The Wolf escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 2
Vovó Swan


Notas iniciais do capítulo

Temos comentários, favoritos e acompanhando!!! uhuuuuuuu

se todos comentarem todo mundo fica feliz kkk ♥
Obrigada pelos comentários e pelos que favoritaram e estão acompanhando!
O legal de vcs comentarem, é eu saber se está legal ou não. Se falta alguma coisa e tal, vcs me ajudam bastante interagindo! rs

Boa leitura ♥



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A Vovó Swan, sempre foi um doce. Pelo menos é o que mamãe fala, eu não lembro muito. As coisas mudaram quando o vovô morreu. Faz anos que eu não a vejo, papai nunca quis me levar quando ia visita-la, depois de dois anos eu desisti e naturalmente já não perguntava mais dela. Por uns meses, achava que ela não gostava de mim. Imaginava ela ranzinza, mal-humorada e eu confesso que estava com receio de encontra-la. E se ela me expulsasse com sua bengala? Se é que ela usava uma bengala, imaginava assim porque ela deveria estar com quase noventa anos.

Entramos na casa e eu senti um cheiro delicioso de comida caseira, meu estômago reclamou e eu engoli seco, imaginando que comida seria.

— Vou terminar o jantar. – Sue sorriu, beijando o alto da minha cabeça e saiu.

— Vovó Swan? – Billy chamou, não obtendo respostas.

A casa era aconchegante, com alguns quadros de lobos e florestas. Tinha alguns retratos deles acima da lareira, ao lado de uma vela que deveria ter sido usada. Caminhei até o sofá, que tinha uma capa preta, e coloquei minha bolsa acima. Olhei ao redor, e vovó não estava lá.

— Eles devem estar nos fundos. Ela adora ficar lá quando vai escurecer... – Jacob falou, olhei pra ele que estava encostado na parede, com um olhar desafiador.

— Jacob, leve-a lá. Vou ver se a Sue quer ajuda com o jantar. – Disse ao filho e transferiu o olhar pra mim. – Sinta-se em casa Bella, logo chamo vocês para o jantar.

Virou-se com a cadeira de rodas, e com as mãos empurrou as rodas indo até a cozinha. Voltei a olhar para o Jacob, que indicou com a mão, para continuar o caminho. Caminhou até a minha direção, e andávamos por um corredor estreito.

— Hum. Jacob não é? – Tentei puxar assunto.

— Bella, não é? – Soou meio irônico. Preferi ficar quieta. – Olha, não é nada com você. Eu só não sou muito bom com apresentações, entende? – Falou, e eu assenti com a cabeça.

— Temos algo em comum então.

— Talvez.

Paramos na frente de uma porta, ele segurou na maçaneta, mas não abriu. Intrigada, olhei pra ele e percebi que ele me encarava. Não quis perguntar o porquê, de alguma forma eu também queria olha-lo.  O cheiro que ele tinha, era tão bom, era intrigante como ele era bonito.

— Primeiro as damas. – Abriu a, porta, zombeteiro e eu dei um meio sorriso. Sabia que estava corada.

Passei por ele, ignorando essa atração e a alguns metros vi uma cadeira de balanço marrom, era de madeira e rangia toda vez que se movimentava. Ao lado uma, outra, cadeira comum, também de madeira. Um garoto estava sentado nela, presumi que fosse o Seth.

O vento soprava gelado, mexendo as árvores que estavam próximas da casa. Eram altas, muito altas, e assobiavam conforme o vento passava entre elas. Pareciam conversar.

— Ela chegou vóvó Swan. – Jacob falou, caminhando até a minha avó. Porque eu estava com tanto medo dela?

— Bella! – O garoto levantou-se animado, como se estivesse feliz em me ver. – Caramba, você é muito bonita! – Me abraçou forte. – Ual! – Exclamou - Fala sério Black, ainda pensou que uma garota desta te daria um beijo? – Gargalhou, zombando do irmão. – Meu nome é Seth.

— Bella, prazer.

— Eu sei. Todos sabem. Você vai gostar daqui. – Tagarelava.

— Se você parar de falar, talvez ela goste. – Jacob falou rude.

— Bella querida, vem aqui. – Vovó chamou e meu estômago fez um nó.

Jacob estava sentado na cadeira do Seth, na mesma posição. Eles continuavam olhando a floresta, como se alguém fosse sair de lá. O mais novo incentivou que eu fosse dando um sorriso amigável.

Seth tinha um semblante brincalhão, os olhos eram um pouco puxados, mas a cor e os cabelos são como do Jacob.

Mamãe daria tudo para ver, eu com medo de reencontrar minha avó. Quase posso ouvi-la sussurrar no meu ouvido: posso filmar isso?

Andei até os dois, e parei ao lado da cadeira.

Como eu imaginava, as rugas denunciavam a sua idade, os cabelos eram inteiramente brancos e ela era magra. Sua pele fina, ela estava com algumas manchas. Usava um vestido longo verde escuro e calçava chinelos. Ainda balançava a cadeira, e sorria. Provavelmente eram dentaduras. Seus olhos olhavam fixamente para o horizonte, então fiz o mesmo. Mas não vi nada que prendia tanta a atenção igual a ela.

— Olá minha neta. Como você está? – Ela falou, com a voz rala e cansada, mas ainda tinha uma voz maternal ali.

— Olá vovó, estou bem e a senhora?

— Eles dizem que não. Mas eu estou. – Ainda não olhava pra mim.

