Traços do Destino escrita por Miss Daydream, LadyNightmare


Capítulo 5
Salve-Me


Notas iniciais do capítulo

[Miss Daydream]: TANANNANANAANNNNNNNNNN! ADIVINHEM SÓ QUEM SÃO AS DUAS ESCRITORAS MAIS FELIZES DA FACE DA TERRAAAAAAAAAAA?????? ISSO MESMO, NÓS MESMAS, DAY E NIGHT MELLO!!!
A FIC RECEBEU A PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO E NÓS DUAS ESTAMOS EM PURO ÊXTASE!!!!!! SÉRIO, AAAAAAAAAAAAA! Obrigada pelas lindas palavras e pelo carinho imenso e lindo DaDa Chan! Eu fiquei assim, sem palavras! Você é simplesmente incrível e maravilhosa, obrigada por confiar em nós e apreciar Traços do Destino, foi realmente muito especial!
Capítulo dedicado especialmente a você! Esperamos de coração que aprecie ♥
Sem mais lágrimas de felicidade, aqui vamos nós:

[LadyNightmare]: Oi, oi! Olha só quais foram as autoras que conseguiram atualizar cedinho UAHAUSHAUHSAUHS
Antes de tudo, quero agradecer (de novo AHSUHAUSHASH) á Dada Chan pelo review lindooooo que ela deixou em Traços do Destino! Eu ainda tô toda boba (e sempre vou ficar boba lendo os comentários de vocês) *u*
Tá sendo uma experiência incrível escrever Traços do Destino com a Miss, e vocês só aumentam a nossa empolgação *u*
Enfim, betamos o capítulo (como sempre), mas se encontrarem algum errinho, nos avisem se quiserem :D
Tenham todos uma boa leitura ♥
PS: Peguem uns lencinhos também 'u'
Kisses ♥



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Castiel chacoalhou os cabelos molhados, como se fosse um cachorro mal treinado.

Odiava ter que secá-los, e o tempo estava muito frio para ficar com eles absolutamente molhados por aí. Então essa era sempre a melhor opção, tirando que o banheiro ficava todo molhado depois, as gotinhas de água escorrendo preguiçosamente pelo espelho.

Dragon achava o maior barato quando o dono fazia isso, e isso rendia umas boas risadas para Castiel.

Olhou para o espelho embaçado pela água quente e passou as mãos para poder enxergar sua imagem.

Parecia cansado. E estava cansado.

Olhou-se enquanto secava as mexas vermelhas com a toalha branca e macia. Tinha acabado de retocar a raiz com a tinta vermelho sangue, então a toalha acabou ficando manchada.

Se sentia manchado. Tão manchado e estranho que se percebeu fazendo metáforas idiotas com palavras idiotas. Lysandre era bom nisso, ele vivia disso.

Nathaniel também devia ser, afinal ele estava cursando literatura agora.

Nathaniel.

— De novo... - resmungou irritado

Seus pensamentos sempre acabavam indo parar no loiro, onde quer que ele estivesse agora.

Não entendia o que tinha dado nele lá na livraria, ou o porque de ter alimentado a conversa com Nathaniel tanto, a ponto de se sentir decepcionado quando não saíram para continuar depois.

O tempo realmente era uma coisa assustadora e sem sentido. Se encontrasse a si mesmo do passado e contasse o que estava acontecendo, o Castiel de 17 anos o mandaria tomar no cu e se internar numa merda de um sanatório.

Talvez ele precisasse mesmo se internar numa merda de um sanatório, era a única explicação para ficar pensando no engomadinho o tempo todo.

A questão é que isso o estava deixando maluco. Ele estava diferente, e Nathaniel também. Talvez fizesse até sentido se darem bem agora, mas era impossível esquecer tudo o que tinha acontecido no ensino médio.

Principalmente o lance com a Debrah.

Por mais que estivesse tudo desmentido, o ruivo não conseguia superar aquele trauma todo. Ainda mais quando o aquariano trouxe o assunto à tona aquele dia na praça. Era um merda mesmo, e injusto.

Ele tinha sido rejeitado. E estava sendo bem complicado passar por aquela porra toda sozinho. De novo.

Sabia que boa coisa não viria de encontrar aquele loiro de novo, mas não achou que ia ficar preso nesse looping infinito por semanas!

