Feliz Aniversário escrita por LizAAguiar


Capítulo 3
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas....Como tem passado?
Foi mals o atraso, mas infelizmente as semanas de provas existem, não posso fazer muita coisa quanto a isso u.u
O máximo que posso fazer é continuar escrevendo quando dá XD

Tenham uma boa leitura ^^



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Vamos, sua tapada! Você gosta da Reyna. Você quer foder com ela!

Percy havia sorrido amarelo e dito que Annabeth estava bêbada demais enquanto a levava para o andar de cima, — não que precisasse de explicação, as únicas vezes em que ouvira um palavrão da boca da loira fora quando o álcool estava envolvido.

Piper continuou na varanda do hotel fazenda, — que a horas atrás achara que fosse o campus rural da faculdade, — em choque, até Jason vir ao seu encontro e leva-la para casa.

Agora, escovando os dentes em seu banheiro: ainda não sabia o que pensar daquilo.

No final de sua festa surpresa, — aquela informação também tinha demorado a ser entendida por seu cérebro, — olhando para o céu limpo e sem todo o barulho que seus amigos eram capazes de fazer, — Léo que o diga, — foi impossível não pensar que aquilo não respondia todas as suas perguntas, a intuição berrava em seu ouvido: ainda tinha algo oculto.

Apenas isso que dissera a amiga quando ela se sentou ao seu lado.

"Pelo amor de deus, eu nem fiz nada para você ficar irritada comigo!"

Provavelmente a loira deveria estar com algum problema: quando Annabeth Chase estava irritada o alvo de sua frustração não era importante.

Lavou o rosto para despertar e saiu do banheiro, seus ouvidos captaram uma movimentação na cozinha que só poderia ser de uma pessoa, andou até lá se espreguiçando, resolver seus problemas com a namorada de Percy não era uma prioridade no momento.

Tinha outra relação para salvar.

O cheiro característico de chocolate empesteava o recinto, Reyna estava na frente do fogão mexendo uma colher de pau na panela, na pequena mesa no centro da cozinha se encontrava um pote com morangos lavados e sem o talo, surrupiou um deles enquanto estudava sua colega de apartamento.

Piper nunca diria ser uma cozinheira de mão cheia, mas para alguém que não comia carne e queria evitar anemia era imprescindível que soubesse alguma coisa, Reyna só visitava a cozinha para esquentar o resto de pizza no micro-ondas, exceto quando o assunto eram doces.

— Sério que você está fazendo fondue essas horas da manhã? — Gostaria de tê-la visto soltar um gritinho, pular ou ao menos reclamar do susto, entretanto apenas soltou um riso suave, sua colega de apartamento era a prova de surpresas.

"A primeira vez que consegui assustar você foi quando a minha irmã estava dando chocolate na sua boca."

Respirou fundo, estava muito cedo para ficar irritada com Drew.

— São três da tarde, dorminhoca. — A graça na voz dela a fez sorrir, Reyna continuou a mexer seu doce pós-prova encapetada. Pegou mais um morango, analisando-a por inteiro.

O short jeans e a regata branca eram roupas que ela só usava em casa, o mesmo valia para o coque frouxo e displicente, os pés descalços a deixavam ainda mais casual, a faixa do avental azul estava anormalmente solta.

— Como foi sua prova? — Indagou andando até ela, apoiando as mãos na mesa, Reyna não respondeu de imediato, tapou a boca para não rir, isso queria dizer que a nota sairia acima de sete.

— Eu não sei. — Nove, no mínimo.

"Você é muito CDF."

Piper adorava sua faculdade e era esperado que a maioria das pessoas gostassem do que tinham escolhido, mas sua colega de apartamento era tão exagerada, caso não tivesse em desempenho próximo da perfeição era como se tivesse fracassado, sempre que a questionava sobre todo aquele empenho Reyna respondia simplesmente que estava aproveitando todo o conhecimento que lhe era oferecido.

Uma vida é uma vida, sendo de pessoas ou animais, você como vegetariana deve entender isso.

E aquela fora a resposta mais sincera que teve.

