Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 1
A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Esta é mais uma fic Delena.
É um universo diferente, onde todos são humanos, o sobrenatural não existe.
Espero de verdade que gostem!!!



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 – Elena, o que você vai fazer é missão impossível! – Caroline alertou.

 – Eu sei, Care. Mas eu não tenho outra escolha – falei, frustrada.

— Só toma cuidado para não piorar as coisas, Elena – Bonnie aconselhou.

Assenti. Sob o olhar das minhas amigas, levantei-me, respirei fundo e segui para a imponente sala de Damon Salvatore.

Estava ciente dos olhares que todos os funcionários me lançavam. Durante esse ano que trabalhei aqui, nunca vi uma só alma ter coragem suficiente de bater na porta do chefe. Também pudera, esse chefe era Damon Salvatore. O homem mais frio, sério, sem coração e mulherengo que eu já tinha conhecido. Ele sequer olhava para a gente quando chegava ou saía.

Se eu tivesse escolha, eu não estaria fazendo isso. Tenho quase certeza que serei humilhada. Mas eu precisava fazer isso. Por Anna.

Minha irmã mais nova acabara de sofrer um acidente e precisava urgentemente de uma cirurgia que era muito cara. E eu só conhecia Damon que pudesse ajudar. Claro que ele não iria fazer isso de graça. Estava ciente disso. Mas eu estava disposta a tudo por minha irmã.

Finalmente cheguei à sua porta. Respirei fundo mais uma vez, estendi o braço e, sem mais delongas, bati.

Como não ouvi resposta do lado de dentro, resolvi fazer algo ainda mais ousado. Eu mesma a abri.

 – Sr. Salvatore – cumprimentei com voz trêmula –, será que posso tomar um pouco do seu tempo?

Damon tirou os olhos do papel em sua mesa e, pela primeira vez em um ano, olhou para mim. Minhas pernas quase cederam ao ver aqueles intensos olhos azuis repousados apenas em mim.

— Posso saber quem você pensa que é para me interromper assim desse jeito? – ele perguntou totalmente frio, ainda me encarando.

Entrei na sala sem esperar por convite e fechei a porta atrás de mim. Pude perceber a surpresa e a irritação crescendo em seus olhos.

— Eu sou Elena Gilbert. Trabalho para o senhor há um ano – apresentei-me. – Eu realmente não queria interrompê-lo, mas algo muito sério aconteceu e acho que só o senhor pode me ajudar.

— Seja o que for não estou interessado. Saia, Srta. Gilbert – ele mandou, indiferente, apontando para a saída.

— Não! – protestei e ele levantou uma sobrancelha.

Não? Você está me contestando? Saia, Srta. Gilbert, agora! – sua voz saiu mais autoritária, mas mesmo assim não me intimidei. Anna era mais importante.

— Preciso que me escute, Sr. Salvatore! – insisti. – Minha irmã mais nova acaba de...

— Já disse que não estou interessado! – ele levantou-se e seu tom de voz se elevou. Confesso que me assustei. – Já estou quase perdendo a paciência com a senhorita. Ou saí da minha sala agora, ou chamo os seguranças para te colocarem para fora e você nunca mais pisa os pés na minha empresa. Fui claro?

Engoli em seco, assentindo. Segurei minhas lágrimas e saí derrotada de sua sala. Eu falhara. Eu falhara e Anna ia pagar o preço.

Andei até a minha mesa de cabeça baixa.

— Oh, Elena – Caroline envolveu-me em um abraço assim que me sentei em minha cadeira.

— Já sabia que seria assim. Só tinha esperanças de que, sabe, pela primeira vez ele pudesse ser um homem de verdade – lamentei. – Anna. Oh, meu Deus, o que eu vou fazer?

Caroline e Bonnie me abraçaram na tentativa de me consolar. Eu não sabia o que fazer. Precisava desse dinheiro para ontem.

*

Caroline e eu estávamos arrumando nossas coisas, prontas para sairmos da empresa. Então, fui surpreendida quando a porta de Damon abriu-se.

— Srta. Gilbert – ele chamou com a mesma voz fria. – Venha até a minha sala.

Não era um pedido, era uma ordem. Olhei para Caroline e percebi que ela estava apreensiva. Assim como eu.

Ele ia me demitir.

Os funcionários que ainda restavam na empresa acompanharam meu caminho até a sala do patrão, temerosos. Entrei e fechei a porta atrás de mim.

 – Posso ajudá-lo? – perguntei nervosa demais.

 – Talvez possamos nos ajudar – ele respondeu, encarando-me como se estivesse vendo minha alma.

— Como assim? – perguntei, confusa.

— Srta. Gilbert, mais cedo quando teve a audácia de vir à minha sala, a senhorita fez alguma referência a um problema com sua irmã. Talvez agora eu queira ouvir.

Eu não estava acreditando. Damon queria, finalmente, dar atenção aos meus problemas?

Não sabia o que tinha acontecido, mas tampouco questionei. Precisava da ajuda dele.

— Minha irmã sofreu um grave acidente e precisa de uma cirurgia para ontem. Uma cirurgia cara— frisei.

