Paparazzi escrita por Kyra_Spring


Capítulo 7
Capítulo 6: Fantasmas desorientados




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/72440/chapter/7

            O show ainda foi assunto por uns bons dias, depois do festival.

            Era muito bom ouvir os comentários. Muita gente tinha adorado, várias pessoas nos procuraram depois para saber onde mais iríamos tocar, algumas falaram sobre lugares em que poderíamos fazer apresentações remuneradas... e eu andei recebendo alguns bilhetinhos de algumas fãs mais, hum, exaltadas. Quer dizer, pelo menos eu deduzo que eram fãs. Era algo meio fácil de perceber, considerando o número de corações desenhados e o perfume nos cartões...

- Eu estava brincando sobre as groupies naquele dia, Axel, mas isso já está ficando ridículo! – disse Xion, um dia desses, olhando sobre o meu ombro enquanto eu abria o meu armário – Quantas primeiranistas bobas já te mandaram cartões, até agora?

- Até agora? Hum, vejamos... sete, oito, nove, dez... onze. É, onze – respondi, sem conseguir deixar de rir – E isso é legal, vá lá.

- Eww... droga, Axel, tá dando pra sentir o cheiro de perfume barato daqui! – Zexion apareceu também, torcendo o nariz – Essas coisas que elas borrifam nos cartões devem ser tóxicas. Até o seu armário tá cheirando a flores!

- Invejoso – retruquei – Só está reclamando porque elas me acham mais gostoso que você.

            Ele estreitou os olhos, e Xion deu uma risada alta. Ri, também. Eu adorava aquelas pequenas discussões e trocas de farpas logo de manhã. E também adorava o fato de Xion estar mais e mais fazendo parte da minha vida. Era bom conversar com ela logo cedo, era bom rir ao lado dela... e, o melhor de tudo, era bom ter alguém para me ajudar na tarefa de infernizar o Zexion.

- Olá! – um pouco depois, apareceram Roxas e Naminé – Uau... andou misturando perfumes, é?

- Ah, você também não! – empurrei ele, e os outros riram – Esse é simplesmente o preço que se paga por fazer sucesso com garotas.

- Uau... fazer sucesso com primeiranistas recém-chegadas. Realmente, isso é algo pra se orgulhar, mesmo – disse Zexion, entediado, mas ele logo acrescentou – Sem ofensas, Roxas.

            Dessa vez todos nós rimos. É... as coisas estavam realmente legais para mim. Eu percebi que Roxas já não se parecia mais com o filhote assustado do primeiro dia. Quer dizer, ele ainda era tímido, e ainda tinha alguma coisa estranha no olhar dele, mas... vê-lo rir, vê-lo conversar com os outros, incluí-lo no nosso grupo, era muito bom.

- Não se esqueçam, ensaios hoje à noite lá em casa – um pouco depois, Larxene e Demyx apareceram, e Marluxia veio logo depois. Assim que Marley encontrou Larxie, ele a beijou de uma forma até meio indecente. Não posso dizer que aquela cena me incomodou, mas... droga, ele não sabia o tormento que o aguardava – Quero todos lá. E nada de desculpas, Marley. Você já furou no último ensaio e a gente não tem muito tempo até o Stairway to Heaven.

- A culpa não foi minha – ele deu de ombros – Tenho que trabalhar, também. Minha mãe demitiu o caixa, alguém precisa ajudar na floricultura!

            Stairway to Heaven era o nome do festival em que íamos tocar. Só fomos perceber a proporção dele quando os anúncios na Internet começaram a aparecer. Tá, a gente ia tocar num palco pequeno, e ia ter que competir com um monte de bandas três mil vezes mais famosas, mas... ah, qual é, era o Stairway to Heaven! Com um nome desses, não poderia ser nada menos do que absolutamente incrível!

            Foi então que meu celular tocou. Vi pelo visor, era minha mãe. Estranho, ela nunca ligava enquanto eu estava na escola. Atendi, um pouco apreensivo.