Já não se viam fazia tempo, e nem tinha o número do garoto pra ficar batendo papo pelos cantos. Não que quisesse, porque esse não era o caso!

Queria esquecer tudo o que tinha acontecido. O ensino médio, os recentes encontros e todo o lance da livraria.

Porque porra não estava conseguindo?!

O alarme soou pela casa silenciosa, indicando que logo teria de começar a se arrumar para ir ao trabalho.

Tinha pego o turno da tarde, então tinha a noite livre para fazer o que bem entendesse. Estava pensando em sair para um clube qualquer ou coisa do tipo, mais para encher a cara do que qualquer outra coisa.

Isso sempre o ajudava a botar a cabeça no lugar. Ou melhor, tirá-la.

Deslizou o dedo pela tela para que a bugiganga parasse de tocar e suspirou.

Seria uma longa tarde.

***

Nathaniel sentia que podia entrar em coma a qualquer momento. O sono que sentia era tanto que suas pálpebras se fechavam sozinhas, sem sua permissão, como se implorassem para que ele dormisse um pouco.

E ele queria. Realmente queria. Mas ele precisava terminar de ler L'inconnu e ainda precisava fazer um resumo sobre o mesmo, falando sobre o que havia entendido. O livro era grande e, sinceramente, de todos aqueles parágrafos lidos até agora, Nathaniel só tinha entendido meia dúzia de coisas.

Suas notas vinham caindo gradativamente nas últimas semanas. Mas não eram “quedas” muito grandes. O problema era que o aquariano costumava sempre tirar notas altas, de noventa para cima. E na última avaliação que fizera, alguns dias atrás, sua nota fora setenta e oito. Uma vergonha.

E ele sabia que Francis, seu pai, já tinha sido informado sobre isso. E o loiro também sabia que não demoraria muito para que o mais velho viesse tirar satisfações consigo e lhe dar mais uma bronca. Já estava se preparando mentalmente. Até havia feito meditação um pouco antes de começar a ler para relaxar um pouco, porque ele sabia que Francis não pegaria leve.

Nathaniel culpava Castiel pela queda de suas notas. Sim, Castiel. Por que? Pois bem, o ruivo ficava o tempo todo atormentando a mente do aquariano, lhe distraindo e tirando sua atenção da aula, lhe fazendo pensar em como havia sido estranha, porém divertida, a conversa de ambos na livraria dias trás. E também no café que o leonino tinha prometido.

Olha só! Nathaniel está pensando nele de novo! Seus olhos passavam pelas letras do livro sem gravar nada, pois sua mente estava ocupada pensando em Castiel e em como seu cabelo parecia sedoso e macio, fazendo o loiro ter vontade de afundar os dedos ali.

Aleatório, não? Mas é exatamente isso o que ele está pensando.

Nathaniel? Abra a porta. Precisamos conversar.

O aquariano reconheceu a voz do lado de fora do quarto no mesmo instante. Pelo visto, Francis já havia chegado. O loiro respirou fundo umas três vezes antes de caminhar até a porta e destrancá-la.

Seu pai adentrou o cômodo como um foguete, passando reto e ligeiro por si. Quando o mais novo deu-se de conta, Francis já retirava do bolso de seu paletó a última avaliação da faculdade que Nathaniel tinha feito. O setenta e oito bem grande e vermelho escrito na primeira folha. Gritante e vergonhoso.

— Vai me dizer que droga é essa ou eu vou ter que perguntar? — o mais velho referiu-se à nota do filho.

— Isso é uma prova. — o aquariano respondeu, dando de ombros. Não havia o que falar.

— Não banque o engraçadinho comigo, Nathaniel! Eu não estou aqui para brincadeiras, me ouviu? — aproximou-se do mais novo, segurando-lhe pelo colarinho de seu pijama.

— Me solta! — pediu, sôfrego. O loiro já não sentia mais medo de seu pai, mas aquilo estava o sufocando.

— Eu não pago uma faculdade caríssima para você tirar uma nota dessas, entendeu? Já se esqueceu do que eu disse? — perguntou, retórico — Eu não aceito menos do que um noventa em suas avaliações. Então trate de estudar mais e pare de envergonhar o nome de nossa família. — praticamente rugiu, soltando Nathaniel em seguida, de modo bruto e sem cuidado algum, fazendo com que as costas do mais novo batessem contra a cabeceira de sua cama — Por que você não é como a sua irmã? Veja só: Ambre está seguindo os passos da mãe e investindo na carreira de modelo!

