Redemption escrita por Marimachan, Ginko13, Fujisaki D Nina


Capítulo 10
X - Shocking Revelations


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, amados! Tudu pom? Chegamos com tudo, com mais um capítulo! Sei como estão curiosos sobre a Dango-chan, então adiantei o post pra vocês. De nada. XD
Espero que gostem! Como sempre, DATABASE NAS NOTAS FINAIS. LEIAM, lá tem muitas informações importantes e interessantes. :)
No mais, boa leitura! ;)
~Marima
*~*~*
Hmmmmm, tão sentindo?
É cheiro de mais um capítulo
Imagino q estejam curiosos sobre a Dango-chan, kekeke
Como será q Gintoki vai reagir? E Mayah? Ela vai cometer um assassinato?
Agora mesmo, no Globo Repórter
~Ginko



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DATABASE

― Ela é a sua filha, Gin-san.

― Como é isso aí?! ― A voz de Mayah ecoara alta e clara, após ter engasgado com o coquetel que tomava.

O resultado que veio com aquela pequena frase fora bastante adverso entre as pessoas presentes. Satoshi cuspiu o refrigerante que bebia ― molhando o sapato do pai de Hiroshi¹ ―, enquanto Sayuri parou seu copo no ar. Mayah não fora a única a engasgar, porque Souichirou e Rose a acompanharam; Karien, por sua vez, olhava para a moça que soltara a bomba com a surpresa estampada em sua bela face, enquanto os outros presentes na mesa a acompanhavam igualmente pasmos. Outros esses que incluíam Gintoki, que parecia ter entrado em transe.

― Eu estou bêbada demais e já estou tendo alucinações ou eu ouvi direito? ― A morena voltara a falar, num misto perigoso de irritação e sarcasmo.

Depois de ter largado a taça, se aproximou do marido por trás, colocando as mãos sobre os ombros masculinos. Ela sorria, embora um sorriso sinistro o bastante para colocar medo em qualquer um.

― Sakata Gintoki, eu ouvi direito? ― repetiu. ― Você possui uma filha sobre a existência da qual eu não sabia? ― Apertou com força os ombros em suas mãos. Gintoki, porém, não respondera; parecia ainda estar processando o que ouvira. ― Gintoki! Ou você me responde agora ou eu juro que acabo com o casamento da minha melhor amIGA COM O SEU ASSASSINATO!! ― À medida que falava aumentava o tom de voz, terminando verdadeiramente gritando.

Grito esse que chamara a atenção do restante da festa, que agora observava Hiroshi (que acabara de chegar à mesa) agarrando Mayah pela cintura, impedindo-a de enforcar esposo ― o que ela realmente faria se não estivesse sendo segurada.

― Eu ouvi direito? ― Kazumi, sogro de Gintoki, e sua esposa Sumiko chegavam também. ― Gintoki tem outra filha? Que história é essa?! ― questionou expressando algo raro no rosto enrugado: indignação.

― Mayah-san! Kazumi-san! ― Shinpachi levantou-se em um salto, desesperado a seu modo. ― Não é nada disso! ― tentou consertar a situação, agitando as mãos, apavorado.

― Não me venha com “não é nada disso”! Vocês acabaram de dizer que-

― Sim! Mas ele não sabia! ― o otaku interrompeu antes que a morena continuasse.

Assim que compreendera as palavras do jovem, finalmente parara de tentar se libertar dos braços de Hiroshi, passando a encarar surpresa os moradores de Edo.

― Tudo bem, acho que por hoje já chamamos atenção demais. ― A voz de Souichirou fora ouvida por todos.

O líder levantou-se, sério, embora ainda se recuperando das surpresas da madrugada.

― Vamos para dentro do hotel ― falara muito calmo, embora claramente fosse uma ordem.

Todos os envolvidos o obedeceram sem objeção, e, dessa forma, os habitantes de Edo, juntos de toda a família Sakata, Kouzuki e Rose, se encaminharam para a parte interna do grande hotel. Mayah, agora muito mais calma, levava Soujirou no colo, que começara a chorar depois de ter acordado com seu grito; e Mayume ia no colo do pai, ainda meio sonolenta, sem entender muita coisa do que acontecia.

― Yoko, nós não temos que nos meter nisso agora ― comentou Hiroshi com a esposa, que já seguia o grupo.

― Você tá brincando? E perder de assistir isso? ― Encarou o marido como se esse fosse louco. ― Não mesmo! ― apenas concluiu antes de voltar a caminhar na direção em que todos iam, puxando o ruivo pela mão.

