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—Annabeth, esse é Luke, você o conheceu naquele dia lembra? –Percy a olhou com felicidade nos olhos, como se aquele dia, tivesse sido muito importante para ele.

—Claro que sim. –ela sorriu largamente, abrançando o loiro em seguida como se já não o conhecesse.

—Travis e Connor, irmãos de Luke. Tem Chris também, mas ele saiu com Clarisse. –ele apontou para os irmãos e a moça apertou a mão dos dois

Annabeth arqueou as sobrancelhas em forma de compreenção.

—Jason e Thalia, irmãos, da Noruega. Essa aqui é minha melhor amiga praticamente. – Percy socou levemente Thalia, em tom de brincadeira

—Que cordial da sua parte Majestade. –Thalia sorriu e estendeu sua mão para Annabeth, que a apertou de bom grado.

—Jason Grace senhorita. – Jason curvou-se como um cavalheiro, mais a frente Piper se remexeu desconfortável.

—Que modesto. –a loira sorriu surpresa

—Este são Nico, Bianca e Hazel. Da Bélgica... –Percy esperou até que ela os comprimentasse e continuou – Chales e Leo, da Espanha. –ele apontou para os dois, mal pareciam irmãos de tão diferentes- Silena e Piper, da Suécia.

Silena educadamente a comprimentou, mas Piper apenas deu um sorisso falso.

—Certo.. –Percy notou a falsidade da prima –Vamos continuar. Katie, filha de Deméter, irmã de meu pai.

Katie em um ato de simpátia abraçou Annabeht, que correspondeu surpresa.

—Frank, namorado de Hazel, irmão de Clarisse.

Frank sorriu amigável.

—Castor e Pólux.

Annabeth apertou-lhes a mão.

—Este é Will, irmão do meu falecido primo. –Percy entristeceu-se com a lembrança de Lee.

Ela o lhou com pena, por mais que fosse tudo fingimento da parte dela, perder alguém da familia não era nada fácil. Ela sabia, sua mãe havia deixado quando era pequena com seu pai.

—Ótimo, agora que as apresentaçãos acabaram, podemos ir? –perguntou Piper esnobe

—Claro... Piper não é? – Annabeth sorriu com uma simpátia sincera, teria de convencer a todos.

—Garotas... – mumurou baixinho Nico

—Você tem problemas com garotas não é? –questionou Connor

Nico se remexeu desconfortável com o comentário.

—Chega de enrolação. Andem logo. –Katie falou claramente irritada

Ao comentário irritado de Katie, os jovens se viram andando em direção aos carros. Percy e Annabeth, como casal, foram sozinhos no carro de Percy, que preferiu um carro normal, a um de sua coleção privada.

—Então, o que achamou deles? – perguntou Percy, virando o carro na esquina

—Parecem legais. – ela sorriu para ele.

—Quero que se divirta hoje, vai gostar deles, eles sabem se divertir. –Ele riu, lembrando do dia em que se jogaram em um canal na cidade de Bruges, Bélgica. O melhor, foi quando os policiais chegaram e viram que na verdade era a realeza de países importantes.

—Garanto que eles são melhores do que imagino. – a loira repousou sua mão na mão de Percy, que estava no volante. Ele olhou suas mãos juntas e sorriu ao pensar nas manchetes e fotos tiradas pelas imprensa quando assumissem um relacionamento.

—Um dia quero te levar a Halmstad na Suécia. Tem um parque aquático muito bom, sempre vamos quando estamos lá.

—É mesmo?! –exclamou surpresa

—Sim, quando marcamos um encontro lá, te levarei junto. –Percy corou, suas bochechas adquiriram um leve tom rosado que Annabeth não pode deixar de achar meio fofo

Ela sorriu quando percebeu as palavras dele revelavam um tom de futuro, ou seja, um futuro deles. Seu plano estava dando mais do que certo.

—Chegamos.

Percy estacionou, desligou os motores e desceu do carro, indo até a loira e abrindo sua porta, ela apenas retribuiu com um sorriso.