- Mãe? Tá tudo bem? – alguma coisa me dizia que havia algo errado. E a voz dela confirmou minhas suspeitas.

- Axel? Ele ligou – ela disse. A voz dela estava tensa – E disse que virá mais cedo do que havia planejado, e que estará aqui no domingo.

- O QUÊ? – repliquei, irado – Então é isso? Ele acha que estamos à disposição dele, que vamos recebê-lo quando ele quiser? Ah, dá um tempo! E o que você disse?

- Disse que não daria resposta nenhuma até falar com você – respondeu ela – Mas você o conhece, é provável que ele vá aparecer de qualquer jeito.

- Merda... – apoiei a testa no armário – Aquele desgraçado... Olha, eu vou desligar, tá bem? A gente conversa em casa. Até mais tarde.

            Ela desligou. Na hora, eu queria quebrar qualquer coisa que estivesse à mão, e tive que me conter para não arremessar o celular contra a parede. Quem aquele filho da puta pensava que era? Eu não estava pronto para aquele confronto, não ainda. E não sabia como lidar com isso. Pude sentir minhas mãos tremendo. Só então percebi que todos me encaravam. Os que sabiam da história tinham pena no olhar, e os que não sabiam tinham uma mistura de medo e compaixão.

- Axel... se você quiser ir embora, a gente segura as suas pontas na aula – disse Demyx.

- Não... – sussurrei – Não, tá tudo bem. Só preciso de uns minutos pra colocar a cabeça no lugar. Mas obrigado mesmo assim.

            Pude perceber o olhar de Roxas. Ele parecia o mais intrigado de todos. Mas, ao contrário dos outros, não havia pena no olhar dele, e isso me surpreendeu. Não... havia outra coisa. Algo que eu tentava analisar e entender, e algo que se parecia...

            Que se parecia com compreensão.

- Eu vou tomar um ar, e entrar na segunda aula, está bem? – disse, por fim – Depois converso com vocês. Até mais.

            Saí quase correndo, e sentei num banco do lado de fora dos portões. Minha cabeça estava a mil. O que eu faria, se ele aparecesse? Já não nos falávamos direito há seis anos, desde o dia em que minha mãe e eu fomos embora. Ele sempre tentava reaproximações, e até tentou falar comigo diretamente algumas vezes. Nenhuma delas terminou bem. Nós sempre discutíamos, ele sempre falava mais do que devia, na última vez eu quase o acertei, e desde então jurei que jamais queria vê-lo de novo.

- Axel? – Roxas se aproximou – Tá tudo bem?

- Volta pra aula, Roxas – eu disse, tentando não descontar nele – Eu tô legal, sério. Volta pra aula. Não vá arrumar problemas pra você por minha causa.

- Eu não sou idiota, Axel – ele se sentou ao meu lado – Você parecia furioso ao telefone. E eu não sei se isso é da minha conta, mas...

- Não... você tá certo – acabei sorrindo, sem querer. Ele era educado e sutil, disso não havia dúvidas. E, se ele insistia tanto em saber, acho que não faria mal contar mais um pedaço da minha vida a ele, afinal de contas – É uma longa história. Mas, enfim, lá vamos nós...

-----

            Axel começou a me contar sobre sua relação conturbada com seu pai.

            Ele batia na sua mãe, e nele também. E bebia muito. Ele foi embora, junto com sua mãe, quando tinha onze anos. Mas a mágoa permanecia, queimava em seus olhos. E, agora, ele tentava voltar para casa, se reaproximar. Claro que isso o enlouquecia.

- Juro que não sei do que sou capaz se o vir outra vez – ele murmurou, o rosto escondido nas mãos. Só naquele momento percebi o quanto a sua pele era clara, ao contrastar com as mechas de cabelo vermelho que lhe escapavam por entre os dedos – Eu não sei o que fazer, Roxas. Pra ser honesto... estou morrendo de medo desse encontro. Não sei o que farei, não sei se serei capaz de lidar com isso.

