Les Marcheé escrita por Marurishi


Capítulo 15
A atmosfera




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♕ 

A atmosfera no salão de jantar era tão tensa e silenciosa que até mesmo a porcelana parecia tremer sobre a mesa posta.

Assim que Lady Mclin viu Lorde Shaido, ela soube que aquele amigo do passado havia realmente crescido. Não saberia dizer se foram os anos ou a magia que o tornou tão perfeito e belo, era como se estivesse diante de um deus e sua paralisia era justificável, mesmo sendo inapropriada.

A sala lhe pareceu pequena para tamanha presença ilustre daquele lorde. Se antes estava absorta em tensão e ansiedade, agora estava totalmente absorvida por aquele ser mágico e poderoso, cuja luz própria quase a cegava. Ele era como o sol, mesmo sendo noite, era calor radiante mesmo estando a sala fria. Ela tinha certeza que o amava e desejava ainda mais do que no passado, mesmo ele lhe negando um olhar.

Retornou em seu coração sentimentos de anos atrás guardados em silêncio, Lady Mclin lembrou-se de quando era apenas Loren, a menina boboca que Shaido sempre repreendeu e ignorou. Agora ela também tinha magia e se tornara alguém importante, pensou que isso lhe daria notoriedade, porém, pela postura de Lorde Shaido, percebeu que a importância dela não se comparava com a dele.

Ele continuava ignorando-a exatamente como no passado. Não era uma postura defensiva como ela desejava causar nele. Aquele diante de si, mantinha uma postura de alguém que conhece sua superioridade e a exibe diante de uma criatura inferior, como ela se sentia no momento.

Lady Mclin não podia negar, sentiu-se boboca, humilhada e indesejada, já que Lorde Shaido sequer olhou para ela.

Aquele seria um jantar íntimo e reservado, apenas para que os noivos se conhecessem. Assim, Lady Levi vendo que nenhuma das partes parecia se prontificar, estava prestes a quebrar o silêncio e iniciar os cumprimentos formais quando notou seu neto se mover.

Lorde Shaido incomodado por aquela situação, decidiu agir como era o esperado para si. Lentamente, virou-se e dirigiu seu olhar para a moça parada no meio da sala. Não era tolo, ele a reconheceu de imediato. Precisou usar de toda sua capacidade emocional e física para controlar-se e não demonstrar nenhum tipo de surpresa ou alívio. Não sabia o porquê de agir daquela forma, mas não podia evitar.

Após os hostis e frios cumprimentos formais, Lady Levi conduziu-os para a sala de jantar, em total silêncio. A atmosfera exalava constrangimentos e ambos sabiam que havia sentimentos contrários ali. Por mais que, com o passar dos minutos, a conversa tornou-se corrente e amena devido ao grande esforço de Lady Levi, no íntimo, ambos eram assolados por pensamentos do passado e presente.

Lady Mclin durante tantos anos se esforçou para fazer o certo e o bom para que o destino lhe retribuísse de forma igual, agora se casaria com seu amado, mas sabia que não seria amada; nunca. É claro que isso a magoou e uma nuvem negra envolveu seu coração, um tipo de mágoa, menosprezo, humilhação. Mas ainda sim, se casaria. Seus esforços para seguir sempre o caminho do bem seriam recompensados, mesmo que Lorde Shaido não pudesse amá-la da mesma forma, ela amaria por ambos. Seria responsável por torná-lo feliz.

Inevitavelmente, ela olhou para o coração de Shaido. Queria o vislumbre de seu futuro, queria respostas para tantos anos de espera. Mas seu poder não podia lhe revelar nada de si, apenas do coração alheio. Foi então que viu o óbvio: no coração de Lorde Shaido já havia alguém especial que não seria substituído. Lady Mclin não precisava de poderes mágicos para saber que não teria lugar para ela, nem mesmo como uma segunda opção.

