Percy não parecia muito animado, balançava seu copo com vodcka vendo o liquido se mexer de um lado para outro. A música alta atrapalha seus pensamentos, tinha bebido demais, mas não o suficiente para  falar e fazer besteiras.

Já Luke, dançava sensualmente como uma menina que conhecera a poucos minutos.

Percy olhou o relógio.

21:00.

Terminou de beber o que estava no copo e levantou-se. Queria beber mais, estava lhe fazendo bem. Ele estava esquecendo seus problemas. O moreno olhou para Luke, que agora tinha parado de dançar, o loiro olhou Percy e saiu do meio da pista indo em direção ao banheiro. O jovem Rei resolveu segui-lo, não que achasse que seu Primo tivesse algo a esconder, mas só por curiosidade.

Percy parou na porta do banheiro, ouvindo o primo conversar com alguém.

—Sim, sim. Escute, estou fazendo o que posso. – Luke parecia irritado

Percy abriu mais a porta, para ouvir melhor, a música alta o atrapalhava.

—Ele não se anima por nada Bror.

Percy sorriu ao perceber que era apenas Chris, seu primo e irmão de Luke.

—Estou bem Bror. Como vai Clarisse? – Luke agora sorria ao telefone

Alguém tentando entrar no banheiro empurrou Percy, fazendo abrir a porta com barulho e receber um olhar assustado de Luke

—Sai da frente otário. – era apenas um rapaz bêbado tentando usar o banheiro

—Vou desligar Bror, Percy chegou. Eu digo. Tchau.

Luke desligou o telefone e o guardou no bolço.

—Era o Chris. Ele nos fez um convite. Eu disse que talvez você não pudesse, mas ele insistiu que o fizesse.

Percy pensou por um momento. Seus primos fariam qualquer coisa para anima-lo. Qualquer coisa mesmo.

—O que seria? –Perguntou

—Chris disse que o tio Apolo e o Tio Dionísio darão uma festa, no castelo de Solis. Ele disse que todos estarão. Jason, Thalia, Nico, Bianca, Hazel, Frank, Clarisse, Leo, Connor, Travis, Katie, Charles, Silena, Piper, Lee, Will, Castor, Pólux...

—Já entendi Luke. – Percy o cortou

—Vamos? São todos os nossos primos Percy, somos família apesar de cada um morar em um país diferente. Querem que vá, querem te ver, querem se divertir conosco como quando éramos crianças. – Luke sorriu ao lembrar de sua infância, onde corria para lá e para cá com seus primos pelo castelo. Eles sempre se viam, todos tinham a permissão dos pais para viajar e ficar nas casas de seus respectivos primos, onde brincavam por dias. Na maioria das vezes, marcavam um final de semana para irem todos juntos ao castelo de Solis. Que é do Duque Apolo.

—Gostaria mesmo de ir Luke, mas não posso deixar a Inglaterra sem um rei, e imprensa também... –Percy balançou a cabeça negativamente

—Tudo bem temos dois dias para decidir. Mas eu vou te levar comigo. – Luke bateu no ombro de Percy sorrindo

—É melhor saímos do banheiro.

Os primos saíram do banheiro, ao passarem pela porta a moça que dançava com Luke o esperava encostada em uma parede. Ela sorriu sedutoramente e Luke apenas olhou de relance para Percy, o avisando para não o esperar.

O Rei da Inglaterra se encontrava sozinho, olhando ao seu redor. Mulheres dançavam sensualmente, homens bebiam, casais se beijavam...

Mas seu olhar, parou em uma mulher loira. Que do bar o observava. A luz era fraca, Percy não conseguia enxergar bem a face da mulher, mas podia dizer que de longe, era bela, muito bela.

Sem pensar muito, ele andou em passos longos até o bar, onde parou perto da moça, mas não o suficiente para falar com ela, apenas observa-la.

Annabeth já o tinha avistado a muito tempo, só não sabia como chegar nele. De acordo com Richard e suas informações, o Rei gostava particularmente de animais marinhos e tinha servido a marinha Inglesa. Quando ela o viu pela primeira vez, sentado remexendo um copo, sem ninguém para o acompanhar, sem nenhuma Mulher, ela pensou em por que nunca tinha visto manchetes polemicas sobre ele. O jovem não parecia mulherengo, não parecia metido, só parecia alguém confuso.

