“Você não sabe o que é felicidade, até ter um filho. Você não conhece a dor, até perdê-lo.” — Glauber Lima

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Thalia foi junto com Luke ao hospital quando a ambulância chegou. Ela estava preocupada e achou que ele morreria, se assim não fosse nunca lhe teria falado sobre Dominic e Sophia. Ela pediu desculpas a Stef quando a ambulância chegou e partiu com Luke, sabia que havia falhado com Stef, e se sentiu suja por isso.

—Você vai ficar bem… - disse para Luke enquanto o  enfermeiro o avaliava

—Não se preocupe. - ele respondeu com tranquilidade

O enfermeiro trocou suas ataduras E saiu tranquilamente, indo chamar o médico para que ele desse-lhes mais informações

—Eu sinto tanto Luke… - a voz de Thalia saiu falha

—Shiu. Está tudo bem, eu vou ficar bem, foi apenas um tiro. - ele soltou um riso, que logo foi atrapalhado pela dor que sentiu ao fazê-lo

—Olá. - cumprimentou o médico ao chegar - Eu sou o Dr. Attilio Shariff. Bom, o enfermeiro Cesare já me passou sua ficha. - ele apontou com a mão para a ficha em sua mão - Você foi atingido por uma bala bem perto do coração, achamos que estivesse com estilhaços da bala, mas ao que indica no exame de raio-x não sobraram vestígios. Teve sorte da bala passar direto, se permanecesse ali provavelmente causaria graves  problemas. - ele soltou uma risada - Mas que bom que ela não ficou não é? Pedirei mais alguns exames apenas por mera preocupação, talvez consiga sua liberação para ir ao enterro do filho do Rei Perceu, Rei Luke.

Luke o olhou com um sorriso de surpresa, Shariff piscou o olho e saiu sorrindo.

—Pelos menos você vai ficar bem. - disse Thalia, feliz

Luke riu.

—Vou sim. E acho que temos muito o que conversar.

Thalia suspirou.

—Sim. - concordou

—Porque me escondeu esse tempo todo sobre Dominic e Sophia? Eu merecia saber, eles são Príncipes Dinamarqueses, Dominic é o Príncipe Herdeiro, meu sucessor, meu filho. Eles devem ter meu nome!

—Não! Nem pensar Luke! Como acha que imprensa vai lidar com tudo isso? E Stef.. -  Thalia fechou os olhos balançando a cabeça negativamente - Ele os ama como seus filhos, ele lhes deu seu nome.

—Isso não é justo comigo! Você mentiu pra mim! Eu quero assumir a paternidade dos dois, quero que venham comigo, quero sejam declarados Príncipes da Dinamarca,é um direito deles e não pode ser negado!

—Pode sim! Não permitirei que manche a reputação de Stef desse jeito, ele fez muito por nós, ele é meu marido!

—Idai? Eu sou o pai das crianças, isso me dá vários direitos sobre eles. Eu nunca suspeitei que eles eram meus filhos, sempre achei que Dominic tinha puxado… sei lá… Jason. Hoje posso notar as semelhanças entre nós. - ele abriu um sorriso feliz, lembrando da imagem de Dominic em sua mente

—Eu sinto muito Luke, mas não posso permitir que assuma a paternidade deles. - Thalia lamentou

Luke suspirou.

—Eu cometi muitos erros com nossa família, com Percy principalmente e com você. Paguei meu débito com um tiro pelo meu primo, mas com você…. Meu débito agora é maior. Divorcie-se de Stef, case comigo, será bem mais fácil assumir-lhes minha paternidade,poderíamos ser felizes, finalmente.

Os olhos de Luke continham uma esperança enorme. A proposta era a vida que ele sonhara para Eles, Thalia e seus filhos ao seu lado. E agora que a verdade tinha vindo a tona,o sonho de Luke parecia mais perto.

—Eu estou cansada, foi muita coisa para um dia só. Duas pessoas morreram hoje, e por mais que uma delas tenha sido uma morte boa… estamos todos em luto pelo George.

Luke baixou os olhos,triste.

—Carrego o peso da morte deles sabia?

—De quem?

—Lee, Charles, Silena, E agora George. Eu sinto que poderia ter evitado tudo isso.

—Poderia. Se tivesse contado tudo a todos, poderíamos como família resolver. Mas você foi ganancioso, traidor…

—Eu já entendi. - ele a interrompeu

—Contudo, você tentou se redimir, vamos levar isso em consideração…. Mas  agora você precisa dormir, chega desses assuntos.