— Achei que você iria dormir lá. — Murmurou, concentrada na panela, Piper não soube identificar qual era o seu tom, já que ela fazia um bom trabalho em ser neutra, era quase como se estivesse querendo saber o porquê de estar em casa.

"Está preocupada se correu tudo bem?"

— Como sabe que eu dormi aqui? — Sua voz continha algum divertimento, apenas para tirar sua atenção da pergunta nas entrelinhas. — Quando cheguei fui direto para o quarto, fiz muito barulho? — Reyna apenas deu de ombros, quase conseguia vê-la com a expressão se fechando, pensado como ter sua resposta.

"Não, não está tudo bem e, até o Jason sabe disso."

Piper ainda conseguia sentir os olhos azuis elétricos a encarando intensamente, como se quisessem uma palavra sua, quando ele se virou lhe dizendo que a levaria para casa: soube que era um ultimado, teria que rir do que Annabeth dissera e perguntar se ele não queria passar o resto da noite em um dos quartos do lugar.

Mas ela não conseguiria fazer isso, não queria passar a noite com ele, queria evitar que sua melhor amiga se afastasse o mais rápido possível e olhar feio para a namorada de Percy.

"É óbvio que eu não quero foder com ela!"

Aquilo era uma forma torpe e grossa de se falar, jamais seria assim com uma pessoa que lhe era tão especial, Reyna merecia muito mais que um palavrão que na maioria das vezes era usado de forma pejorativa.

Cortou a pouca distância que as separava e enlaçou sua cintura por baixo do avental, repousando o rosto em suas costas, mordeu o lábio inferior tentando esconder o sorriso divertido que o sobressalto dela lhe rendeu.

— P-Piper... — Reyna parou de mexer a colher, seu corpo ficou tenso e podia jurar que o coração dela passou a martelar com mais vigor. — O q-que...

— Me desculpe. — Apertou-a mais contra si, sentindo a ponta de seus dedos resvalarem na pele quente que a regata não cobria. — Você estava preparando uma surpresa para mim e eu ainda fiquei com raiva. — Sussurrou apertando a orelha em suas costas, atestando a hipótese do coração acelerado, talvez estando no mesmo compasso do seu. — Reyna.

— Oi... — A palavra pareceu ser dita em forma de suspiro, empurrada para fora de sua boca, sorriu, adorando senti-la tão afetada.

— Se você não mexer ele vai queimar. — Sua colega de apartamento demorou a entender a fala, mas voltou a movimentar a colher, ainda tensa e Piper sabia que não diria nada por vontade própria. — Foi por isso que você chamou minha irmã?

— Sim. — O murmúrio foi tão ínfimo que se estivesse um pouco mais longe não a ouviria, o que a fez sorrir outra vez.

Que coisa feia, diz que é a melhor amiga dela, mas não sabe nem do que ela gosta.

"Peste!"

Era por causa dela que estava naquela situação, só passou a se preocupar, — e notar, — o ímã de garotinhas que Reyna era quando Drew resolveu provoca-la, antes disso não havia stress, afastamentos ou ciúme.

Todo começo de ano se resumia em Piper fitar com ódio meia-dúzia de calouras que não sabiam ser discretas, por mais que a postura da Miss Simpatia, — só a chamava assim quando estava no auge de sua cólera, — fosse dura para alguns, sabia que ter uma figura imponente que a tratasse bem em um ambiente estranho era tentadora, — fora o que acontecera consigo, por mais que se negasse em admitir, — e se isso já não fosse o suficiente, Reyna simplesmente se fazia de idiota e fingia não notar.

"Para quem consegue acordar com qualquer coisa e repara em tudo: é impossível que não perceba o quanto elas se matam por você."

Drew era uma peste.

"É tudo sua culpa."

Se Piper tinha virado um pitbull, como todos insistiam em dizer, era por culpa dela, se tinha terminado com o namorado por não responder a uma frase e dormido abraçada com seu gato de pelúcia: era por culpa de Drew.

Se ela tinha percebido o óbvio antes que tudo ruísse era porque sua irmã chata e tarada tinha aberto seus olhos.