Quando Percy a olhou, ela não se sentiu um pedaço de carne sendo apreciado. Ele olhou para seus olhos e não para seu corpo como muitos faziam. O único que não o fazia era Richard, mas ele era seu namorado.

Era hora de entrar em ação. Annabeth precisava de um pretexto, achou um perfeito quando viu um homem com uma fantasia de cachorro-quente correndo pela balada. Devia estar sob efeito de drogas com certeza.

—Ei, você viu aquele cara?

A loira andou até ele, que estava perto.

—O que? – o moreno lançou um olhar confuso

“Ele é lerdo”

Ela riu.

—O cara correndo pela pista, você não viu?

—Desculpe, eu não prestei atenção.

—Estava prestando atenção em mim? – Annabeth arqueou a sobrancelha e viu o jovem Rei corar levemente

—Não.... Eu não... – ele tentou se explicar

—Tudo bem. – Ela riu novamente – Sou Annabeth Chase.

—Perceu. Mas chame de Percy.  – ele sorriu

—Espera, você é o Rei. – falou desconfiada

—Sim, eu sou. Por favor não comece a berrar e chamar atenção de todos. – ele colocou a mão em seus braços

—Não farei isso Majestade. – Ela sorriu, olhando as mãos dele em seus braços

Estava sendo mais fácil do que ela imaginava. Falou com ele sem problemas, sem escanda-los, e ele a tratou melhor do que imaginara. Melhor do Richard tinha dito para ela.

—Você trabalha? – Percy perguntou, tentando puxar conversa, ele não é muito bom nisso.

—Claro, não tenho o imposto de um país inteiro para me sustentar. – Ela riu, era apenas uma piada, mas Percy fechou a cara, um tanto ofendido – Desculpe, não quis ofender, só queria fazer uma piada.

—Piada ruim. Mas quer saber uma boa? – ele se empolgou e a olhou com expectativa

—Diga... Percy.

—Sabe por que tem um pula-pula no Polo Norte?

Annabeth pensou, ela era muito inteligente, a resposta não seria difícil de saber se ela se esforçasse um pouco, mas queria deixar que ele fizesse suas piadas ruins.

—Não, por que? – ela abriu um sorriso de canto

—Pro urso polar. Entendeu? – ele riu alto

Annabeth permitiu-se sair do papel e rir de verdade, tinha que admitir, era engraçado, tão ruim que era engraçado.

—Men Smuk Kvinde. (Mas que mulher bonita) –Luke estava parado no meio dos dois, olhando para Percy surpreso

—Luke, fale inglês por favor, você não está na Dinamarca. – Percy o repreendeu

—Desculpe primo, as vezes esqueço que estou em Londres e não em Copenhague. – o loiro abriu um sorriso torto

—Está é Annabeth, Annabeth este é Luke, meu primo, meu melhor amigo, Príncipe Herdeiro da Dinamarca. – ele os apresentou

Annabeth obviamente sabia quem ele era. Mas para as impressões, e para que Perceu não desconfia-se ela deviria fingir não conhece-lo. Luke também estava mantendo as aparências, a loira já lhe era familiar de muito tempo.

—Muito prazer conhece-la. Espero que esteja fazendo meu primo feliz. – ele ergueu sua mão e foi rapidamente cumprimentado

—Na medida do possível Alteza.

—EI LUKE! –berrou uma mulher desconhecida, eles olharam para trás e a mulher se aproximou

—Vou terminar o que comecei. –Luke sorriu para Percy e em seguida olhou para Annabeth, ele assentiu para ela. –Não me espere, parece que terei uma noite longa. – sorriu novamente, dessa vez malicioso

00:00

Percy e Annabeth já haviam conversado sobre vários assuntos, desde coisa fúteis a assuntos de estado. Agora, eles estavam parados na praça de Londres, sentados em um banco, onde de dia era magnificamente movimentada, e agora só tinha duas pessoas conversando. Eles haviam saído da balada 30 minutos depois, a música não os deixava conversar direito.

—Sim, eu também acho que Star Wars foi legal.

O celular de Percy vibrou. Ele o retirou do bolço e olhou a mensagem.

