Redemption escrita por Marimachan, Ginko13, Fujisaki D Nina


Capítulo 9
IX - Extressful Wedding


Notas iniciais do capítulo

Marima:
Boa noite, meus queridos! Como vocês estão?
Aqui está mais um capítulo! Com alguns encontros e reviravoltas. XD
Aproveitem bastante e até a próxima!
Boa leitura. ;)
Ps: a capa eu colocarei depois.
*~*~*~*~*~*~*
Nina:
Hello, povo!
Mais um capítulo, e mais um monte de confusão chegando!
Estou sem muito o que falar, então só aproveitem.
Boa leitura ^^
*~*~*~*~*~*~*
Ginko:
Hey hey hey!
Adivinha q horas são? Hora de surpresa!
Pra hj temos um capítulo bem agitado e cheio de revelações (além de um Gin-san um tanto pomposo, na minha opinião)
Achas q tem o necessário para segurar o queixo do Gin-san? Role para baixo
Boa leitura!



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DATABASE

— Pronto, jovem mestre. Chegamos — anunciou o motorista, que estacionava.

Gintoki, após ajeitar o nó incômodo de sua gravata, olhou para o lado direito, aonde o grande prédio se encontrava, iluminado e reluzente em dourado e branco, ocupando o quarteirão inteiro.

— Obrigado, Kairo — agradeceu enquanto deixava o automóvel, que assim que ele tornou a fechar a porta pôs-se a se locomover novamente.

Respirando fundo, adquirindo coragem para enfrentar sua mulher e Yoko, que provavelmente já estavam bastante irritadas pelo atraso, deu um passo à frente, com intenção de atravessar o portal além da calçada e então entrar na recepção.

Gintoki, todo o clã Sakata e mais muitas outras famílias de Aokigahara — e de Edo — estavam naquele hotel e estariam pela próxima semana por conta do casamento de Yoko e Hiroshi. E era por esse motivo que agora o prateado estava ali, vestido num terno cinza e engravatado, 25 minutos atrasado. O casório iria começar às 20:00 e já eram 19:55, sendo que os padrinhos deveriam todos estar no local até às 19:30. Mas ele não podia fazer muita coisa quanto àquilo, o trânsito estava horrível.

Dando uma última ajeitada rápida nas mangas do paletó e soltando um profundo suspiro, ele se preparou para entrar no hotel.

— Cuidado, osan!! — O grito infantil veio do nada em sua direção.

Um vulto baixinho passou voando por sua frente, não o atingindo por muito pouco; mas outro vulto, que o seguia, não teve a mesma sorte e chocou-se contra o lado direito de Gintoki. Aquilo foi nada para o espadachim, mas o serzinho caiu de bunda no chão ao perder o equilíbrio. Gintoki apenas observou a pequena figura resmungar pela dor do impacto, porém se levantando rapidamente. Ao invés de voltar a correr em disparada atrás da outra criança, a menina ergueu seus grandes olhos castanhos para o mais velho.

— Desculpe, senhor. A culpa foi minha — Dango desculpou-se, fazendo uma rápida reverência, para só então voltar a correr, tão rápido quanto antes. — Souichiro, essa não valeu! Me espera! — E sumiu pela rua.

Gintoki observou por uns dois segundos a direção por onde a menina correra, mas como um soco a lembrança do casamento o atingiu e ele mais uma vez se preparou para entrar no prédio; só para ser interrompido de novo por uma voz que se dirigia a ele, e que o fez congelar.

— Sinto muito pela nossas crianças. O senhor se machucou?

Paralisou no segundo em que ouvira a voz, virando apenas a cabeça de forma automática.

Ficando alguns tons mais pálido e sentindo o sangue lentamente gelar em suas veias, tentou compelir-se a respondê-lo, mas o rosto igualmente pasmo e paralisado de Shinpachi parecia dificultar ainda mais o ato.

— Não pode ser... – O tom de Otae, agora também presente, era de pura incredulidade.

— Gin-chan?

— Gin... san? — Shinpachi permanecia estático, sem acreditar no que via à frente deles.

Não demorou a ser acompanhado por Kagura.

