Não era mais caçado, não mais perseguido por aqueles que consideravam a sua vida algo estimado. Mas ainda havia a memória marcada em sua pele, essa que lhe doía com o toque de magia e de seu amado sob essa, menos torturante, mas aceitável para suportar de qualquer forma. 

Não negligenciava o que representava aquele mago ao seu lado, o que Hawke se mostrava e todo o amor que dava a Fenris, a paixão que sentia por ele mesmo sendo um elfo e ex-escravo, alguém de Tevinter.    

Mesmo que os fantasmas do seu passado encoberto e sem memórias o rondasse, Fenris viu um fantasma pior do que o antigo "mestre". Viu o fantasma de seu amor morto por erro de outros, por uma responsabilidade que ele não era o responsável, mas se considerava. 

Varric conseguiria levar tudo na brincadeira e soltar algo engraçadado para aliviar a tensão no lugar, mas Fenris não tinha muito para se agarrar ou amar como amava a Garrett. Soava a um exagero, mas Fenris quase se viu ser engolido pela ausência e o fantasma de sua própria consciência lhe rondando de como ele era estúpido. 

Se viu invadindo a Fortaleza do Céu em seus pensamentos para matar o Inquisidor, mas recebeu a carta de Varric que poderia acalmar suas emoções e desejo de vingança. Que a morte mesmo que ao encalço de Hawke, não lhe arrancava um pedaço da pele. 

Fenris não mais se deixaria atormentar por fantasmas.