Lorde Shaido em seu silêncio, lembrava-se do passado, dos dias em que ouvia comentários sobre a família de Loren, sobre as mulheres bruxas das quais ela descendia, por isso, não queria esse tipo de associação. Algo em seu coração dizia que ele era como o sol, luz do dia, ouro puro, compaixão e benevolência, enquanto ela, por mais sincera e boa que aparentasse, ainda sim, era como a noite, céu em trevas, ferrugem, mágoa e vingança.

Algo na sua essência dizia que ela, mesmo sem querer, um dia traria as trevas; quem estivesse ao seu lado seria corrompido igualmente. Nunca conseguiu confiar plenamente nos tempos de amizade, confiava menos agora que parecia mudada.

Lady Mclin ainda era Loren, aquela menina teimosa e boboca, com sua voz doce, sua risada escandalosa e alegre, os cabelos castanhos ondulados, agora mais linda, alta e esbelta. Lorde Shaido não podia negar, Mclin havia se tornado uma mulher exuberante, o poder lhe dava uma aura completamente diferente de todas as outras, estava envolvida por um mistério que ele não conseguia decifrar.

Mesmo a suavidade da personalidade e beleza lhe fazia ter sentimentos opostos e ele se constrangia por isso. Ele estava dividido e, acima de tudo, em dúvidas sobre quem era, verdadeiramente, Lady Mclin.

Olhava-a intensamente, às vezes, seus olhos se cruzavam e ele sustentava enquanto Mclin desviava, fazendo com que ele a achasse ainda mais bonita, pois gostava de ver Lady Mclin corada diante de si. Prestava atenção a cada movimento, a cada palavra dita e isso era recíproco, porque mesmo não encarando, sabia que era observado o tempo todo, porém, de forma mais recatada.

Talvez por isso estivesse agindo com tamanha soberba e frieza, para tentar não demonstrar sua confusão e incerteza.

Das poucas certezas que tinha, uma era o fato de ter sido ignorado por Lady Mclin, considerando que se se tratava de Loren, fazia total sentido. Compreendia o coração da moça e sabia do seu amor por ele, o que o deixava mais desconfortável com aquela situação. Sua outra certeza era que aquele casamento seria apenas por obrigação, já que seu coração era iluminado pelo brilho azul de Belle e pensar nela agora lhe era doloroso, porque não mais teria motivos para levar adiante os sentimentos que nutria pela bibliotecária.

Quanto mais pensava em Belle, menos queria se casar com Lady Mclin. Mesmo analisando cada mudança e quase se convencendo que o tempo havia feito um excelente trabalho em Mclin, ainda não estava convencido. Aquele sentimento estranho que lhe avisava sobre trevas…

Se ao menos ela ainda fosse somente Loren Macrin!

Por mais que fosse a mesma pessoa, por mais igual que lhe parecesse, ainda sim, estava diferente... era outra pessoa, na qual ele não conseguia confiar.

 

Em Imperah, numa manhã rotineira de estudos, os gêmeos ouviram comentários sobre a Lady de Bellephorte que estava na cidade.

Enquanto Codhe não deu atenção, Khei ficou curiosíssima e pensou se tratar de Lady Crissânea; adoraria encontrá-la novamente. De ouvidos apurados no que se murmurava pelas ruas, foi atrás da Lady de Bellephorte. Sua curiosidade era como de uma criança descobrindo um mundo novo, tinha fascinação pelos nobres do castelo e ver um de perto era oportunidade rara. Se estavam fazendo tantos comentários, deveria ser uma importante lady.

Sem pensar, Khei deixou de lado suas aulas e seguiu os rumores na rua. Encontrou a mencionada lady em uma loja de presentes. É possível imaginar o quão deslumbrada Khei ficou ao ver Lady Hestea. Não era apenas pelo fato de ser uma Lady de Bellephorte, de alta estirpe, nobre e bela, mas sim, por ser albina, tão diferente e exuberante como jamais Khei tinha visto alguém na vida.