Gintoki lentamente mudou seu olhar do jovem para os outros, mas uma descarga de adrenalina, assim como um grande aviso de “Fodeu!”, pareceram ativar seu cérebro novamente, ao ver ali não apenas os irmãos Shimura e a ruiva, mas, vindo mais atrás, também Kondou, Hijikata e Sougo!

— “Droga...”— Xingar mentalmente era tudo o que ele conseguia fazer ao ver tantos rostos de seu passado novamente, lhe encarando.

— Gin-chan! — Kagura foi a primeira a se recuperar da surpresa. — É você! É você mesmo, não é?!

— Gin-san, por onde andou?! — o Shimura também se recuperava. — Por que foi embora daquele jeito?!

— Oe, será que é mesmo o danna? — A pergunta de Sougo chamou a atenção dos dois. — Não sei não. Com essas roupas...

— É claro que é ele, Sádico! — Kagura rosnou para ele, mas rapidamente voltou-se para Gintoki. — Agora, explica tudo pra gente! Tudinho!

— Para onde você foi, Gin-san? — Otae parecia à beira de lágrimas.

Mas ele não teve a chance de responder a nada, porque uma mulher de cabelos negros saiu do hotel, com cara de poucos amigos e indo em direção ao permanentado.

— Ah, você está aqui! — Mayah exclamou furiosa. — Tem noção de que horas são? Sorte sua que Yoko quis fazer o charme da noiva atrasada! Mas ainda assim você já deveria estar no altar com Hiroshi há tempos! — Sem dar tempo para “mas” e, aparentemente, sem notar a multidão que envolvia seu marido, ela o pegou pelo braço e começou a arrasta-lo para dentro do hotel. — Vamos logo, antes que eles digam aceito sem os padrinhos na cerimônia.

Gintoki, por sua vez, não fez mais do que se deixar ser arrastado. Assim como ele, os outros pareciam confusos demais para fazer ou falar qualquer coisa. Ou pelo menos era isso que parecia.

— Oe, Yorozuya. — A voz de Kondou chamou a atenção de todos, até mesmo de Mayah, fazendo com que ela parasse antes de entrarem no hotel. O semblante do líder da Shinsengumi estava sério como em poucas vezes se via. — O mínimo que você deve é uma explicação. Principalmente para esses três. — Indicou com a cabeça sua esposa, Kagura e Shinpachi.

Mayah encarou aquelas pessoas por um instante e sem largar o braço do esposo olhou para ele.

— Gintoki, o que está acontecendo aqui?

Com toda aquela confusão, seu passado e seu presente se batendo frente à frente, a mente de Gintoki parecia que ia explodir. De modo que, antes que desse um bug de vez, ele fez o favor de se controlar, suspirar e declarar:

— Vamos entrar, todos. — E fitou seus antigos amigos. — Falo com vocês depois da cerimônia.

Tendo consciência de que Dango e Souichiro à essa hora já estariam em casa, sob os cuidados de Shouyou, eles concordaram com o samurai e assim todos adentraram a grande construção.

(...)                                                                              

Os numerosos convidados já se dispunham entre as mesas e cadeiras espalhadas pelo imenso jardim. Quase todos os lugares estavam ocupados, e a música alta começava a tocar, assim como os garçons se espalhavam pelos cantos, servindo bebidas e aperitivos diversos.

Deixando — intencionalmente por último — o salão aonde acontecera a cerimônia, com Soujirou em seu colo, Gintoki respirou fundo mais uma vez naquela noite, já encarando o grupo de pessoas que o esperava ao lado da porta; todos, sem exceção, com uma expressão pouco amistosa. Caminhando em direção a eles, agradeceu mentalmente por Mayah estar ocupada auxiliando Yoko nas fotos e afins e seus outros filhos já terem se dispersado pelo jardim com outras dezenas de crianças.

— E então? Será que agora poderia explicar o que significa tudo isso? — Kondou questionou imediatamente após o samurai aproximar-se.

— Aonde você se meteu esses dez anos? — Foi a vez de Otae.

— Quem são todas essas pessoas? — Hijikata pronunciou-se.

— O que está fazendo aqui? — exasperou-se Shinpachi.

— O que está fazendo com esse bebê? — Kagura fora a mais aleatória.

