10 Agosto de 2040, Inglaterra.

Era aniversário de Percy, 50 anos contados. Para comemorar, ele fez uma grande festa. Todos viriam para o prestigiar.

—Como Estou? -perguntou Percy para seu filho

—Muito bem meu pai. - respondeu o filho

—Então podemos descer.

Percy saiu a frente do filho, já que desceria primeiro. Thomas, Victoria e Alfred já o esperavam e sorriam quando o pai chegou junto ao irmão mais Velho. Percy esperou o anunciamento.

—Sua Majestade O Rei Perceu I da Inglaterra.

Ele entrou deslumbrantemente, sendo recebido por aplausos. O aplauso cessou, e então a chegada dos filhos de Percy e Annabeth atraíram os olhos dos convidados.

—Sua Alteza Real, O Príncipe Herdeiro,  O Príncipe de Gales, James Edward. 

James entrou, havia se tornado um rapaz tão bonito, seus 18 anos, no dia 20  completando 19 anos, demonstravam o quão belo se tornou. Seus olhos verde-mar deixavam sua face mais madura,os cabelos loiros como o da mãe o deixavam um típico solteirão cobiçado. 

—Sua Alteza Real, o Príncipe, Duque de York, Thomas Joseph. 

Thomas entrou como um adolescente, despojado e despreocupado. Seus 17 anos eram bem representados. Seu cabelo havia escurecido um pouco, estava loiro médio, voltado para um castanho devido a mistura de seus pais. 

—Sua Alteza Real, A Princesa,Condessa de Wessex,Victoria. 

Victoria entrou digna de uma princesa,seus 15 anos mostravam a melhor época da adolescência. Seus olhos lembravam muito os da mãe, a cor cinza tempestade e o cabelo, escuro como o do pai. 

—Sua Alteza Real, o Príncipe, Duque de Hvid Graesplaene, Alfred William. 

Alfred entrou, seu cabelo ruivo chamava atenção por ser tão belo e raro, ele puxou da mãe o cabelo e os olhos do mais perfeito azul do pai. Com apenas 13 anos, dezembro sendo seu aniversário, já chamava atenção das garotas de sua idade, mesmo não notando isso.

—Fizemos um bom trabalho. - disse Annabeth, chegando de surpresa para cumprimentar Percy - Eles estão deslumbrantes. 

—Annabeth. - ele a cumprimentou e concordou com ela - De fato fizemos. 

—Percy! - chamou Luke,ele o abraçou - Parabéns meu primo!

—Muito obrigado Luke. Onde está seu filho?

Luke suspirou.

— Provavelmente cantando algumas das moças da festa.

—Devo me preocupar com minha filha? - Annabeth arqueou a sobrancelha de forma divertida

—Não sei. Mas Jason deve se preocupar com a dele,Luíza atrai os olhos de Dominic apesar de serem primos,Magnus fica bem bravo. - ele riu - Eu vou falar com Nico e Reyna.  - ele andou devagar e virou -se para falar uma última coisa - E sim devem se preocupar com Victoria,soube que meu filho tem uma leve paixão por ela. 

Luke saiu rindo com a expressão de Percy e os risos de Annabeth.

—Ele está falando sério? -perguntou Percy confuso

—Não se preocupe. Criamos nossos filhos muito bem, eles sabem se virar.

Percy riu.

—Sim, eles cresceram e se tornaram ótimas pessoas. 

—De fato. - Annabeth concordou

Percy se entristeceu.

—Queria que George pudesse estar aqui. 

Annabeth sorriu fraco.

—Ele teria ficado um rapaz lindo. - Ela sorriu

Percy sorriu também.

—Apesar disso, ele nos deixou alguém não é mesmo?

—Sim sim. Onde ele está falando nisso?

—Vindo em nossa direção. 

Percy apontou com a cabeça para Edgar, que vinha acompanhado da esposa Emmy e o filho Perceu. 

O pequeno menino, de 6 anos correu para os braços de Percy e o abraçou.

—Vovô! - ele gritou

—Oi meu pequeno! Como você está?

—Bem vovô. 

Percy desceu o pequeno.

—Perceu, deve parar de correr assim para os braços de seu avô. -repreendeu Edgar -Oi pai, feliz aniversário.

Percy  abraçou o filho adotivo.