O grande grupo se direcionou para um amplo cômodo, o qual era uma espécie de sala de estar pública. O local estava vazio, já que todos os hóspedes do Hotel se encontravam no jardim ou já em seus aposentos ― o lugar inteiro fora alugado somente para os convidados do casamento por aquela semana. Desse modo, escolheram o ambiente para terminarem aquela conversa e as coisas serem explicadas.

― Agora, por favor, expliquem essa história direito ― Souichirou voltara a se pronunciar quando todos se ajeitaram entre as poltronas e sofás.

Shinpachi respirou fundo antes de começar a falar.

― Acho que antes de contarmos tudo sobre a Dango-chan, você precisa saber de outra coisa, Gin-san. — A expressão cautelosa e preocupada do jovem apenas indicava que o que iria falar poderia ser uma surpresa maior ainda. ― Ele... Ele está vivo ― declarou, e por mais que o otaku sequer tenha deixado claro de quem falava, Gintoki já tinha a expressão extasiada em seu rosto. ― O Shouyou-sensei está vivo ― concluiu.

A surpresa que tomou a feição do prateado, porém, durou muito menos do que os que assistiam esperavam. No segundo seguinte puderam ver o brilho de espanto em seus olhos se apagar e dar lugar apenas a um olhar duro e cansado, que envelheceu o homem quase instantaneamente.

― Desde quando? ― Fora tudo o que perguntara.

― Desde o dia em que ele morreu salvando todos nós.

— Cerca de um mês depois de você ir embora, ele chegou no dojô ― Otae fora quem respondera. ― Desde então ele vive conosco. ― Apontou para si mesma e para o irmão.

— Além disso, — O Shimura mais novo deu continuidade. — Ele também voltou... o Takasugi-san ressuscitou...

Mais uma arromba de surpresa tomou o ex-yorozuya, não acreditando no que ouvia.

— O que... como...? — questionou expressando o que sentia.

— Nós também não entendemos muito bem — Shinpachi respondeu. — Depois o Shouyou-sensei te explica melhor, eu acho. O fato é que ele também voltou pela altana, mas não cresceu como o sensei. Ele cresceu como um humano normal. Hoje ele está com 11 anos... de novo.

Gintoki, após a surpresa passar, não conseguiu impedir o riso que surgiu ao imaginar a cena.

— Issso eu realmente quero ver — declarou, fazendo os outros sorrirem brevemente.

Shinpachi não demorou a dar continuidade às explicações, porém.

― Meses depois, em abril do ano seguinte, um bebê fora deixado à nossa porta, e o Shouyou-sensei estava voltando pra casa quando encontrou a cesta lá.

― Então ele levou o bebê pra dentro pra tentarmos resolver a situação ― continuou Otae, com olhar longínquo, lembrando-se da noite contada. ― A mulher deixou uma carta com a cesta. A Dango-chan ainda tem essa carta. Nela dizia que ela, a mãe, não tinha condições de criar a criança e que ouvira dizer que o Gin-san estava lá conosco, ela não sabia que você tinha ido embora, e você era o pai.

― Então quem decidiu que iria ficar com o bebê fora o Shouyou-sensei. E desde então ela também vive conosco ― Shinpachi concluiu.

Um silêncio curto se fizera, mas logo fora cortado pelo líder Sakata mais uma vez, quando esse terminou de atentar-se a todas as informações concedidas ali.

― Espere um segundo ― pediu calmamente, embora ainda sério. ― Pelo que entendi, a única prova de que a bebê deixada à porta da casa de vocês é filha de Gintoki é essa carta?

― Bem, sim ― Kondou respondeu após alguns instantes, já imaginando aonde aquela pergunta daria.

― Então o que nos garante que ela realmente seja?

― Você está nos chamando de mentirosos?! ― Kagura levantou-se num ímpeto do sofá, irritada.

― Não foi o que eu disse ― o mais velho respondeu muito calmamente, sem se deixar abalar pelos olhares fulminantes que recebia. ― Estou apenas colocando algo que vocês parecem ter ignorado. Só porque uma mulher desconhecida coloca numa carta que a menina é filha de Gintoki, isso não confirma nada. E, me desculpem, mas não é apenas Gintoki que está envolvido nessa história.

― Os cidadãos de Seikigahara adorarão saber que existe uma filha perdida do Comandante Geral da Tenshouin Shinikayou ― Karien comentou levemente irônica, ao lembrar-se que aquele provavelmente seria o assunto do resto do ano.