            E foi então que ele me encarou. Seus olhos verdes estavam disparando faíscas. Ele era a própria imagem da dor. E isso, de alguma forma, deixou meu coração em pedaços.

- Eu pareço patético, não é? – ele disse, então, abrindo o sorriso mais amargo que eu já vi.

- Claro que não – respondi – Você só parece confuso. E assustado. Não dá pra esperar outra coisa de alguém na sua situação.

- Mas eu preciso ser forte – ele disse – Minha mãe tá contando com isso. Sabe, desde que fomos embora, éramos só nós dois contra o resto do mundo. E ela sempre foi muito batalhadora, nunca pensou em desistir ou voltar atrás... Acho que é minha vez de segurar as pontas.

            Ele olhava ao longe. Havia algo nos olhos dele que eu ainda não era capaz de traduzir.

- Que droga, toda vez que conversamos a sós eu fico te enchendo com os meus problemas! – ele disse, de repente, rindo – Você deve me achar um emo chorão...

- Não, de jeito nenhum! – eu dei de ombros, e sorri – Pelo contrário. Obrigado por confiar em mim. E, se precisar de alguma coisa... de alguém pra conversar, de um lugar pra se esconder se fugir de casa... – dessa ele riu – é só me procurar, tá bem?

- Você tá sendo tão legal – ele disse, por fim – Logo comigo... É, sei lá, difícil de imaginar.

- Por quê?

- Porque sou um idiota, por isso – ele respondeu. Uau, como alguém conseguia se depreciar tanto em tão pouco tempo? – E você é um cara tão legal, tão... certinho, sei lá. É bizarro.

- Você anda com o Zexion – argumentei – O nerd da 3-B por excelência.

- Com ele é diferente – ele respondeu – Crescemos juntos, ele sempre foi meu vizinho... além do mais, temos um elo de ligação que é a banda. Mas com você... sei lá, é estranho. Mas é legal mesmo assim.

- Vamos admitir – eu disse – Somos dois desorientados.

- É, somos bizarros – ele concordou. E, depois, riu – Isso chega a ser ridículo... Bem, é melhor voltarmos lá pra dentro.

            Ele me encarou por um instante, e depois disse:

- Sabe, você ainda tem que me dizer por que parece que você tem medo do mundo – engoli em seco quando ele disse isso – Não precisa ser agora. Mas... sei lá, eu confio em você. Quero que você confie em mim também, da mesma forma.

            Era uma troca bem justa. Mas isso não queria dizer que eu estava pronto para ela.

- Um dia – eu disse, por fim – Prometo. Mas vamos voltar pra sala, está bem?

- Por mim tudo bem – ele respondeu, colocando as mãos atrás da cabeça – Estou mesmo ansioso pra ter aula de matemática...

            E, enquanto nos separávamos, e íamos para nossas salas, tive uma certeza.

            Sim, nós éramos estranhos. Mas, felizmente, éramos do mesmo tipo de estranheza.

-----

            Os dias até o final de semana se arrastavam de uma forma até cruel.

            Minha mãe não retornou a ligação dele, mas me avisou para me preparar. Eu sabia disso. Ele provavelmente iria aparecer a hora que bem entendesse. E isso me irritava muito.

            A conversa com Roxas foi esclarecedora de diversas maneiras. O garoto era maduro demais para a idade. E só deixou mais claro aquilo que eu já sabia: eu não poderia fugir para sempre. Não, tinha que enfrentá-lo, que ser mais forte que ele.

            Ele ligou, por fim. Como minha mãe previu, ele simplesmente avisou que iria almoçar em casa, no domingo. Ela já tinha todo um plano de ação, também. Estava decidida a mostrar a ele que estávamos nos virando muito bem, e, da forma gentil e educada que ela sempre teve, mostrar que não, não estávamos interessados em nenhum tipo de aproximação.

