Renascer escrita por Luna


Capítulo 12
Flor-de-lis


Notas iniciais do capítulo

Como anda o carnaval de vocês? Até agora o meu tem seguido o planejado, vários nada e séries.
Por falar nisso, assistam Altered Carbon. É maravilhosa!!

Capítulo novinho, espero que gostem e me digam suas apostas.
Será que o Harry está certo?



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Ele via a figura do homem caído no chão e seu rosto demonstrava todo o medo que sentia. Ele queria fugir, sabia disso, mas nunca conseguiria. Também via que o homem sabia quem era aquele a sua frente, em fúria e empunhando um pedaço de madeira, podia sentir a ódio que emanava de cara poro do jovem rapaz. Seus olhos brilhavam e neles só havia maldade.

— Harry.

Duas pessoas mais velhas estavam caídas, o raio verde encontrou seus corpos e eles não respiravam mais. Não adiantaria pedir misericórdia, o rapaz não reconheceria tal ação, por isso ele apenas esperou que o mesmo raio verde o atingisse e enfim teria a paz que lhe fora roubada há tantos anos. O pensamento do homem era tão claro que o desprezo de Tom apenas se tornou mais evidente, um desprezível e fraco trouxa, esse era seu pai.

— Harry.

Quantos anos ele se pegou imaginando esse momento, talvez seu sangue fosse puro afinal, aquilo era apenas mais uma decepção. Se infiltrou na mente dele mais uma vez, queria ter todos os motivos para mata-lo, queria que sua raiva aumentasse e seu ódio fosse justificado. Viu a mulher de aparência grotesca e frágil, viu o momento que ele a abandonou e retornou para casa, sua rica casa confortável. Aquilo trouxe uma dor no fundo de sua alma, uma dor que ele não estava acostumado a sentir e o som da maldição cruciatus saiu.

Matá-lo não era mais o suficiente. Não, ele teria que sofrer como Tom sofreu por todos aqueles anos abandonado no Orfanato. Os gritos do homem reverberavam pelas paredes e quando já tinham sido o suficiente o raio verde saiu da varinha de teixo e silenciou o homem para sempre.

Assim que abriu os olhos Harry viu a rosto preocupado de Hermione, os olhos dela brilhavam pelas lágrimas não derramadas e ela caiu em cima de si em um abraço apertado.

— Oh Deus, estou tentando acordá-lo, mas você apenas se remexia. – Ela falou.

— Está tudo, bem. Estou bem. – Ele tentou tranquiliza-la, embora seu coração estivesse batendo descompensado. Mas não sabia se tinha sido pelo sonho ou por tê-la tão próxima de seu corpo.

Hermione vestia apenas uma camisola de tecido fino. Harry podia sentir o corpo dela tocando o seu como há muito tempo não fazia e aquilo trouxe as sensações novamente. Era mais fácil quando era jovem e ainda não entendia a profundidade dos seus sentimentos, quando apenas sabia que a amava de forma incomparável a qualquer outro sentimento que havia em seu coração.

Mas agora com o desejo tão profundo em seu corpo era difícil tê-la ali e não imaginar em jogá-la na cama e toma-la como sua. Ele respirou fundo absorvendo o cheiro dos cabelos dela, era tão diferente de quando eles estavam em Hogwarts. Tudo era tão diferente.

Ele a afastou mansamente e Hermione o olhou preocupada e cautelosa. Ela não fazia ideia das sensações que ocasionavam no homem a sua frente e ele não era capaz de sentir o quão forte seu coração pulsava.

— Harry. – Hermione sussurrou, estava tão próxima a ele que era improvável que o homem não escutasse.

— Foi apenas um pesadelo, Herms. – Harry olhou para baixo.

— Você pode me dizer se quiser.

Era tão estranho estar ali tentando arrancar algo dele. Em outro tempo ela o confrontaria e o obrigaria a dizer o que o estava afetando tanto, mas agora com a relação dos dois tão frágil, com sentimentos ruins ainda tão presentes qualquer movimento arriscado poderia fazer com que se afastassem ainda mais. E Hermione temia isso.