Damon olhou-me, pensativo.

— Eu pago – ele falou, surpreendendo-me.

— O quê?

— Mas obviamente não será de graça – ele completou, acabando com o meu entusiasmo.

— Aceito o que for – falei convencida e um tanto temerosa.

Damon deu uma risada fria.

— Sente-se – ele apontou para a cadeira em sua frente. – Teremos uma longa conversa.

Temerosa, sentei. O que será que ele quisesse, não seria coisa boa.

— Srta. Gilbert, veja bem, acabo de descobrir uma cláusula pequena no testamento de meu pai – ele começou. – Nela está bem claro que, se eu chegar aos trinta anos ainda solteiro, terei que passar a posse da empresa para o meu tio.

— Hum. Não entendo como isso possa me incluir – falei sincera.

— Quero que você se case comigo – ele falou direto e eu prendi a respiração, chocada.

— O quê?!

— Não de verdade, é claro – ele continuou falando, ignorando o meu choque. – Seria um casamento de fachada. Você moraria na minha casa por um ano, que é o tempo mínimo da duração do casamento que meu pai impôs no testamento. Meu aniversário é daqui a três meses, então casaríamos no final deste mês e quando acabasse o período estipulado, nos divorciaríamos.

Não estava conseguindo raciocinar. Passar um ano vivendo com aquele crápula? Não! Eu não conseguia imaginar.

— Eu... – tentei falar, mas ele me interrompeu.

— Pense bem, Srta. Gilbert. Com uma ligação, deposito dinheiro suficiente para a cirurgia da sua irmã e ainda extra. Pago todo o tratamento pós-operatório e ainda dou uma mesada de 100 mil dólares para você, por todos os meses que estará convivendo comigo.

Ah, isso era golpe baixo! Eu precisava urgentemente salvar a minha irmã e ganhar 100 mil todo mês não seria nada mal.

— Eu teria que dormir com você? – perguntei, tentando esconder o nojo na minha voz.

— Não. Dormiríamos em quartos separados. Eu ainda continuaria tendo os meus casos e você poderia ter os seus. Contanto que fossem discretos.

— Você iria me trair? – perguntei com nojo nada disfarçado.

— Ora, isso não seria um casamento de verdade! Isso é só um contrato! – ele exclamou.

— Por que eu? – perguntei mais uma vez. – Tenho certeza de que há várias garotas que queiram casar com o senhor.

— De fato, há – ele concordou. – Mas, eu não quero um casamento de verdade, Srta. Gilbert. Isso seria só uma farsa para eu não perder esta empresa.

— E por que me escolheu? – insisti na pergunta.

— Porque acho que de todos os funcionários desta empresa, a senhorita é a única com quem eu possa ter um convívio... Civilizado – ele respondeu, como se não tivesse grande importância.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Eu pensava na proposta. Seria muito ruim passar um ano convivendo com Damon Salvatore, mas não seria tão ruim assim ganhar 100 mil dólares por mês. E ainda, eu salvaria a vida da minha irmã! Talvez eu realmente não tivesse muita escolha.

— Srta. Gilbert – Damon me chamou, tirando-me dos meus pensamentos. – O que a senhorita me diz? Aceita?

Respirei fundo. Pensei em Anna.

Tinha que fazer isso.

— Sim – respondi, encarando-o.

Ele sorriu vitorioso.

— Ótimo! – exclamou. – Então vamos acertar os últimos detalhes. Como o nosso noivado no final de semana e o casamento na semana que vem.

? O senhor disse que seria no final do mês! – exclamei.

— Ah, sim. Mas acabei de mudar de ideia. Quanto mais cedo fizermos isso, mas cedo terminaremos.

Bufei, mas percebi que ele tinha razão.

— Certo – concordei a contragosto. – Mas tem algo que eu quero agora. O dinheiro para a cirurgia da minha irmã.

Damon simplesmente pegou o telefone e fez uma ligação. Quando acabou, comunicou:

— Como prometido, já está na sua conta.

— Hum. Certo. Falta mais uma coisa – falei apreensiva. – O que diremos aos outros funcionários? Às minhas amigas?

— Deixe isso comigo – ele respondeu displicente. – Suas amigas podem saber, contanto que mantenham a discrição.

— Hum. Certo.

— Mais alguma coisa, Srta. Gilbert? – ele perguntou, olhando diretamente em meus olhos.

Pensei um pouco.

— Sim. Na verdade, é mais uma sugestão— ele inclinou-se para ouvir. – Acho que agora que vamos "casar" talvez devêssemos começar a tratar-nos pelo primeiro nome.

— É, você pode ter razão – ele concordou. – Elena.

Não sei bem o quê, talvez o jeito com que ele pronunciou o meu nome, me fez arrepiar.

— Nos vemos amanhã – ele apontou a porta com a cabeça, num sinal de que eu deveria sair.

Levantei-me e fiz um grande esforço para que minhas pernas conseguissem chegar até a porta sem cair.

— Até amanhã, Damon— sussurrei antes de sair da sala.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam???
Comentem!!!



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