Mente de Coordenadora Pokémon escrita por Kevin


Capítulo 12
Corrida contra o tempo


Notas iniciais do capítulo

Algumas vezes o tempo muda as pessoas. Mas, as vezes o que muda as pessoas são incidentes que elas se quer lembram.



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A face estava séria, mostrando uma tensão poucas vezes vista no rosto do jovem Allan. Nem por isso, deixava de manter-se alinhado em sua roupa costumeira. Sua vestimenta estava impecável, e até mesmo seus óculos estavam alinhados ao rosto como costumavam, mas seus cabelos castanhos estavam desgrenhados indicando que não estava tão bem como de costume. Além disso as olheiras poderiam ser notadas por quem se aproximasse.

Manter a aparência sempre foi algo importante para um assistente de líder de ginásio como Allan, afinal, Sabrina era uma das mais famosas líderes de ginásio e era requisitada para as mais diversas atividades onde ele acaba de ter que acompanhá-la e algumas vezes substituí-la quando ela decidia que não queria participar do evento de última hora. No entanto, nunca pensou que em algum momento teria que substituí-la por a vida dela estar em perigo.

O quarto da líder era amplo e arejado, no entanto, não havia nenhum adereço para orná-lo ou para torná-lo mais pessoal. Sabrina por diversas vezes era considerada fria e muitos se perguntariam que tipo de pessoa era ela e do que gostava, seu quarto não tinha nada para revelar sobre ela a olhos menos atentos. Apenas naquele dia, em que ela permanecia adormecida, quem ali entrava conseguia uma informação valiosa sobre ela e sua pessoa, ela estava doente e não era invencível.

 

— Precisamos mesmo de tantos frascos de sangue? -

 

Era o décimo frasco. Não teria dito nada se a coleta tivesse parado no quinto frasco, mas chegando ao décimo o jovem assistente começava a demonstrar certa preocupação. A resposta veio com um sorriso típico das enfermeiras Joys, tentando acalmar seus pacientes ou mesmos acompanhantes.

 

— Precisarei de muitas amostras para realizar os testes e descobri que toxina fez isso. -

 

A mulher de cabelos rosados mostrou alguns equipamentos que ainda estava preparando para poder processar o sangue. No entanto, não estava dando muita atenção ao jovem Allan e só veio a perceber a expressão de confuso que ele estava fazendo quando foi tocada no braço pela sua parceira Chansey a pokémon enfermeira.

A pokémon rosada havia acabado de recolher o sangue da líder que permanecia adormecida sem nenhuma explicação aparente. Parecendo um ovo de um metro e meio completamente rosado, tinha pequenos braços e pés que estranhamente lhe permitiam muita mobilidade. Suas saliências na cabeça muito se assemelhavam a cabelos. Era uma pokémon bonita e simpática, sendo que o que mais chamava a atenção era a pedra oval branca que carregava em sua barriga.

 

— Desculpe. Eu deveria estar mais atenta ao que digo. - Disse Joy a Allan percebendo que a informação sobre toxina havia pego-o de surpresa. - Os primeiros testes foram inconclusivos e ao que parece ela está em sono profundo, a Chansey conseguiu identificar por meio do Aroma Terapia que há uma toxina na corrente sanguínea. -

 

O potencial de cura das Chansey faziam delas parceiras perfeitas para as enfermeiras dos centros pokémon. De uma forma geral, não havia técnica de cura que ela não pudesse aprender naturalmente ou com algum treinamento especifico, apesar dos dois movimentos mais usados serem o Sino de Cura, que criava uma cura total no alvo, e a aroma terapia que retirava qualquer tipo de mal que estivesse a infligir danos ao corpo.

Apesar de não ser pouco efetiva em humanos, devido a sua estrutura complexa, ainda possuía alguns efeitos interessantes que só mesmo com treino poderiam ser alcançados. Naquele caso específico a Chansey podia aplicar a Aroma Terapia no humano em questão e ler as reações que ele teria ao ser alvo da técnica. Nenhuma reação adversa ao corpo significaria que nada estaria a infligir o corpo. Se ocorressem espasmos musculares significava que estaria sendo afetada por algum tipo de paralisia, se o que havia lhe acertado fosse uma toxina seu copo mudaria de cor levemente e muitos outros sintomas diversos para cada tipo de situação.

Chansey viu a líder do ginásio ter um leve movimentar de olhos, mesmo estando fechados. O que significava que ela estava presa em sono profundo. No entanto, sua pele também coloriu-se levemente durante aplicação da técnica Aroma Terapia, o que significava que o que havia a colocado para dormir era uma toxina.

 

— Que bom! - Allan exclamou aliviado.

 

Chansey e Joy olharam para o assistente de líder, que agora estava comando o ginásio interinamente, de sem entender aquela reação dele.