Ela o odiava por ter ido embora e odiava a si mesma por odiá-lo assim. Sabia o que o fez ir, entendia que ficar teria destruído seu amigo, mas toda a dor que sentia, a solidão que durou por tanto tempo que nem mesmo Olivia e seus amigos conseguiram suplantar era demais para ela. Mas agora o tinha de volta, mesmo que não totalmente e não sabia se conseguiria vê-lo indo embora novamente.

Harry abriu espaço na cama e Hermione se acomodou ao seu lado. Memórias assolaram a mente dele e um por instante ele se viu novamente em Hogwarts sentado na poltrona que ficava próxima a lareira cochichando com Ron e Hermione.

— Você sente falta dele? – Harry perguntou.

Ele não precisou dizer a quem se referia e Hermione se surpreendeu. Em todos aqueles meses Harry nunca tinha tocado no nome de Ron e quando ela fazia via como ele ficava transtornado e se afastava, depois de um tempo ela não tocou mais no assunto.

— Sim. – Ela respondeu. – No começo foi difícil, agora restou uma saudade singela.

— Eu penso nele todos os dias. – Harry confessou. – Fico imaginando como teriam sido as coisas se ele tivesse aqui. Vocês estariam casados? Ele seria auror? Ele teria ido embora comigo?

— Você não teria ido embora se ele não tivesse morrido, Harry. Ele era seu melhor amigo, perde-lo foi o que fez você desabar.

— Não, Herms. Você era minha melhor amiga, Ron era meu irmão. – Ele tentou controlar as lágrimas que sentia chegar. – Os Weasleys foram a família que eu perdi, eu nem sabia o que era carinho até conhecê-los e Molly... Ela cuidou de mim como eu acho que minha mãe faria.

Hermione não foi tão forte quanto Harry, deitou a cabeça no ombro dele e deixou as lágrimas rolarem.

— Você realmente acha que nós teríamos casado? – Ela soltou um riso triste.

— Vocês eram apaixonados um pelo outro. – Ele falou como se fosse óbvio.

— É necessário mais do que paixão, Harry. Talvez eu fosse mesmo apaixonada por ele, não sei bem. Nunca tivemos a chance de analisar esse sentimento em um período de paz. Eu o amava, me importava com ele.

— Ele amava você também.

— Com o que você sonhou? – Ela perguntou sem ter certeza se ele responderia, apenas queria sair daquele assunto.

— Com a morte dos avós e pai do Tom. – Ele disse suavemente, como se aquilo não fosse importante. – Foi diferente de como eu imaginei. Eu sabia que ele os tinha matado, mas ver, sentir... Não sei se teria feito algo diferente no lugar dele.

Ele estava tão acostumado a falar abertamente sobre aquilo com Pansy que não ponderou suas palavras e só percebeu seu erro ao ver o rosto surpreso de Hermione lhe encarando.

— O que?

— Ele ainda não sabia nada sobre o pai além do nome e só descobriu quando foi visitar o tio. Ele foi até a casa do pai e quando a viu... Era uma mansão, Hermione. – Harry a olhava tentando ver se ela seria capaz de compreendê-lo como sabia que Pansy faria. – Era uma casa linda, viva. Eles estavam jantando, a mesa era farta e eles conversavam como uma família feliz.

— Eu não entendo, Harry. – Ela parecia assustada.

Harry passou a mão no rosto dela sentindo sua pele.

— É claro que não, Herms. Você nasceu em uma família que te amava e deu tudo que você precisava. Você nunca seria capaz de nos compreender. Naquele momento só o que Tom pensava era na fome que sentia quando tinha que voltar ao Orfanato pobre que vivia, eram muitas crianças e a comida nunca era o suficiente. No frio que fazia a noite e em como a coberta era fina e velha. Na solidão e nunca ter tido alguém. Como você poderia entender isso?

— Você faria isso? Mataria alguém só por ter raiva?

Harry riu e Hermione não o reconheceu ali.

