Miss Shadow escrita por Botiné


Capítulo 7
Investigando


Notas iniciais do capítulo

Oioi
Eu sei, demorei muito. Desculpa gente, sou uma irresponsável, maaaas aqui estou eu de novo e juro que vou tentar não demorar tanto com o próximo.
Espero que gostem ♥



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Depois de Felicity nos mostrar o lugar, voltamos para onde tinha acontecido o roubo e começamos a investigar. Claro que Barry fazia a maior parte do trabalho já que, apesar de entender sobre o assunto, eu não era cientista forense.

“O que você está procurando exatamente?” a loira perguntou ao Allen. Eu estava mais segurando vela do que qualquer coisa, então peguei meu notebook.

Precisava saber o que tem acontecido pelo mundo e também ia ser legal invadir o sistema do Stark de novo. Ele provavelmente já mudou algo na armadura. Depois de ter visto nas notícias que uma pequena cidade no Novo México foi destruída misteriosamente, resolvi tentar invadir o sistema do Stark. Estava distraída tentando obter êxito na minha pequena diversão quando a conversa dos dois pombinhos me interessou.

“Então você viu ele, não é? O vigilante? Eu li que ele te salvou. Como ele era?” ah, não! De novo o fanatismo do Barry pelo vigilante. Meu Deus! Será que eu não conseguia ficar longe de heróis? Na época desse pensamento eu não sabia, mas a resposta dessa pergunta era absolutamente não. Voltando a história...

“Verde.” Depois dessa resposta eu não me contive, comecei a gargalhar, mas Barry não pareceu perceber que aquilo era uma indireta para não falar do assunto e insistiu.

“Verde. Isso é interessante, não é? Quer dizer, por que verde? Preto seria melhor pra se esconder e para camuflagem urbana. Eu, pessoalmente, acho que ele treinou em algum tipo de ambiente florestal ou selvagem e o verde é uma indicação disso.” Ele parecia orgulhoso de sua própria teoria enquanto Felicity parecia desconfortável com o rumo da conversa. Aquilo me deixou desconfiada.

“Eu não penso muito sobre o Vigilante.” Tentou encerrar o assunto com isso, mas meu amigo era uma pessoa que de vez em quando precisa de uma dose de semancol.

“Os relatórios da polícia dizem que ele usa flechas de carbono. Mas se ele mudasse pra um composto de alumínio e carbono ele conseguiria um poder de penetração muito melhor.”

“Talvez ele ache que penetra muito bem.” O jeito que ela falava, como se fosse íntima do Vigilante me deixou intrigada e cada vez mais desconfiada.

“Quer saber mais uma coisa? Eu acho que ele tem parceiros. Definitivamente alguém com conhecimento de informática.” Se antes Felicity estava desconfortável, agora ela parecia querer fugir pras colinas. Resolvi interromper, havia deixado a conversa fluir pra ver que rumo ela iria seguir enquanto ainda tentava entrar no sistema do Stark, mas Barry já estava passando dos limites.

“Barry chega, você está deixando-a desconfortável. Deixa o vigilante quieto.” Falei ainda concentrada. Droga, o Stark reforçou a segurança, vai me dar mais trabalho.

“Alice, só porque você se sente desconfortável com o assunto heróis não quer dizer que o resto do mundo também.” Apesar de chateada, sabia que Barry não tinha falado aquilo pra me magoar, ele só era desse jeito.

“Por que você está tão interessado no Vigilante?” Felicity interrompeu a possível discussão.

“Quando eu tinha 11 anos, minha mãe foi assassinada.”

“Eu sinto muito.” Felicity parecia muito constrangida de ter perguntado sobre e parecia um pouco mais pálida do que o normal. Resolvi não me meter mais na conversa deles, ainda mais que se ele iria contar sobre a mãe dele era porque realmente confiava nela.

“Eles nunca pegaram o cara que matou ela. Talvez ele tivesse.” Um apito tirou nossas atenções sobre o que estávamos fazendo, eles conversando e eu hackeando o sistema do Stark.

Fomos todos em direção ao computador que mostrava os resultados do teste que Barry estava fazendo.

“A terra. Tem uma estrutura cristalina nela.”

“Que estranho.” Concluí ao ver a estrutura a que ele se referia.

“O que é estranho?” a loira perguntou ansiosa.

“É açúcar.” Ele concluiu confuso.

“Vou ligar para o Oliver.” A loirinha foi logo se adiantando, porém entrei em seu caminho.

