Na Mira da Fama: Um Bom Motivo Para Sorrir escrita por BeaFonseca


Capítulo 18
Capítulo 17 (Penúltimo) - Apelo e sentimentos admitidos.




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Pov. Jimin

         Temos uma entrevista daqui a uma hora com uma emissora famosa no Brasil. Não me recordo o nome, e pra falar a verdade, nem me importava. Quase 3 meses sem notícias de Sophie, e não pensei que em tão pouco tempo, meu mundo fosse desmoronar. Tive erros absurdos em performances fáceis nos shows, que logo em seguida era motivo de piada em mídias. O grupo já estava ralhando a cada 10 minutos comigo, inclusive o Maknae.

— Está de novo nessa áurea de tristeza? – Sugar se aproximou, sentando ao meu lado no banco.

— Não consigo evitar. – Confessei. – Só de pensar que Sophie pode está em qualquer lugar por aqui, minha cabeça não para de imaginar se ela irá aparecer.

— Deveria superar isso, Jimin. – Sugar tocou em meu ombro. – Bang Hyung já deixou claro que não permitirá esse relacionamento. Ela sabia disse e foi embora para protegê-lo.

— É justamente por isso, Hyung. – Encarei ele. – Se ela não gostasse de mim, não teria feito isso, o que me faz pensar ainda mais nela. Eu estou perdido... – Suspirei.

— Você sem ela ta pior do que estivesse com. – Sugar revirou os olhos.

— Estou falando sério, Hyung. – Olhei pra ele. – Isso é um dilema pra mim. Em algum momentos, penso em desistir de tudo isso. – Falei esta última frase em um sussurro.

— As pessoas tem medo de arriscar. – Comentou. – Nossa mídia é exigente, e muitos preferem seguir um padrão à fazer a diferença. – Ficou incomodado.

— Se ela tivesse ficado, eu enfrentaria qualquer coisa. – Afirmei. - Viu as notícias? Nossas fãs já a adoram sem nem ao menos conhecê-la. As coisas estão mudando, Hyung! Nós somos influência para as pessoas agora!

— É, mas para o nosso chefe, tudo ainda deve permanecer no tradicional. Além do mais, temos um contrato a cumprir. – Lembrou. Bufei.

— Contrato! Contrato! – Repeti, irritado. – A única preocupação de Bang é manter esse bendito tradicionalismo. Nosso país é atrasado, Hyung, e enquanto viajamos, percebemos isso com outras culturas. Está mais do que na hora de mudar isso. – Me levantei, impaciente. – Lembra do trio de ouro? O primeiro grupo Girls lançado pela BigHit. A mídia não deixou nem mesmo a Joan em paz depois da tragédia que acabou com a carreira do grupo. Elas eram uma inspiração, Hyung, e foram massacrado por algumas emissoras pela conteúdo diferenciado que trazia em suas musicas e danças. Elas poderiam ter sido a evolução de nossa geração. E estava dando certo... – Lamentei. – Eu não quero ficar mais preso nesse padrão. – Finalizei, irado.

         Sugar suspirou ao meu lado. Estava pensativo.

— Ouvi dizer que o Brasil é conhecido por seu acolhimento. – Disse, de repente. Não sabia o que ele queria dizer com isso. – E são bastante determinados. – Completou, me deixando ainda mais confuso.

— Não ta ajudando muito. – Reclamei. Ele revirou os olhos.

— Temos uma entrevista daqui a uma hora. – Olhou o relógio. – Melhor se apressar logo em arrumar um bom discurso para impressionar Sophie, se quiser que ela veja. E se quiser também que abracem a sua causa. – Foi a última coisa que disse.

A ficha finalmente caiu.

***

  - (...) Sabemos que agora, o grupo é conhecido mundialmente, quebrando muitos recordes de audiência com MVs— O apresentador falava enquanto alguém de nossa equipe traduzia todo o conteúdo. – Mas estamos com certa duvida sobre o que anda rolando em muitos sites internacionais.— O grupo se entreolhou, confusos. De alguma forma, eu já até imaginava o que deveria ser. Afinal, foi realmente chocante para todos os nossos fãs.  – Uma garota conquistou o coração de um de vocês, e com uma bela dança.— Em seguida, ele apontou para o telão, onde reprisava novamente a gravação. Aquilo só me fazia lembrar a cada segundo de Sophie.

— É muito interessante você expor este assunto, porque nos dá a oportunidade de explicarmos, também, as nossas fãs Brasileiras, o motivo dessa gravação... – Namjoo começou a explicar, e eu sabia que, mais uma vez, para evitar maiores problemas com a nossa gravadora, teria que ser repetida uma história completamente superficial, colocando um ponto final.

Decidi que seria uma boa oportunidade para interromper Namjoo.

