Psi-Cullen (Sunset - pôr-do-sol) escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

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PDV de Caroline

— Há mais habilidades diferentes de meus irmãos que eu precise saber?

— Sim. Jasper pode controlar as emoções das pessoas ao seu redor. Alice pode prever o futuro, mas isso é muito suscetível, como eu já te expliquei, e depende das escolhas das pessoas envolvidas. Renesmee pode lhe dizer o que pensa através do toque da sua mãozinha em seu rosto.

— Como assim? Só no rosto? Ela não poderia dar a mão para alguém e lhe mostrar o que quer que o outro veja?

— Talvez o dom dela possa evoluir algum dia dessa maneira que você disse. Mas por enquanto ela apenas pode mostrar para a pessoa se estiver tocando seu rosto. Acho que é porque é mais perto do cérebro, suponho.

— Ahn?

— Ela influencia como que uma visão na outra pessoa.

— Mas não é perigoso?

— Não. No começo as pessoas, quer dizer os vampiros, nossos amigos também tiveram essa mesma reação. Alguns foram mais corajosos do que outros e se arriscaram ao desconhecido. Não sei se talvez seja perigoso para um humano, como você... Pode ser. - Mas não aconteceu nada com o pai da Bella, então eu estava segura, ou não.

— É tipo uma alucinação? – digo tentando entender.

— Sim, pode-se dizer que sim. É como assistir a um filme, mas da perspectiva dela. Ver o que ela viu.

— E a Alice pode ver o futuro?

— Sim. De certa forma imagino que é um pouco parecido com o dom da minha neta, mas ela não compartilha com mais ninguém. Exceto Edward, meu outro filho com um dom.

— Ele pode ler a mente dela enquanto ela tem a visão?

— Sim. Isso é muito útil. Ele pode explicar para nós também. Acho que de certa forma é bom que Alice não possa dividir com todos nós suas visões nem todas as coisas que ela prevê são boas e nem tudo que ela previu acontece, está sujeito a decisão dos envolvidos. Acho extremamente complicado para ela que sabe lidar com isso, imagine o quanto mais seria para nós que não estamos acostumados!... É muita responsabilidade. Com um grande poder vem sempre uma grande responsabilidade.

De repente me ocorre uma revelação súbita:

— Ela me viu e disse a você antes de você me encontrar? Por isso você me observava daquele jeito de longe?

— Sim, filha. – Esme abaixa a cabeça constrangida. – ela me falou rapidamente de você antes de viajarmos. Eu sabia que era você, mas não sabia quando teria a oportunidade de te conhecer melhor.

— Como você sabia que era eu? Alice falou para você como eu era?

— Sim ela me disse como você iria ser, sua aparência. Na verdade, ela me disse que você parecia um pouco comigo. Mas quando eu a vi a primeira vez imediatamente soube que era você. Alice desenhou você antes, também – ela procura um desenho encima da minha escrivaninha e logo traz para eu ver.

O retrato parecia uma fotografia de tão bem feito. Parece um daqueles desenhos antigos que era como o retrato da pessoa:

— Que incrível! – exclamo fascinada com a perfeição e fidelidade do desenho. Queria poder desenhar tão bem assim.

— Você gostou mesmo, filha? Fiquei em dúvida se emoldurava e colocava na parede.

— Claro que eu gostei, mãe. Vou adorar conhecer minha irmã, tenho certeza. Pelo que vejo ela tem um excelente bom gosto. Alice. Sempre achei bonito esse nome.

— Ela é realmente muito encantadora – Esme diz mas como se fosse fazer uma ressalva, mas se interrompe bem na hora e não diz nada. Hoje eu sei que ela é alegre, e um pouquinho inconveniente.

— Só um instante – Esme sai correndo do quarto e antes que eu expire e respire duas vezes ela já está de volta. Pendurando meu retrato na parede.

— Aqui está bem? – ela me pergunta. Fixando o quadro logo acima da minha escrivaninha.

— Sim, excelente mamãe! Você é tão veloz! Todos os vampiros são assim?

— Sim querida, geralmente. Alguns são ainda mais rápidos, mas em geral temos todas as capacidades mais desenvolvidas que os humanos – ela fala de uma forma que não está depreciando as pessoas, de jeito nenhum, mas apenas constatando um fato, uma verdade. – Podemos ouvir de longe alguém falar ou ouvir sons tão baixos que nenhum humano conseguiria. Sentimos cheiros também imperceptíveis para as pessoas. Vemos coisas tão pequenas e tão longe como nenhum humano seria capaz – ela diz sentando cuidadosamente do meu lado.