Se existia algum milésimo entre uma pergunta e outra era muita coisa, mas ele resolveu responder de uma vez, antes que mais uma enxurrada delas viesse.

— Eu voltei para minha cidade natal e a maior parte dessas pessoas é de lá. Os noivos são um casal de amigos próximos, e estamos aqui exatamente para esse casamento.

Antes que ele pudesse continuar, entretanto, o que ele tentara evitar chegara.

— Como assim sua cidade natal? — Otae fora a primeira dessa vez.

— Você não nasceu em Edo? — Sougo surpreendeu-se brevemente.

— E você conhece todas essas pessoas? — Hijikata fora o terceiro.

— Por que todo mundo parece podre de rico? — Kagura observou as pessoas no local, seguida de um resmungo audível de Soujirou.

— Afinal, de quem é esse bebê?! — o antigo otaku do grupo tornou a exasperar-se.

— Meu — respondeu simplesmente, internamente divertindo-se com a cara de espanto que cada um deles adquiria com o decorrer dos segundos, até que os gritos agudos chamaram a atenção de pelo menos metade dos convidados da festa.

— NANI??????

Algumas veias saltaram na testa do samurai. Por que tinham que continuar tão escandalosos?

— Gintoki, o que significa isso? — A voz de uma das pessoas que ele menos queria chamar a atenção naquele momento soou atrás de si.

O prateado virou-se para quem o chamava, somente para encontrar seu progenitor um tanto quanto sério, embora tranquilo.

— Quem são essas pessoas? — O mais velho analisou-os por alguns instantes, só para confirmar que com certeza não eram convidados, dadas as roupas não formais.

— Quem é ele? — Shinpachi encarou-o surpreso e curioso.

— Por que ele parece uma cópia sua 20 anos mais velha?! — A yato fora quem expressou o que todos pensavam naquele momento, fazendo o líder Sakata levantar as sobrancelhas brevemente.

Pela terceira vez, Gintoki respirou fundo, agora pedindo a Kami¹ toda a paciência que pudesse obter.

— Essas pessoas são antigas conhecidas de Edo — respondeu primeiro ao pai. — E vocês, se não calarem a boca e me deixarem explicar as coisas, juro que chuto cada um pra fora daqui! Por cima do muro! — ameaçou, o que fez veias também latejarem nos rostos de alguns dos outros, inclusive Hijikata e Kagura, que já ameaçavam partir pra cima do ex-yorozuya.

— O que você disse, seu bêbado imprestável?! — a ruiva enraiveceu-se.

— Quer que eu te corte ao meio, seu vagabundo de permanente?! — Hijikata seguiu a jovem.

A expressão na face de Souichirou não poderia ser mais surpresa e confusa; a de Gintoki, porém, estava distorcidamente raivosa, e só não cumpria o que dissera pouco antes naquele exato momento porque seu filho estava com ele.

— O que pensam que estão fazendo?! — A voz indignada aproximou-se, fazendo-o lamentar infinitamente mais pelo incidente.

— Nada que eu não vá resolver agora — respondeu à esposa, já preparando-se para passar Soujirou para os braços dela. — Pode ficar com ele um minuto?

— Não — respondeu num tom que demonstrava que sua resposta era óbvia. — Estou ajudando Yoko. Apenas quero saber o que diabos está acontecendo aqui, porque vocês estão sendo o entretenimento da festa — debochou, claramente irritada com a situação.

O prateado suspirou. Não eram sequer dez da noite e ele já estava exausto.

— Ok, ok. Vamos todos nos acalmar e tentar resolver essa bagunça — Kondou chamou a atenção, já puxando Kagura e Hijikata pelo colarinho de suas vestes.

— Gin-san, nos explique o que está acontecendo aqui, por favor — a esposa do gorila pedira, também tentando diminuir a confusão, já que realmente estavam sendo observados por todas aquelas centenas de pessoas.

— Estava tentando fazer isso antes de vocês começarem o escândalo — comentou, voltando ao seu tom habitual nos últimos dez anos, muito mais neutro e imparcial. — Venham comigo — pediu já se encaminhando para a parte do jardim atrás do salão.