― Souichirou-sama tem razão ― ponderou Hiroshi. ― Não há como ter certeza de que essa menina é filha de Gintoki.

― E eu estou adorando ouvir vocês discutirem sobre a possibilidade de eu ter outra filha ou não. ― A voz carregada de sarcasmo do samurai interrompera.

Ele ainda se recuperava das últimas notícias recebidas, mas preferira ignorar todos os pensamentos que encharcavam sua mente para concentrar-se na situação mais urgente: sua filha recém-descoberta.

― Gintoki, escu-

― Vocês se lembram de mais alguma coisa escrita na carta que possa ser importante? ― Gintoki voltara-se para os antigos companheiros antes do pai concluir sua fala, ignorando-o com louvor.

― Ela falava algo de algum bar, não era? ― Hijikata lembrou-se momentaneamente após alguns segundos de silêncio, os quais eles tentavam puxar na memória alguma coisa.

― Oh, é verdade! ― Kagura exclamara, agora também se lembrando.

― Alguém lembra do nome? ― Kondou questionara, recebendo negações de quase todos os companheiros.

― Kanaoka ― para surpresa geral, fora Sougo quem respondera. ― Acho que era isso.

― Sim! Era esse mesmo ― concordou Shinpachi, finalmente se lembrando também. ― Ela disse que era para te falar no nome “Bar Kanaoka”, que talvez você se lembrasse do encontro com ela nove meses antes ― concluiu aliviado por recordar-se das palavras.

― Amu ― murmurou consigo mesmo, surpreso por se lembrar do nome da mulher, embora talvez não devesse se surpreender tanto, já que a moça era garçonete do bar e era quem lhe atendia sempre que o frequentava.

― O que disse? ― Shinpachi perguntara, já que ninguém ouvira exatamente o que ele falara.

― Tudo bem ― anunciou num tom de voz normal, ajeitando-se no sofá, com Mayume em seu colo (a qual voltara a dormir quase imediatamente após ele ter sentado). ― Quero conhecê-la ― informou, ignorando a pergunta anterior e encarando seriamente ao grupo à sua frente.

― Gintoki, o mínimo que se deve fazer agora é um exame de DNA ― Souichirou voltou a chamar a atenção do primogênito.

― Não ― negou simplesmente.

― Como não? Precisamos ter certeza de que essa menina é sua filha antes de assumi-la dessa forma ― reafirmou enérgico.

― Se ela não era, agora é. ― Levantou-se com a pequena fada nos braços. ― E amanhã irei conhecê-la ― afirmou calmamente, em seguida caminhando em direção ao corredor, sem dar oportunidade para qualquer outro contrapor-se.

No mesmo instante em que ele deixara o cômodo, os olhares voltaram-se para Mayah, que observava fixamente o chão, parecendo perdida em seus próprios pensamentos. Assim que percebeu os olhares, porém, a morena levantou o rosto, passando o olho pelo grande grupo.

― O que foi? ― Encarou o sogro. ― Não olhe pra mim. Desculpe-me, Souichirou-sama, mas não sou eu quem vai mudar a decisão dele ― respondeu ao pedido mudo, também levantando-se com Soujirou no colo. ― Se ele disse que ela é filha dele, então parece que eu acabei de ganhar mais uma filha ― concluiu definitiva, pegando Sayuri pela mão e chamando Satoshi em um gesto com a cabeça. ― Com licença, e boa noite para vocês ― despediu-se e também abandonou a sala, deixando um silêncio mútuo entre os presentes, que ainda processavam os últimos minutos da conversa.

(...)

― Eu disse que amanhã conversaríamos melhor com eles. ― Ouviu sua esposa sussurrar ao seu lado.

Gintoki e Mayah se encontravam à porta do quarto no hotel ao lado do deles; ele de braços cruzados e recostado ao batente, pensativo, e ela ereta à esquerda dele, segurando o braço direito pelo cotovelo. Os dois observavam as quatro camas ocupadas, inclusive a que Rose dividia com o pequeno Soujirou, na penumbra do cômodo fracamente iluminado pelo abajur.

― Eles concordaram em esperar, já que Mayume já estava dormindo ― concluiu, entendendo que o silêncio era sua deixa para completar a informação.

― Tudo bem. Obrigado ― agradeceu na mesma altura de voz, ainda observando os filhos que já estavam para lá do segundo sono.

Sentiu então a mão delicada sobre seu ombro, apertando levemente, em um gesto bem diferente do daquele na festa do casamento.