—Deixe ele me abraçar também. - brigou Annabeth

—Desculpe mãe. - desculpou-se Edgar e a abraçou - Eu estou com fome, vou pegar uns petiscos. Vamos? 

Ele virou -se para a esposa que assentiu,o pequeno Perceu escondeu-se entre as pernas dos avós.

—Venha já  Perceu Richard Lewis  - chamou Edgar

Perceu saiu das pernas deles emburrado, mas recebeu um carinho dos avós.

—Você tem todo tempo do mundo com eles. - disse Edgar para o menino enquanto caminhavam 

—Ele se tornou um rapaz lindo. - comentou Annabeth

—Sim, tenho muito orgulho do que ele se tornou.

—Edgar recebeu uma chance, e ganhou toda uma família.

Os dois observaram Edgar ser empurrado por Thomas, chamando atenção de Victoria e James, os quatro começaram a brincar como crianças, e o pequeno Percy estava no meio da bagunça.

—Obrigado por tudo isso. -agradeceu Percy

—Eu agradeço por os ter todos os dias da minha vida. 

—Eu também. Eles são meus maiores orgulhos.

Percy sorriu.

—E seu afiliado? Onde está Mikkel? 

—Deve estar por aí com  a família. E Elizabeth?

—Logo ali, cumprimentando Nico e Reyna. - ele apontou com a cabeça, observando a morena sorrir para os reis belgas

—Vejam se não são os meus pais favoritos? 

James estava de braços cruzados, com um grande sorriso no rosto.

—Você só tem a nós de pais,querido. - Annabeth sorriu

—Vejam se não é o próximo rei da Inglaterra! - Percy respondeu com a mesma empolgação

—Sou eu!

James abraçou o pai. 

—Você está ficando velho em? O que acha de começar a procurar uma esposa?

—Percy, ele ainda é muito novo. - Annabeth argumentou

—Concordo com a mamãe.

—Luíza é uma ótima menina,é nobre…

James riu.

—Pai, você sabe que Thomas e Luíza são bem amigos né? Tipo,bem amigos.

Percy fechou a cara.

—É mesmo? 

—Sim.

—Você sabia disso Annabeth?

—Thomas pode ter comentando alguma coisa comigo.

Eles riram. 

—E eu tenho meus interesses. 

—Quem? -perguntaram Percy e Annabeth ao mesmo tempo

—Claire. 

—Claire? Filha de Frank e Hazel? - questionou Percy

—Isso mesmo.

—É uma ótima escolha filho. -concordou Percy

—Mas ainda não é nada pai, estamos apenas conversando. 

—Então conversem bastante. 

James riu do pai.

— Estávamos falando de George. - contou a mãe.

 _Eu me lembro um pouco dele.

—Vocês eram muito parecidos. -lembrou a loira com tristeza

—Fomos gêmeos. Mas esqueça disso essa noite, Vamos , a festa ainda vai longe,temos muito o que comemorar! - disse James já saindo a todos os sorrisos 

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Thalia procurou pelo marido,ele havia sumido. Perguntou ao filho,mas ele lhe disse que não o tinha visto,estava mais preocupado em cantar as meninas mais Novas e em grande parte, suas primas. 

O menino só tinha 19 anos , fazendo 20 amanhã, 11 de agosto, e já dava um imenso problema, Thalia sabia que ele seria extremamente parecido com o pai.

Perguntou a Sophia,mas ela estava ocupada demais conversando com Charles, as ditas paixões dos 15 anos. 

Mia Rebekka parecia só se preocupar em brincar e comer os vários tipos de doces da festa. JKN acompanhava a irmã em todo os cantos. 

Thalia suspirou. 

—Eu estava te procurando marido. - disse ao enxergá-lo no terraço

—Eu sumi, desculpe. Estava aqui observando as estrelas, e lembrando de várias coisas.-ele respondeu

—Tudo bem. Tive ótimas companhias durante a noite. 

Ele riu. 

—Jura? Quem?

—Estive com aquele conde espanhol que sempre me corteja…

—Pare de brincadeira comigo. 

Ela riu.

—Ok marido. Mas você me deixou então tive que me arranjar. 

Ele a abraçou,e então colou suas testas.

—Eu nunca  vou te deixar, Thalia Grace Castellan.