—Eu só queria que o pequeno George não tivesse morrido. Ele era apenas uma criança, uma criança inocente.

Luke sentiu uma lágrima escorrer, por todos aqueles que morreram. Thalia colocou a mão em seu rosto e a enxugou.

—Não pensa nisso Agora, durma um pouco. Precisa se recuperar.

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The Prince of England

“É com lamento que informamos que o Príncipe George Philipe Chase-Jackson, da casa de Titãs, da casa Olympus, e 2° primogênito da casa de Jackson, Duque de Sussex, Filho do Rei Perceu Jackson e da Lady de Sun North Annabeth Chase faleceu na noite de ontem.

O motivo, que nos fora informado, seria que o menino já estava doente, passando por um mal súbito diário, e por volta da madrugada de hoje, veio a falecer, ainda se é aguardado mais informações sobre o real motivo do falecimento.

O funeral acontecerá amanhã no horário de 15:00,  O Príncipe será levado a Igreja de St. George, no Castelo de Windsor e então será enterrado no Royal Vault, lugar onde já estão seus antepassados, a Rainha Anfitrite, o Príncipe Triton, O Rei Poseidon O Bondoso,  o Príncipe Delph, A Princesa Deméter, o Grande Rei Cronos e a Rainha Reia que lá estão sepultados.

Acompanhamos de perto cada detalhe.

O Reino Unido está em luto.”

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— Ainda não acredito que não o verei mais. Que não ficar eu seus cabelos loiros, seu cachos… - lamentou Annabeth - Eu queria tanto tê-lo comigo agora.

Annabeth estava em seu quarto, chorando com  foto do filho na mão. As crianças estavam do mundo, e ela finalmente teve um tempo para chorar sozinha.

A dor lhe consumia, junto com a culpa.

Ela não sabia bem a quem culpar, não sabia se a culpa era dela por lá no início tomar tal coisa, ou se era de Richard por matar seu filho,ou se era de Percy por simplesmente ser pai do menino.

George era o único que ela sabia que não dava a atenção merecida. Quando ela pensava que os gêmeos eram filhos de Richard ela não os desprezava,mas tratava com certa… digamos… não tratava com prioridade. Suas prioridades iam a Thomas e Victoria, que ela sabia, tinha certeza, eram de fato filhos de Percy. E Percy,que não sabia de nada, dava sua atenção a James Edward, seu primogênito.

Ela queria voltar no tempo, mudar as coisas e a forma como ocorreram.

Todos se arrependem de algo, uma decisão mal feita ou feita na hora da raiva.

Nada mudaria.

Não se pode voltar atrás nas suas decisões. Elas foram feitas e não podiam ser mudadas, apenas aceitadas e talvez,concertadas.

Não se pode voltar atrás, mas sempre a uma chance de se redimir.

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O enterro não demorou muito, o corpo foi velado durante toda manhã e tarde. Vários cidadãos ingleses estiveram perto para prestar sua homenagem ao  Rei e sua família. Muitos acompanharam pela TV, tristes pelas notícias de uma morte tão prematura. Vários nobres, de todos os países apareceram também para prestar suas condolências. Inclusive, o marido de sua mãe já falecida, Paul Blofis viera prestar sua consideração e apoio a Percy. Ele o teve como segundo pai por muito tempo, mas ainda quando seus pais se divorciaram. Paul lhe abraçou e disse em seu ouvido “Força rapaz”.

Percy e Annabeth estavam tristes, era notável em suas expressões. Nenhum dos dois chorou um sequer minuto, ambos manterem a pose.

Eles não se falaram, não se tocaram em momento algum. Não havia motivo para isso. Apenas no momento de se encerrar o velório que trocaram olhares concordantes.

No momento de o deixar, Percy permitiu-se derramar algumas lágrimas. Annabeth também deixou -se levar, e ela chorou nos braços de Ole.

O arcebispo anglicano fez a cerimônia com pesar, o clima estava tenso.

Quando a cerimônia havia terminado, ficaram-se apenas Percy e Annabeth, compartilhando seu momento de dor juntos.

Percy passou a mão na lápide, “Sua Alteza Real Príncipe George Phillip Chase-Jackson, Lorde da Casa de Titãs,Lorde da Casa de Olympus, e 2° primogênito da Casa de Jackson, Duque de Sussex.”

—Ele tinha um longo futuro pela frente. - lamentou o pai

Annabeth riu.

—Ele tinha uma vida pela frente. Uma vida digna de sua condição.