 

— Sabrina é uma poderosa psíquica. Imaginem a mente de alguém poderosa como ela doente, o que as pessoas ao seu redor não passariam. - Allan comentou lembrando-se de uma vez que Sabrina ficara bêbada e criou confusão na cidade com suas habilidades. - Sem contar que é um alívio que seja uma toxina, pois significa que não foi um psíquico que a pôs para dormir. -

 

Joy balançou a cabeça concordando e entendendo a linha de pensamento do jovem. Uma psíquica doente era um problema sério para se lidar com a cidade naquele estado em que se estava e pior talvez seria saber que alguém com poderes maiores do que o de Sabrina havia a derrubando. Ela estar intoxicada por algo era ruim, mas não tão problemático.

Infelizmente, Chansey não havia conseguido acompanhar o pensamento de Allan ou teria advertido que a toxina na corrente sanguínea da líder era de origem pokémon e todos entenderiam que ela dificilmente teria sido acertada por acidente.

 

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Meu nome é Mirian Miller e me tornei uma Coordenadora Pokémon para conquistar uma taça em homenagem a minha. No entanto, fui tão mal em minha jornada que acabei presa acusada de ser caçadora ilegal e falsificadora. Depois de sair da prisão, retomei minha jornada para descobrir as pessoas que armaram para que eu fosse presa.

O problema é que em Saffron estou sendo atormentada por lembranças da prisão enquanto a cidade parece sofrer um forte atentado no qual posso ser a próxima vítima.

 

 

Mente de Coordenadora Pokémon
Episódio 12: Corrida contra o tempo

 

 

O dojo estava cheio. Dez pessoas com quimonos brancos e faixas de diversas cores treinavam copiando o mestre na aula matinal de Karatê. Dez pessoas não era muito, mas quando cada um desses aspirantes a caratecas estavam acompanhados de um pokémon o tatame parecia lotado.

Todos fazendo os exercícios, numa sincronia perfeita entre humano e pokémon. Na maioria eram pokémon lutadores de primeiro estágio, mas havia um charmander, um fabuloso pokémon lagarto de fogo de cor alaranjada que possuía chamas em sua calda.

 

— Não ligue para ela, é idiota! -

 

Mirian parou se observar a aula que ocorria e virou-se para a pessoa que a chamava de idiota. Blue parecia irritado com a distração da menina. Um rapaz com um kimono usando faixa preta estava a falar com os dois, mas parecia já ter terminado.

 

— Eu não sou idiota. Estou apenas impressionada com o que estou vendo! -

 

Mirian retrucou mostrando alguma irritação, o que surpreendera a Blue que no geral não via a menina irritada com facilidade. Olhou para os alunos em aula e entendeu o que Mirian queria dizer, dois pokémon chamavam a atenção durante a aula. Um inseto e um pokémon lutador.

Caterpi era o pokémon inseto que dava um show à parte durante a aula. Era apenas uma espécie de lagarta verme, verde que não deveria medir mais de vinte centímetros. Parecia se esforçar a acompanhar seu treinador que instruía novas formas dele fazer os movimentos na ausência de membros. Nem por isso parecia menos empenhado ou empolgado.

No entanto, nem de perto comparava-se ao fato da aula ser dada por um pokémon. Tratava-se de um pokémon lutador já evoluído. Primeape era uma espécie de macaco lutador. Seu corpo circular é coberto de pelos brancos ouriçados. Com quatro membros flexíveis e altamente fortes, suas patas dianteiras parecem verdadeiras luvas de boxe quando olhados de longe devido a suas braçadeiras.

 

— Ele realmente está dando aula e os alunos estão entendendo o que fala? - Blue finalmente percebia o que estava acontecendo na aula. - Isso é... -

 

Blue percebeu o sorriso debochado de Mirian no momento e parou de falar contrariado.

 

— Primeape é um dos pokémon mais fortes de Drun, dá aula com ele todos os dias nesse horário. Então, mesmo sem Drun os alunos conseguem acompanhar Primeape. - Diz o rapaz que estava atendendo a Blue e a Mirian. - Como eu disse antes, Drun trabalhou ontem à noite, mas não voltou ou trouxe de voltas os pokémon. Não conseguimos encontrá-lo ainda e dois dos nossos que deveriam dar outras aulas pela manhã também não apareceram. -

— E mais dois que foram buscar os pokémon no hotel e Mundiale prestar esclarecimentos avisaram que os pokémon que Drun levou desapareceram. - Comentou Blue. - Totalizando cinco desaparecidos da academia. -

 

— Isso! - Disse o rapaz. - Mas, eu não entendi ainda o motivo de estarem atrás de Drun. -

 

— Bem... Achei que fosse se lembrar de mim. - Comentou Mirian fazendo o rapaz olhá-la mais atentamente. - Havia combinado com ele de … -

 

Mirian parou de falar, sem conseguir decidir o que fazer. Não queria mentir, mas não podia falar sobre o que estava fazendo porque não sabia.