Transferi o olhar para o Jacob e ele espremeu os olhos, prestando a atenção em mim. O que estava acontecendo?

Virei pra trás, vendo Seth sem aquele sorriso amigável. Comecei a ficar com vontade de sair correndo dali.

— Ela não sabe, não é? – Jacob se pronunciou e eu quase saltei de susto.

— Não sei o que? – Perguntei.

— Jacob, querido. Não faça isso...Ela não tem culpa, não seja rude com a minha neta. Você é um homem tão bonito, não é Bella? – Antes que eu respondesse, ela continuou. – A última vez que eu o vi, era apenas um garoto, mas aposto que ainda está bonito.

Arregalei os olhos, e senti uma imensa vergonha por não ter percebido que a vovó era cega. Fechei as mãos, sentindo o suor e não sabia aonde enfiar a minha cara. Senti raiva do papai por ele não ter me dito esse pequeno detalhe. Jacob me encarava como se eu tivesse a cegado e aquilo começou a me incomodar. Ele começou a me incomodar. Desde que cheguei tudo que ele fez foi me olhar com desdém e tratar com pouco caso.

— Posso ouvir o rosnado dos dois. – Vovó falou. – Acalmem-se. Eu só não enxergo.

— Vovó, desculpa. Meu pai não disse nada, eu não imaginava...

— Que isso minha neta. Não se preocupe. Fala como foi de viagem?

— Tudo bem.

— Fico feliz. – Ela forçou os braços para se levantar, e prontamente Jacob levantou-se a ajudando. Eles eram tão cuidadosos com ela, deixando em mim uma culpa, por nunca ter visitado. Ela parou na minha frente, e colocou sua mão em meu rosto. Sua mão estava quente, mesmo que estivesse frio.  – Ah minha neta, você deve estar linda. Daria tudo para ver com quem se parece.

— Papai. – Falei e ela sorriu orgulhosa.

— Imagino. Sempre teve os cabelos da Renée, os olhos do seu pai, mas o seu jeito, é só seu. Queria eu que Charlie tivesse sido tão doce como você.

— Seth, vamos á cozinha querido. – Chamou e ele veio rapidamente.

— Eu a levo, vovó. – Jacob ofereceu, sem aquele tom rude ou irônico na voz.

— Conte a ela algumas histórias, meu lobinho. – Encaixava seu braço no do Seth, que sorria brincalhão como sempre.

Esperei que ela entrasse, e como ela pediu, ele permaneceu lá.

— Quais são as alucinações dela? Ela parece estar tão bem. – Perguntei.

— Ás vezes.  Hoje estamos em um dia bom. Por que não vem visita-la? – Questionou incomodado. Como se estivesse segurando para não fazer a pergunta.

— Papai não fala muito dela. Eu tentei nos primeiros anos, mas ele evitava.

— Claro. – Girou os olhos.

— Qual o seu problema comigo? – Ataquei impaciente. – O que eu fiz pra você me odiar tanto? Qual é ainda não esqueceu o tapa na cara ou tem mais alguma coisa que eu preciso saber?

— Tem muitas coisas que você precisa saber. – Parou na minha frente, e aquele cheiro bom veio novamente. – Mas não vai ser eu que vou conta-las. Talvez devesse perguntar ao seu pai, sua mãe.

Dei um passo pra trás, pela proximidade, mas ele continuou caminhando, diminuindo cada vez mais nossa distância. As minhas costas bateu contra a parede e eu respirei fundo.

— Para com isso. – Coloquei minha mão em seu tórax para empurra-lo...ele estava tão quente.

Apertei minhas mãos, e a deslizei ela até o seu braço e sua pele, era quente. Jacob ficou parado, enquanto minha mão descia pelo seu braço. De repente, ficou difícil  de respirar, meu coração batia forte e minhas mãos não queriam sair dali.

Seu peito subia e descia, e seus olhos estavam presos aos meus. Ele abaixou o seu rosto, e nós estávamos próximos demais, eu sentia sua respiração bater contra o meu rosto, e aquele cheiro começou a mexer comigo. Seu cheiro era tão gostoso, o calor que saia do seu corpo, a combinação dos olhos intensos e dos lábios úmidos. Colocou sua mão no meu rosto e acariciou com o polegar delicadamente. Aproximou nossos lábios, e fechei os olhos absorvendo aquela sensação deliciosa.

— O que você está sentindo, Bella? – Ele sussurrou.

— Jacob! – Billy falou alto e eu sobressaltei, Jacob fechou os olhos e deu um passo pra trás. Os dois trocaram olhares raivosos, e eu fiquei confusa.

— Billy, eu...

— Tudo bem, Bella. Sue está chamando para o jantar.

Caminhava na sua direção, mas Jacob ficou parado. Parei entre os dois, e reparei que o clima não estava um dos melhores.

— Pode indo Bella, preciso conversar com meu filho. – Trincou os dentes.

Sai deixando os dois a sós. 

— Qual é o seu problema, Jacob? - Billy falou e eu parei para ouvir. Sabia que era errado, mas a curiosidade falou mais alto.

— Você sabe que isso não é culpa minha...- Retrucou nervoso. - Não consigo evitar, pai. 

— Ela ainda não está pronta! 

— Mas deveria estar.

— Bella? - Sue chamou, e eu olhei rapidamente em sua direção. - Vamos jantar?

Seguia a Sue, com a conversa dos dois na cabeça. E pensei: Quem são essas pessoas?


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