—Eu sei Luke Castellan.

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Todos pareciam felizes naquela festa, cada um com sua família.

Leo e Calipso cuidavam e aproveitavam seus filhos : A Princesa Das Astúrias Leonor, seu gêmeo mais novo o príncipe Leônidas  Miguel, o Príncipe Afonso Valdez e o Príncipe Juan Carlos Valdez. 

Stef estava feliz com a família que ganhará. Nettie lhe deu 3 lindos filhos: Lordy Sven Van Dijk, Stryker Bayleigh Van Dijk e Ninette Bayleigh Van Dijk. 

Nico e Reyna também encontraram sua felicidade, tiveram 3 filhos: A Princesa Herdeira da Bélgica, Duquesa de Brabante Bianca Di Ângelo, mais tarde Rainha Bianca 2° da Bélgica ,A Princesa Evy Jeannine Di Ângelo e o Príncipe Lourenço Di Ângelo.

Chris e Clarisse desfrutavam os dois filhos:  Boe e Abran. 

Connor teve apenas uma linda menina, filha de sua falecida esposa, que morreu no parto: Kamille. 

Travis e Katie tiveram Cecil e  Aisley. 

Frank e Hazel aproveitavam a juventude de  Claire, que só tinha olhos para James. 

Todos curtiam os momentos que tinha com os filhos, porque sabiam que um dia eles cresceriam. 

A memória de George seria lembrada muito bem, anos depois, e finalmente, todos  encontrariam a paz por ele e por todos os que sacrificaram-se. 

A família estava unida outra vez, mas jamais estaria completa. 

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Janeiro, 2042, Inglaterra.

Nem todos haviam conquistado a felicidade afinal, ou talvez haviam, dependendo do ponto de vista. 

Annabeth estava viúva, Ole havia morrido em 2040, de um súbito ataque de coração. E Percy namorava Elizabeth Fiore, uma italiana de classe média desde 2038. 

Ambos mantinham uma relação discreta e adorável, eram amigos pelo nome e bem dos filhos. Não havia rancor, não havia ódio,eles estavam apenas ali. Sentimentos reprimidos ou não, estavam ali. Ambos apenas… deixarem de lado. 

Annabeth se sentia estranha, algo revirava seu estômago. Talvez estivesse ficando apenas velha, talvez fosse só a menopausa lhe atingindo. De repente sentia uma falta enorme no peito de alguém, e o pior, ela não sabia de quem. James entrou no quarto da mãe, sem bater nem nada, Annabeth lhe deu uma bronca.

—Desculpe mãe, só queria avisar que meu pai convidou a gente Pra ir jantar com ele. Eu disse em nome de todos nós que aceitava o convite.

Annabeth levantou da cama, a cara meio amassada depois de tirar seu cochilo da tarde.

—Ok, Elizabeth vai estar lá?

James arqueou a sobrancelha loira.

—Isso é relevante?

—Não… não, claro que não. Eu vou. Avise seus irmãos também. 

—Já avisei mãe. E acho bom começar a se arrumar, você dormiu demais hoje, já são 19:00 horas.

—Ham. E que horas é o jantar?

—As 20:00.

Annabeth fez uma expressão de surpresa e então levantou num pulo, pronta para começar a se arrumar.

—Pra que esse desespero? - James perguntou, observando a mãe se apressar

Annabeth parou um segundo.

—Filho, foi tudo bem pra você quando eu e seu pai nos separamos?

James pensou.

—Eu era novo, não me lembro de muita coisa. Mas o que lembro se baseia em momentos chorando no quarto com saudades dos dias juntos. - James se emocionou - George quando me ouvia, me abraçava e dizia que ficaria tudo bem, de nós dois ele era o mais maduro, teria se tornado um grande homem.

—Não sabia disso. Se sente pronto, para assumir o trono?

James juntou as mãos, um tanto receoso.

—Se fossem outras circunstâncias, se George ainda estivesse vivo, eu abdicaria do trono em favor dele.Ele não era o primogênito, mas era maduro e sensato,  lembrar de alguns momentos com ele me faz refletir sobre como eu tenho que conseguir, por ele.

Annabeth refletiu sobre as palavras do filho, ele nunca tinha comentado sobre tal hipótese. Ela compreendeu que o filho mais velho sabia que não era capaz e que tinha acabado de admitir que abdicaria em favor do irmão, mas não faria porque precisava ser o melhor por ele.