— Ela mal consegue subir em um salto e caminhar sem parecer uma boneca de Olinda, quem dirá conseguir um emprego como modelo. — riu em escárnio.

Um estalo foi ouvido logo em seguida. Alto e forte. Forte como a nova marca avermelhada na bochecha de Nathaniel. O lado direito de seu rosto tornando-se inchado em questão de segundos, enquanto o loiro esforçava-se para engolir o choro.

— Nunca mais ouse falar assim de sua irmã, entendeu? — Francis perguntou, porém, soou mais como uma ordem — Pelo menos ela está investindo em algo e não apenas me dando despesas como você. — o desdém presente em sua voz era enorme.

Quando Francis já havia saído do quarto, o aquariano permitiu que as lágrimas pesadas e salgadas que estava segurando escapassem de seus olhos e escorressem por seu rosto, seguindo pelo pescoço e acabando no abdômen.

Ele sentia vontade de gritar. Gritar muito alto e esmurrar a primeira coisa que visse.

E antes que acabasse socando a parede como da última vez e terminasse com uma mão roxa, o loiro agarrou seu travesseiro e enterrou o rosto ali, berrando até não poder mais e sendo perfeitamente abafado pelo objeto. Sua garganta doeu. Doeu como nunca, mas valia à pena pela pequena sensação de alívio que invadiu seu peito.

Sua bochecha direita latejava, mas Nathaniel não estava se importando muito com isso no momento. Ele só queria paz. Um tempo sozinho e tranquilo. E ele sabia que não teria nada disso se permanecesse em casa, por tanto, vestiu um casaco por cima da blusa de pijama que usava e calçou seus sapatos, seguindo para fora da residência.

Por sorte, não tinha ninguém na sala, nem na cozinha, assim evitando que o aquariano precisasse dar satisfações de onde ia.

Suas pernas começaram a correr automaticamente, levando-o para longe de sua família o mais rápido possível. E Nathaniel só parou quando sentiu uma imensa falta de ar invadir seus pulmões, lhe obrigando a parar e respirar fundo.

O loiro olhou ao redor, percebendo que, felizmente, ele conhecia aquela rua e conhecia também o Coffe Shop à sua frente, onde um certo ruivo devia estar. Aquele parecia ser um bom momento para cobrar o café que Castiel tinha lhe prometido.

***

— Claro, Rick. Claro. - gritou pelo Coffee Shop dando risada e abanando as mãos que seguravam a jaqueta de couro preta que estava prestes a vestir - Já acabei meu turno, pode ficar aí sonhando com a ideia de que vou cobrir pra você. Tchau tchau!

Ouviu poucas e boas do gerente, e isso aumentou o sorriso em seu rosto. Aquela era sua folguinha noturna, e já estava tudo pronto para ele sair e beber tanto que conseguiria esquecer certas pessoas loiras, nunca que ia abrir mão daquilo! Vestiu a jaqueta e ajeitou o cachecol vermelho ao redor do pescoço, logo tirando o celular do bolso para tentar contatar Lysandre.

Assim que encostou na maçaneta da porta e abriu-a, deu de cara com o rosto corado e ofegante do ex-representante de turma. Logo o sorriso desapareceu por completo de seu rosto. Só podia ser brincadeira!

Antes de abrir a boca para mandar ele ir se foder, Castiel notou os olhos marejados do mesmo e sua expressão de dor, assim como um vergão vermelho do lado direito de seu rosto. Olhou preocupado e pensou em largar suas coisas ali mesmo no chão e ver se ele precisava de ajuda ou algo assim. Mas isso seria estranho, então se limitou em fechar a porta do local e ficar ali fora no escuro com loiro.

— Nathaniel. - sua voz saiu quase como um sussurro, sua respiração pesada visível no ar por causa do frio - Céus... O que aconteceu com você?

O loiro apenas balançou a cabeça negativamente. No momento não tinha forças para falar sobre o assunto, além dos soluços que escapavam sem parar de sua boca.