Khei ainda não tinha título de lady, mas sabia se comportar em todas as situações. Por isso, não demonstrou nenhuma surpresa e entrou na loja como se fosse uma cliente rica a procura de um presente.

Sua ideia era apenas se aproximar e observar, lembrou do seu encontro com dois nobres e agora novamente estava diante de uma Lady de Bellephorte. Era realmente uma moça de sorte, agora sim, poderia contar a seu irmão e se vangloriar por ter encontrado uma das ladys mais famosas de Bellephorte: Lady Hestea, a Dama Albina.

Lady Hestea se recusava a cumprimentar pessoas que não fossem nobres. Escolheu os presentes para suas filhas sem se importar em ser observada, notou a presença de Khei, chegou até mesmo a cruzar o olhar com o dela mas a ignorou.

Quando saiu da loja, cruzou novamente por Khei que estava estrategicamente perto da porta. Quando Khei lhe abriu um sorriso fazendo uma leve reverência, para Lady Hestea isso não fez o menor efeito, a lady cruzou reto indo embora.

Talvez, sua postura tivesse sido outra caso soubesse que Khei era irmã de Codhe, mas no momento, Lady Hestea não sabia quem era Codhe, muito menos, que ele era a pessoa que ela tanto procurava em Boandis.

Sua ousadia crescia à medida que se sentia mais forte e encorajada a fazer o mal. Recebia dia após dia melhores aprimoramentos na magia negra, com seus lúgubres mestres, os Kailes, entidades sombrias que habitavam a escuridão de Les Marcheé e estavam dispostos a auxiliar em tudo o que fosse necessário para que Lady Hestea concluísse seus planos.

Não obtiveram nenhuma resposta de sua primeira investida contra Boandis, quando Lady Hestea lançou a morte para os pássaros. Sua tentativa de chamar atenção e fazer o poder mencionado por Pannastovik se revelar fracassou. A personalidade que detinha o poder para quebrar o selo não se importou com o que aconteceu. Na verdade, Codhe fora impedido de ir até Boandis, mas Lady Hestea sequer cogitava essa possibilidade.

Codhe não se deixou abalar pelos constantes pedidos negados, mas acabou desistindo de ir. Os gêmeos estavam ocupados com os exames finais. Finalmente, aquela fase teria fim e dariam início a nova jornada, com direito a títulos e, quem sabe, uma cadeira no Coirlem.

Codhe recebeu uma mensagem do Sr. Perko solicitando uma visita à biblioteca. No entanto, só pode comparecer dias depois, quando surgiu uma folga depois de almoçar com a irmã. Depois de se despedirem, ele foi para a biblioteca saber quais novidade Sr. Perko tinha.

— Infelizmente, para o jovem mestre, as novidades são ruins — dizia Sr. Perko sem entusiasmo. — A veilana se chama Elissa Irebe, porém, este nome é falso e não existe ninguém no castelo com tal nome.

— Poderia acontecer dela não mais trabalhar no castelo?

— Poderia. Contudo, seu nome ainda seria lembrado, mas não é o caso.

— Deu um nome falso, porque não queria que fosse descoberta, sendo uma veilana segue ordens... — Codhe pensava alto, tentando formular alguma teoria em sua mente. — Quem estaria por trás dessas ordens?

— Temo que não poderei mais ajudá-lo.

— Ora, Sr. Perko, por favor! Não me desampare agora que estamos cada vez mais perto de solucionar esse mistério.

Era verdade que Sr. Perko sempre fora solícito, mas agora parecia estar temeroso e relutante. Codhe sentiu a postura do idoso bibliotecário e não compreendeu o porquê de tanta cautela. Pensou que, talvez, ele fosse velho demais para se envolver em coisas desse tipo e queria apenas continuar tendo uma vida tranquila entre estantes e livros.

Assim, Codhe não insistiu e foi para sua mesa, mas não queria estudar. Acabara de fazer as últimas provas e deveria apenas aguardar os resultados, que tinha certeza serem positivos.