— Eu sinto um cheiro incomum. Cheiro de sangue, por isso não gosto de hospitais, fico enjoada. Acho que tenho algum problema....

Esme ri.

— Normalmente as pessoas não sentem esse cheiro.

— Tem cheiro de ferro e é salgado. Fico tonta só de imaginar. Também já tomei meu próprio sangue. Não é ruim. Não é nada errado porque é meu mesmo, seu sangue tem os nutrientes daquilo que você comeu. Mas não arriscaria beber o sangue de algum animal, eu poderia pegar alguma doença...

— Não! – Esme exclama – Não faça isso Carol. Eu posso, mas porque eu me alimento disso, você não.

— Eu sei, eu não sou tão idiota - fico um pouco magoada que ela tenha pensado isso de mim. Sei que ela me conhece a pouco tempo, mas já daria para saber que eu não faria isso. Só estou dizendo, não significa que eu faria. Digo  apenas para demonstrar que eu sei como ela vive.

Não gosto quando alguém insulta minha capacidade intelectual; só relevo porque é ela.

— Não quis dizer que você não é inteligente, querida. - Esme prontamente se desculpa, percebendo como eu fiquei magoada. - Eu sei que você é muito esperta. Seus professores disseram várias vezes coisas muito boas sobre suas notas.

— Eu sabia, mas mesmo assim não procuro ficar esnobe por causa disso. Meus colegas falaram que sou arrogante, inacessível, mas isso é só aparência. Se eles se aproximassem veriam como eu sou afável.

— Sei bem o que é ser enganado pela aparência ou quanto vale a aparência. Nos aproveitamos de nossa semelhança com as pessoas para nos passarmos por simples humanos.

— Mas vocês não são nada simples e de certa forma são sim humanos no sentido de que agem humanamente.

— Mas é bom que as pessoas pensem que somos uma família normal.

— Vocês não são nada normais.

— Na essência não, mas na aparência sim.

— Na essência também. Mesmo sendo vampiros vocês lutam para ser mais humanos. Isso é tão lindo!

— Obrigada, querida.

— Eu é que agradeço. Antes de conhecer você eu só conhecia vampiros maus. Quer dizer, só havia ouvido sobre vampiros maus. Ninguém nunca disse que vampiros poderiam ser bons, mas eu deveria saber que quando queremos podemos ser o que quisermos. A mente controla o corpo. A vontade é muito forte. É nosso 'poder' natural.

— É um esforço diário. Você quer mesmo ser uma de nós?

— Sim. É a única forma que eu vejo que é certa ser vampira. Não quero machucar ninguém e eu quero viver para sempre com você.

— Mesmo se você cometer um deslize iremos perdoá-la e aceitar você de volta.

— Vou me esforçar para nunca errar.

— Pode acontecer. Não iremos julgá-la por isso. Todos nós estamos suscetíveis ao mesmo erro. Mesmo sabendo do quanto essa vida será difícil você ainda quer viver eternamente assim?

— Quero ficar com você para sempre Esme. Não quero perdê-la nunca mais. Não consigo imaginar viver sem você.

— Nem eu, filha. Já amo muito você. Minha filha, querida!

Ela se inclina para mim e abre os braços e eu a abraço.

— Com o tempo você disse que isso fica mais fácil?

— Sim. Mas a sede sempre existirá. É como uma chama queimando na garganta. Diminui um pouco quando você toma sangue, mas logo vai ficando mais e mais intensa. Com o tempo você se acostuma.

— Agora por exemplo Esme, você está sentindo?

— Sim, se eu me concentrar nisso posso sentir, mas não se preocupe. Nosso cérebro é mais desenvolvido e pode cuidar de várias coisas ao mesmo tempo.

— Como multi-tarefas?

— Sim, acho que você pode dizer isso. O cérebro humano é fantástico e possui muitas habilidades. Habilidades latentes nas pessoas, mas que em nós vampiros afloram.

— Como por exemplo?

— Um senso de localização e de auto-preservação.

— Acho que eu tenho um pouco disso.

— Como eu disse são habilidades latentes nos humanos. Mas algumas pessoas mais sensíveis como você podem ter um pouco dessa característica.

— Não gosto de esportes radicais, não gosto de arriscar a minha vida. quando ando na rua e preciso atravessar sempre tomo um cuidado muito maior que os outros, eu acho, para não ser atropelada, porque eu sei que se um carro me pegar eu sou muito frágil e posso me machucar bastante. E eu não quero isso.

Esme sorri não rindo de mim, mas compreensiva.

...XXX...


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