daquela situação, decidiram recorrer a uma medida desesperada. Rosalie era a única que não haviam tentado ainda, porém parecia que a garota queria distância da capital, visto que não havia respondido os três e-mails mandados.

A garota apenas aceitou após muita insistência de seu chefe.

Scorpius Malfoy era o príncipe regente. Assim que seu pai morresse, ele assumiria o trono. Por esses motivos, era muito influente no país. Ele praticamente já governava. Era ele quem fazia acordos, contratos, apenas precisa da confirmação de seu pai. Ele era um jovem alto, de pele alva. Corpo musculoso, cabelos quase brancos. Seus olhos cinzas encantavam qualquer moça. Ele era bonito e sabia disso, além de uma inteligência quase rara. Possuía uma noiva: Kassidy McCain. Era filha de um renomado empresário e estavam prometidos um ao outro desde seus dezessete anos. Com seus vinte e seis anos, Scorpius era um jovem extremamente rico e poderoso.

Já era noite quando Astória encontrou seu marido, em pleno jantar.

—Boa noite Draco. Suponho que teve um bom dia. – ela tornou-se completamente fria desde que seu marido havia se acidentado.

—Bem, está sendo tão bom quanto os outros, eu suponho. – ele respondeu deveras melancólico.

—O Príncipe não virá hoje. Está em uma reunião de negócios na cidade vizinha. E Daphne está atrasada de novo. – Daphne era a sobrinha dos monarcas. Ela vivia com eles desde que fora abandonada pela mãe, ainda bebê. – Se ela não estiver aqui em três minutos, você pode tirar o lugar dela da mesa.

Não demorou nem trinta segundos para Daphne chegar correndo. Ela era bonita, havia puxado o traço dos Malfoy’s. Faria dezoito anos em breve e logo teria de escolher uma faculdade para estudar.

—Por favor, Daphne. Preda o cabelo. – Astoria falou séria.

Ela não teve escolha a não ser se retirar do ambiente e prender seu cabelo em um rabo de cavalo.

—Desculpe, tia.

—Olá, tio Draco.

—Olá, querida. – Draco parecia mais amável com a garota por perto.

***

—Príncipe Scorpius Hyperion Malfoy... acho que não é uma coincidência você estar no mesmo avião que eu.

—Creio que não, senhor Riddle.

E realmente não era uma coincidência. Tom Riddle o evitava a semanas a fim de rejeitar sua proposta de venda, mas ele não sabia que o príncipe era muito persistente. Fora preciso embarcar em um avião para uma outra cidade afim de abordar o Senhor.

—Escute, filho. Eu não vou vender o meu Palácio que está na minha família a mais de seiscentos anos para você, em um voo de cinquenta minutos. Isso requer horas de negociação. Não vai me prender aqui até eu aceitar a oferta.

—O senhor já está preso em outro lugar. Nossa oferta irá salva-lo. – Scorpius não media esforços para conseguir o que queria. – Olhe, nós não precisamos conversar sobre isso aqui. Apenas dê a sua palavra de que vai pensar sobre o assunto e irá me receber na semana que vem.

Tom Riddle não pode contestar. Ele realmente precisava do dinheiro para pagar suas dívidas ou então iria ser preso. Por mais que doesse a perda de um bem tão precioso, sabia que estaria em boas mãos.

***

—Nova fisioterapeuta? Eu não preciso de uma nova fisioterapeuta!

—Não adianta discutir, Draco. Ela chegará depois de amanhã.

—Já foram quantos mesmo, Astória? Quarenta? Quarenta e dois?

—Eu sei que ninguém tem ficado por muito tempo. Talvez ela nem queira ficar conosco, mas você precisa ao menos tentar, querido.

Após um tempo em silencio, Draco apenas perguntou emburrado:

—Como é o nome dela?

—Dra. Rosalie Weasley.

***

Já era de noite quando Rose chegou em casa. Pegou a família na hora do jantar.