—Meu pobre menino. Sim, ele tinha muito a aprender ainda. Sinto que tenha sido tirado tão cedo de mim, tinha tantas coisa a lhe ensinar.

Annabeth o olhou com raiva.

—Tantas coisa a lhe ensinar?! Você mal se lembrava dele! Você sempre amou mais a James Edward do que a Ele! Você o desprezava por não ser o primeiro!

—Você está errada, eu o amava, muito. - Ele suspirou - Sei que devia ter lhe dado mais atenção, talvez… demonstrado mais. Mas eu o amo.

—Agora que ele se foi, não adianta mais falar isso…

—Isso é culpa sua! - acusou ele

—Minha? Nunca!

—Sim. É sua por que se você não tivesse mentido pra mim desde o começo, se você não tivesse feito o que fez eu não estaria aqui sofrendo por um filho morto!

—Eu nunca quis ver meu filho morto!

—Mas ele está aqui, morto.

Annabeth sentiu as lágrimas escorrendo com força.

—Ele não merecia isso. - disse

—E mesmo assim pagou por seus erros. A culpa é sua. Você me traiu, traiu seus filhos.

Percy não esperou que a loira respondesse, ele saiu a passos pesados e com pressa, queria ficar sozinho e chorar sua dor.

Percy se sentia traído, ele foi traído de todas as formas possíveis, sentia a dor lhe tomar. Queria chorar em seu próprio canto, com sua própria dor. Lembrou de como seu pai, chorou a morte de seu falecido irmão, Triton, filho de sua primeira esposa, Anfitrite. Ele se sentia igual agora.

Percy esperou tanto por filhos, os tevê depois de tanto tempo esperando com carinho. E agora ele perdeu, perdeu o filho e Annabeth, que o traiu sem pensar. Percy estava com raiva, raiva de tudo, da traição de Annabeth principalmente. Ele dormiu com ela, dividiu sua cama, seus afazeres, suas emoções, seus defeitos e qualidades, sua… vida. E onde ele estava agora? Um homem traído e corroído por dentro.

Impossible
James Arthur

Impossível

Eu me lembro de anos atrás
Alguém me disse que eu deveria ter
Cuidado quando se trata de amor, eu tive
E você foi forte e eu não
Minha ilusão, meu erro
Eu fui descuidado, eu esqueci, eu esqueci
E agora, quando tudo está feito, não há nada a dizer
Você se foi e tão sem esforço
Você ganhou, você pode ir em frente, diga a eles
Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isso de cima dos telhados
Escreva isso no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria
Impossível, impossível
Impossível, impossível
Desapaixonar é difícil
Cair por traição é pior
Confiança partida e corações partidos, eu sei, eu sei
Pensando que tudo o que você precisa está lá
Construindo fé sobre o amor e palavras
Promessas vazias serão desgastadas, eu sei, eu sei
E agora, quando tudo se foi, não há nada a dizer
E se você terminou de me envergonhar
Você pode ir em frente sozinha, diga a eles
Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isso de cima dos telhados
Escreva isso no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria
Impossível, impossível
Impossível, impossível
Eu me lembro de anos atrás
Alguém me disse que eu deveria ter
Cuidado quando se trata de amor, eu tive
Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isso de cima dos telhados
Escreva isso no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Impossível (impossível), impossível (impossível)
Impossível, impossível
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria

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—Agora que tudo acabou… - Luke começou - Podemos terminar nosso assunto.

Eles haviam voltado para o hospital, Luke ainda precisava ficar ali por cerca de dois dias. Foi permitido que ele fosse ao velório de George,mas estava acompanhado de uma enfermeira e uma cadeira de rodas.

—Luke, você precisa descansar… -começou Thalia

—Não. - interrompeu ele - Quero conversar isso agora. E vou falar. Quero que fique comigo, quero assumir meus filhos.

—Você não pode. - ela disse

—Mas eu vou. Com ou sem sua permissão.

—Pense nas consequências Luke… no mal para sua imagem e para a minha e para todos nós !

Luke suspirou.

—Faz várias coisas pensando em vocês! Quero pensar em mim agora. Eu tenho grande amor para com Dominic e Sophia, nunca tinha entendido o porquê. - ele soltou uma risadinha - Agora entendo. É desejo de um pai que seu filho herde tudo que ele Tem, e eu desejo. Desejo que… - ele soltou outra risada - Quando tiver uma festa de Gala, daquelas grandes onde nosso nome completo é lido com títulos e blá blá blá, pelo menos os pequenos ainda não precisam se preocupar com os títulos,já que os pais,os nossos por exemplo foram nos dar títulos quando atingimos certa idade, e ainda os herdeiros, como eu, perderam o ducado por já serem herdeiros ao trono. Mas tudo bem, não quero que isso aconteça com Dominic e Sophia,quero lhes dar o título de Príncipes. Imagine só…

Thalia riu.