— Eu e ele somos iguais e diferentes em tantas formas. Meus pais me amavam e minha mãe morreu para me proteger, eu tive amigos e pessoas que se importavam comigo. Ele nunca teve algo assim, como reconhecer um sentimento que nunca lhe foi dado? Como ele poderia amar se ninguém nunca o amou. Tom Riddle era brilhante, mais inteligente que você, um bruxo magnífico.

— Harry...

— Se ele apenas tivesse tido a chance teria sido maior que Dumbledore.

Hermione chamou sua atenção ao levantar da cama de forma abrupta e encará-lo como se o visse pela primeira vez.

— Você o está reverenciando. Como pode defendê-lo? Ele era um monstro!

Harry suspirou.

— Sim, ele era. – Ele bateu a cabeça na parede. – Mas houve um tempo que existia apenas Tom Riddle, o bruxo mais brilhante que Hogwarts já teve.

— É por isso que está tão próximo da Parkison. Ela deve adorá-lo tanto quanto você.

Hermione falou com o mesmo tom que sempre usava quando dizia o nome da outra mulher. Raiva e nojo.

— Como Pansy entrou nessa conversa? – Harry perguntou cansado, ele já tinha jogado as pernas para fora da cama e agora apoiava os cotovelos nas pernas e o rosto nas mãos.

Hermione parecia muito afetada, mas o que ela falaria se perdeu com alguém chamando seu nome de forma efusiva. Pela forma como o som saia ele deveria estar vindo da lareira da sala e ela correu até lá. Era madrugada, qualquer que fosse o motivo de ter alguém a chamando aquele horário não deveria ser algo bom, Harry também sabia disso e por isso a seguiu.

A cabeça de Albert era vista nas chamas e ele parecia estar falando com outra pessoa que eles não conseguiam ver, ao ver que a mulher estava parada lá ele voltou sua atenção para ela.

— Foi achado mais um. – Ele não precisou especificar, ambos entenderam. – Uma equipe do St. Mungus já foi até o local.

— Diga que não mexam em nada até chegarmos. – Hermione mandou.

A única coisa diferente no ambiente era o corpo da mulher caído próximo ao grande sofá. Do lado oposto ao aposento tinha duas pessoas que amparavam uma a outra, um homem que deveria ter mais de cinquenta anos e uma garota com idade escolar. A menina tinha o rosto lavado pelas lágrimas, enquanto o homem parecia alheio aquela realidade.

A equipe estava espalhada pelo local e logo Hermione saiu para poder receber algum relatório preliminar. Harry se aproximou do corpo, ela ainda tinha os olhos abertos e assustados, como se tivesse percebido que morreria antes do ato ser realizado. Fios ruivos caiam no seu rosto e Harry não reprimiu o impulso de tirá-los de lá, ele encarou os olhos esverdeados da mulher e sentiu como se seu estômago estivesse despencando.

No antebraço esquerdo ele viu a cicatriz que antes deveria ter sido a marca negra de Voldemort. Ele pegou a mão da mulher e se concentrou como Astória o tinha ensinado, fechou os olhos e procurou, ele já tinha feito isso antes, achou bem fácil até. Astória tinha dito que com algumas pessoas é mais difícil, mas ali Harry não estava sentindo nada. Era como se ele tivesse tocando um trouxa.

Mas ela não poderia ser uma, a marca em seu braço mostrava que ela deveria ser uma bruxa e como se só faltasse aquela informação a verdade apareceu para ele. Ele soltou o braço dela e o viu cair no chão como em câmera lenta, seu coração batia desenfreado e a realidade se mostrou mais assombrosa do que ele poderia imaginar.

Levantou-se e olhou ao redor, aquela informação parecia estar puxando alguma memória e tinha que se concentrar em algo ou sua mente fugiria novamente. Nos últimos dias estava cada vez mais fácil ter acesso às memórias, mas tinha que manter sua mente no presente, vagar por lembranças de outra pessoa estava se mostrando um perigo bem real agora.

— Senhor, há algum lugar onde possamos conversar em particular? – Harry se dirigiu ao marido, sua cabeça estava pinicando, seus olhos ardiam, mas ele tentava controlar o incomodo.