—Deus, abençoe todos nessa casa. –começou sua avó, Molly Weasley. – O Senhor sabe de tudo. Não há necessidade de ser formal com você. – todos na mesa já se entreolhavam, cautelosos. – Tudo o que eu quero é que Rose encontre um cara e então finalmente arranje um namorado. Ela já tem vinte e três anos, nunca namorou. Eu quero bisnetos, Senhor. E se ele for da família Real será melhor ainda! – Rose já revirava os olhos de tanta indignação nesse momento.

—Então, Senhor: nunca preste atenção nela! – Rose completou furiosa.

—Quieta, Rose. Você precisa comer e ir preparar suas malas.

***

Num lugar bem distante dali, Scorpius e sua noiva Kassidy McCain estariam num jantar romântico se não fosse pelo tom de negócios que usavam. O objetivo deste encontro era marcar uma data adequada para o casamento deles.

Os dois estavam vestidos elegantemente, enchendo os olhos de qualquer um que passasse pelo local.

—Setembro me parece bom. – Scorpius disse após tomar um gole de seu café. - Os planejadores estarão chegando na próxima semana.

—Scorpius? Não disse que estaria aqui. – u rapaz alto e moreno disse se sentando na mesa e interrompendo o casal.

—Oi, sou Albus Potter. – disse apertando a mão da mulher.

—Albus estudou comigo desde a quinta série. Al, essa é a Kassidy, minha noiva.

—Meus parabéns, Kassidy. Você está se casando com uma máquina de negócios.

—Al... – Scorpius revirava os olhos para as declarações de Abus.

—É sério. Ele é um fracassado. Apenas agarre ele com unhas e dentes e se case logo, ou vai acabar virando um solteirão como o meu pai. É sério, não ria. Eu sou o único erro do meu pai.

—Certo...

—Mas falando sério, Scorpius. O que você ai fazer se ela fugir? Quer dizer... você tem seus negócios. Mas sozinho e solitário aos setenta e cinco anos... É difícil.

Kassidy ficava desconfortável a cada segundo, não negando que se sentia um pouco apavorada também.

Após alguns minutos, Albus saiu da mesa desaparecendo de vista.

—É mentira dele, Kas. O Sr. Potter não é um solteirão e ele muito menos é o maior erra d vida de seu pai. É tudo apenas graça.

***

—ROSALIE WEASLEY! Não pode ser solteirona para sempre. Você é famosa! Ao menos não podia se interessar por algum jogador? Você vive com eles, não é como se você fosse feia. Você é linda e atraente.

—VOVÓ, FICA QUIETA!

—Mãe, você já está exagerando um pouco. Deixa ela. – Roald se manifestou pela primeira vez naquela conversa.

—A verdade vovó, é que Rose afugenta os rapazes, e eles fogem dela. Será que você não gosta de meninas? - Hugo cutucou apenas para ver a irmã irritada.

—Tenho certeza que se ainda não foi um jogador de críquete, será da realeza... – Molly resmungou baixinho. - Senão, você pode s casar com algum médico chato, e então eu não vou assistir a essa união! – Vovó Molly fazia drama novamente.

—Vovó... o príncipe é quase da mesma idade do pai. – ela não poderia estar mais enganada. – e além disso, não estou interessada em rapazes agora. E ninguém se interessa por mim. – esse era um assunto delicado para a garota.

Ela já havia perdido a conta de quantas vezes havia sido trocada. Os motivos sempre eram os mesmo: por não segurar sua língua e falar mais do que devia, não realizar formalidades, não ser tão educada...

—Foi apenas uma má fase querida... –Hermione tentou ajudar.

***

—Vovó por favor me escute: o Rei é velho e casado. Não vou arranjar um namorado lá vovó. Sim, eu estou bem. Eu pequei o voo errado e acabei chegando um dia mais cedo. Aviso quando chegar. Tchau vovó. – Rose enrolava sua avó no telefone enquanto se dirigia para o palácio.

O espanto quando chegou não deu para ser disfarçado. Era um lugar enorme e muito bonito. Os jardins mais bem cuidados que já havia visto, com pavões albinos e coloridos passeando perto de fontes, mostrando toda a sua beleza.