— Desculpe, mas eu preciso dizer algo. – Todos voltaram suas atenções para mim. Sugar, como o esperado, me encarava dando força. O apresentador, por outro lado, estava empolgado. – Tudo que aconteceu aí – Apontei para a gravação de fundo – Foi real! A garota desta gravação esteve um bom tempo conosco na turnê.

E quem seria ela, Park Jimin?— O apresentador perguntou. O grupo parecia apreensivo. Decidi não olhar para trás e ver a cara de Tony Hyung que, muito provavelmente, estaria a ponto de entrar no palco e me estrangular.

— Preservarei seu nome, em respeito. – Respondi. A tradutora parecia nervosa. – Mas eu gostaria muito de dar um recado pra ela agora, porque eu soube que estava no Brasil. – Quando a tradutora repetiu, a plateia ficou eufórica. O apresentador fez algum sinal para alguém e em seguida, apontou para a câmera próximo a mim.

A busca pela Cinderela não acabou, meu queridos amigos. – O apresentador disse, com um largo sorriso. – Vamos ouvir o que tem a dizer.— Fez um sinal para mim.

         Respirei fundo, e senti que meu corpo estremecia com a ansiedade. Eu estava prestes a mudar o rumo da minha vida e muito provavelmente, a do grupo. Olhei para cada um, e para a minha surpresa, me encorajavam. 

— Eu gostaria de dizer, não só a ela, mas a todos aqui presentes e a todos que estiverem me vendo agora. – Segurei firme o microfone. Estava muito nervoso. – Não desistiam nunca do que mais desejam. Do que mais querem. – Olhei para meus amigos. – Nós passamos por muitas coisas para chegar onde chegamos, e acreditem, se estamos hoje aqui, é porque corremos atrás e lutamos por isso. – Olhei novamente para a câmera. – Ninguém evolui parado, não é mesmo? – Brinquei, e todos riam. Um tela de tradução passava para o público presente. – E partindo dessa filosofia, eu quero dizer que algumas barreiras precisam ser quebradas, e eu estou disposto a arriscar qualquer coisa para buscar minha felicidade. Eu amo dançar, amo cantar, amo nossos fãs, e eu prometo sempre fazer o meu melhor para continuar sendo um bom exemplo e jamais decepcioná-los... – Suspirei. – Mas eu também amo aquela garota e me incomoda saber que a nossa tradicionalidade e preconceito me impede de estar ao lado dela. – Endireitei um pouco os ombros, sentindo a tensão. – Não me decepcionem ARMYS, conto com o apoio de vocês para quebrarmos essa barreira. Amor e felicidade verdadeira acima de tudo e qualquer coisa, porque se não a temos, não há harmonia espiritual... não há perdão ou compreensão. – Finalizei, fazendo um cumprimento significativo em frente a câmera.

         Depois disso, eu só lembrava dos aplausos envolvidos. Percebi um movimentação do fundo do palco. Tony Hyung estava saindo. Olhei para meus amigos, que vieram ao meu encontro, satisfeitos.  

— Não esqueçam de Twittar, meu amigos. Precisamos fazer com que essa mensagem chegue os ouvidos da moça misteriosa para nós. – Ele se aproximou da câmera. – Vamos rezar para que a mensagem seja captada e pode ter certeza de uma coisa... – Olhou para todos nós. – Liberdade de expressão é o princípio para a evolução. – Levantou as mãos para o alto e disse. – Vamos abraçar a causa!

***

Pov. Sophie.

         Estava terminando de organizar minha bolsa para ir trabalhar, lembrando que ainda tinha que evitar Jackosn no corredor, porque fazia quase uma semana que tínhamos conversado, ele não parava de me atormentar com suas investidas.

“Acho que até mesmo uma criancinha de 5 anos, hiperativa, seria menos irritante que Jackson!”.

         Fechei a porta do apartamento, e me deparei com o loiro subindo as escadas com algumas sacolas em mãos. La vamos nós.

— Baby, está indo trabalhar? – Perguntou.

— Não acho que seja da sua conta, Jackson! – Respondi, mal olhando pra ele e descendo as escadas. Percebi que ele me seguia.

— De mal humor a essa hora da manhã? Que bicho te mordeu? – Brincou. Eu sabia que ele fazia essas coisas de proposito, mas mesmo não querendo, eu até que me divertia com isso.

— Não tem coisa melhor pra fazer não? – Perguntei.

— Bom, estarei um mês inteiro aqui no Brasil, e pretendo passar o resto desses dias te atormentado. – Riu. – Então, não.. não tenho nada melhor pra fazer. – Revirei os olhos, tentando não rir com isso.

— Que carma. – Ralhei. Ele ri.

— Baby, antes que eu esqueça, acho que deveria ligar a TV... – Não deixei que ele terminasse de falar. Achei que estava prestes a dizer mais uma baboseira.  

— Tchauzinho, Jackson! – Acenei sem fitá-lo. Não ouvi mais seus passos atrás de mim.