—Lá vem…

—Sua Alteza Real Princesa Sophia Zoe Grace-Castellan da Dinamarca, não sei qual ducado lhe daria mais pensarei em um. - ele soltou uma risada - E Vossa Alteza Real Príncipe Herdeiro Dominic Markus Grace - Castellan da Dinamarca. Eles seriam tão felizes na Dinamarca. Aprenderiam o idioma, e eu os veria tendo problemas com isso.

Os dois riram.

—Eu veria Dominic assumir meus deveres aos poucos, tornando-se um bom Príncipe, o povo  no começo talvez os rejeitasse, mas com o tempo aprenderia a ama-los pois tem seu sangue. E você…

—Eu? - Thalia arqueou a sobrancelha

—A Dinamarca te ama,Desde quando seu Rei a ama,e isso é a muito tempo. Divorcia- te de Stef, eu sei que não será fácil, ambos os dois teremos que passar por algumas dificuldades, mas conseguiremos. Eu e você. Com nossos filhos, governando a Dinamarca como nosso sonho de crianças!

Thalia fechou os olhos por uns segundos,imaginando o que Luke falou.

—Seria muito Belo. - afirmou, então abriu os olhos -Mas não será possível Luke. Stef e eu construímos uma casa, um nome, e uma família, e por mais que eu te ame, e Deus sabe como amo, não posso abandona-lo. Não posso dizer a Dominic que o homem que lhe ensinou a andar, falar, comer, ler… Não posso dizer “Meu filho, na verdade seu pai é Luke” , não é tão simples assim. Sophia é pequena,mas o reconhece como pai porquê foi quem a segurou, foi ele quem ela associou o nome “Papa”. Não posso tirar isso deles.

—Mas tirou isso de mim.

Thalia suspirou.

—Luke por favor entenda….

—Eu entendo. Mas não quero isso. Quero poder estar com Dominic e Sophia, quero poder leva-los para passear. Como amigo da família eu não podia fazer isso mas como pai… Eu tenho o direito.

—Talvez eu possa permitir que os veja, que os leve para passear, mas como amigo da família.

Luke balançou a cabeça negativamente.

—Não. Quero bota-los na linha sucessória Dinamarquesa. E quero que cases comigo.

—Não pedirei divórcio a Stef, ficarei com ele,  sinto muito. - Ela suspirou - Eu vou indo, chega disso. Boa noite Luke.

Thalia apertou sua mão de leve, deu um fraco sorriso e saiu do quarto.

Thalia havia tomado sua decisão, queria ficar com Stef. Mas seu coração seria sempre de Luke, ela só não podia voltar atrás em anos de escolhas. É compreensível afinal.

Já Luke não compreendia porquê ela preferia Stef, ele era apenas um  Barão Belga, um Barão, simples,com um título pequeno, sem muitas terras, nada muito sofisticado, nada comparado ao  que A Princesa da Noruega estivesse acostumada. Luke poderia lhe dar tudo, uma vida de festas e eventos chiques, mas Thalia preferiu aquela pequena vida, em uma simples mansão no Campo. Apesar dele respeitar isso, não compreendia porque ela não podia aceitá-lo.

Luke passou boa parte da noite pensando no que faria, no que era certo, quando finalmente conseguiu dormir, já era manhã. Um tempo depois Thalia foi até ele para se despedir, ela iria embora, voltaria para a Bélgica.

—Luke? - chamou entrando no quarto,ao vê-lo dormir abriu um sorriso carinhoso

Alguns pensamentos passaram por Thalia, o que mais lhe chamou sua atenção fora de que o jeito que Luke dormia era o mesmo que o deu seu filho,meras semelhanças afinal.

Ela se aproximou dele com cuidado para não acordá-lo, mexeu em seu cabelo, o loiro agora não parecia tão forte e os cabelos brancos apareciam claramente em pequenos fios espalhados pelo local.

—Sinto Muito, mas saiba que te amo. -sussurrou antes de lhe dar um beijo na bochecha e partir.

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16 de dezembro, 2027 , Bélgica

Bianca andava calada ultimamente, Nico havia reparado,era estranho ver sua irmã tão isolada.