—George teria sido um grande Príncipe. - ela concordou em parte

—Ele teria sido um grande Rei minha mãe, se eu pudesse voltar… - James suspirou - Às vezes acho que aquela bala era pra mim. Em alguns momentos passa na minha cabeça uns segundos antes do tiro, lembro de George sussurrando “fica atrás de mim” e então ele levou o tiro.

—Nunca me disse isso. 

Annabeth sentia seu peito apertar, a culpa fora tomada por Richard, mas era James que carregava no peito a dor.

—São apenas lembranças mãe. - ele sorriu - Melhor ir tomar banho, partimos em 30 minutos.

—É claro.

James ia abrir a porta, mas fora interrompido pelo chamado da mãe.

—Sim mãe?

—A culpa não foi sua. Ninguém poderia prever tal ato.

—De fato. Mas ele me protegeu daquela vez, como sempre tinha feito. Não é culpa mãe, é reconhecimento. 

James deu um sorriso de leve e saiu, deixando uma Annabeth pensativa.

Annabeth nunca soube dessa intimidade de James e George. Sabia sim que gêmeos tinham um instinto protetor, mas durante todos esses anos James nunca havia comentado sobre como George era protetor para com ele. Na visão normal, James seria o protetor, o mais Velho, o mais maduro e o mais sábio. Hoje, Annabeth compreendeu que ele não era. George não era o preferido, George não era o mais amado,  George não era o mais importante; mas George era o mais maduro, George era o mais protetor, George era o mais sábio, George era o mais digno. Annabeth não acreditava que depois de tanto tempo, ela compreenderá o real significado da morte de George, ele morrerá para salvar e para ensinar. 

Annabeth procurou em seu armário uma caixa, um álbum de fotos que estava lá. Folheou as primeiras fotos, momentos raros da maternidade quando os gêmeos nasceram, todos os quatro juntos na maternidade, a chegada dos meninos em casa, o primeiro banho, o primeiro sorriso, os primeiros engatinhamentos, os primeiros passos, a primeira fruta, as primeiras palavras….

Sentiu lágrimas escorrendo involuntariamente pelo rosto. 

Perder um filho é uma dor que nunca para de se sentir, é uma dor eterna. Isso sempre seria carregado por Annabeth e por Percy. Era uma dor que ambos compartilhavam e compreendiam.

Percy.

Era estranho pensar que o relacionamento dos dois acabou de forma,no início, conturbada. Mas hoje,era respeito mútuo que mantinham entre si.  

Depois da morte de Ole,que Annabeth deveria considerar que ele fora muito jovem, com apenas 70 anos, as coisas ficaram estranhas para ela. Está se sentia sozinha, isolada,sem companhia. Toda vez que via Percy seu coração batia forte, ela não entendia porquê. Eles estavam bem, Percy era feliz com Elizabeth.  Depois de tantos anos,seria capaz o amor retornar? Ou ele nunca foi embora? 

Annabeth não sentia mais confusão, estava disposta a reconquistar Percy.

Still Loving You
Scorpions

Tempo, é preciso de tempo
Para reconquistar seu amor
Eu estarei lá, estarei lá
O amor, apenas o amor
Poderá trazer seu amor de volta algum dia
Eu estarei lá, estarei lá
Lutarei, garota, lutarei
Para reconquistar seu amor
Eu estarei lá, estarei lá
O amor, apenas o amor
Poderá acabar com as barreiras algum dia
Eu estarei lá, estarei lá
Se nós percorrermos novamente
Todo o caminho, desde o início
Eu tentaria mudar
As coisas que acabaram com nosso amor
Seu orgulho construiu uma barreira, tão forte
Que não consigo atravessar
Não há realmente nenhuma chance
para recomeçarmos?
Te amo
Tente, garota, tente
Confiar no meu amor novamente
Eu estarei lá, estarei lá
o amor, o nosso amor
Simplesmente não deveria ser desperdiçado
Eu estarei lá, estarei lá
Se nós percorrermos novamente
Todo o caminho, desde o início
Eu tentaria mudar
As coisas que acabaram com nosso amor
Seu orgulho construiu uma barreira, tão forte
Que não consigo atravessar
Não há realmente nenhuma chance
para recomeçarmos?
Se nós percorrermos novamente
Todo o caminho, desde o início
Eu tentaria mudar
As coisas que acabaram com nosso amor
Sim, feri o seu orgulho e sei
O que você tem sofrido
Você deveria me dar uma chance
Isso não pode ser o fim
Ainda te amo
Ainda te amo
Ainda te amo e preciso do teu amor
Ainda te amo

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Horas antes da conversa de James e Annaebth, o primogênito inglês foi com Percy a joalheria,pronto para escolher o anel de noivado de Elizabeth no jantar especial da noite. 