            No domingo, Zexion me ligou. A voz dele não estava tão fria quanto de costume.

- Oi, Axel – ele disse – Eu só liguei pra dizer que... se precisar de alguma ajuda, se quiser que algum de nós fique aí pra te dar uma força, é só dar um toque. Sei que está sendo uma barra pra você.

- Valeu, Zex – respondi – Mas essa é uma coisa que eu preciso resolver sozinho. Mesmo assim, muito obrigado – e, tentando dar à minha voz um tom minimamente bem-humorado – Vocês poderiam aproveitar a folga do ensaio e ir comprar os cabos novos que a gente tá precisando, ao invés de ficar vagabundeando, que tal?

- Você não tem jeito, mesmo... – sibilou ele – Enfim, te ligo mais tarde. Se cuide.

            Fiz questão de me arrumar, também. Calça jeans preta, camisa preta, gravata vermelha, botas baixas. Simples e descolado na medida certa, uma forma de parecer bem-arrumado, mas que não fizesse parecer que eu estava desesperado pela aprovação dele. Na verdade, eu estava me lixando para a aprovação dele. Mas não podia parecer um doidão perdido na vida. Não. A idéia do dia era dizer, de forma sutil, que estávamos muito bem sem ele.

            E, quando tudo estava pronto, e a campainha tocou, senti meu coração pular uma batida.

            Eu mesmo quis abrir a porta. Era a única forma de saber como realmente lidava com aquilo.

            E lá estava ele. Kazuo Shimomura, um pouco mais baixo que eu, mirrado e careca. Ele havia mudado muito pouco naqueles anos. Ainda usava a mesma combinação de camisa clara e calça social, e tinha o mesmo olhar vazio. Engoli em seco, tentando me manter impassível.

- Você realmente veio – minha voz, felizmente, saiu neutra – Entre, por favor.

- Oras, não vai dar um abraço no seu pai? – ele abriu um sorriso afetado, e abriu os braços.

            Não. Isso não iria acontecer.

- Entre, por favor – insisti, e dei as costas a ele. Minha mãe o aguardava no sofá da sala, impassível e altiva. Sim, essa era a senhora Shimomura que eu conhecia.

            Eles passaram um tempo conversando. Ela contou sobre seus trabalhos recentes, ele fez o mesmo. Estava trabalhando como contador para uma empresa pequena na cidade. E, pelo que contou, não bebia há quase três anos. Eu continuava em silêncio. Não sabia o que dizer, não sabia o que pensar.

            Para ser honesto, eu estava com medo daquele encontro. Mas ele parecia tão patético que era difícil associá-lo com aquele homem assustador que me batia sempre que chegava em casa. Mas eu não podia ainda baixar a guarda. Algo me dizia que iria ficar pior.

- Bem... – ele começou – O motivo principal pelo qual vim aqui é para tentar consertar os erros do passado, ou pelo menos começar a consertar. Sei que não posso esperar que me recebam de braços abertos e que me perdoem de uma hora para outra, mas saibam que eu mudei, e que queria tentar me redimir com vocês. E, dessa vez, pra valer.

            Nessa hora, cerrei os punhos. Eu sabia que ele ia dizer aquilo.

- Você sabe que não tem esse direito, Kazuo – respondeu minha mãe, impassível – Você se lembra da noite em que partimos. Eu disse que minha decisão não tinha volta, e você fez a sua escolha. E já lhe disse isso outras vezes.

- Eu sei... e sei que cometi muitos erros, e me arrependo de todos eles – ele abaixou os olhos – Entendam, eu só quero... saber como vocês estão, só quero participar um pouco da vida de vocês. Olhe só para você, Axel, você já é um homem – ele me encarou. A tentação de abaixar os olhos para fugir do olhar dele era muito grande, mas resisti e continuei encarando-o – Como eu pude perder isso? Como eu pude não ver você crescer?

- Isso não faz mais diferença agora – respondi, minha voz saindo mais áspera do que deveria – E, também, você não perdeu muita coisa.