 

O rapaz fixou esperando e pareceu pensar um pouco ao perceber que não viria nada dela e acabou dando de ombros. No geral, Drun era o tipo de cara que tentava ajudar a todo mundo e não seria difícil que tivesse prometido algo estranho a Mirian ou a Blue. Mas, realmente não se lembrava de Mirian do almoço do dia anterior ou da noite em que Sabrina dera uma surra neles, afinal ele estava desmaiado quando ela chegou.

 

— Espero que esteja tudo bem com ele. - Disse Blue aproveitando o momento de distração do rapaz. - Voltamos outra hora. -

 

Um rápido agradecimento pela atenção e a dupla ganhou as ruas tranquilas da cidade. Calçadas desertas e uma cidade um tanto abandonada. Por ser quase oito horas da manhã já deveriam ter um número de transeuntes grande naquela parte da cidade, mesmo na época do festival, onde muitos só voltavam para casa ao amanhecer, outros que não eram criaturas noturnas já estariam nas ruas, mas o que se via era apenas a dupla por vários quarteirões.

 

— Eu não esperava que as ruas estivessem tão vazias. -

 

Blue comentou, mas acabou ficando sem resposta. Apesar da irritação e distração que tiveram dentro da academia de lutadores a tensão continuava. Saffron havia sido vítima de um estranho atentado. Dezena de milionários e políticos foram assassinados na noite passada dentro de um dos hotéis mais conceituados de Saffron, sendo que alguns corpos foram pendurados na fachada do hotel com dizeres de estupradores e pedófilos.

Se isso não bastasse, diversos assaltos e espancamentos aconteceram na mesma noite, com o agravante de muitas pessoas estarem desaparecidas, incluindo metade da força policial que deveria atuar no Festival dos milhões. O resultado, após de um vazamento da impressa, eram as ruas desertas e muita apreensão.

Mirian e Blue, no entanto, não possuíam alternativas de ficarem trancados e seguros em algum lugar, como o ginásio pokémon de Saffron onde estavam hospedados. Tendo Hina, a irmã de Blue, sendo uma das desaparecidas e Mirian tendo acordado, misteriosamente, no ginásio após ter dormido no hotel Hannay, os dois precisavam aventurar-se pela cidade atrás de respostas.

 

— Achei que Allan havia nos mandado para a academia só por desconfiar que eles fizeram algo com Sabrina. - Comentou Mirian. - Será que ele desconfiava que alguns deles poderiam ter desaparecido? –

 

A líder do ginásio Sabrina foi procurada pela polícia para ajudar nas investigações, no entanto ela também parecia ter sido vítima de algum ataque, pois estava em sono profundo e nada parecia acordá-la. Com isso o assistente e aprendiz da líder, Allan, tomou a liderança do ginásio organizando as atuais prioridades que eram: acordar Sabrina, que estava por conta dele e dá enfermeira Joy de um dos centros pokémon da cidade; reunir todos os funcionários e alunos ligadas ao ginásio, que estava por conta do segurança Leon; encontrar uma pista a seguir no meio deste caos que Saffron estava começando a apresentar, que ficaria por conta de Blue e Mirian.

Inicialmente Mirian não entendia porque ela ficaria com uma tarefa tão complexa, ainda mais quando apresentava um desespero a cada informação fornecida. Mas, aos poucos foi começando a compreender que talvez ela fosse a chave para acharem ao menos uma pista a seguir em meio a todo caos que instaurava-se na cidade.

Mirian havia estado no hotel Mundiale, que havia sido palco dos assassinatos, na festa que havia reunido todas as vítimas. Assim ela poderia ser a única sobrevivente ao massacre e para ter certeza disso precisava conferir se as pessoas com quem teve contato, além das pessoas que deixaram a festa com ela, ainda estavam vivas. Já sabia que Rovan, um jovem milionário que acompanhou ela e Beta até o Hannay havia sido assassinado, mas ainda precisava saber de Beta e Drun.

Outra pista importante que Mirian poderia dar sobre os desaparecimentos era o fato dela ter dormido no Hannay e amanhecido no ginásio. Se aquilo havia acontecido com ela, quantos outros não poderiam estar na mesma situação, ou em situação pior, acordando em locais completamente estranhos e desconhecidos.

O Hannay ainda poderia sido palco de um segundo mistério, já que Hina fora vista pela última vez, no Hannay. Assim, Mirian era obrigada a concordar que talvez ela tivesse tido sorte de não estar desaparecida ou até morta. Não afastando a possibilidade de uma dessas coisas ainda vir a acontecer era melhor antecipar as coisas. Por isso Blue estava a acompanha-la, Mirian talvez não tivesse entendido completamente a situação, mas ela também estava servindo de isca andando pela cidade.