― Vamos ― chamou suavemente. ― Acho que você precisa de uma cama tanto quanto eles. ― Sorriu gentil, já pegando na mão do esposo e, depois de fechar a porta, guiá-lo para o quarto no qual se hospedariam pelos próximos dias.

― Eu preciso é de duas garrafas de conhaque ou qualquer outra coisa mais forte ― corrigiu bagunçando os cabelos prateados com certa força. ― No mínimo ― completou largando a mão da morena e se jogando na poltrona escura que havia por ali.

― Posso providenciar isso também caso queira ― concordou em tom divertido, fechando a porta e também adentrando a suíte.

Logo ela suspirou levemente, porém, ao ver o homem largado no móvel, com a cabeça encostada, virada para o teto.

― O que está te perturbando mais? A filha que você não sabia existir? Ou o fato de seu mestre continuar vivo? ― questionou ainda tentando manter a suavidade, com a única intenção de compreender o marido e tudo o que ele estava sentindo naquele momento, para então quem sabe ajudá-lo a lidar com aquilo.

Gintoki sorriu ainda olhando para o mesmo lugar. Um sorriso repleto de sarcasmo, incredulidade e confusão.

― Não me faça perguntas difíceis agora, Mayah.

Por alguns instantes, o silêncio seguiu-se, apenas com a mulher o observando. Ela então aproximou-se da poltrona, e sem dizer mais nada, sentou-se em se colo, levando suas mãos à nuca do homem e assim fazendo-o encará-la.

― Então vamos apenas tentar pensar em uma coisa de cada vez. ― Sorriu. ― Sobre o que você prefere falar primeiro? ― questionou fixando suas esmeraldas nos olhos avermelhados do samurai.

― Tudo bem ― concordou respirando fundo e ajeitando-se no estofado, com ela ainda em seu colo. ― Como você está encarando isso?

― Dango?

― Sim ― afirmou, esperando alguns segundos em silêncio; segundos esses que ela usou para encarar a parede distraidamente, pensando sobre a resposta.

― Sobre que aspecto da situação exatamente estamos falando? ― resolveu responder com outra pergunta primeiro.

― Todos. Você acabou de descobrir que eu tenho uma filha que não veio de você. Uma filha que a partir de hoje pretendo assumir e ser pai assim como sou dos nossos ― completou, a última frase sendo frisada com convicção.

― Bem... ― Pensou um pouco. ― Eu estou tão surpresa quanto sei que você está, e ainda estou tentando processar as informações. Mas além de surpresa, não tem outro sentimento que se destaque tanto como a felicidade que estou sentindo.

― Felicidade? ― perguntou surpreso. ― Você está feliz? ― repetiu, ainda incrédulo.

Mais uma vez ela sorriu.

― Sim. Estou ― confirmou. ― Veja bem, é exatamente assim que eu enxergo essa situação: nós perdemos um filho antes mesmo de podermos dizer “Bem-vindo”, ― Pausou uns segundos, baixando o olhar. Ainda não era um assunto fácil de tratar, afinal. Logo ela levantou os olhos novamente, contudo, substituindo o pesar por um sorriso sincero e afetuoso. ― mas agora estamos prestes a conhecer uma filha. Então agora, além de mãe de um anjo, vou poder ter meus cinco filhos para cuidar e criar, como sempre sonhei. Melhor ainda, mesmo não podendo ter mais filhos, você realizou meu sonho. Então, ― Aproximou mais seus rostos, abandonando um selinho demorado nos lábios do marido. ― obrigada ― agradeceu, por último, voltando a sorrir.

Gintoki, por sua vez, apenas permaneceu encarando a mulher, com a boca levemente aberta.

― Eu ainda vou descobrir como foi que eu acabei tendo você como esposa ― declarou incrédulo, fazendo-a rir e rapidamente selá-lo de novo, em seguida levantando-se e virando-se de costas para ele.

― Eu vou tomar um banho ― avisou, afastando os fios negros caídos por sua nuca, num pedido implícito para que ele abrisse o fechicler do vestido turquesa, em estilo ocidental, que usava.

Tão logo ele o fez, ela partiu em direção ao banheiro enquanto terminava de despir-se, não demorando a adentrá-lo e fechar a porta. Por cerca de 5 minutos, Gintoki permaneceu no mesmo lugar, sem se mover. Sua cabeça estava a mil, e por mais que as palavras de Mayah certamente tivessem ajudado a apaziguar um pouco da agitação em seu interior, uma confusão ainda muito grande de sentimentos permanecia deixando-o tonto.

Não eram apenas os sentimentos relacionados à sua filha recém-descoberta que o tomavam. Na verdade, depois de ouvir sua esposa, o principal assunto que agora o fazia pensar sem descanso era outro.