O anel  que foi de sua mãe, de sua avó e sua bisavó, pertenceu a Annabeth e apenas a Ela. E por mais que ele desejasse da-la a Elizabeth,sabia que nenhum dedo encaixaria melhor que o de Annabeth. Nem para Rachel Percy havia permitido tamanha honraria. E mesmo que,por um surto, ele resolvesse entregar aquele precioso anel para Elizabeth, ele já a havia entregado a James, que parecia já prever em quem colocar aquele anel familiar. 

—Pai, pare de encarar essas alianças. Escolha logo uma. - James bufou,claramente irritado por estar ali por pelo menos 30 minutos

Percy avaliou o anel número um novamente. Anel de ouro branco com topázio e safiras. Singelo,delicado.

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O segundo era de ouro rosé com diamantes e morganita.

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O terceiro e último,era de ouro com pedras brancas de zircônia.

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—De qual você acha que ela vai gostar? -Percy perguntou para o filho, inseguro.

—Pai, independente do que o senhor escolher, sei que ela vai adorar. - James sorriu

—Se você diz,então escolherei este. - ele apontou para o segundo,a vendedora sorriu e o retirou delicadamente, arrumando-o para embrulho 

—Pai? - James chamou receoso

—Fale.

—As vezes o senhor não pensa em como teria sido caso não tivesse se divorciado da mamãe?

Percy suspirou, não pensava mais nisso desde que estava com Elizabeth.

— Sinceramente, não meu filho. Parei de pensar nisso desde que conheci Elizabeth. Ela me trás paz,felicidade e estabilidade.

—Mas e o amor? Ela faz seu coração palpitar? Faz seus pelos arrepiarem quando te toca? 

Percy refletiu e abriu um sorriso.

—Casamento não é só paixão e fogo, ,é estabilidade, amizade, companheirismo, honestidade e conforto. Ela me trás todas essas coisas.

—Mas e o amor?

Percy suspirou.

—Bem…

O telefone de James tocou.

—Perdão pai, é importante. É do senador irlandês. 

—Apenas atenda James, nossa conversa fica para mais tarde.

James saiu apressado para atender a ligação do senador irlandês, deixando Percy um tanto reflexivo quanto a pequena conversa sobre amor. Queria James lhe dizer alguma coisa? Qual o sentido do filho,ter claramente o feito repensar? 

Percy não tinha ideia, mas seguiria com seu plano.

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Mais tarde, Percy se arrumava para o tão esperado jantar. 

—Pai? - chamou Edgar

Percy se virou e o chamou com a cabeça.

—Pareço bonito?- perguntou, analisando-se no espelho

—Parece um rei na verdade.

—É estranho. Eu não peço ninguém em casamento a muitos anos. 

—Que bom não? - Edgar riu

—De certa forma sim. Eu queria estar completando uns vinte anos de casado. Mas a vida não estava disposta a me fornecer isso.

—Você tem todo o direito de ser feliz, a vida já lhe tirou muito.

Percy ajeitou os botões.

—Parece que tudo está certo agora.

—E está. - Edgar o abraçou - Tenho orgulho por poder te chamar de pai.

—Tenho orgulho de poder te chamar de filho.

Batida na porta.

—Desculpe atrapalhar, mas estamos só esperando por vocês! 

Era Victoria, parada na porta.

—Jovem Victoria… - começou Edgar - A pressa é inimiga da perfeição.

— Considerando que hoje é um grande dia, pressa é essencial para eu poder comer logo.

Edgar e Percy riram.

—Você está de tmp minha Filha?

Vic bufou.

—Não, é tão difícil assim entender que eu só quero comer? 