Ao chegarem no local, que estaria completamente vazio se não fosse a presença deles, Gintoki demorou alguns segundos para procurar pelo modo mais simples possível de resumir tudo o que haviam perguntado. Escolhendo por ser curto e direto, falou tudo de uma vez, querendo acabar com aquilo de forma rápida.

— O homem que estava conosco agora há pouco é meu pai, líder do Clã Sakata, que governa Aokigahara, em Seikigahara, minha cidade natal, da qual eu fugi quando ainda era um pirralho, após minha mãe morrer. Voltei pra Aokigahara para assumir o comando da Tenshouin Shinikayou, uma organização que serve aos Sakata, me casei, tenho quatro filhos e só estou aqui por conta desse casamento, do qual eu já me arrependi amargamente de ter aceitado ser padrinho. Fim.

A expressão de perplexidade e confusão estava estampada na cara de cada um deles. Gintoki podia até mesmo ver o ícone de "loading..." em cima de suas cabeças, enquanto pareciam processar aos poucos as palavras ouvidas. Somente após mais de um minuto foi que o silêncio fora cortado.

— Hum... Danna enganou todo mundo se passando por pobre... — O comentário fez o samurai rolar os olhos, baixando-os e dando preferência à Soujirou, que chamava sua atenção com alguns resmungos baixos, incomodado por estar na mesma posição por tanto tempo. Ele ajeitava-o em seus braços quando a voz de Kagura soou magoada.

— Então você não pretendia mesmo voltar.

O Comandante da Shinikayou, por sua vez, tornou a levantar seu olhar para encarar os antigos companheiros, encontrando as expressões ressentidas. Ele abriu a boca para responder, mas fora impedido por mais um vulto passando em sua frente.

— Quero ver vocês me pegarem! — um pequeno ser de cabelos igualmente prateados gritava animadamente, enquanto várias outras crianças vinham atrás.

— Oh — surpreendeu-se o menino assim que percebera quem estava ali. — Tempo! — pediu, parando de correr. — Pai, o que está fazendo aqui? — questionou curioso, enquanto duas meninas também se aproximavam.

Novamente, ele responderia se não fosse mais uma vez interrompido.

— Tou-chan! Tou-chan! — a menor das garotas chamou. — Eles ainda não conseguiram me pegar! — Sorriu orgulhosa por seu feito.

— Claro que não, você é café com leite, Little Fairy — Satoshi debochara, dando um leve cascudo no topo da cabeça também albina da mais nova.

— Mooh, não faz isso, Satoshi-nii — reclamou colocando as duas mãozinhas sobre a cabeça. — Oh, o Sou-chan quer brincar também! — Sorriu grande quando percebeu o caçula os observando.

— Ele é muito pequeno, Mayume. Não tem como brincar de pique-pega com a gente — explicou a segunda menina, de cabelos chocolates.

— Gin-san... — chamou Shinpachi. — Esses são...

— Sim, são meus filhos — concluiu antes do antigo otaku. — Satoshi, Sayuri e Mayume — apresentou-os brevemente.

— Quem são essas pessoas, tou-chan? — Mayume questionara curiosa.

O grupo ainda observava meio pasmo as três crianças, aparentemente processando que ele realmente tivesse filhos.

— São antigos conhecidos do papai.

— Eles são daqui? — Satoshi supôs certeiro, recebendo um aceno afirmativo do mais velho.

— Ok. Bom, vamos continuar! — chamou as irmãs e as outras crianças que observavam um pouco mais distantes, logo voltando a correr.

Os adultos observaram-nas correrem por aquela parte do jardim por algum tempo, em silêncio, até que Gintoki cortou-o, virando-se para o estreito caminho que interligava as duas áreas do terreno do hotel.

— Vamos voltar — chamou já pondo-se a caminhar. — Não vai demorar pra ele começar a chorar por fome — referenciou-se ao filho nos braços, que começava a resmungar.

— Nós devemos estar num sonho muito estranho — Kagura comentara baixo com a voz distraída, ainda pasme, enquanto todos viam o samurai distanciar-se cada vez mais em direção ao outro lado.

— Uhum — fora a resposta uníssona e monossilábica do restante do grupo.

(...)

