Batidas incessantes a despertara, ela apalpou o criado mudo às cegas tentando achar a varinha.

— Lumus!

Olhou para o relógio que ficava ao lado da cama e bufou. Era 2:47 da madrugada, o que estariam fazendo batendo a essa hora em sua porta? Se fosse alguma emergência do ministério teriam lhe mandado um patrono e não alguém para bater-lhe na porta.

Ainda tonta pelo sono ela se guiou pelo apartamento, acendeu as luzes da sala e por fim abriu a porta. Ela estancou. Dois homens, esquentados estavam parados a sua frente. O quê, por Merlim, estava acontecendo?

— Precisamos de sua ajuda! – a voz de um deles se fez urgente. E ela percebeu que tinha passado muito tempo o encarando de boca aberta.

— Claro! – ela respondeu, acenando a varinha para colocar o segundo deitado sobre o sofá da sala – Mas será que dá para você me explicar o que merda está ocorrendo aqui?

— Nós fomos torturados e fugimos!

— Belo resumo Potter! – ela fuzilou-o com o olhar – Banheiro agora!

— Mas ele...

— Eu cuido disso! Vá tomar um banho e tirar esse sangue seco, tem roupas suas na última gaveta da cômoda.

— Minhas roupas ainda estão aqui?

— Vá! – ela ordenou sem o olhar.

Ela agachou-se ao lado do homem que estava completamente apagado no sofá, virou lentamente o rosto dele, observando todas as lesões. Seu olhar desceu para o abdome do homem, estava completamente ensanguentado, e mais sangue saia por um corte na lateral da cintura.

— Episkey! – ela falou apontando para o corte, não ouve diferença – Acho que ainda estou com sono para achar que um feitiço de Hogwarts vai me ajudar aqui. – falou com sigo mesma – Jointementus! -  ela aguardou, mas nada aconteceu – Tá... Ok... Isso está complicado! Fascia Alba! – e novamente não teve qualquer efeito – Chega! –ela falou estupefata – Vulnera Sanentur! – esse também não funcionou.

Ela ergueu-se rapidamente e correu para o quarto, vestindo uma calça jeans surrada e um dos suéteres Weasley. Indo rapidamente para a lareira ela gritou o nome de Roxanne

— Rox! Rox! – ela chamava a amiga enquanto batia na porta do quarto.

A porta se abriu revelando não Roxanne, mas sim o namorado dela, Lorcan Scamander.

— Alice o que aconteceu? – ele perguntou coçando os olhos.

— Roxanne acordou? – a loira ignorou a pergunta feita a ela.

— Não! Mas... – ele foi interrompido pela Longbottom que passou direto por ele se jogando na cama sobre a amiga.

— ROXANNE! – ela berrou sacudindo violentamente a amiga.

— QUE PORRA É ESSA ALICE LONGBOTTOM??? – a morena acordou assutanda, olhando mortalmente para a loira.

— Preciso de você!

— Certo... Alice daqui a pouco eu levanto.

— AGORA! Roxanne! – Alice ordenou puxando a morena da cama, fazendo com que ela fosse de encontro ao chão.

— Por que você deixou essa louca entrar Scamander? – a morena perguntou ao namorado levando-se do chão.

— Ela entrou sozinha! – ele respondeu já deitado na cama, o rosto enfiado nos travesseiros.

Cinco minutos depois as duas já voltavam para o apartamento de Alice.

— Albus? – Roxanne perguntou ao ver o primo parado não muito distante dela.