 

— Possível! Nunca vi ninguém pensar como ele e acredito que ao perceber que talvez vocë pudesse ter visto algo sem perceber, te fazer rodar novamente pelos locais do dia anterior atrás das informações talvez nos ajudasse a confirmar que você esteve nos locais onde pessoas desapareceram. -

 

Mirian pensou em questionar que a nenhum momento esteve na delegacia para que tantos policiais sumissem, mas acabou parando de andar por alguns instantes.

 

— Preocupada de ser a próxima? - Questionou Blue que olhou em volta. Somente lojas que serviriam café da manhã ou de algum material do mesmo estavam abertas. Nem mesmo os Garis que deveriam estar a limpar as ruas naquele momento estavam presentes. – Acho que a tensão pegou a todos. –

 

— Também estou preocupada com isso, mas... - Comentou Mirian. - Havia mais de quinze pokémon na festa, se só podemos carregar até seis pokémon por vez, como Drun levou a todos para a festa, permaneceu com eles lá e como alguém retirou tantos pokémon do prédio sem causar tumulto? -

 

E de onde você tirou esse questionamento? Blue pensou em questionar Mirian sobre o motivo daqueles pensamentos, mas resolveu não fazê-lo. O questionamento dela mandava as atenções direto para Drun e a academia de pokémon lutadores. Se não estavam usando pokebolas, quem retirou os pokémon do local era conhecido para eles obedecerem ou teriam oferecido resistência o suficiente para causarem confusão e destruição, já que eram todos treinados por uma academia de lutadores.

 

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Se a cidade estava deserta e silenciosa, o Hannay parecia ponto de explodir. A recepção estava lotada de pessoas pedindo informações e um tanto desesperadas. Ao que parecia algumas pessoas li também desapareceram e a falta de resposta das polícia não estava ajudando a acalmar os ânimos.

A chegada de Mirian e Blue não foram notadas pela maioria. Apenas Andy, o coordenador que se apresentava no dia anterior, no horário que Mirian chegava para sua consulta com Beta, pareceu dar alguma atenção aos dois.

Andy era um cara um tanto discreto comparado aos demais homossexuais hospedados no Hannay. Se ninguém falasse que ele era, passaria por um jovem hétero sem problemas. Com uma calça jeans e uma camisa de algodão azul sem nenhum adorno, talvez só se reparassem que as unhas dos pés estavam pintadas, uma vez que estava de chinelo naquele momento.

Blue não tinha ideia de quem ele era, então quando ele se aproximou resolveu deixar Mirian falar e observar quando conseguiriam falar com o gerente, já que ele era o único que poderia dar acesso ao que eles queriam as fitas de segurança do local.

 

— As coisas estão complicadas por aqui hoje. - Disse Andy. - Não esperava que viessem, ainda mais tão cedo. –

 

— Estava nos esperando? - Questionou Mirian.

 

— Claro! Hina combinou comigo, após treinarmos na parte da tarde, de trazer você e o irmão dela, para treinarmos juntos para o concurso de Saffron. - Andy respondeu e pareceu olhar em volta. - Reconheci você de ontem, mas não estou vendo Hina. -

 

Mirian ficou na dúvida se deveria dizer que a menina desapareceu. Mas, o silêncio acabou sendo a melhor resposta.

 

— Ela também? - Andy levou a mão a cabeça não acreditando no que acabara de descobrir. - Pelo menos umas 7 pessoas do hotel desapareceram, sem contar as notícias de que um grupo foi espancado durante a madrugada enquanto voltavam a pé para o hotel. -

 

— Viemos ver se ela não estaria com Beta. - Disse Mirian incerta se aquilo não era uma verdade, já que Blue bem tinha esperanças de que uma forma muito estranha ela poderia ter acabado ficando pelo hotel sem avisar. - Viu-a hoje? -

 

Andy fez que não com a cabeça, mas não significava muito a informação. Mirian fez que iria para o quarto, mais foi detida por Blue que mostrou que alguém havia chegado para conversar com eles. Quando virou-se Andy não estava mais ali.

 

— Desculpem-me a demora, mas a confusão está grande está manhã. - O senhor já parecia de idade com seus óculos e cabelos brancos, mas não era o gerente. - Reconheço-os como amigos de Beta, mas sinto informar que ela não se encontra nos aposentos. Tentei ligar diversas vezes e uma das camareiras acabou de avisar que não há ninguém. -

 

Mirian e Blue se olharam durante alguns instantes. Não era um gerente, seu crachá tinha outro título escrito e eles não entendiam porque falar com justamente com o chefe da segurança.