“Não seria melhor avisar a polícia?” arqueei uma sobrancelha em questionamento.

“Depois, sim. Mas Oliver pediu para ser avisado assim que tivéssemos algum resultado.” Sem me dar tempo pra responder, pegou o celular e o chamou para vir até onde estávamos.

Depois de uns vinte minutos ele chegou trazendo seu guarda-costas.

“Achou alguma coisa?”

“Nós achamos alguma coisa.” Já havia me distanciado de novo e voltado a minha distração. O Stark fez um ótimo trabalho aperfeiçoando o sistema de segurança.

Mesmo distraída sentia o olhar observador dos homens recém chegados sobre mim, mas resolvi ignorar e continuar o que estava fazendo. Estava quase conseguindo.

“Tinham traços de sacarose e um pouco de terra que o assassino trouxe pra dentro com a bota.” Barry fez o relatório. Estava quase conseguindo. Faltava pouco.

“O que me fez pensar... Tem uma refinaria de açúcar a dois quilômetros daqui. A terra em volta dela está impregnada de restos de açúcar. Aí eu chequei. Eles tiveram um caminhão de entrega roubado dois dias atrás.” Felicity continuou. Quase lá. Só precisava desbloquear o J.A.R.V.I.S. e desativar suas defesas reconfigurando o seu sistema operacional.

“O caminhão deles é da mesma marca e modelo que o ladrão usou para roubar a centrífuga.” Barry explicou e... Consegui!

“Isso!” exclamei e acabei chamando a atenção deles pra mim. Ops!

“O que você está fazendo de tão importante nesse computador?” perguntou o cara que eu ainda não sabia o nome e sabia ser o segurança do Queen desconfiado.

“Resolvendo um problema do acelerador de partículas. O cálculo tinha dado errado e os efeitos seriam catastróficos, mas eu acabei de consertar.” Improviso a gente se vê por aqui. Mesmo ainda estando desconfiado ele desviou o olhar e voltou a prestar a atenção na dupla dinâmica. Essa foi por pouco.

“Vocês conseguiram rastrear o veículo?” o CEO perguntou sério.

“Estamos tentando.”

“Se quiserem, eu talvez consiga de um jeito mais rápido.” Voltei a atrair a atenção.

“Como?” antes que eu pudesse explicar o computador apitou de novo dessa vez dando as coordenadas do caminhão. Salva pelo gongo, não sei como iria conseguir explicar que iria tentar rastrear o caminhão pelo satélite do Stark, que tem um alcance bem maior, sem entregar que estava hackeando ilegalmente um bilionário.

“O que foi isso?” Oliver fazia muitas perguntas.

“Não vai acreditar nisso. O caminhão. Acabou de ser usado para roubar um banco de sangue.” Pois é, quando você pensa que não pode ficar mais estranho...

“Tem certeza?” mais perguntas.

“Tenho. O cara acabou de sair com 30 litros.” Reafirmou Felicity.

“Ele é super forte, gosta de sangue? Por favor, não me diga que acreditamos em vampiros.”

“No mundo maluco de hoje, eu não duvido de nada.” Novamente, eu achei que tinha murmurado baixo.

“Nós devíamos passar essa informação pra polícia local.” Barry salvou a minha pele novamente.

“Eu vou cuidar disso.” Uma das primeiras vezes em que Oliver não fez uma pergunta. “Você falou que vocês estavam investigando um caso parecido em Central City?” comemorei antes da hora.

Ferrou, Barry foi pego despreparado. Vai acabar se enrolando.

“É. É, sabe, é parecido. Tem elementos parecidos. Um monte de semelhanças.” Me aproximei pra ajuda-lo.

“O que ele quis dizer foi que o caso de Central City tem apenas alguns detalhes parecidos. Como o fato do assaltante ter roubado uma centrífuga industrial de mesmo modelo dos Star Labs e ser somente uma pessoa muito forte.” Todos ali eram muito desconfiados, com exceção de Felicity, então não pareciam muito convencidos.

“Claro.” Oliver concluiu e saiu levando consigo o cara que eu não sabia o nome. É, eles realmente não foram convencidos. Barry e eu nos entreolhamos. Não podíamos fazer nada por agora, mas ainda queria ver as armaduras do Stark então voltei pro meu canto enquanto os pombinhos voltaram a fazer alguma coisa no computador.

A única coisa que eu tinha certeza além do fato de que eles estavam desconfiados de nós, era que eu também estava desconfiada deles. Estava na hora de investigar a fundo. O Stark e seus projetos podiam esperar.


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