Observou o Sr. Haven Perko, suas cãs lhe davam um ar de sabedoria e respeito, tinha um olhar extenuado mas atento, profundos azuis cinzentos que não demonstravam dificuldade em ver tudo em todos os lugares.  Pensou no porquê havia rejeitado o título de lorde e começou a sentir curiosidade sobre a vida do idoso, se tinha família, esposa, filhos e netos, quem seriam e como viviam? Perguntas que não eram da sua conta mas despertava interesse, ou estaria apenas pensando para passar o tempo?

Foi então que percebeu o quão inútil era estar ali. Até o anúncio dos resultados, que poderiam levar dias ou semanas, poderia aproveitar para descansar e dormir.

 

 

Aos poucos, o canto dos pássaros foi ouvido novamente em Boandis e isso foi uma alegria para todos. Os pássaros estavam vindo de outras cidades para povoar novamente o litoral, afinal, ali era uma terra fértil e oferecia fartura para todos, inclusive, para os animais. Muitos preferiam crer que Lorde Shaido os havia atraído para Boandis, que até mesmo os pássaros estavam desejando residir ali por causa da presença dele.

Era cedo e o sol já estava em seu lugar. Lorde Shaido desceu sozinho cavalgando em seu cavalo de raça clydesdale até a praia. Desde que chegara não havia ido ver o mar que tanto amava. A imensidão azul lhe suavizava os pensamentos, dava tranquilidade e paz, sentia que no azul estava um pouco de Belle, o que fazia seu coração se aquecer. Ficou ali, em pé sobre uma encosta de pedras, apenas observando o horizonte e deixando sua mente se esvaziar e se perder no azul, para que a cor lhe enchesse corpo e mente assim como o brilho dourado do sol lhe aquecesse.

Fechou os olhos por um momento e respirou fundo. Nesse momento, foi como se a luz solar lhe fosse roubada e uma pesada sombra estivesse sobre si, uma sensação horrível e lamentável. Abriu os olhos imediatamente e olhou o mar a sua frente, onde o azul fora substituído por uma imensidão escarlate, como um mar de sangue, tétrico e maligno.

O som do mar havia mudado, agora era como prantos de fúria e malícia, nas águas estava uma magia tosca, absorvendo o oxigênio, transformando o azul em vermelho, trazendo morte aos peixes, dos menores aos maiores. Logo estavam boiando e sendo empurrados pelas ondas para a costa da praia.

Lorde Shaido não se horrorizou, achou a cena ridícula e débil. Enfureceu-se e buscou a fonte daquele drama, que era um poder emitido por alguém tentando fazer uma magia simples e barata parecer algo fenomenal e assustador.

Expandiu seu poder em busca do alvo, onde estaria a fonte de tudo aquilo? Provavelmente, a mesma pessoa que causara anteriormente a morte dos pássaros, agora agia pelas águas. Fazia sentido, se o povo visse tal cena ficaria em choque novamente, mas não Lorde Shaido, ele não se abalaria por pouca coisa.

Seu poder era sublime, buscava através das águas o seu adversário. Tratou logo de anular o poder de morte, retirou o vermelho, concentrando-se no azul, lembrou de Belle e de como ela ficaria triste em ver sua cor favorita ser desconfigurada. Sentiu um calor lhe dominar ao pensar em Belle, sentir sua presença consigo lhe dando mais forças, tornava sua magia visível e sólida, para a qual aquele poder malicioso não tinha chance e deveria se envergonhar. Mas o poder não fugiu, pelo contrário, tentava lhe afrontar e isso lhe causava revolta por tamanha insolência.

Como alguém ousava lhe desafiar? Como alguém ousava tocar em algo que ele amava? Como alguém ousava invadir Boandis, sua cidade, a qual ele agora governava?

Quanta audácia!