Estava feliz por hoje eu ter aulas com turmas novas. Assim que cheguei no prédio da instituição, recebi uma ligação de Tony. Estranhei.

— Sophie! – Ele quase gritou e estava empolgado.

— Tony? O que aconteceu? – Perguntei, preocupada com seu tom de voz estranho.

— Você está em casa? – Perguntou. Estranhei a pergunta, tendo em vista que ele e Sook iriam me visitar a noite.

— Eu estou no meu trabalho, Tony! – Avisei.

— Ótimo, não ligue a TV até eu te encontrar hoje a noite. – Pediu. Achei estranho o seu pedido. Estava curiosa, e pelo tom de voz dele, sabia que não deveria ser nada de muito grave, se não, não teria ficado animado no final. 

Desliguei a ligação, com mil e um pensamentos pairando no ar. Eu acho que vou ter que esperar até a noite pra saber.

“Será que Sook está grávida?”. Oh meu Deus! Será que esse era o recado?

Mas não faria sentido ele me pedir para não ligar a TV. Bom... Com toda a curiosidade do mundo, decidi que deixaria os pensamentos de lado por um momento. Ainda tinha aula pra administrar.  

— Pessoal, hoje temos aula de hip hop! Então eu quero que... – Antes que eu pudesse finalizar a instrução. Uma aluna se aproximou de mim, e parecia chocada. Tinha um celular em mãos.

— Professora Sophie. – Ela e um grupo se agruparam a minha frente. – Os BTS estavam agora a pouco ao vivo na TV, e o Jimin fez um apelo em rede nacional! – Ela parecia empolgada. Aliás, todos ali presentes. Meu coração parou, preocupada.

— O-o que e-ele disse? – Perguntei, com certo medo e ansiedade. Eu iria matar Tony se estiver me escondendo alguma coisa.

— Veja! – Ela me entregou o celular e fiquei na dúvida se assistia ou não aquele vídeo. Sentei em um banco mais próximo. Precaução, caso eu desmaie aqui mesmo.

         Eu estava tão concentrada na entrevista, que eu não conseguia nem perceber a movimentação agitada do grupo a minha frente. Acho que só lembrei de respirar quando a entrevista finalizou. Meu coração estava falhando, e pensei que a qualquer momento eu poderia ser diagnosticada com paralisia cerebral. Minha mente estava branca. Meu corpo estremecia.

— Professora... – Um das meninas chamavam a minha atenção. – A senhora está bem? – Não respondi a sua pergunta. Peguei a bolsa e saí a passos largos daquela sala. Precisava de uma lugar para me acalmar, então entrei em uma salinha pequena que continha produtos de limpeza.

“O que eu vou fazer depois disso?”

         Eu realmente não conseguia pensar em mais nada. Jimin não disse meu nome, mas aquele depoimento parecia que estava escrito SOPHIE em cada final de frase. Não podia ignorar isso. Ele estava certo em tudo que falava e era um louco por enfrentar seu próprio mundo assim. O que ele pensa que está fazendo?

         Ele disse que me amava... E tão pouco tempo, era quase impossível um amor assim acontecer. Eu não acreditava em coisas assim, até descobrir que era possível. Eu também o amava e precisava admitir de uma vez, e não fugir.

         Enfrentar e buscar a própria felicidade. Coisas que eu vinha evitando a muito tempo. Demorou muito para eu perceber que eu podia retomar a minha vida, mas demorou igualmente para eu perceber que nada disse seria o suficiente sem Jimin.

         Pensando nisso, saí da salinha do zelador e fiz questão de retornar a sala de aula. Tony viria a noite e eu irei com ele ao encontro de Jimin. Eu precisava dizer que seu apelo foi captado com sucesso e que eu o amava.

Sim.. porque eu precisava dizer isso a ele.

Ao entrar na sala, todos estavam sentados confusos e em conversas paralelas. Quando me viram, se levantaram, preocupados.

— Desculpem! Eu não comi bem hoje mais cedo, e posso ter passado mal. – Dei uma desculpa qualquer. Ninguém questionou absolutamente nada. – Vamos retornar as aulas (...). – Iniciei. 


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Notas finais do capítulo

Oiii genteee!! Espero que tenham gostado da mensagem que Jimin deixou para todos mundo. O/ #AbraçandoACausa

Obs: Amanhã postarei DOIS CAPÍTULOS. O último e o epílogo. Lembrando que estou para postar a segunda temporada. Mas só irei postar na Sexta feira que vem. (Pequenos ajustes ainda estão sendo feitos).

Quero a ajuda de vocês sobre o próximo membro que será atingida com aflecha do amor. Sugiram aí nos comentários, e o mais votado, será nosso próximo alvo. Bjsss (Tirando Jungkook, porque já estou fazendo algo para ele). o/ Bjssss



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