Três doze avos semanas após sua saída do hospital, Procopio adicionou mais um item a sua lista de objetivos: Derrotar os Secretários das Trevas; diminuir a entropia do universo; e encontrar e apagar quem destruiu sua vila. Mas, devido ao seu ódio profundo, decidiu dar prioridade ao último.

Para encontrar o culpado(a) Procopio, junto com André-Marie Ampère e Álvares de Azevedo foram até a estação de bondinho quântico do Vale da Engenharia de Biosistemas. Lá, o grupo pegou um bondinho até o Bazar Universal de Hyshalla, na monarquia constitucional da Áustria. O Bazar Universal de Hyshalla é um lugar quase sem fim, onde se encontra desde balinhas de hortelã a assassinos de aluguel a reatores nucleares intactos.

Lá, Procopio e sua torcida organizada vagaram por horas a fim, procurando e procurando um indivíduo. Este indivíduo era ninguém menos que o visionário Heinrich Hertz. Hertz era famoso pela sua habilidade de manipular o espaço tempo, gerando ondas com amplitude 7/(pi.e), capazes de percorrer até anos-luz, uma habilidade perfeita para encontrar alguém. Felizmente, Hertz tinha uma loja fixa de curiosidades no Bazar, deixando-o fácil de encontrar.

Porém, o Bazar é tão imenso é que absolutamente necessário um método de localização, como um mapa ou um Sistema de Posicionamento Universal (UPS). Sem eles, é mais provável uma pessoa ficar a vida inteira vagando pelas infindas escadarias espirais e corredores que parecem não ter fim, do que encontrar o que ela estava procurando. Mas, Procopio e sua congregação não tinham nenhum dos dois, e precisavam de resolver essa situação. 

Em vista da situação, Ampère sugeriu apenas pedir informação a um dos guardas, e o grupo concordou: foram até um dos guardas e pediram a localização da loja de Hertz. O guarda então os guiou até a loja, e o grupo agradeceu. Porém, algo de errado havia ocorrido: a loja estava devastada, e Hertz não estava lá. O grupo tentou perguntar aos donos das lojas em volta, mas ninguém viu o que aconteceu com Hertz. Como ele não havia deixado nenhum rastro, e a loja foi devastada, o grupo chegou a uma conclusão: Hertz havia sido sequestrado.

Não há nenhuma forma de sair do Bazar despercebido, devido a segurança nas saídas. Logo, Hertz deve estar em algum lugar no Bazar. Porém, como só é possível encontrar um lugar lá sabendo as coordenadas universais do lugar, não havia nenhuma maneira de encontrar Hertz. Então, o grupo entrou em desespero. Sem Hertz, nunca encontrariam o culpado(a).

Mas, Procopio logo teve uma ideia. Ele foi até uma loja de instrumentos e comprou um gongo cristalino. Ele sabia que Hertz conseguiria detectar ondas da amplitude correta. Então, ele tocou o gongo, causando uma onda gigantesca de mesma amplitude das de Hertz. Procopio então mandou uma série de ondas, formando uma mensagem em código morse.

Depois disso, Ampère adquiriu um detector de ondas em uma das lojas, e o calibrou para a amplitude de Hertz. Ampère logo viu uma onda contínua vindo de um corredor escuro e sinistro. O grupo cogitou se deveriam entrar ou não, mas logo perceberam que era o melhor caminho. Após andarem por alguns minutos em completo silêncio, um corredor sinistro que parecia virar e contorcer com a escuridão, o grupo vê uma tocha emitindo uma luz muito fraca. Próximo a ela, o que pareciam silhuetas de três pessoas que estavam estranhamente paradas. Álvares, apavorado, liga sua lanterna na potência máxima, revelando uma visão macabra: as silhuetas eram de guardas enforcados e ensanguentados, e o quarto estava cheio de outros corpos.

Apesar da visão horrífica, Procopio não parecia preocupado, ou apavorado. Isso é porque ele sabia que sua hipótese estava correta, e Hertz dever estar ali em algum lugar, e quem quer que seja o culpado(a), com certeza está ligado a destruição de sua cidade natal. 

Após perceberem que na sala só estavam os corpos, e o assassino não estava lá, o grupo decide iniciar a investigação. Após revirar um pouco a sala, Ampère acha um homem amarrado em meio aos corpos. Ele ainda estava vivo, seus pulsos ainda batiam. Mas estava inconsciente e com o rosto coberto por uma pano. Após remover o pano, não havia dúvidas: só podia ser Hertz.

Porém, alguns instantes após o encontrarem, o grupo ouve passos leves, porém velozes vindo da escuridão. Ampère entra em uma posição de combate, e fala para o resto do grupo sair do chão. Procopio e Álvares, carregando Hertz, sobem nas cordas que enforcavam os guardas. Ampère ouvia os passos se aproximando mais e mais, e ouvia vozes falando em uma língua desconhecida. Quando os passos chegam na luz, Ampère vê duas criaturas humanóides, pequenas, corcundas e cobertas de pêlos roxos, com pés semelhantes aos de um lobo e uma face semelhante a de um bode. Eles eram muito rápidos, e carregavam facas e usavam roupas escuras.

Ampère então utiliza rapidamente seus poderes de amperagem para eletrizar o chão metálico, matando os monstros instantaneamente. O grupo, para evitar confusão, rapidamente sai pelo corredor e leva Hertz até sua loja. Após Hertz recuperar sua consciência, ele explica que foi atacado pelas duas criaturas, que destruíram sua loja e o nocauteou. Hertz então agradece ao grupo por terem o salvado.

Procopio então explica o motivo pelo qual eles haviam o procurado, e Hertz decide ajudar-los, já que ele tinha quase certeza que as criaturas que devastaram sua loja estavam ligadas ao caso de Procopio, e como um gesto de gratidão por terem o salvado.

Porém, Hertz explica que havia um equívoco nos rumores sobre seus poderes. Ele pode sim detectar qualquer tipo de onda e pode criar ondas de amplitude 7/(pi.e) que percorrem até anos-luz, mas havia um problema: Ele só consegue criar ondas mecânicas. Ou seja, eles precisariam estar no mínimo no mesmo planeta que o alvo, já que a onda não se propaga no vácuo. 

Isso complicou em muito a missão do grupo.