Rose tirava uma foto do Palácio quando ouviu alguém resmungar por perto.

—Até você está crescendo velha, minha amiga.

Chegou perto a tempo de ver Draco conversando com uma roseira. Desse modo ele não parecia tão rude.

—COMPLETAMENTE ERRADO SENHOR! Um homem envelhece em sua mente, não em seu corpo. – disse Rose parando ao seu lado em um pulo.

—Quem é você? – Draco estava espantado com sua presença.

—Dra. Rosalie Weasley.

—Ah, é você. A quadragésima fisioterapeuta...

—Eu posso? - a garota nem esperou resposta: abaixou-se e começou a analisar os pés do Rei, como todo paciente seu.

—O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? SOLTE OS MEUS PÉS!

—Me desculpe...

—LEVEM-NA ATÉ ASTÓRIA IMEDIATAMENTE!

—Tenha um bom dia, senhor...

***

Rose definitivamente era muito destrambelhada.

Havia sido recomendado que sentasse para esperar a rainha, porém percebeu uma armadura encostada no canto da sala, e resolveu tirar um fotografia. Porém algo não deu certo no processo e a menina derrubou a armadura no chão. Justamente quando a Rainha entrava na sala.

—Que bela recepção, Rose... – resmunou consigo mesma.

—Olá! Sou a Dra. Rosalie Weasley!

—Astória... – a rainha não tinha outra reação a não ser pedir para u criado ir levantar a armadura.

—Como isso é pesado. Como alguém pode usar isso?

—Isto está na nossa família a mais de quatrocentos anos...

—Aquela coisa velha? Por acaso vocês não tem coleta de lixo aqui?

—Péssima piada. Por favor, mostre o quarto da Dra. Rosalie. Ela deve estar cansada.

—Eu estou.

—O jantar é as oito em ponto. Não se atrase. – Astória ia saindo da sala quando...

—TIA!

—Por favor, me chame de Sua Alteza... – disse destilando veneno

—Sua Alteza, os seus saltos são grandes demais para a sua idade. Use chinelos em casa para não prejudicar sua coluna.

—Com licença...

Astória saiu do recinto completamente ultrajada por ter sido chamada de velha.

***

Rosalie havia conseguido se atrasar para o jantar. Era muito raro alguma comida informal surgir na mesa de jantar do Palácio, e Rose teve a sorte (ou não) de ter chegado nesse dia. Todos estavam a sua espera. Já havia se atrasado dez minutos para a refeição quando chegou agindo como se nada houvesse acontecido.

—Desculpe pelo meu atrasa, Rei, Rainha. Olá! Eu sou Rose. – disse sentando-se ao lado da garota mais nova, estendendo sua mão.

—Daphne.

O seu comportamento chamava a atenção de todos: além de estar mascando chiclete em plena mesa de jantar, a garota dispensou o uso de talheres na hora de comer.

—Rosalie? Não vai utilizar o garfo e a faca?

—Pizza não se come de talher, se come com as mãos!

A Rainha estava mais do que furiosa, enquanto Draco se divertia com a garota, por mais que não demonstrasse.

—Vocês são tão formais à mesa...

E para completar a desgraça, sua avó ligou durante o jantar. Astória só faltava esganar a garota de tanta raiva.

—Então, Daphne. Você tem um namorado?

A pobre Daphne chegou a se engasgar com a pergunta. Rose já havia percebido que quase não existia conversa entre aquela família. Ela não estava acostumada com isso.

—Não, não tenho. Me desculpe.

—Você está falando sério? Quando eu tinha a sua idade, eu tinha dois. Mas na verdade, eu só estava um pouco confusa...

—Dois?! – Draco havia arregalado os olhos com tal incredulidade.

—Daphne está se preparando para Oxford, não pode haver distrações no momento. E, Dra. Rosalie, nós não conversamos enquanto comemos. – Astória esperava que a garota entendesse o recado e ficasse de boca fechada.