Os dois haviam demorado mais que os outros, os sinais estavam na maioria das vezes vermelho e isso os atrasou, por isso quando chegaram todos já os esperavam na porta de entrada da boate

—Os pombinhos demoraram! – debochou Jason

—Eles deviam estar bem ocupados Jason. – Hazel os olhou de maneira maliciosa

—Mentes poluídas, Percy é um santo. – falou Bianca arqueando as sobrancelhas

—Chega de falar, podemos só entrar? –perguntou Percy de maneira envergonhada

Eles riram e adentraram pela grande porta. Annabeth os observou entrar, ficando para trás. Queria ligar para Richard e avisar onde estava. Ric andava muito ocupado ultimamente, fazia um tour pelas cidades viazinhas a Londres buscando apoio de condes e barões.

Ela discou o numero.

—Amor? –chamou

—Oi amor. Tudo certo?

Annabeth pode ouvir uma voz de mulher ao lado dele.

—Quem está com você? –perguntou de maneira irritada

—Relaxa, é só a Lady Mary, lembra, falei que viria até sua casa.

—Aham. –concordou de forma desconfiada.

—Tenho que desligar, queria avisar algo?

—Sim, estou com Percy, está tudo ocorrendo bem. Logo logo se tornara sério.

—Ah, que bom. Tchau preciso ir.

E desligou. Na cara dela. Annabeth sentiu-se um tomate, um tomate raivoso.

—Alguém importante? –Thalia apareceu de repente ao seu lado

—Não, não, apenas meu pai ligando pra avisar que vai passar a noite fora. –ela sorriu

—Mas você não mora sozinha? –Thalia arqueou a sobrancelha em duvida

 Annabeth remexeu suas mãos em um ato nervoso.

—Sim... É que... –ela balançou a cabeça –Ele vai dar uma aula particular, perto da minha casa então ele vai dormir lá por ser mais rápido.

—Hum. Ok. Olha, meu primo parece gostar de você.

A loira fingiu falsa surpresa.

—Eu não... imaginava. –falou sorrindo

—É. Eu creio que ele está apaixonado por você. Escute... –Thalia virou-se para ela, ficando frente a frente. –Percy é um bom homem, é um Rei, tem um monte de mulher atrás dele, um País inteiro, se ele escolheu você tem um bom motivo. Mas se o magoar, eu juro...

—Não irei. –cortou Annabeth

—Que seja. Considere-se avisada. –Thalia olhou em seus olhos, e saiu, deixando a loira frustrada e confusa. Annabeth não tinha a intenção de magoa-lo. Quer dizer, fazia parte do plano ele se apaixonar por ela, mas ele morreria sem sentir dor, ela pretendia usar veneno como Ric a recomendara. Ele não descobriria nada, morreria pensando que ela o amava e ao seu lado.

Quando Percy notou que a loira não estava presente e resolveu procura-la, Annabeth já andava calmamente em direção a eles.

—Ei onde estava? –ele franziu a testa, estava claramente preocupado

—Falando com meu pai. -ela respondeu e interlaçou suas mãos.

Thalia os observava, estava sentada junto com os outros em alguns sofás na área vip obviamente.  Luke estava em outro sofá, conversando com Frank e Hazel, ao ver a morena olhando Percy e Annabeth resolveu puxar conversa.

—Eles formam um lindo casal. –comentou, sentando ao lado da punk

—Parece que sim, coisa irritante.

Luke revirou os olhos.

—Quando vai parar com isso? –perguntou frustrado

—Com isso o que? –Thalia fingiu-se de boba

—Thalia já fazem 10 anos! –exclamou intrigado

Thalia o olhou, já faziam 10 anos desde que ele a traíra com outra. O que na época, pra quem tinha 16 anos doera de forma extrema.

—Não é tão simples assim. –Ela desviou o olhar

—Eu sei que não. Eu errei com você, sei muito bem disso e me arrependo toda vez que te vejo. Mas será que não podemos recomeçar? Eu fico olhando Percy com Annabeth e imagino como seria nós dois. –Luke abriu um sorriso fraco para a punk, ele colocou o dedo em seu rosto puxando-a para olhar em seus olhos

Um turbilhão de memórias passaram pela cabeça de Thalia. Ela tinha 16 e ele 17 anos. Estavam juntos, namorando, com a aprovação de todos, poderiam se casar já que ambos eram de linhagem nobre. Mas tudo desmoronou quando Thalia viu Luke deitado com outra mulher em seu quarto.