"A grosseria da Annabeth bêbada também ajudou bastante."

Tirar seu anel de compromisso, — que não saia de seu dedo a anos, — foi algo esquisito, mas ela sabia que não poderia ser de outra forma.

— Foi lindo, sempre vou agradecer você por essa noite. — Ela se mexeu inquieta, o que não fez com que Piper a soltasse minimamente.

— Não... — A dificuldade dela articular uma frase inteira deveria ser engraçado? — Muita gente ajudou, não fui apenas eu.

— Até o meu avô foi. — Passou a desenhar figuras com o indicador no tecido da regata, se possível a tensão de Reyna aumentou, o barulho da colher na panela evidenciava sua rapidez. — O Léo disse que viria entregar todos os presentes. — Porque eram muitos. — Tinha de todo mundo, mas nenhum seu.

Reyna arfou como se realmente tivesse esquecido do fato.

— Deuses... — Suprimiu o riso, achava tão engraçado a fixação dela de colocar todo tipo de divindades como se um panteão mundial existisse de verdade. — Me desculpe, eu me esqueci totalmente. — Mordeu o lábio inferior para conter o divertimento que o pesar em sua voz atiçava. — Ainda tem algo que gostaria de ganhar?

Era um tanto irritante que sua colega de apartamento achasse que ligava para algo tão supérfluo, mas naquele instante a frase fui muito mais que bem-vinda.

— Tem uma coisa. — Sussurrou de forma tão meiga que até ela se surpreendeu, sua mãe tinha lhe ensinado alguns truques.

— Sim? — Reyna desligou o fogão e fez menção de que teria alguma locomoção, o que a fez ter que apartar dela, se moveu devagar e a contragosto, dispondo-se novamente perto da mesa.

A futura veterinária procurou por uma travessa de vidro nos armários ao lado do fogão e colocou-a na mesa, trouxe a panela e despejou o conteúdo no recipiente, sem em nenhum momento fita-la, Piper passou a olhar as unhas, em um gesto que era a evidência personificada de sua irritação.

"Sua chata."

— Onde está seu anel? — Reyna indagou retirando avental e checando qualquer mancha possível, seus olhos se voltaram para os morangos na mesa.

"Você nunca mancha nada, nem sei porque usa isso."

— No bolso da minha calça. — Não soube exatamente o que fazer com ele. — Jason e eu terminamos. — Mordeu outro morango antes que sua colega de apartamento pudesse tira-los dela.

— Como é? — A indagação murmurada e descrente levou seus olhos até os dela, Reyna a fitava com o movimento de dobrar o avental pela metade, surpresa demais para sequer mover-se. — O que? — Foram necessários dois passos para que ela estivesse à sua frente, deixando que o avental fosse largado na cadeira encostada na mesa, repousando ambas as mãos em seus ombros, apertando suavemente para passar confiança, sua presença sempre era assim: forte, porém delicada, protetora, quente e acolhedora.

— Nós terminamos. — Murmurou com a respiração presa na garganta, sentindo-se idiota por nunca ter notado reações tão sinceras de seu corpo a aproximação dela.

Piper pode perceber o revertério de ideias que brilhavam nos olhos castanhos, pensando nas formas em que poderia ajuda-la ao mesmo tempo em que tentava entender o que se passava, por fim cerrou os olhos e suspirou, puxando-a pelos ombros para um abraço apertado.

O movimento súbito a assustou a princípio, porém o calor que a envolveu tirou de seu peito todo e qualquer sentimento que não fosse ligado exclusivamente daquele momento.

— Eu não sei o que aconteceu ao certo. — Mesmo que ela murmurasse contra o topo de sua cabeça, a voz firme conseguia chegar em seus ouvidos com clareza. — Mas vai ficar tudo bem. — Seus braços voltaram a circular a cintura de sua colega de apartamento sem que notasse, o afago em suas costas a fez fechar os olhos e apoiar a cabeça em seu peito, aproveitando o contato íntimo que esperava que não acabasse nunca.