- Então me conte um pouco – ele abriu aquele sorriso afetado outra vez – O que eu perdi, então?

- Bem... eu já estou no terceiro ano – “e odeio a escola e quero bater a cabeça do meu professor de história contra a parede” – Toco bateria numa banda, a gente já tocou em algumas apresentações na escola, casamentos, essas coisas... – “e somos muito bons, mas é claro que você nunca deu a mínima para isso. Se desse, não ousaria criticar o trabalho da mamãe” – E eu vou tentar entrar na faculdade, no final do ano letivo.

- Nossa, que bom! – ele sorriu outra vez – E que curso você quer fazer?

- Música – respondi. Na hora o sorriso dele morreu. Eu até tinha pensado em dizer algo pra deixá-lo feliz, como medicina ou direito, mas mudei de idéia. Primeiro, nem se eu quisesse, eu jamais daria conta de passar em medicina ou direito. E, segundo, não estava nem um pouco disposto a agradá-lo – Algum problema com isso?

- Nenhum – o tom dele ficou um pouco ríspido – A vida é sua, não é?

            Então aquele sorriso, aquele interesse por nós, era uma máscara. E ela começava a rachar assim que eu dizia algo que ia contra o que ele queria. Mas ele não tinha direito de exigir nada. E as pessoas que realmente importavam para mim me apoiavam.

- Sabe, Axel é mesmo muito talentoso – ali estava o gancho para minha mãe – Ele toca vários instrumentos, é criativo, tem sensibilidade... inclusive já andou compondo algumas coisas.

- Não devia incentivar isso, Yoko – ele retrucou – Ele deveria arrumar uma profissão lucrativa, algo que realmente desse dinheiro. Um trabalho de verdade.

            Escolha errada de palavras, papai. E ela não vai deixar isso por menos.

- Então você está dizendo que o meu trabalho não é “de verdade”? – ela estreitou os olhos, e subiu o tom de voz – Sinto muito, Kazuo, mas eu vou apoiá-lo nisso sim. Ele tem talento e ama o que faz, e eu não vou frear os sonhos dele como você passou tanto tempo tentando fazer com os meus!

            Ele a encarou, surpreso. O que ele esperava, que ela fosse aceitar aquilo passivamente?

- Esta é a minha casa agora – ela continuou – E eu não vou admitir que você ofenda a minha profissão, ou critique o meu filho.

- Nosso filho – ele corrigiu.

- Você teria o direito de dizer isso se alguma vez tivesse agido como pai dele – ela retrucou – Se você quer uma reaproximação, ótimo, podemos tentar trabalhar isso. Mas isso não vai apagar o que você fez, então não espere que tudo voltará a ser como antes.

            Ele hesitou por um instante, antes de responder, por fim:

- Está bem. Vocês estão certos, eu não posso esperar que isso aconteça de uma hora para outra – e, olhando para mim – Me perdoe, Axel. Você parece ser um rapaz consciente, e deve ter pensado muito nessa decisão. Então, eu a respeitarei.

- Obrigado – eu disse, com um aceno. Mas dava para ver, nas entrelinhas, que ele só dizia aquilo para não estragar tudo com outra discussão.

- Preciso ir embora – ele disse, então, se levantando – Aparecerei aqui de vez em quando, mas ligarei antes. Meu endereço está na carta que mandei. Até mais... foi ótimo revê-los.

            Ele não tentou me abraçar, dessa vez. Apenas acenou e foi embora. Depois que ele saiu, me deixei cair no sofá, exausto e mais confuso do que nunca.

- Ele estava mentindo, não estava? – murmurei. Minha mãe havia se sentado ao meu lado – Sobre querer se redimir, estar arrependido...

- Não sei dizer – ela respondeu – Não sei mesmo dizer...

            Eu também não sabia. Na verdade, não sabia o que pensar.

            Mas de uma coisa eu sabia. Aquilo era apenas o começo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paparazzi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.