Harry não negou que ele trouxesse a filha também e sentiu os olhos atentos de Hermione, Albert e Tobias seguindo os três. Entraram em uma sala que deveria ser um escritório, queria lamentar a perda da mãe e esposa, mas se sentia cada vez mais perto de vomitar.

— Senhor Potter, o senhor está bem? – A menina perguntou dando um passo na direção dele e parou quando Harry ergueu a mão.

Ele respirou fundo tentando controlar a ânsia que vinha agora mais forte. Caminhou até a janela e sentiu o ar frio batendo em seu rosto. Fechou os olhos e viu a biblioteca de Hogwarts, uma mão pálida escrevia rapidamente como se temesse esquecer algo. Ele voltou-se para as outras duas pessoas e uma imagem chamou sua atenção. Uma pintura da mulher que estava caída na sala e da menina que estava ali, elas sorriam e só então Harry reparou como elas eram parecidas.

— Senhor... – Harry não sabia o nome de nenhum deles.

— Moore, Alair Moore. – Ele respondeu. – Essa é Alessa, minha esposa é Elizabeth. O que aconteceu? Como isso...

— Eu preciso de respostas e o senhor deve ser sincero. – Harry o encarava profundamente, sentia o suor escorrendo por seu pescoço. – Elizabeth era uma bruxa das trevas?

Pai e filha se encaram alarmados, a menina deu um passo para trás instintivamente e Harry amaldiçoou o fato dela se sentir ameaçada por um fato tão alheio a sua vontade.

— Não tem problema, ninguém fora dessa sala vai saber do que estamos conversando. Eu garanti que ninguém pudesse escutar nossa conversa e prometo que tomarei cuidado com qualquer informação que me derem. Sr. Moore, eu acho que sei o que está acontecendo, mas para ter certeza eu preciso saber se sua esposa era uma bruxa das trevas.

— Sim, ela era. – Alessa respondeu e sua voz quebrou no final.

— As proteções da casa foram mudadas desde o fim da guerra?

— O que? – Alair não entendia o caminho das perguntas.

— Sr. Moore, o senhor mudou as proteções da casa depois da guerra? Revogou as permissões? – Harry perguntou apressado.

— Não. – O homem baixou a cabeça derrotado. – Nós nunca nos preocupamos com isso, não achava que...

— Preciso de uma lista dos comensais que tinham permissão de entrar aqui.

— O que? – Alessa gritou. – Do que está acusando meu pai?

Harry a ignorou e fixou seu olhar no homem que o olhava assustado.

— Alguém entrou na sua casa, essa pessoa pode ter surpreendido sua esposa ou pode ser alguém de confiança e por isso ela não achou que corria perigo. Ela foi atacada em um local que ela achava que estaria segura. – Harry se via novamente na biblioteca e teve que usar de mais controle para conseguir voltar. – Alair, não há qualquer traço de magia no corpo de Elizabeth, o núcleo mágico dela está esgotado e posso apostar que essa foi a razão dela ter morrido.

— Você acha que um deles...

— Sim, e eu preciso dessa lista. Agora.

Harry deixou os dois no escritório e voltou para a sala. Se sentia tonto e enjoado ainda, a qualquer momento sua mente poderia se perder e ele tinha que estar longe quando isso acontecesse.

— Você não parece bem. – Justine falou do seu lado.

— Eu não me sinto bem. – Harry encostou-se à parede e com muito esforço não escorregou até o chão. – Uma lembrança está querendo vir, ela é forte. Isso está me dando uma enxaqueca.

— Você só precisa se concentrar em algo, use seus sentidos, Harry. – Ela falou como já tinha ensinado antes.

No escritório ele tinha usado isso, se focou na imagem da mãe e filha e se fez ficar consciente, mas agora sentia estar se perdendo. Até que algo chegou ao seu olfato, ele já havia sentido antes, mas sempre deixou passar. Pegou a mão de Justine e levou o pulso até o nariz aspirando profundamente.

Aquilo fez com que sua mente ficasse limpa. Ele abriu os olhos para ver os da mulher o encarado com um misto de dúvida e diversão, aquilo fez com que a semelhança entre ela e a irmã se tornasse mais evidente. Ainda se sentia inebriado com o cheiro de sândalo que via dela, ele era quente e aconchegante, doce, mas não enjoado. Era bom.