Desde a primeira vez que havia falado com ela, Piper notou que Reyna não era uma pessoa dada a muita exposição ou mostrava seus sentimentos com facilidade, era quieta, contida, ter sua confiança era difícil e ela preferia um bom livro ou uma reunião simples com os amigos a uma festa, se retraia em ambientes estranhos e sempre sondava antes de se aproximar de alguém.

Mas essas características não a tornavam fria ou indiferente.

Desde o primeiro momento, — sendo esse ambas vendo um filme melodramático que Piper ainda se irritava por ter chorado, — Reyna nunca lhe negara apoio quando necessitava, ela sempre a encarava com um olhar agitado, como se não soubesse o que fazer, depois simplesmente ficava consigo, seja quando precisava que alguém a animasse, ou apenas um ombro amigo. Uma pequena parte de seu ser dizia que toda aquela atenção era apenas sua, que o afeto e preocupação não eram dados para mais ninguém além dela.

Parte que sempre policiava em ocultar, calar sua voz e se convencer de que aquilo era apenas uma sensação, não um desejo egoísta e sem sentido, infantil que saia de uma mente de pitbull, ainda odiava aquele apelido, mas isso não significava que não tinha certo fundo de verdade, — que nunca iria admitir para ninguém.

"Léo: você ainda vai me pagar."

A questão era que, — mesmo que ainda egoísta se vista de um certo aspeto, — esse desejo não era apenas coisa de sua cabeça.

— Eu sei o que eu quero de aniversário. — Murmurou, absorta no calor daquele abraço.

— O que? — Diferente dela, Reyna estava atenta, preocupada e provavelmente maquinando como lhe dar o que queria, sorriu, a apertando mais inconscientemente.

— Você.

Era tudo que precisava, sua preocupação com o possível clima estranho com os amigos e Jason, as provas, sua irmã chata, a mãe maluca, um paparazzo aleatório a mando de um colunista decadente, os estágios, a constante ansiedade pelo futuro e o que mais ocupasse sua cabeça: nada disso importaria se a tivesse consigo.

Reyna era mais do que uma colega de apartamento ou amiga de faculdade, aquela relação cúmplice era algo que sabia ser impossível de se repetir com outra pessoa. Haviam momentos em que se via apreensiva com as ideias de mudança, quando tivessem que deixar de conviver sob o mesmo teto e rumassem para construção de suas independências, pelas carreiras, para seus próprios caminhos. Pensar naquilo lhe dava um frio na barriga por expectativa, mas também era como se fosse uma contagem regressiva para que tivesse que deixar seu porto seguro.

— Desculpe, Piper. — As palavras dela junto ao aperto em seus ombros para que se afastasse a deixaram inquieta, mas ver a dúvida nos olhos castanhos a tranquilizou. — Mas o que isso quer dizer? — Indagou com delicadeza, como se temesse chateá-la com a pergunta, um sorriso se desenhou em seus lábios.

Ela sempre sabia como se portar em todas as situações, nunca passava da conta, sem exageros, na medida certa, composta e nunca perdia a linha, exceto quando era alvo de um flerte.

— O que parece querer dizer. — Piper não sabia ao certo o porquê de estar sussurrando, mas isso não era nada importante. Reyna só pareceu mais confusa, mordeu o lábio inferior, divertida com a situação.

— E o que isso parece querer dizer? — Ignorando sua pergunta, ou respondendo de outra forma, Piper deixou que suas mãos deslizassem, por suas costas, passando pela cintura, Reyna semicerrou os olhos, a tensão voltando ao seu corpo.

Percy era um especialista em relacionamentos se comparado a ela.

— Quer dizer... — Começou pausadamente, levando as mãos aos seus ombros, subindo, dedilhando sua pele com lentidão, Reyna engoliu em seco e tentou olhar rapidamente para seus movimentos, perdida e assustada.

— Piper... — Tentou se recompor, sabia que ela odiava estar em uma situação em que não tinha controle.

— Literalmente... — Sussurrou enquanto enlaçava seu pescoço, colando os corpos outra vez, seu olhar desceu até os lábios de sua colega de apartamento.