—Me desculpe. É que pensei em como tocos vocês estavam ocupados o dia inteiro, e que o jantar fosse o único momento em que pudessem conversar.

—Por favor, Dra. Silêncio.

***

—Vovó, como o paciente vai melhorar vivendo num ambiente desses?

Ser já estava sem eu quarto, de banho tomado e com seus pijamas fofinhos enquanto conversava com sua avó.

—Calma, minha querida tudo vai dar certo. Agora preciso desligar, Hugo está reclamando que quer usar o telefone. Boa noite, minha Rosinha.

Rose definitivamente não estava nada bem. Previa que teria mais trabalho do que o normal naquele caso, e só existia uma coisa que poderia acalmar seu ânimos:

—Chocolate.

Scorpius havia chegado somente aquela hora de seu encontro com Kassidy. Ele sabia que já estava tarde, por isso tinha como intenção somente avisar seus pais pela manhã. Foi direto para o seu quarto, afim de se livrar daquele paletó. Rose saiu do quarto indo em direção à cozinha, atrás de chocolate. Usava seus fones de ouvido bem altos, assustando-se quando a luz do recinto foi apagada bruscamente.

—Também há corte de energia por aqui?

Finalmente encontrou o que procurava e voltou para o seu quarto. Quer dizer, o que julgava ser seu quarto, já que com o corte de luz e a música alta, não prestou atenção para onde ia, indo parar em um outro quarto.

O quarto de Scorpius.

Já era tarde demais. A garota entrou e foi se deitar na cama. Estava embaixo das cobertas quando sentiu algo afundando no colchão ao seu lado. Não seria nada demais se não tivesse começado a puxar seu lençol. Coisa que ela puxou de volta, e ele também. Ficaram nesse joguinho até se tornar violento e perceberem que tinha algo de errado.

Scorpius pensou que seria um ladrão em seu quarto. O que seria ilógico, já que se ele estava lá para roubar, porque só puxava seu lençol? Num ato de coragem, encostou a sua mão no rosto da garota, gritando:

—LADRÃO!

Consequentemente ela se assustou e gritou, pulando em cima do homem, armada com um travesseiro, justamente na hora em que a luz do Palácio voltou.

Ele apenas encarou a garota com seu pijama fofo e infantil sob sua cama, enquanto ela tentava não babar no Príncipe sem camisa e sarado, comente com uma calça de moletom parado na sua frente.

Até que o ladrão é bonitinho...”  - ela também havia pensado ser um meliante.

Como eu pude bater nela?”

—Quem é você? – perguntaram juntos.

—Você quem entrou no meu quarto, garota!

—Seu... – Rose começou a andar pelo ambiente, estranhando tudo. – Esse não é o meu quarto... Mas quem é você então? – perguntou confiante.

—Scorpius Hyperion Malfoy. – disse aproximando-se dela. – FILHO DE Draco Malfoy.

—Oh, o Príncipe...

—E quem é você?

—Ah, Dra. Rosalie Weasley, a nova fisioterapeuta do Rei. O seu quarto não é esse, já pode ir.

—Sabia que você não se parece nada com u príncipe?

‘Droga, Rose.”

—Ah é? O que deveria estar estampado na minha cara então?

—Flertar com uma garota no meio da noite não parece uma atitude de um príncipe.

—E chegar na cama dos outros no meio da noite batendo nele também não parece uma atitude de uma médica.

Ele havia pegado ela nessa.

—Certo, boa noite então

Ela já estava perto da porta quando avistou um porta retrato de Kassidy.

—Uh, sua namorada?

—Dra. Por favor. Já são meia noite e eu quero dormir. Se não se importa...

—Ela é bem bonita.

‘Esnobe’

—Então, do que eu chamo você? Príncipe, Majestade Júnior, Scorp...? Scorp é muito bom.

—Dra.?

—Sim?

—Vá embora agora.

Ele realmente não tinha paciência com a garota

—Tudo bem. Boa noite, príncipe.

—Boa noite.

Scorpius sabia que ela definitivamente seria um problema.


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