—Vai logo, já estamos indo. - Edgar disse, gesticulando com a mão para que ela descesse

Os dois observaram ela sair. 

—Ela parece ter o gênio da mãe. - Edgar comentou

—De fato. -concordou - É melhor descer, não quero adiar mais ainda minha ansiedade.

Percy e Edgar desceram lado a lado, Percy sabia que nem todos haviam chegado, a pressa era apenas pelo momento aguardado do pedido.

Não demorou muito para James chegasse com Annabeth. James entrou primeiro, a pose ereta de um rei,Annabeth entrou em seguida, recheada da deslumbrante visão da vida. Percy observou a ex esposa quando chegou, ela estava de fato,ele tinha que admitir,muito bonita,  aquele vestido valorizava seus seios e ele não pode deixar de olhar. Seu coração deu batidas fortes e sua respiração ficou desnorteada.

—Você está deslumbrante Annabeth. -elogiou

Annabeth sorriu, pensando ter conseguido fazê-lo nota-la. 

—Você também está muito bonito, Percy.

—Por se dirigir a sala de jantar, todos esperam-nos.

Annabeth sorriu e saiu acompanhada de James, que apenas abraçou o pai.

Percy não esperou muito até que a namorada finalmente chegasse. Elizabeth caminhou em direção a ele como uma deusa caminha para seu mortal. Esta sim merece toda admiração do mundo. O vestido elegante ressaltava suas curvas, o decote realçava seus peitos, seu cabelo com alguns cachos a deixavam perfeita.

Perfeita.

Magnífica.

Apaixonante.

Era assim que Percy a definiria. 

Seu coração parecia desregulado agora, seus batimentos eram fortes, mas sua respiração calma.

—Boa noite,meu amor. - ela lhe cumprimentou com um selinho

—Eu não tenho palavras para descrever o quanto você está maravilhosa.

Ela sorriu e lhe deu um selinho.

—Você precisa de óculos.

—Eu não preciso, meus olhos apenas vêem a verdade. 

—Você está ficando cego com a idade.

Eles riram, piadas internas eram comuns.

—Venha, o jantar de hoje é especial.

—Posso saber por que Perceu? 

—Porque Estamos juntos. Sem mais perguntas,venha.

O jantar daquela fora perfeito,a família estava toda reunida. Annabeth, James, Thomas, Vic, Alfred, Edgar, Emma, Perceu Riu, Percy e Elizabeth não desfrutavam a tempos de um jantar em família. Cada um tinha seus compromissos oficiais e deveres a cumprir.

Na sala, todos juntos, conversando, os mais velhos com um bom vinho, os mais novos com refris…

—Gostaram do jantar? Lhes foi agradável? - Percy por fim perguntou

James tomou um gole de seu copo.

—O jantar não é a parte mais importante. 

Percy o olhou repreensivo.

—Há algo que não saibamos? - Annabeth questionou,alternando o olhar ora para Percy ora para James. 

—Se você não sabe Annabeth,imagine eu. Percy só me disse que hoje era especial. - Elizabeth sorriu para ela , comentando com essa o fato

—É importante que toda a família estivesse aqui nesse dia. - Percy começou,tomando coragem 

—E exatamente Porquê? -Annabeth questionou, sua sobrancelha arqueou,e por um momento ela quis que não fosse o que ela estava pensando

—Eu queria fazer um pedido. Um importante demais para ser feito às cegas e sem a presença da minha família. - ele se posicionou perto de Elizabeth - Eu venho aqui, hoje, diante de todos a qual amo, pedir que se case comigo. 

Percy não se ajoelhou, apenas tirou uma caixinha de seu paletó e a abriu para que ela visse.

Elizabeth cobriu a boca com as mãos,claramente surpresa.

—Responde! - Thomas berrou

—Diz sim! - berrou também Vic

Percy abriu um sorriso tímido.

—Você não vai me responder?

—Mil vezes eu te respondo que sim, meu amor.

Eles se abraçaram e ouve palmas dos presentes na sala.

Annabeth bateu palmas junto com os demais, mas não sentia felicidade de verdade. James observou a mãe,ela parecia fingir e ele se preocupou com ela. 

Quando todos davam parabéns aos noivos e comemoravam o noivado, Thomas sentou ao lado da mãe. Annabeth estava quieta no sofá, seu rosto não demonstrava sentimentos, parecia… Sem vida.