 

— Gerentes em reuniões com o dono devido aos incidentes. - Ele ponderou com a cabeça. - Eu estaria não fosse o fato de não me escutarem. - Ele sorriu. - E no que posso ajudar a vocês? Afinal, deram a informação de que Beta não estava e ainda assim solicitaram falar com o gerente. -

 

— Bem... Nós precisamos ver as fitas de gravação da segurança. - Disse Blue sem muitos rodeios. - Acho que deveríamos ter pedido o chefe de segurança logo. - Blue riu. - No meio desses vários desaparecimentos, minha irmã, Hina que esteve aqui também, desapareceu, e precisamos saber que horas ela saiu daqui e se estava com mais alguém. -

 

— Eu não posso permitir algo assim. - Disse o Senhor. - Ainda mais que a cidade inteira está com esse mesmo problema. Proibi a camareira de arrumar o quarto temendo que beta também esteja desaparecida. Tudo agora é prova para a perícia da polícia, inclusive as fitas de segurança. -

 

Blue pensou em argumentar, mas não conseguiu diante a face preocupada do velho. De uma forma ou de outra, ele também parecia muito preocupado com toda aquela situação e havia sido muito educado em informar as coisas.

 

— Escuta, não gosto de mentir e não mentirei. - Disse Mirian. - Dormi aqui ontem à noite. Tenho certeza que cheguei por volta das duas da manhã acompanhada de Beta e Rovan. Beta me deixou no quarto dela dormindo enquanto saia com Rovan. Acordei em um lugar completamente diferente e descobri que Rovan foi assassinado. Beta pode estar em perigo ou ser colocada como suspeita. - Mirian parecia séria ao falar aquilo, tão séria que Blue ficou surpreso. - Hina não tem nem 15 anos. Ela poderia ser sua filha ou neta! Por, favor! -

 

O velho chefe de segurança ficou olhando para Mirian durante algum tempo. Observou os diversos clientes do hotel ainda causando o pequeno alvoroço naquela manhã e, por fim, fez sinal para eles acompanharem-no.

 

Essa é a Mirian? Eu não tive oportunidade de ler o livro dela, mas pelo visto ela realmente sabe usar as palavras. Se havia algo que Blue não esperava era aquele tipo de ação de Mirian.

 

Os três seguiram por alguns corredores e um lance de escadas para baixo, até que chegaram a uma sala cheia de telas mostrando diversos locais do hotel. Dois homens operavam terminais de gravação enquanto outros dois pareciam atentos a parede da porta de entrada.

 

— Vou repetir que essas gravações agora são da polícia. - Disse o velho. - Então tentem não se meter em confusão, ok? Muito menos dizer que tiveram acesso a isso. - O velho deu um sorriso pequeno. - Mas, acho que vocês tem mais chances do que a polícia de achar seus amigos. Antes deste emprego trabalhei anos na parte da segurança privada e sei que quando falamos de desaparecidos, se não são encontrados em quarenta e oito horas, eles geralmente não são encontrados nas condições que gostaríamos. -

 

Mirian e Blue engoliram um seco naquele momento. A maioria deveria estar a pouco mais de seis horas desaparecidos, mas Hina poderia já ter mais de 12 horas. O chefe de segurança foi até os operadores e instruiu-os a procurar por algo, ambos olharam para trás e deram uma boa olhada em Mirian e depois começaram a mexer nos terminais.

 

— Não sei como é Hina, mas sei como você é e eles também. - Comentou o chefe de segurança dando a entender que os operadores estavam a analisar Mirian para saber o que procurar. - Eles vão achar você rapidinho. -

 

— Sério? - Blue comentou. - Eles não estão olhando para nenhuma tela. -

 

O chefe de segurança sotou uma risada e apontou para a parede onde estava a entrada e dois homens pareciam vigiá-las.

 

— Mamãe! -

 

Mirian caiu no chão assustada ao ver que os dois homens não vigiavam a entrada, mas sim a parede que estava repleta de estranhos pokémon roxos e com olhos vermelhos esbugalhados.

 

— Uou! - Blue ficou surpreso. - Quantos Venonats! -

 

Mirian elevou seu relógio pokeagenda rapidamente e deixou que ele lhe desse algumas informações. Blue percebeu o movimento, mas a informação estava tão baixa que não pode escutar, apesar de não fazer diferença para ele já que conhecia o pokémon e entendia a escolha, apesar de não deixar de apresentar sua surpresa.

 

— Venonat tem uma visão aguçada que não se vê todo dia. Ele consegue acompanhar as telas mesmo em velocidade alta, sem perder um único detalhe. Por isso uso-os para monitoramento, com esses dois seguranças os comandando junto aos controladores. -

 

Um venonat saltou da parede, indo direto para uma das telas.

 

— Achamos sua primeira você! - Disse um dos operadores diante a situação.

 

Blue e Mirian aproximaram-se de uma tela onde puderam ver Mirian chegando na madrugada anterior acompanhada de Rovan e Blue. Era a câmera da recepção. Os demais da sala pareceram agradecer, ou algo parecido ao pokémon pela sua ajuda e logo depois ele voltou a sua posição na parede.