Tudo o que aconteceu nos últimos tempos,Nico sabia que havia mexido com a irmã e com ele mesmo.

Luke estava no hospital, Bianca queria ir visita-lo,mas antes que pudesse ir, soube de Dominic e Sophia. Isso a destruiu, não que ela já não desconfiasse, porquê era bem Normal se suspeitar, ela só não esperava por tal coisa naquele momento.

Quando se divorciou de Luke, Bianca não tinha noção do que lhe aconteceria. Depois do divórcio começou a passar mal, enjoos frequentes faziam parte da sua rotina. Ela sabia o que aquilo poderia ser e tratou de fazer um exame de sangue, quando o exame chegou não teve coragem para ir busca-lo, e o deixou lá.  Contudo, o que aconteceu com Luke, a fez querer confirmar o que ela já sabia. Esperava um filho do Rei da Dinamarca, e estava divorciada. Isso era um problema. Agora seriam 3 herdeiros dinamarqueses bastardos.

Naquela noite Bianca jantou pouco, não se sentia bem. A companhia do pai e do irmão eram irrelevantes, eles estavam lá parados pensando em tudo que tinha acontecido. Nico deveria voltar para a Inglaterra a fim de estar pelo menos mais algum tempo ao lado de Percy, depois iria fazer algumas viagens humanitárias e por fim voltar para casa.  Seu pai, Hades Olympus, um dos sobreviventes da casa Olympus, tinha assuntos do estado para resolver, ele por hora havia liberado a filha por conta de tudo que aconteceu.

—Você vai visitar Luke? -perguntou seu pai, quando eles já haviam terminado o jantar

—Não. -respondeu calmamente

O pai arqueou as sobrancelhas negras.

—Por que não? Sei que vocês se separam, mas ele tomou um tiro!

—Eu sei meu pai. Mas acho que você ainda não sabe não é mesmo?

—Não sei o que?

Bianca olhou para Nico,que prestava atenção em seu celular.

—Nico,conte para nosso pai.

Nico suspirou.

—Meu pai, presenciei eu mesmo a fala de Thalia, nossa prima, quando temeu pela vida de Luke após ter tomado o tiro por Percy, que seus filhos, Dominic e Sophia, são, bem, Herdeiros da Dinamarca, filhos da pátria dinamarquesa, Filhos de...Luke.

Hades o olhou sério, seu semblante não demonstrou nenhuma reação.

—Pois bem minha filha, sinto muito por isso. Mas ainda acho que deva ao menos falar com ele, é justo que se preocupe com sua saúde, ao menos publicamente.

Bianca assentiu.

—Sim pai. Se me permite,viajo amanhã com meu irmão,talvez eu ainda passe e visite Hazel.

—Pode ir,mande lembranças minhas a sua irmã, quero que ela  traga minha neta para visitar seu velho avô.

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Bianca parou sobre sua sacada  e observou todo o lugar, um dia aquele Castelo lhe pertenceria, completamente dela, só dela, não compartilhado,  e não era demorado o dia, seu pai já estava idoso. Observar a noite sempre foi de sua alegria, ela se sentia bem com as estrelas. Aquela noite foi a última.

Quando Bianca caiu no chão, sentiu apenas uma grande dor por alguns segundos, e então partiu.

Nico só a encontrou no dia seguinte,quando foi chama-la para ir com ele. Seu corpo já estava gelado, seus olhos estavam fechados. Nico chorou sua morte.

O funeral ocorreu no outro dia. Todos vieram para ver pela última vez a Rainha da Bélgica.

Luke ainda estava meio mal, mas quis comparecer, ele não chorou na hora, chorou sozinho, afinal a amou também. Foram muitos baques em pouco tempo, todos estavam frágeis demais. Em especial, Luke sentiu muita culpa por Tudo,ele se culpou por todas as mortes que se obteve. A de Bianca,sua ex esposa,veio para deixá-lo ainda mais mal. Ele mal olhou para Thalia, estava ocupado demais. Saber ainda, que Bianca carregava um filho seu no ventre o atordoou mais, ele sentia o peso e a culpa.

O motivo de sua morte, ou de onde veio o tiro que a levou, não foi descoberto por hora.

A morte de Bianca não era pra ter acontecido, ela não tinha absolutamente nada haver com Tudo, Richard já estava morto,a batalha terminara, Bianca marcou o fim de dor.

“Sua Majestade, Rainha Da Bélgica, Bianca Di Ângelo, Duquesa de Brabante.”

Era o que estava em sua lápide, a Rainha se ia,e um novo Rei se ergueria.

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