05/03/17 – Ei, amiguinho diário, estou aqui de volta e hoje vou contar mais sobre o capítulo anterior... Hoje a coisa fica mais séria, mas apesar de todo o fuzuê, saiba querido diário, que atualmente estou bem e não ligo mais para a opinião de nenhum daqueles idiotas... Ok?!!

   Depois daquela situação constrangedora, ocorreram muitas outras... às vezes eu chorava por levar uma anotação ou uma advertência, chorava por várias coisas sabe...

   Mas saindo um pouco dessas lágrimas desnecessárias, tinha entrado outros alunos novos na minha sala e também, como eu era o filho da inspetora, eu ganhava mais atenção (e não é tão legal quanto as pessoas pensam) e eu era um lixo de pessoa naquela época: eu era homofóbico, racista e era preconceituoso com quase todo mundo. Tinha um cara lá na escola e eu meio que fazia Bullying com ele por achar que ele era gay, eu o ignorava, brigava com ele sem motivos, mas nunca o chamei de gay nem o agredi fisicamente (nem força eu tinha pra isso), enfim, hoje ele é o meu melhor amigo. Ontem mesmo, numa daquelas discussões em que você faz com os seus amigos, xingando todo mundo de falso e atacando, ele foi esfregar na minha cara o que eu fazia com ele no passado e eu fiquei muito mal e magoado comigo mesmo. Continuando no 6º ano, eu lembro que os meus “bullies” continuavam me zoando cada dia mais e acho que eles me influenciavam à fazer bullying com o Matheus, o cara de que eu falei antes. Sobre o 6º ano, não lembro mais nada, mas acredite, ainda tem muito mais acontecimentos pela frente.