Com o horário definido os operadores colocaram o carro de Rovan, que estava parado na frente do hotel, com seu motorista ao volante, numa tela separada para vigiar, e foram acompanhando o trio por vários pontos do hotel até chegarem a porta do quarto de Mirian onde o trio entrou, deixando a porta aberta e em pouco menos de cinco minutos Rovan e Beta saiam, com Mirian despedindo-se e trancando a porta.

Uma nova tela foi reservada para acompanhar a porta do quarto em que Mirian estava enquanto acompanharam a dupla a sair do hotel e voltar para o carro. Viram que eles seguiram para a direita do hotel.

 

— Não sabe para onde eles foram depois daqui? - Questionou Blue.

 

— Não tenho a menor ideia. - Disse Mirian. - Eu havia cansado e eles queriam ir para algum lugar para dançar tecno. –

 

— Você está saindo do quarto. - O chefe de segurança olhou para Mirian questionando-a se aquilo era algo que ela se lembrava e não havia contado. – Sério que não lembra disso? –

 

Mirian olhava assustada para a tela, sem conseguir se lembrar em que momento aquilo havia acontecido. Tudo na sua mente era nebuloso depois do momento em que ficou sozinha no quarto. Lembrava-se de um banho, lembrava-se de pôr uma camisa de Beta para dormir, bem como um cuidado com o vestido alugado para o evento. Mas, a última coisa que lembrava era deitar e apagar as luzes. Talvez tivesse apagado, mas visivelmente não havia demorado muito dormindo.

 

— Trinta minutos do momento em que foi deixada sozinha para o momento em que saiu novamente. - Disse o controlador. - O estranho é que você não pega o elevador ou as escadas, segue pela saída de emergência. -

 

O operador parou de falar por alguns instantes e até mesmo de mexer no computador. Olhou para seu parceiro e olhou para o chefe de segurança. Voltou rapidamente para o teclado e uma chuva de dedos caiu sobre as teclas freneticamente.

 

— Diga para os Venonats que vou fazer um fluxo de imagens em todas as telas, não é para se alvoroçarem. -

 

O controlador disse rapidamente e segundos depois as diversas telas mudaram pareceram se tornar num fluxo de câmeras de todo o prédio de repente. Mostravam diversos andares em horários diferentes, mas num intervalo pequeno. Pessoas saiam de seus quartos e seguiam para a escada de incêndio, puderam ver Mirian fazer isso como a última pessoa a pegar a escada de incêndio. Então as telas se apagaram e uma união de telas mostrou uma única câmera transmitindo em todas as telas a escada de emergência, que descia em uma espécie de caracol onde os dez marchavam escada a baixo sem parecer notar a presença dos outros.

 

— Que merda é essa? - Chefe de segurança observava aquilo sem compreender o que estava acontecendo. - Não podem 10 pessoas terem saído pela saída de emergência sem acionar o alarme! Tem detectores de movimento lá. -

 

As imagens mostraram que eles pararam a poucos andares da saída e entraram numa porta que havia um G grande.

 

— A garagem. -

 

Bufando o chefe de segurança olhou para os operadores que ampliaram rapidamente para todas as telas, formando novamente um telão de fluxo e caminho. Havia uma van de porta aberta parada na garagem, bem próximo a saída de emergência. Todas as pessoas que haviam saído de seus quartos e pegou a saída de emergência entraram na Van sem ao menos olhar para o lado, a porta se fechou e o carro partiu, sem ao menos ter acendido os faróis.

 

— Eu não lembro de ter entrado nesta Van. - Disse Mirian ainda alarmada. Por que ela não lembrava de nada daquilo? - Para onde ela foi? Como ela entrou no prédio? O que ... -

 

Mirian parou de falar ao ver que Blue havia ficado angustiado com aquilo. Eles estavam vendo como Mirian havia deixado o hotel e por mais amedrontador, estava tudo bem com ela. No entanto, onde estava sua irmã desaparecida?

 

— Ela está bem! Vamos encontrá-la. - Disse Mirian se acalmando e tentando confortar Blue. - Não vamos mais conseguir tirar nada daí, né? -

 

— Pegamos um vídeo de nossas câmeras externas mostrando a direção que a Van tomou, mas não temos nada além disso. - Comentou um dos operadores levantando-se. - Vou usar um outro terminal para tentar melhorar a imagem e descobrir quem estava no volante, ou como a pessoa entrou. Enquanto isso podem pesquisar sobre a outra menina. -

 

O chefe de segurança confirmou com a cabeça. Felizmente os operadores daquela manhã eram bons tecnicamente e não apenas vigilantes, sorte ou destino a escala deles coincidirem com os problemas ocorridos. Eles seriam capazes de identificar algo diferente na Van se houvesse.