“¿Cómo está Percy? Es Leo, este mensaje se ve la cara, entonces respóndeme pronto. Vas partido en Solis? Eso espero, te veo un poco de tiempo, no pude ir al funeral del tío Poseidón, pero espero verte, hablar. Al igual que en los viejos tiempos eh? Te veo la cara. “

“Como está Percy? É o Leo, está mensagem é cara, então me responda rápido. Vai para Solis?  Espero que sim, não te vejo a muito tempo, não pude ir ao funeral do tio Poseidon, espero te ver, conversar. Como nos velhos tempos ein? Te vejo lá cara. “

—Desculpe Annabeth, é meu primo Leo Valdez, Príncipe da Espanha. É que tem um encontró entre parentes em dois dias. Eles querem que eu vá.

—Você tem muitos primos da realeza em? – ela riu

Percy apertou o botão do audio.

—Está bien aquí Leo. Tengo entendido que no ha sido capaz de llegar, también tiene muchos deberes allí. No sé si puedo ir, estoy bastante ocupado con nuevas carreteras. Pero yo haré todo lo posible para estar con mi familia, mis primos, mis amigos. Voy a tratar, lo juro. Usted puede tomar un amigo mío.

“Está tudo certo aqui Leo. Entendo que não tenha conseguido vir, você também tem muitos afazeres ai. Não sei se poderei ir, estou bastante ocupado com novas rodovias. Mas farei o possível para estar com minha família, meus primos, meus amigos. Tentarei, juro. Talvez leve uma amiga minha. “

—Você fala espanhol? – a loira perguntou, confusa, de verdade

—Quando se é criança e se tem primos em outros países, é  necessário aprender, caso contrário vocês não vão se entender. – Percy riu

—Já está tarde, é melhor eu voltar pra casa. – ela se levantou

—Deixa eu te acompanhar?

Ela fingiu pensar um pouco.

—Não vai tentar me matar? – brincou

Percy sorriu brincalhão.

—Talvez te mate e jogue seu corpo no rio. Sou o Rei, ninguém iria desconfiar.

Ambos riram.

00: 30

Annabeth e Percy estavam parados na porta na casa de Richard, onde ela tinha dito que era sua casa.

—Bonita casa. – comentou o moreno

—Obrigado, eu mesma que projetei. – ela sorriu

A loira contou que era arquiteta que já tinha planejado alguns lugares. Era parte do plano, ela devia mentir mas não tanto. Com moderação. Algumas verdades precisavam ser ditas. Tais como, casa, casa dos pais, emprego, faculdade.... coisas básicas para se conhecer uma pessoa.

—Eu devo ir. Já está tarde, o reino precisa que seu rei descanse, para que ele volte a planejar orçamentos para rodovias. – ele ironizou

Ela riu, como se tivesse sido engraçado, não foi, dessa vez soi uma risada forçada.

—Até mais Percy.

—Vale. Ecce vos cito. – despediu-se ele

—Latim? –arqueou uma sobrancelha

Ele a olhou surpreso.

—Como sabe?

—As aulas no colégio fizeram bem.

Ele assentiu, Annabeth num ato para ele inesperado o beijou na bochecha e entrou na casa.

Percy sorriu, sem nem perceber que ela tinha entrado na casa sem abrir com a chave, como se alguém já estivesse lá, esperando por ela.

Annabeth fechou a porta, sua opinião final era de que não tinha sido tão ruim. Não fora nada como ela esperava.

—Annie? – Richard acendeu as luzes

—Amor.

—Como foi? – ele se sentou no sofá acenando com a mão para que ela fizesse o mesmo

—Ele não é como você diz. – ela falou, jogando-se na poltrona

—E como ele é? – perguntou curioso

—Percy é...

—Percy? Mal o conheceu e já o chama por apelidos? – Richard bufou

—Você não devia sentir ciúmes. Estou fazendo isso por você! –Annabeth aumentou seu tom

—Eu sei, mas não precisa chama-lo por apelido. Isto é uma missão Annabeth, para que eu recupere o poder de meu pai, para que eu recupere meu trono, meu título, o que é meu por direito. – Richard já havia se levantando e chegado mais perto da loira, estava visivelmente irritado

—Ric, eu te amo, acredite, não é um Rei, um Príncipe, um Duque, um Conde, ou qualquer um que tenha um título que vá mudar meu amor por você. – ela levantou e colocou suas mãos em seu rosto

—Você é minha. – ele disse autoritário, puxando para mais perto, com força.

—Apenas sua, meu amor.

Jamais alguém mudaria isso, pensou.