Sempre tinham sido próximas, desde o início, tanto quanto amigas poderiam ser, mas agora aquilo já não lhe era suficiente, não conseguiria esconder a magnitude de seus sentimentos, sequer pensara no que suas atitudes poderiam causar, se estava colocando em risco uma relação que possuía estima ao extremo por sua pessoa.

— Que eu quero você... — Roçou o nariz no dela levemente, seus olhos fecharam de forma automática, sentiu as mãos que estavam em seu ombro escorrerem para a cintura. — Para mim. — Suspirou as palavras rente a seus lábios, encostando-os suavemente, querendo senti-los por inteiro, sua suavidade, o calor que desprendiam e que irradiava para todo o seu corpo, mas nada poderia se comparar a sensação de ter a língua dela em contato com a sua.

Se reconhecendo, provando, curiosas, explorando-se mutuamente, sentindo uma a outra. Foram poucas as vezes em que Piper teve confusão em seus sentimentos, eles poderiam ser conturbados e misturados, mas ela sempre sabia o que eram, aquela pequena habilidade interna era usada instantaneamente em outras pessoas, fosse em um detalhe qualquer nos atos ou entonação de voz: era exatamente o que acontecia no momento.

Aquele contato cálido, gentil e afetuoso era a personificação da certeza que Reyna a correspondia em todos os sentidos.

A forma delicada com que ela a abraçava pela cintura, mantendo-as unidas, do mesmo jeito que uma de suas mãos mergulhava nos cachos negros, desfazendo o coque, sentindo a textura macia, nenhuma das duas permitia que se afastassem sem que provassem uma da outra o quanto fosse possível e, apenas saber disso já inundava seu coração de um sentimento inédito. A sensação de união que a preenchia jamais poderia ser repetida com outra pessoa.

Separou-se alguns centímetros dela, ofegante, o coração batendo descompassado, ainda perdida na miríade de emoções que retumbavam e seu interior. Abriu os olhos devagar, fitando os dela que continuavam fechados, tão afetada quanto a si mesma por todo aquele rebuliço de sentimentos.

Suas mãos percorreram a nuca com suavidade, repousando nas laterais do pescoço, os polegares trataram de afagar seu rosto.

Ato que pareceu despertar Reyna para a realidade.

Os olhos castanhos se mostraram lentamente, focados em seus próprios, Piper gostaria de ter dito qualquer coisa, tomado alguma atitude, porém tudo que pode fazer foi devolver seu olhar, paralisada, hipnotizada pelos sentimentos fugindo dela, a cada segundo com mais intensidade, a princípio pode constatar os mesmos que estavam com ela, o afeto, o desejo, carinho e afeição, tudo tão misturado que poderia sintetiza-los como amor.

Porém não fugiu de sua atenção o que estava por seguir, enquanto Reyna compreendia o que havia acabado de acontecer, a surpresa, descrença, medo, e por fim a dúvida visceral tomaram conta de toda a cozinha, subitamente Piper viu o momento singular ser tragado por algum ralo imaginário.

— Reyna. — Chamou suavemente, tentando fazê-la não surtar, sua colega de apartamento levou as mãos aos seus braços, pouco acima do cotovelo, puxando-os para baixo.

Afastando-a.

— Reyna. — Sua voz saiu levemente tremida e com uma indagação, ela apenas desviou o olhar.

— Eu... — Deu um passo para trás, fitando todas as direções da cozinha, como se buscasse uma saída de emergência. — Tenho algo para fazer. — A frase saiu tão embolada que Piper demorou segundos a mais para entender, o que a vez continuar inerte ao vê-la praticamente correr para sala.

"Espera..."

— Ei! — Ela não podia sair assim!

Seguia-a com a mesma energia, apenas para ver a porta do corredor de entrada bater.

Continuou a encara-la por minutos, sem qualquer reação, por fim andou até o sofá e jogou-se nele, aparentemente teria que se contentar com Bagheera por mais tempo.

"Droga..."


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Notas finais do capítulo

Well, eu já esperava por isso, como dá pra notar não consegui terminar a estória em 3 capítulos, mas o próximo é o ultimo! Prometo u.u

Até! o/



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