Já era por volta das duas da manhã. A festa continuava animada, barulhenta e cheia. A diferença daquele momento para horas antes era apenas os convidados alcoolizados e risonhos que aumentavam em número cada vez mais. Muitos dançavam na pista preparada para tal, inclusive os noivos, que agora já vestiam muito menos roupas que antes — Hiroshi havia arrancado seu paletó e a gravata, enquanto Yoko havia trocado seu longo e cheio vestido por um de noiva próprio para festas.

Ele, entretanto, se encontrava à mesa, com Soujirou agora dormindo tranquilamente em seu colo, assim como Mayume, que com parte de seu corpo em outra cadeira recostava sua cabeça e parte de seu tronco no irmão e no pai. Ambos não pareciam ser afetados pela bagunça.

Junto dele, à mesa, se encontravam Kasai, Souichirou e Karien, Keiko, seus avós, Rose e os pais de ambos os noivos, assim como o pequeno grupo com quem se encontrara na calçada mais cedo.

Quando voltaram para a parte do jardim aonde a festa acontecia, Kondou chamou todos para irem embora. Poderiam voltar ao hotel no dia seguinte para conversar melhor com o samurai recém-reencontrado, já que não eram convidados. No entanto, assim que chegaram do outro lado, foram abordados por um senhor altamente alegre e gentil, o qual descobriram ser o sogro de Gintoki.

No exato momento em que Kazumi ficou sabendo que aqueles eram antigos conhecidos e companheiros de seu genro, convidou-os a se juntarem às mesas reservadas para todos que nelas agora se encontravam, claro, com permissão dos recém-casados. Por insistência do senhor simpático acabaram aceitando o convite.

Foram apresentados a todos nas mesas unidas, passando a serem alvo de muitas perguntas sobre Edo e sobre o que faziam e como ali viviam. Aproveitando a conversa, conseguiram descobrir muito mais sobre os anos de Gintoki longe dali, e por mais que ainda ressentidos com a situação ficaram admirados e inacreditavelmente surpresos com tudo o que ouviram. Era quase impossível acreditarem em tudo que fora dito, porque a pessoa da qual falavam decididamente não parecia ser a mesma que conheceram e com quem viveram.

Além de todos os detalhes os quais ouviram sobre a responsabilidade que assumiu e outros aspectos de sua atual vida, ainda havia aquilo ao qual estavam presenciando na íntegra: Sakata Gintoki sendo pai.

Não era como se mesmo antes desses dez anos de ausência ele não tivesse exercido papel de pai. Querendo ou não, além de irmão mais velho, ele foi um vagabundo segundo pai para Shinpachi e Kagura. Mas aí era aonde estava a diferença: ele não era mais um vagabundo. Agora ele parecia um pai convencional, do tipo que diz para as crianças não comerem antes do jantar para não perder a fome.

Observando àquela cena, o homem que era um "pai" despreocupado cuidar de duas de suas crianças de uma forma tão diferente — e ainda assim tão familiar —, o grupo de Edo não podia deixar de pensar em como seria caso ele tivesse ali ficado e ali também ter sido pai, mas pai de uma filha que ele nunca sequer pensou existir.

E por falar nela...

— Gin-san... — Shinpachi chamou, chamando a atenção do prateado, que observava os gêmeos virem em sua direção.

Em resposta, o samurai voltou-se para o Shimura, esperando que ele continuasse sua fala.

— Nós temos algo pra te contar — anunciou, não dando atenção aos pulinhos levemente surpresos dos que estavam ao seu lado.

— Shinpachi-kun, não acho que seja uma boa hora... — Kondou opinou.

— Eu também penso assim, Kondou-san. Mas quando seria uma boa hora? E se não houver uma boa hora?

— Do que estão falando? — Gintoki quis saber de uma vez, ao mesmo tempo que Satoshi já pedia a Mayah, que chegara à mesa naquele momento, dando uma pausa na dança, para colocar refrigerante num copo pra ele e outro pra Sayuri.

Shinpachi respirou fundo, colocando seu próprio copo sobre a mesa.

— Sabe aquela menina que esbarrou em você na calçada?

— Sim, o que tem ela?

— Bem, é que... É que... — procurava pelas palavras certas para dizer algo assim, mas não parecia existir nenhuma; estava prestes a desistir quando Otae deu continuidade.

— Ela é a sua filha, Gin-san


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