 — P-Podemos e-entrar? — perguntou com dificuldade, devido ao choro — Po-por favo-r? 

Estava frio ali fora e Nathaniel também não queria que mais pessoas lhe vissem chorando ao lado de um ruivo aparentemente delinquente e fofocassem por aí depois, até isso parar nos ouvidos de seu pai.

Seu corpo inteiro tremia e sua voz estava falha, resultado dos gritos que havia abafado em seu travesseiro. Além do seu rosto, que estava um caos. Um misto de lágrimas, uma marca vermelha e olheiras. No momento, devia ser horrível olhar para si.

Se Castiel dissesse que não, que não poderiam entrar, o aquariano entraria em desespero. Não havia mais nenhum lugar onde ele pudesse ir para passar um tempo "sozinho" e voltar para casa estava completamente fora de cogitação por agora.

Uma parte de Castiel queria mandar Nathaniel ficar longe dele e deixá-lo em paz de uma vez por todas.

Mas a outra gritava para que o ruivo o socorresse, mesmo se ele tivesse acabado de assassinar alguém (o que o leonino não duvidava de que tivesse acontecido).

E bem, a batalha já estava ganha desde o momento em que pusera os olhos no rosto desesperado do garoto.

— Claro. - enfiou o celular dentro do bolso e entrou em pânico por um momento. Ele definitivamente não fazia ideia do que fazer!

Hesitou em desespero por um momento, mas logo jogou desajeitadamente a jaqueta preta por cima dos ombros do loiro recebendo apenas um olhar surpreso como resposta e começou a guiá-lo para dentro.

Rick o olhou estranho quando o sininho da porta de entrada soou e encontrou novamente o ruivo junto com o cliente desconhecido de tempos atrás, mas Castiel sinalizou para que ele ficasse quieto. O moreno simplesmente os seguiu com o olhar pelo Coffee Shop, enquanto Castiel posicionava desconfortavelmente a mão direita nas costas do loiro, levando-o até uma mesa afastada das outras, na extremidade do local.

Quando se sentaram um de frente para o outro, Castiel não soube o que dizer ou o que fazer. Ele era absolutamente péssimo nessas situações, e estava desesperado por não conseguir dizer nada para ajudar.

Então limitou-se ao básico.

— Você está bem...? - se sentiu estúpido instantaneamente. Era óbvio que ele não estava bem. O ruivo não sabia o que dizer! - Andou brigando...?

— Não! — o loiro imediatamente negou, mas logo tratou de corrigir-se — Q-quer dizer, não da forma que está pensando.

O aquariano fechou os olhos e respirou fundo, tentando manter um pouco da calma que ainda lhe restava. As cenas de sua discussão com Francis invadiram sua mente como um tsunami, provocando inúmeros calafrios em si. Realmente gostaria de esquecer aquilo.

— Digamos que o que aconteceu comigo é um pouco mais grave do que uma simples briga... — Nathaniel murmurou. Sim, ele contaria á Castiel. No momento, ele era o único com quem podia desabafar


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Notas finais do capítulo

[Miss Daydream]: AAAAAAAAAAAAAAAAAAA A BOMBA ESTOUROU! E BEM NA CARA DO CASTIEL! Esse capítulo foi bem tenso, e é o início de muita coisa que está por vir! Tadinho do nosso loirinho... Foi encontrar apoio e um ombro amigo em quem menos esperava na face da terra! E isso não é a coisa mais maravilhosa do mundo?! Capítulo que vem vai ser recheado de revelações!
Se encontrarem algum erro por favor avisem! Críticas, lágrimas e elogios também são permitidos nesses comentários heheh ♥
OBRIGADA NOVAMENTE PELO APOIO IMENSO! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA VOCÊS SÃO OS MELHORES ♥

[LadyNightmare]: Aaaahhh, tadinho do Nath! T-T
Finalmente foi revelado o que deixa o nosso loirinho tão perturbado ;-;
Ele podia ter ido na casa do Armin? Podia, mas adivinha com quem ele resolveu desabafar? Justo o Castiel UAHSUAHSUASHUHAS
É, meninos. Nem adianta mais tentar evitar, vocês ainda vão "se esbarrar" muito por aí u.u :v
Etto, obrigada á todos que leram ♥
Nos vemos nos comentários *u*
Kisses ♥



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