—Difícil esquecer aquele dia. –murmurou ela

—Se me der uma nova chance, prometo te assumir por mundo todo, prometo não errar de novo.

—Eu não quero me magoar. -Thalia sentiu uma lágrima escorrer, para sua sorte a iluminação era pouca e o loiro não percebeu

—Eu não vou te magoar. –sussurrou ele de maneira sincera

Thalia sentiu seus lábios se encostando devagar, de maneira carinhosa. Até que finalmente Luke a beijou, não de maneira rude, nem feroz, não da maneira como ele beijaria outra. Mas de maneira carinhosa e gentil, o tipo de beijou que só Thalia conseguiu arrancar do Príncipe da Dinamarca.

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11: 14

Percy olhava fixamente a sua frente, não podia acreditar que isso estava realmente acontecendo. Sua prima e sua melhor amiga, seu primo e seu melhor amigo estavam dançando juntos e beijando-se. Ele nunca acreditou que veria isso novamente, seu coração estava extremamente feliz, mas sua mente,  lhe dizia que em alguma hora, Luke a magoaria novamente.

—Percy? –chamou uma loira ao seu lado

—Hã? –ele olhou confuso

—Você é muito cabeça de algas. –Annabeth riu

—O que? –ele arqueou as sobrancelhas, obviamente confuso

—Vou te chamar assim... Cabeça de algas.

Annabeth riu de forma honesta, o apelido tinha caído bem, o rapaz sempre estava em outro mundo.

—Aé, então lhe chamarei de... De... –ele pensou por um momento. –Sabidinha.

—Por que sabidinha? –questionou a loira

—Por que você é inteligente demais, e bonita também... –ele corou levemente

—Que tal sairmos daqui em cabeça de algas? –ela sorriu de forma convidativa

—Pode ser, mas tenho que avisar a meus...

Ela calou-o com indicador em sua boca.

—Eles já são bem grandinhos Percy.

Ela repousou sua mão suavemente na de Percy.

Percy a puxou para fora, sem avisar ninguém, ela estava certa, eles sabiam se cuidar. Abriu a porta do carro para a moça, entrou e ligou o radio, ligou o motor e sai a vagar, não importava onde fosse, se Annabeth estivesse junto então valeria a pena.

Se fosse tão fácil
Eu juro que eu mudaria minha cara
Todo dia pra ficar diferente
Inventaria uma nova melodia
Pra te ver sempre contente

Se fosse tão fácil
Eu juntaria meu passado e meu futuro
E te daria de presente
E todo livro de romance seria sobre a gente

Se fosse tão ruim assim
Te deixaria, bola pra frente
E falaria que eu gosto mais de bicho do que gente

Não aguentaria ficar ausente
Mudar de vida tão de repente

Não mudaria uma vírgula do que eu sinto
E se alguém me perguntar se é bom, eu minto
Não quero te perder

Percy olhou para Annabeth, ela estava distraída olhando a paisagem das ruas movimentadas de Londres. Mas nesse momento, com essa música, Percy confirmou seus sentimentos.

Não mudaria uma vírgula do que eu sinto
E se alguém me perguntar se é bom, eu minto
Não quero te perder
Não quero dividir você

Se fosse tão fácil, enfrentaria o mundo inteiro
E você me chamaria de valente
Eu remaria contra todas as correntes
Só pra te alcançar

Se fosse tão fácil, não seria a gente
E se não fosse a gente não seria amar

Mudei de vida tão de repente

Não mudaria uma vírgula do que eu sinto
E se alguém me perguntar se é bom, eu minto
Não quero te perder

Não mudaria uma vírgula do que eu sinto
E se alguém me perguntar se é bom, eu minto
Não quero te perder
Não quero dividir você

A música tinha terminado, mas o que Percy estava sentindo certamente continuaria ali por muito tempo.

—Annabeth? –chamou, parando o carro em uma vaga qualquer da avenida.

—Por que paramos? –A loira voltou-se para ele, concentrando-se em seu olhar sério

— Eu estou apaixonado por você. –soltou de uma vez

A loira sorriu e o beijou de forma carinhosa, pensando em Richard para tornar tudo mais fácil. 

Para ela, uma conquista. Para ele, um amor.