Sentindo um enorme peso voltar a recair sobre suas costas, ele novamente sentiu-se extremamente cansado; completamente exausto. E com isso, sem pensar muito mais, apenas levantou-se de supetão, pegando sua chave do quarto, que estava sobre o criado mudo, e deixou a suíte .

(...)

O grupo de habitantes de Edo que se encontrara com Gintoki no casamento agora voltava para casa. O silêncio entre eles só era cortado pelo som dos passos sendo dados em um ritmo mediano. Cada um parecia perdido em seus próprios pensamentos, e todos, sem exceção, pensavam sobre as últimas horas. Havia sido muito pouco tempo para tanta coisa, e isso os deixava tontos.

Haviam reencontrado o samurai que achavam que nunca mais veriam, após quase longos onze anos sem notícias. Além disso, pareciam ter encontrado uma pessoa muito diferente do que se lembravam, quase irreconhecível. Essa última parte, em especial, parecia causar sensações muito estranhas neles, sensações que vinham acompanhadas de certa mágoa, que não conseguiam impedir de sentir, mesmo que o tentassem. Seria mentira dizer que estavam apenas felizes em revê-lo. Haviam muitos outros sentimentos misturados a essa felicidade.

Um deles com certeza era a preocupação sobre como contariam aquilo para Dango, sem deixá-la tão agitada quanto imaginavam que ela ficaria. A pequena albina com certeza se tornara parte da família, e o carinho e apreço que todos possuíam por ela era grande o bastante para se preocuparem com os sentimentos dela.

Pensando sobre isso, a preocupação só aumentava quando se lembravam de um fator adicional, que ninguém além deles e de Sakata Souichirou sabiam.

Após todos deixarem o salão (uns que voltaram para a festa, outros que foram deitar-se), eles estavam prontos para também retirarem-se, mas foram abordados pelo líder Sakata antes, o qual se aproximou do grupo, muito sério.

― Eu sinto muito por fazer isso, mas eu realmente preciso pedir a vocês que um teste de DNA seja feito ― informou com calma. ― Uma nova herdeira do Clã, mais ainda uma que não provém do casamento de um dos meus filhos, implica em muitas coisas. E por mais que Gintoki esteja sendo bastante imprudente no momento, ― Pausou demonstrando desaprovar a conduta, mas sem perder a neutralidade com que falava. ― ele tem sob suas mãos uma organização inteira, assim como muitas coisas em jogo. Então, novamente sinto muito em fazê-los passar por isso, mas preciso exigir uma comprovação de que essa menina é, de fato, filha de Gintoki.

Aquelas palavras ainda estampavam-se em suas mentes, e além de estarem preocupados com toda a situação, agora também se preocupavam em como iriam dizer à Dango que seu avô exigia um exame de DNA.

― Não podemos culpá-lo ― Kondou fora o primeiro a se pronunciar, depois de tanto silêncio.

― Por dizer que não confia na nossa palavra na cara dura? ― Sougo questionara com uma ironia despreocupada.

― Não é questão de confiar ou não em nós ― Hijikata compreendeu o ponto de seu comandante, ascendendo um cigarro já na boca. ― Nem nós podemos afirmar com 100% de certeza que ela é realmente filha daquele idiota. E se ela crescer e querer ter mais poder dentro da família? Ou assumir o lugar do suposto pai chefiando a tal Shinikayou? E se ela quiser entrar na família para conseguir se aproveitar do status e da fortuna que eles possuem?

― Que horror, Hijikata-san ― escandalizou-se Otae. ― Todos nós sabemos que a Dango-chan jamais faria isso.

― Mas ele não ― retrucou ainda disposto a mostrar o ponto. ― Ele como líder do clã inteiro tem que pensar nessas possibilidades, principalmente por não conhecer a garota ou qualquer um de nós.

― Sim ― concordou Kondou ―, ele está sendo extremamente prudente como o líder que deve ser, e é.

― Ainda assim... ― Shinpachi pronunciou-se hesitante. ― Como vamos falar isso pra Dango-chan?

A resposta estava estampada na cara de desânimo de cada um: eles não faziam ideia. Até que Kagura levantou a face, parecendo ter uma ideia.

― Ela não precisa saber...

― Como assim, Kagura-chan? ― o otaku voltou a questionar, mas logo teve sua resposta em meio a um sorriso animado da jovem.

― Nós podemos conseguir o material pro exame sem ela saber!


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado! Até o próximo ;)



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