—Mãe, está tudo bem?

Annabeth o olhou, achou um sorriso para estampar.

—É claro.

—Não parece. Parece que você está… frustrada.

Ela suspirou.

—Há coisas que você só vai entender depois de encontrar o amor. 

—Mamãe, eu já encontrei. - ele soltou uma risada abafada - Ainda sente algo não é? Digo, eu sei o que é sentir algo por alguém que está com outra pessoa.

—De quem você está falando?

—De você mãe. Eu acho,que ainda ama meu pai, mas vê-lo com Elizabeth hoje lhe frustrou.

— Sentimentos ainda existem,eu admito.

—Mas você não pretendia falar disso pro meu pai, não é?

Annabeth baixou a cabeça, respondendo silenciosamente a pergunta do filho.

—Isso é egoísta mãe. Papai finalmente está feliz, ele passou anos esperando você mãe. Você não esperou ele, Se casou com Ole e agora que ele se foi deseja reatar com meu pai? Quando ele finalmente está feliz?

—Thomas, filho, não é bem assim…

—Você é uma egoísta! Você só pensa em si mesma, sempre pensou. Você me tirou de perto do meu pai, tirou o convívio com ele e simplesmente porquê em? Porquê só pensou em si mesma! Acha que eu nao lembro de como meu pai ficou desolado quando casou com Ole? Se você não se recorda mãe, eu me recordo.

—Thomas, eu não sou egoísta.

Thomas se levantou do sofá.

—Se ousar atrapalhar a felicidade do pai por conta dos seus caprichos e indecisões, eu juro mãe,juro por tudo que considero mais sagrado, que nunca mais falo com você.

Thomas saiu sem dar chance para mãe responder. Ele passou por James furioso e subiu para seu quarto. James olhou para a mãe com cara de dúvida, ela apenas deu de ombros.

Annabeth resolveu aliviar a cabeça das palavras do filho.

"Você é egoísta" 

Essa frase ecoava em sua mente enquanto andava pelos corredores.

Ela era mesmo egoísta? Era tão má assim na visão do filho?

Annabeth parou na porta do quarto de Percy, o antigo quarto deles. Ela não sabia se ele ainda dormia ali, provavelmente não. 

Ela abriu a porta e se deparou com sua teoria: Ele não dormia ali.

Cada cantinho daquele lugar lhe lembrava algo. Passava as mãos pelos móveis com saudade,como se sentisse a lembrança voltando.

—Annabeth? 

Ela se virou rápido,dando de cara com um Percy confuso.

—O que está fazendo aqui? - Ele perguntou

Ela abriu um sorriso.

—Relembrando, apenas.

Percy sorriu.

—Parece uma eternidade desde que vivíamos aqui. - comentou

—Fazem anos não é?

—Sim. Esse sempre foi meu quarto,desde pequeno. Nunca gostei dos aposentos de meu pai, só me mudei pra ele quando…

—Quando nos divorciamos? -completou ela

Percy riu.

—Sim. Não queria ficar preso a lembranças.

—E nem deveria. - ela andou até a escrivaninha - Tudo está no lugar?

—Como deixamos. 

Ela abriu a gaveta, revelando,para sua surpresa, uma emaranhado de cartas.

—O que é isso? - ele questionou

—São todas as cartas que escreveu para mim. Dia dos namorados,Natal, não novo e por aí vai.

Ele se aproximou para observar melhor.

—Guardou todas elas?

—Sim Percy. 

—Não levou consigo, ou queimou, sei lá, porquê?

Ela pensou.

—Acho que queria me lembrar disso.

—Legal ter guardado. 

Eles se encararam. 

—Acho melhor descermos. Minha Noiva deve estar preocupada. - ele enfatizou a palavra noiva

Annabeth concordou.

— O que será que deu errado pra nós, Percy? 

Ele já estava a caminho da porta e virou para responder.

— Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere.

—Pra mim ainda não acabou. 

 Percy saiu, pedindo para que ela batesse a porta.

Annabeth deu uma olhada em tudo, sentiu seu coração apertar. Fechou a porta e desceu.

"Nesta hora, neste lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, tão tarde

Quem era eu para te fazer esperar?

Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro"  - Far Away, Nickelback

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