 

Não posso falar aos dois jovens que talvez ela não se lembre de nada por terem usado poderes psíquicos nela. Pelo modo como eles se comportam nos vídeos, quase que um padrão robótico coletivo, não seria surpresa nenhuma alguém me dizer que foram hipnotizados. O Chefe de segurança parecia já ter suas teorias, mas não valia a pena compartilhar com os jovens, principalmente porque precisaria dizer como dez pessoas poderiam ser dominadas ao mesmo tempo, sem que parecessem ter tido contato com algo ou alguém hipnótico.

 

— Ali! A Hina! - Gritou Blue ao vê-la em uma das telas.

 

Era o momento em que Hina e Mirian chegaram ao Hanay no dia anterior, presenciaram a apresentação que Andre faziam e depois juntaram-se a Beta, seguindo para o quarto. Quase uma hora depois Hina sai do quarto.

 

Aquele foi o momento em que Beta pediu para ela ir procurar algo que não existia para poder pressionar-me. Mirian identificou o momento da saída da menina, acompanharam ela chegando na recepção e de lá se distraindo novamente com a apresentação de Andrew. Ela sabia que era mentira?

 

O vídeo mostrou Hina fazendo amizade com Andrew e poucos segundos depois pode-se ver Mirian indo embora do hotel sem dizer nada a Hina. Hina ficou por ali por algum tempo até que ela foi a recepção e ligou para alguém. Pausaram o vídeo ali enquanto identificavam para quem ela ligou trocando umas rápidas palavras.

 

Céus... Eu deixei ela sozinha aqui no hotel. Será que sou culpada? Será que ela estaria conosco se eu não ficasse pensando só em mim? Mirian começou a se culpar do acontecido enquanto as cenas seguiam após identificar que Hina falou com Beta sobre almoçar com Andrew.

 

As imagens seguiram mostrando que Hina almoçou no restaurante do hotel junto a Andrew e que voltaram ao salão para uma espécie de treino para concursos até que Andrew pediu licença para ir ao banheiro e Hina ficou sozinha sendo abordada por uma garota por alguns instantes!

 

— Vadia! -

 

Mirian gritou chamando a atenção de todos. Blue assustou-se com o grito, mas já havia reconhecido a menina. As feições delicadas e cabelos loiros não negavam, era Dove.

 

— Vocês a conhecem? Não lembro dela no hotel. Era convidada de Beta também? - O Chefe de Segurança perguntou, mas acabou ficando sem resposta. - Acompanhem essa garota. Como ela entrou e com quem mais falou. -

 

Hina após alguns instantes despediu-se da menina e parecia arrumar-se para ir embora, apenas esperando para despedir-se de Andrew. Hina saiu hotel, um tanto quanto apressada, mal falando com Andrew que a observou indo embora da porta. Pouco mais de um minuto depois Blue começava a chegar ao hotel e era atacado por uma Mirian irritada.

 

— Parece que não a encontramos por questão de segundos. - Disse Mirian. - Temos que falar com Dove, agora! -

 

O que será que Dove fez a Mirian para ela ter tanta raiva assim dela? Blue viu que as imagens de Dove foram encontradas rapidamente.

 

A menina entrou no hotel sem falar com ninguém, caminhou como se conhecesse o local, passando despercebida e ficou observando o treino de Hina e Andrew, quase como escondida, até que Hina ficou sozinha. Após falar com ela saiu sem falar com ninguém, quase que despercebida.

 

— É isso crianças. Não tenho mais como ajudar. - Comentou o Chefe de Segurança fazendo sinal para eles seguirem para fora da sala. - Grato pela colaboração equipe, continuem o trabalho de monitoração e preparem-se para quando a polícia chegar. -

 

Fizeram apenas parte do percurso de volta, parando em meio a um corredor vazio. Blue estava pensativo enquanto Mirian agora tinha um misto de culpa, raiva e medo. O que eles viram ali não dizia muito, apenas de que Mirian saiu do hotel por conta própria junto com outras pessoas.

 

— Lembrem-se de não comentarem sobre a ajuda que dei. Estou ajudando porque é provável que vocês tenham mais sorte em achar a amiga de vocês do que os policiais em questão de velocidade, diante a todos os problemas que a cidade está enfrentando. - O chefe pareceu ponderar. - Eu me concentraria na busca pela Hina. A loira que reconheceram parece ter dito algo a ela que a alarmou, então é a melhor chance que tem de encontrá-la. –

 

— Vamos atrás dela agora mesmo. - Diz Blue. – Sei parcialmente o endereço dela, não será difícil encontrá-la. -

 

— Se as outras pessoas que entraram na Van aparecerem, ou beta retornar, você me avisa? - Questionou Mirian. - Eu já entendi que não vou conseguir descobrir sozinha o que aconteceu comigo, mas talvez se outros aparecerem... -

 

O senhor sorriu para ela confirmando que a avisaria. Não iria dizer a ela que dificilmente isso aconteceria. Talvez beta surgisse, mas com a nova informação de que ele esteve durante a madrugada com um dos assassinados da noite, era melhor que Beta não aparecesse sã e salva, ou teria muito a explicar.