Não deixaria impune, não deixaria barato. Enarah, seu cajado, brilhou e seu poder curou os peixes doentes, e tornou os que infelizmente morreram parte das águas, fazendo-os sumir da visão tão rápido e tão eficiente para que outros olhos não pudessem ver tal cena deprimente. O mar voltou a ser azul, calmo e vivo; Lorde Shaido de vangloriou de sua supremacia

Sentiu algo vivo e intenso ao seu redor, algo maior. Algo que lhe avisava para não se iludir e, pela primeira vez, teve uma experiência diferente das outras, pois naquele momento sentiu Pannastovik se revelar ao seu favor. Sentiu em todo o seu ser aquele aviso: para não ser presunçoso, pois aquele mal estava mascarado.

Por trás de algo julgado simples e fraco, estava um poder maior, manipulador e dissimulado. Soube que assim como Pannastovik havia dado seu sinal para ele, também os nobre de Bellephorte já haviam sido igualmente avisados.

Lorde Shaido era altivo e desejava fixar sua marca diante dos olhos atentos dos mais poderosos de Les Marcheé. Certamente, conseguiu quando resolveu por si o que em outros tempos teria Boandis necessitado de ajuda extra.

Quando sentiu que tudo estava normal deixou a praia voltando para a cidade. O evento durou apenas alguns minutos e foi uma investida fracassada, pois Lorde Shaido resolveu o problema com extrema eficiência. Orgulhoso diante dos olhos de Pannastovik, se estava sendo testado, certamente recebeu aprovação. Mas sentiu que não estava sozinho e continuava sendo observado, não apenas por Pannastovik mas havia outras forças maiores que a sua. Esse poder maior poderia se ocultar facilmente, mas estava propositalmente deixando que ele tivesse conhecimento de sua existência.

O sol estava alto e intenso, era verão e o dia estava quente. Cavalgava veloz de volta à cidade, pois tinha muitos assuntos a resolver. Todavia, aquela sensação de estar sendo observado o acompanhava, por mais rápido que fizesse seu claydesdale correr, aqueles poderes o acompanhavam, como se fossem o próprio sol ou o céu.

Não estava com medo, pois apesar de sentir a força, sabia que não eram poderes malignos. Então algo passou em sua cabeça, uma memória. Lembrou-se que os Imperadores de tudo sabiam através de Pannastovik e nunca os mitos de sua infância parecerem tão reais e palpáveis, quando lembrou-se das histórias que sua mãe lhe contava sobre os Lordes Lynzeths: poderosas forças que estavam em toda parte de Les Marcheé e defendiam toda a terra de todo e qualquer mal, desde os menores até as maiores maldições. Era pelos Lordes Lynzeths que Les Marcheé estava sempre em paz.

Mudou sua rota, virou ao lado contrário a cidade e se dirigiu para a floresta nas encostas da Montanha Rusta, que fazia divisa com Boadicra, cidade vizinha. Era uma grande extensão de floresta e montanhas sólidas de calcário, cujas águas do mar lhe entravam por baixo e o tempo as corrompeu, formando cavernas com estalagmites e estalactites.

Não tinha a intenção de entrar nas cavernas. Decidiu subir a montanha e observar toda Boandis, visualizar até onde seu governo se estendia. Não havia sido formalmente declarado governador, mas todo povo o consideravam governador legítimo. Usaria dessa visão e com seu poder buscaria onde se encontrava os olhos que o observavam desde o momento de confronto na praia.

Estava curioso e, de certa forma, até orgulhoso em ser notado por um poder tão excelso, mas queria além de uma simples presença, queria encontrar os Lordes Lynzeths. Se eles existiam e estavam ali, deixando ele saber de suas presença, ele não se contentaria com apenas sensações e suspeitas, queria vê-los face a face, olho a olho, medir forças e mostrar que seu governo seria o mais forte e poderoso de todos a ponto de Boandis não precisar mais de proteção secreta, pois se sentia capaz de fazer por si.


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