— Se mantenha por perto. – Harry comandou e Justine apenas assentiu.

Hermione olhava para os dois sem entender o que tinha se passado ali e Harry não ia perder tempo explicando qualquer coisa para ela. Ele voltou a se aproximar do corpo quando sentiu pisar em algo.

— A flor-de-lis. – Harry sussurrou se abaixando para tocar a peça em metal, Hermione estava perto o bastante para ouvi-lo. Sua mente andava rápido como se tivesse tomado várias xícaras de café – Eu já vi isso antes... Nas imagens que você me mostrou do Evan, havia uma gravura da flor-de-lis lá.

Hermione chamou um dos funcionários do Ministério e mandou que ele pegasse todas as imagens que eles tinham das cenas dos crimes. Harry pegou a peça e levou para perto dos olhos, o metal era frio e o desenho era bem feito. Quase uma obra de arte.

— Aqui. – Hermione deu os arquivos e Harry conseguiu identificar a flor em cada uma das cenas. – Oh Merlin, como não vimos isso antes?

— Mas o que significa? – Justine perguntou.

— Pureza. – Harry respondeu. – É uma mensagem, lógico que quem está por trás disso queria que soubéssemos que tudo veio da mesma pessoa. Como uma assinatura em uma obra de arte.

— Eu não entendo. – Hermione confessou e Harry teria rido de sua expressão em outro momento. Não entender algo era sempre um problema para ela.

Aquele era mais um conhecimento que Harry simplesmente sabia, mesmo que estivesse consciente que jamais lera nada a respeito. De forma que só havia uma explicação: Tom Riddle.

— No século XI na França começou a haver inúmeros assassinatos de jovens moças, não havia qualquer similaridade entre elas, exceto uma marca na sua mão direita. – Harry levantou o objeto que tinha em mãos para Hermione ver. – Ninguém sabia o que era, mas depois de um tempo eles começaram a se referir jovens como as mulheres da flor. Anos depois, após dezenas de mortes descobriram um culpado, era uma mulher, ela as matava porque acreditava que com isso poderia ser jovem para sempre. Para isso ela precisava de mulheres jovens e que nunca tivessem sido tocadas por um homem. Ela afirmava que a pureza dessas mulheres faria com que ela fosse jovem e bonita eternamente. O símbolo passou a ser chamado como flor-de-lis, como o nome da mulher.

— Que horrível. – Justine falou.

— Séculos depois o nome ainda perdurou, embora duvide que as pessoas saibam de onde ele vem. Esse símbolo teve muitos papeis na história, muitos significados, mas um sempre prevaleceu.

— Pureza. – Hermione disse. – Mas de que pureza estamos falando?

— De magia. – Harry olhou ao redor e viu que apenas as duas poderiam escutar – A pessoa que está fazendo isso está coletando magia e eu só consigo pensar em um propósito para isso.

— Você descobriu o motivo? – Hermione perguntou exasperada.

Não havia como ter certeza de nada. Das mortes ele apenas tinha certeza de duas delas, sabia que Evan era um bruxo das trevas e Elenor McNair também deveria ser. Teria que falar com a família das outras vítimas, em nenhum dos documentos havia falando sobre exaustão do núcleo mágico, mas aquilo era algo tão singular que apenas se alguém procurasse poderia descobrir, do contrário a morte poderia ser dada com qualquer outro motivo. E ainda havia as mortes mais bárbaras e os trouxas.

Mas Harry tinha tanta certeza daquilo que era como se ele soubesse desde o início. Aquela sensação que ele tinha antes, de estar esquecendo algo importante, simplesmente tinha sumido. Não, ele tinha certeza. Só poderia ser isso.

— Quem está matando essas pessoas está coletando magia das trevas para um ritual de invocação.

Ele engoliu em seco. Nenhuma das duas sabia sobre o ritual, mas o nome não era lá muito bom e Justine teve coragem de perguntar o que nenhum dos três gostaria de saber.

— E quem será invocado?


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