 

— Vamos Mirian! - Disse Blue abrindo a porta que dava para a recepção do hotel. - Qualquer notícia basta ligar para o ginásio pokémon! -

 

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Mesmo próximo ao almoço nada havia mudado na cidade. Naquele horário as ruas já estariam movimentadas com festas acontecendo e o cheiro de comida tomando conta de todas as ruas, mas nada daquilo estava acontecendo. Havia um pouco mais de policiamento e comerciantes assustados nas portas de seus estabelecimentos incertos sobre a ideia de abrir ou não.

De fato, a população estava amedrontada e talvez uma evasão só não havia acontecido ainda pois todos teriam que caminhar cinco quilômetros para próximo das florestas para poder chegar aos pontos de ônibus.

 

— Tem certeza que existem parentes de Dove nessa parte da cidade? - Questionou Mirian. - Como vamos saber qual é a casa? -

 

— Para começar deveria saber que uma beldade pode até mentir para Blue, mas eu ainda assim manterei aquela informação na minha cabeça. Lembro de todos os papo que eu tenho com todas as garotas que já tive o prazer de conhecer. - O gordinho sorriu. - Fui abençoado com uma ótima memória. -

 

— Estou vendo... - Mirian parou de andar olhando para a janela de uma casa.

 

Blue parou e olhou na direção que Mirian estava olhando. Pela janela ele podia ver Dove, a menina loira, parecendo preparar-se para almoçar.

 

— Eu resolvo. Não quero você gritando com ela e fazendo qualquer chance dela ajudar a achar minha irmã desaparecer. -

 

Mirian não pareceu muito satisfeita com aquilo, mas limitou-se em ficar na calçada, enquanto Blue abriu o portão do quintal e entrou sem nenhuma cerimônia, como se fosse o dono, ou um amigo de anos dos donos do imóvel.

Chegou ao solado da porta e bateu duas vezes, após perceber que talvez a campainha estivesse junto ao muro, próximo ao portão de entrada que já havia cruzado e se afastado. Demorou pouco mais de um minuto para a porta se abrir timidamente e uma cabeleira loira e os olhos azuis aparecerem.

 

— Te achei, querida! - Blue tentou gracejar não percebendo a incredulidade da menina que imediatamente fechou a porta na sua cara. - Vamos, de um desconto para minha pessoa. Preciso de sua... -

 

Blue não conseguiu continuar a falar. A porta, de repente, veio a baixo, caindo por cima dele, enquanto algo passava velozmente por cima da porta. Escutou os gritos enlouquecidos de Mirian começarem enquanto sentia a dor de ter sido esmagado pela porta.

 

— Se eu não fosse fofo, teria me quebrado. -

 

Blue saia debaixo da porta, surpreso por não ter se machucado. Conferindo a situação via Mirian ao longe tentando perseguir uma Dove montada em uma ponyta.

Coçou a cabeça, sem compreender o que realmente aquilo significava, além de Dove e Mirian terem um problema uma com a outra. No entanto, não parecia razoável a fuga da menina ao vê-lo, ainda mais jogando a porta em cima dele.

Suspirou e olhou para dentro da casa, onde pode ver a mesa onde Dove estava quando a viram pela janela. Percebeu que não havia prato ou qualquer indicação da refeição que acreditavam que ela estivesse se preparando para fazer, devido ao horário, mas sim um nootbook que possuía um grande cronometro em contagem regressiva marcando quarenta e cinco minutos.

Ele olhou em volta e acabou entrando na casa indo até o computador, percebeu que aquela era apenas uma de várias janelas abertas. Clicou na primeira e parecia estar rodando um filme meio monótono, onde alguém parecia tentar desarmar uma bomba. A pessoa parecia desesperada, gritava e tudo mais, mas o áudio parecia não estar correto. Tentou outra e tomou um susto com a cena e mudou rapidamente, não querendo entender exatamente o que as pessoas estavam fazendo.

 

— Hina! -

 

O vídeo mostrava a menina desacordada ao lado, presa em uma caixa de vidro. Do lado de fora estavam duas pessoas desacordadas, que ele não conseguia identificar, mas o objeto ao fundo da sala ele identificava bem, uma bomba.

Blue parou alguns instantes, como quem tentava decidir ou acreditar em algo que estava prestes a fazer. Olhou para o nootbook e rapidamente abriu todas as telas tentando organiza-las junto com o cronometro, todas tinham bombas e pareciam prontas para detonar em pouco mais de 40 minutos.

 

— O que eu faço? -

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo.
No próximo cap teremos o retorno de um personagem importante para a história.



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